PPGPV - Mestrado em Produção Vegetal (Dissertações)

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    Impacto das mudanças climáticas utilizando modelo de nicho ecológico baseado em limiares térmicos de germinação e identificação de áreas para o uso sustentável da sempre-viva Syngonanthus nitens (Bong.) Ruhland
    (UFVJM, 2023) Mendes, Débora Sampaio; Silva, Ricardo Siqueira da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    O capim dourado ou sedinha é o nome popular dado à sempre-viva Syngonanthus nitens (Bong.). Ruhland (Eriocaulaceae), ela representa importante fonte de renda para comunidades espalhadas por Minas Gerais, Bahia e Tocantins, e é utilizada para confecção de artesanatos, como joias e assessórios que são muito valorizados no mercado mundial. O objetivo deste trabalho é determinar os limiares térmicos e de umidade de S. nitens, mapear e prever a distribuição atual e futura no mundo, além de identificar as áreas com potencial de ocorrência e prioridade para o uso sustentável de S. nitens na Serra do Espinhaço Meridional (SdEM) utilizando a análise multicritério (AMC) associada ao modelo de pesquisa operacional Analytic Hierarchy Process (AHP). Inicialmente foram compilados os dados georreferenciados de distribuição da espécie no GBIF (Global Biodiversity Information Facility) e através de revisão de literatura. Os dados biológicos de temperatura e umidade foram coletados na Comunidade Quilombola Raiz, localizada em Presidente Kubitschek, Minas Gerais, e através de experimento de germinação realizado no laboratório LIPEMVALE (Laboratório Integrado de Pesquisas Multiusuário dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri). As informações biológicas da espécie e dos locais de ocorrência foram usadas para definir os parâmetros biológicos no Climex. Por fim, os mapas foram confeccionados no ArcGIS. Foram encontrados 92 registros de ocorrência da espécie, todos situados na América do Sul. O modelo se mostrou confiável, já que todas as ocorrências se encontram em áreas com alta adequabilidade climática prevista pelo nosso modelo. Em cenários futuros para 2050 e 2100 é observada uma diminuição das áreas com alta adequabilidade para S. nitens. A ferramenta de análise de multicritérios evidenciou maior representatividade para aquelas áreas classificadas com potencial “extremamente alto” representando 33% da área total da SdEM, isso é o mesmo que 1.623,68 km². As áreas com prioridade média, alta e extremamente alta representam 16,3% da área total da SdEM.
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    Hidropedologia de uma topossequência no prolongamento da Depressão São Franciscana no noroeste de Minas Gerais
    (UFVJM, 2023) Amaral, Iara Cristina Nunes do; Terra, Fabrício da Silva; Terra, Ingrid Horák; Rocha, Wellington Willian; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    A hidropedologia é um ramo da ciência do solo que integra o estudo dos componentes do solo e da água e suas relações. Na região do prologamento da depressão São Franciscana localizada no município de Unaí, conhecida como Vão de Unaí-MG, tais estudos são incipientes. Esta região antes utilizada somente para a agricultura e pecuária de subsistência, começa a desenvolver em suas áreas agropecuária tecnificada com utilização da água para irrigação, principalmente por pivôs centrais. Essa água e também os solos explorados, se manejados de maneira incorreta, podem levar a sérios problemas econômicos e ambientais para a região. Portanto, o objetivo geral deste estudo foi avaliar a influência da pedologia e do intemperismo no comportamento da água no solo, em uma sequência topográfica composta pelas seguintes classes de solo: LATOSSOLO VERMELHO-LV/ topo; LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO-LVA/ terço superior da encosta (parte inicial); LATOSSOLO AMARELO-LA/ terço superior da encosta (parte inicial); NITOSSOLO VERMELHO-NV/ terço inferior da encosta (parte final), CAMBISSOLO HÁPLICO-CX/ sopé), localizada na região do Vão do município de Unaí (MG). Para tanto, foram avaliadas as curvas características de retenção da água no solo (CRAS) bem como atributos físico e químicos que impactam a CRAS. Alguns atributos dos solos (granulometria, densidades, porosidades, atributos relacionados à agregação e composição químicas) e o grau de intemperismo afetaram a retenção de água desses solos. Ao comparar as amostras estudadas de cada um dos perfis, percebe-se uma tendência de redução nos valores de θCC, θPMP e α partindo do LV, solo mais intemperizado e localizado no topo, em direção ao