PPGPV - Mestrado em Produção Vegetal (Dissertações)

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    Hidropedologia de uma topossequência no prolongamento da Depressão São Franciscana no noroeste de Minas Gerais
    (UFVJM, 2023) Amaral, Iara Cristina Nunes do; Terra, Fabrício da Silva; Terra, Ingrid Horák; Rocha, Wellington Willian; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    A hidropedologia é um ramo da ciência do solo que integra o estudo dos componentes do solo e da água e suas relações. Na região do prologamento da depressão São Franciscana localizada no município de Unaí, conhecida como Vão de Unaí-MG, tais estudos são incipientes. Esta região antes utilizada somente para a agricultura e pecuária de subsistência, começa a desenvolver em suas áreas agropecuária tecnificada com utilização da água para irrigação, principalmente por pivôs centrais. Essa água e também os solos explorados, se manejados de maneira incorreta, podem levar a sérios problemas econômicos e ambientais para a região. Portanto, o objetivo geral deste estudo foi avaliar a influência da pedologia e do intemperismo no comportamento da água no solo, em uma sequência topográfica composta pelas seguintes classes de solo: LATOSSOLO VERMELHO-LV/ topo; LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO-LVA/ terço superior da encosta (parte inicial); LATOSSOLO AMARELO-LA/ terço superior da encosta (parte inicial); NITOSSOLO VERMELHO-NV/ terço inferior da encosta (parte final), CAMBISSOLO HÁPLICO-CX/ sopé), localizada na região do Vão do município de Unaí (MG). Para tanto, foram avaliadas as curvas características de retenção da água no solo (CRAS) bem como atributos físico e químicos que impactam a CRAS. Alguns atributos dos solos (granulometria, densidades, porosidades, atributos relacionados à agregação e composição químicas) e o grau de intemperismo afetaram a retenção de água desses solos. Ao comparar as amostras estudadas de cada um dos perfis, percebe-se uma tendência de redução nos valores de θCC, θPMP e α partindo do LV, solo mais intemperizado e localizado no topo, em direção ao CX, solo mais incipiente e localizado no sopé. Ao aplicar a análise de correlação foi observada alta correlação entre grande parte desses atributos com as umidades e parâmetros da curva de retenção de água no solo. A partir da Análise por Componentes Principais foi possível observar que as 6 primeiras componentes explicaram 90% da variância total dos dados, sendo eles: CP1 (Al, Argila, H, Fe, θCC, θPMP, Ti, MI, IEAG, IEAP, α, θS, VTP, DP, DMPS, DS, Areia, DMGS, K, Kr, Ki, Silte e Si), CP2 (MA, DMPU, DMGU, θS, VTP, IEAP e IEAG) CP3 (C, α, N, DMPS e θr), CP4 (ADA, GF e n) e CP6 (N). A partir da ACP, foi possível comparar e discriminar os solos de acordo com os atributos estudados por se tratarem de solos com granulometria e composição química/mineralogica diferentes. Os solos LV, NV e CX apresentaram comportamentos distintos no ambiente ACP, enquanto que os solos LVA e LA apresentaram-se semelhantes. Portanto, os solos mais intemperizados apresentam maior capacidade de reter água do que os solos menos intemperizados. As propriedades químicas e físicas, principalmente aquelas relacionadas ao grau de intemperismo e à estrutura do solo, têm um impacto significativo na capacidade de retenção de água do solo.
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    Caracterização, mapeamento, volume de água e estoque de carbono da turfeira da área de proteção ambiental Pau-de-Fruta em Diamantina – MG.
    (2009) Campos, José Ricardo da Rocha; Silva, Alexandre Christófaro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christófaro; Grazziotti, Paulo Henrique; Souza, Cláudio Márcio Pereira de; Guilherme, Luiz Roberto Guimarães
    A turfeira é formada pelo acúmulo em sucessão de restos vegetais, em locais que apresentam condições que inibem a atividade de microrganismos decompositores, como excesso de umidade, baixo pH, escassez de oxigênio e temperaturas amenas. Em Diamantina, esse pedoambiente é encontrado na Área de Proteção Ambiental - APA Pau-de-Fruta, situada a 6 km da sede do município, a uma altitude média de 1366 m. A APA está inserida na Serra do Espinhaço Meridional, sua litologia é predominantemente quartzítica e a vegetação é típica de campo rupestre, com pequenas ilhas de cerrado denominadas capões, que se adaptaram ao ambiente hidromórfico. O ambiente é oligotrófico e apresenta elevados teores de Al3+ e valores de saturação por alumínio. As turfeiras formadas nessa área apresentam verticalmente uma estrutura bem definida, sendo que as camadas mais superficiais foram classificadas, de acordo com seu estágio de decomposição, como fíbricas, as intermediárias como hêmicas e as camadas mais profundas, como sápricas. A turfeira, por ser um ambiente de acúmulo de matéria orgânica em condições de baixa atividade de O2, favorece a formação e a manutenção de substâncias húmicas, sobretudo as frações menos solúveis, de forma que o teor de humina é maior que os teores de ácidos húmicos que, por sua vez, são maiores que o teor de ácidos fúlvicos. A turfeira, devido ao seu comportamento tipo esponja, apresenta grande importância na dinâmica da água nessa região, de forma que, nos períodos chuvosos, ela armazena água em seus poros e a libera de forma gradativa com o passar do tempo. A turfeira da APA Pau-de-Fruta ocupa 81,75 ha, armazena cerca de 629.782 m3 de água e estoca em torno de 33.129 toneladas de carbono. Dessa forma, a turfeira da APA Pau-de-Fruta representa um considerável reservatório natural de água, bem como o importante ambiente de sequestro de carbono e é fundamental para o abastecimento de água da cidade de Diamantina.