CX, solo mais incipiente e localizado no sopé. Ao aplicar a análise de correlação foi observada alta correlação entre grande parte desses atributos com as umidades e parâmetros da curva de retenção de água no solo. A partir da Análise por Componentes Principais foi possível observar que as 6 primeiras componentes explicaram 90% da variância total dos dados, sendo eles: CP1 (Al, Argila, H, Fe, θCC, θPMP, Ti, MI, IEAG, IEAP, α, θS, VTP, DP, DMPS, DS, Areia, DMGS, K, Kr, Ki, Silte e Si), CP2 (MA, DMPU, DMGU, θS, VTP, IEAP e IEAG) CP3 (C, α, N, DMPS e θr), CP4 (ADA, GF e n) e CP6 (N). A partir da ACP, foi possível comparar e discriminar os solos de acordo com os atributos estudados por se tratarem de solos com granulometria e composição química/mineralogica diferentes. Os solos LV, NV e CX apresentaram comportamentos distintos no ambiente ACP, enquanto que os solos LVA e LA apresentaram-se semelhantes. Portanto, os solos mais intemperizados apresentam maior capacidade de reter água do que os solos menos intemperizados. As propriedades químicas e físicas, principalmente aquelas relacionadas ao grau de intemperismo e à estrutura do solo, têm um impacto significativo na capacidade de retenção de água do solo.
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    Biologia floral e polinização de espécies de pitaia
    (UFVJM, 2023) Sena, Cíntia Gonçalves; Cruz, Maria do Céu Monteiro; Guimarães, Amanda Gonçalves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Há espécies de pitaia que são autocompatíveis, outras que são parcialmente autocompatíveis e, ainda, outras que são autoincompatíveis. Informações relacionadas à biologia floral e à polinização possibilitam identificar as causas da autoincompatibilidade e fatores que limitam a autopolinização em algumas espécies de pitaia. As características morfológicas das flores influenciam a autopolinização e limitam a quantidade de pólen que chega ao estigma das espécies autocompatíveis, reduzindo a frutificação e o tamanho dos frutos. Neste contexto, esta pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar a morfologia floral, a viabilidade de pólen, a receptividade do estigma e diferentes métodos de polinização nas espécies Selenicereus undatus (Haw.) - D. R. Hunt e Hylocereus polyrhizus (F.A.C.Weber) Britton & Rose. As avaliações foram realizadas em plantas com cinco anos de idade, provenientes de propagação assexuada (estaquia). O pomar está situado a 18°04'43"S, 43°27'28"W e 728 m de altitude, no estado de Minas Gerais, Brasil. O clima da região é Aw, tropical de altitude, com inverno seco e verão chuvoso. No período de florescimento das plantas, os botões florais foram selecionados e identificados para a avaliação da morfologia floral. A viabilidade de pólen, a receptividade do estigma e a realização de diferentes métodos de polinização na antese foram avaliadas a partir da seleção e da proteção dos botões florais na fase de pré-antese. Os dados de morfologia floral, de receptividade do estigma e de viabilidade polínica foram avaliados a partir de uma análise descritiva para cada espécie. Os dados dos métodos de polinização foram submetidos à análise de variância e comparação de médias, utilizando-se o teste Tukey, a 5% de probabilidade de erro. As espécies H. polyrhizus e S. untadus apresentam diferenças na morfologia floral, diferindo na quantidade e na coloração dos tecidos de proteção dos botões florais. Ambas as espécies apresentam flores completas, com órgão masculino e feminino. A hercogomia é mais acentuada na H. polyrhizus. A antese nas duas espécies é coincidente, com maior duração na S. undatus. Durante a antese, ambas as espécies apresentam os estigmas receptivos e disponibilidade de grãos de pólen viáveis, com anteras deiscentes antes da abertura das flores. H. polyrhizus apresentou autoincompatibilidade e S. undatus, autocompatibilidade. As sementes de polinização cruzada manual entre espécies e natural apresentaram maior taxa de germinação que às de autopolinização e polinização com pólen da mesma espécie. A polinização cruzada manual é uma prática de manejo essencial no cultivo de espécies de pitaia. A autopolinização na espécie autocompatível (S. undatus) resulta em baixo índice de frutificação e na formação de frutos fora do padrão comercial. Na H. polyrhizus, a polinização cruzada manual promoveu incremento de produtividade de 244% em relação à polinização natural. Os frutos da polinização cruzada manual recebem melhor classificação e, com a polinização natural, a maioria dos frutos não alcança o tamanho mínimo para a comercialização.
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    Ataque de Gargaphia lunulata (Hemiptera: Tingidae) e estresses fisiológicos em Cajanus cajan com adubação nitrogenada e inoculação de Rhizobium tropici
    (UFVJM, 2023) Almeida, Samuel Mendes; Soares, Marcus Alvarenga; Ferreira, Evander Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Soares, Marcus Alvarenga; Ferreira, Evander Alves; Veloso, Ronnie Von dos Santos; Valadares, Nermy Ribeiro; Bicalho, Thaís Ferreira
    O feijão-guandu, Cajanus cajan (L.) Millsp. (Fabaceae) é uma planta de grande importância nas regiões semiáridas, por ser fonte de proteína e vitaminas e ser tolerante à seca e a solos pouco férteis. A cultura depende do nitrogênio ofertado pela adubação mineral ou pela fixação biológica do nitrogênio. No entanto, esses dois métodos são pouco estudados para a cultura, e o nitrogênio mineral pode desencadear a atração de insetos-praga causadores de danos e perdas econômicas. Indivíduos de Gargaphia lunulata foram observados em plantas de C. cajan em casa de vegetação do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais, em Montes Claros, estado de Minas Gerais. O objetivo do trabalho foi relatar a primeira ocorrência de G. lunulata em Montes Claros, Minas Gerais e avaliar o efeito da inoculação de Rhizobium tropici e da adubação nitrogenada sob os parâmetros fisiológicos de C. cajan atacado ou não por G. lunulata. Este é o primeiro relato de G. lunulata danificando C. cajan em Montes Claros, norte do Estado de Minas Gerais, Brasil. Foram encontrados adultos e imaturos de G. lunulata colonizando plantas de três genótipos de C. cajan (BRS03, BRS04 e IAPAR 43). As plantas atacadas e não atacadas por G. lunulata e sem efeito da adubação e inoculação foram agrupadas em cinco clusters. Já as plantas sob efeito da adubação e inoculação não atacadas por G. lunulata foram agrupadas em três clusters e as plantas atacadas, em 5 clusters. De forma geral, as plantas sob ataque de G. lunulata apresentaram valores mais altos de Fo e, mais baixos de Fv/fm e ETR. A análise de K-means indicou que a inoculação, adubação base e nitrogenada alteram as respostas fisiológicas dos genótipos sob ataque ou não de G. lunulata. As plantas foram adequadas para este inseto como abrigo, fonte de alimento e local de reprodução. As injúrias provocadas por G. lunulata apresentam potencial para provocar prejuízos econômicos ao cultivo de C. cajan.
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    Potential risk of invasive Ophelimus eucalypti (Hymenoptera: Eulophidae) in the present and under predicted climate change
    (UFVJM, 2023) Farnezi, Priscila Kelly Barroso; Silva, Ricardo Siqueira da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Ricardo Siqueira da; Veloso, Ronnie Von dos Santos; Soares, Marcus Alvarenga; Oliveira, Ruan Carlos de Mesquita
    Ophelimus eucalypti, conhecida como vespa-da-galha, é nativa da Austrália e causa danos aos plantios de eucalipto devido ao intenso desfolhamento e redução da qualidade da madeira. A espécie ainda é pouco disseminada pelo mundo, no entanto está sob risco de invasão em algumas regiões. Para traçar estratégias para evitar invasões biológicas em países que ainda não ocorrem, é fundamental conhecer os fatores ambientais que influenciam na sobrevivência e estabelecimento de uma espécie. Portanto, objetivamos elaborar modelos de distribuição espaço-temporal de O. eucalypti através do software de modelagem CLIMEX, afim de identificar regiões com condições ambientais favoráveis para a espécie no tempo atual e para os anos de 2050 e 2100, além de, avaliar o índice de crescimento semanal (GIw) para o Brasil e identificar as variáveis que mais influenciam na adequabilidade da espécie. Foram identificadas trinta e cinco ocorrências do inseto pelo mundo, não havendo registros no continente americano. Os modelos sugerem que grande parte das regiões das Américas têm condições adequadas para o desenvolvimento de O. eucalypti, com destaque América Central e do Sul, que apresentam áreas com alta aptidão climática. Para condições climáticas futuras nos anos de 2050 e 2100, os modelos indicam de forma geral uma redução das áreas aptas. Já para avaliação sazonal demonstraram que o Brasil possui adequação climática para a espécie durante a maior parte do ano. A análise de sensibilidade demonstra que a temperatura e as taxas de estresse influenciam na distribuição das espécies nas regiões do mundo.
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    Modelo de adequação climática global para Paropsisterna bimaculata em cenários atual e de mudanças climáticas
    (UFVJM, 2023) Coelho, Fernanda de Aguiar; Silva, Ricardo Siqueira da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Ricardo Siqueira da; Soares, Marcus Alvarenga; Assis Júnior, Sebastião Lourenço de; Araújo, Tamiris Alves de
    Paropsisterna bimaculata, também conhecida como besouro da folha, é uma praga florestal nativa da Tasmânia, estado insular da Austrália. O inseto é responsável por gerar grandes prejuízos em plantações comerciais de eucalipto na região. Tanto as larvas quanto os adultos se alimentam de variadas espécies da cultura. No entanto, seus principais hospedeiros nativos incluem árvores de eucalipto produzidas em áreas de maiores altitudes. Variáveis climáticas estão diretamente ligadas às trajetórias e padrões de surtos populacionais dos insetos em plantações florestais. Fatores ambientais que descrevem a distribuição geográfica atual e previsões de áreas adequadas para P. bimaculata auxiliam na elaboração de estratégias preventivas onde a praga ainda não está presente. Nesse sentido, o objetivo do nosso trabalho foi desenvolver modelos de distribuição espaço-temporal de P. bimaculata, com o uso do software CLIMEX Versão 4.0, para: (i) identificar regiões que possuem adequação climática para a espécie no clima atual e (ii) em cenários futuros de mudanças climáticas, para averiguar o comportamento da distribuição da espécie ao longo dos anos de 2050, 2080 e 2100, em relação ao clima. Posteriormente, foi realizada uma análise de sensibilidade para determinar os parâmetros que têm maior influência sobre os resultados do melhor ajuste do modelo para P. bimaculata. Os modelos gerados sugerem que regiões de climas temperados e de altas altitudes sejam mais adequadas para o desenvolvimento da praga, com maior evidência de áreas aptas na Europa e América do Sul. As projeções para os cenários de mudanças climáticas apontam um aumento de áreas adequadas para a espécie em 1,51% em todo o mundo, até o ano de 2100. Nossa projeção mostrou uma expansão de áreas altamente adequadas para P. bimaculata em direção ao pólo norte e uma diminuição das áreas aptas próximas à linha do equador. Na análise de sensibilidade, as três categorias de adequação: de áreas inadequadas, moderadamente adequadas e altamente adequadas foram mais sensíveis em relação aos parâmetros de TTCS e TTHS, indicando maior sensibilidade da espécie em relação aos estresses por frio e calor.
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    Avaliação do composto orgânico acidificado com enxofre elementar ou sulfato de amônio no crescimento de plantas de milho
    (UFVJM, 2022) Bispo, Nicarla da Silva; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Silva, Enilson de Barros; Grazziotti, Danielle Cristina Fonseca Santos
    O composto orgânico é um fertilizante orgânico que pode melhorar a qualidade do solo e reduz o uso de fertilizantes químicos. No entanto, a liberação de hidroxilas durante o processo de compostagem eleva o pH do composto e consequentemente do solo, o que pode limitar as quantidades a serem aplicadas no solo. Este trabalho teve como objetivo avaliar se a adição prévia de enxofre elementar ou sulfato de amônio ao composto orgânico permite a aplicação de maiores doses de composto ao solo, e assim aumentar a fertilidade do solo e o crescimento e nutrição das plantas de milho. Experimentos independentes e idênticos foram realizados em vasos em casa de vegetação com amostras de um Latossolo Vermelho distrófico (LVd) e de um Neossolo Quartzarênico Órtico típico (NQ). Os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 4 x 3 e um tratamento adicional, sendo a adubação das plantas de milho com as doses 4, 8, 6 e 32 kg m-3 do composto previamente acidificado com 16 g dm-3 enxofre elementar (CO+S0), e 8 g dm-3 sulfato de amônio (CO+SA) e, do composto sem acidificação (CO), mais o tratamento controle sem adição de adubação (controle). O pH máximo no LVd foi de 6,7 na dose 26 kg m-3 de CO, 2,2 unidades maior do que o pH do solo controle (pH = 4,5). No NQ, os três adubos, em média, aumentaram o pH de 5,0 para 5,8 na dose 20 kg m-3. A adubação dos dois solos com quantidades crescentes dos três adubos aumentou os teores de nutrientes no solo (P, K, Ca, Mg, Fe, Zn e Mn). Os adubos orgânicos proporcionaram maiores teores de Ca e Mg nos dois solos, maiores disponibilidades de K no NQ e maiores disponibilidades de Zn, Mn e Fe no LVd. Em relação ao crescimento das plantas de milho adubadas com os adubos orgânicos, a altura, diâmetro de colmo, massa seca da parte aérea e das raízes foram maiores no LVd adubado com CO+S0 e no NQ adubado com CO+SA. Nos dois solos, em geral, em relação ao controle, o uso dos adubos orgânicos aumentou os conteúdos foliares de P, K, Ca e Mg e não influenciou os conteúdos de Mn e Zn. A adição de S0 ou SA foi mais eficiente para reduzir a elevação do pH no LVd e que no NQ. A adição de S0 ou SA ao composto não permitiu a aplicação de maiores doses de compostos nos dois solos.
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    Modelagem de nicho ecológico de macrófitas e risco de invasão em hidrelétricas brasileiras
    (UFVJM, 2023) Duque, Tayna Sousa; Santos, José Barbosa dos; Silva, Ricardo Siqueira da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Silva, Ricardo Siqueira da; Mucida, Danielle Piuzana
    Macrófitas invasoras causam redução na biodiversidade e prejuízos socioeconômicos. O Brasil é o maior gerador de hidroeletricidade da América Latina e a presença dessas espécies pode comprometer a produção de energia. A invasão biológica de espécies é influenciada por características biológicas, mudanças climáticas, alterações antropogênicas e histórico de introdução. Modelos de distribuição de espécies (SDMs) são utilizados para identificar áreas susceptíveis à ocorrência de invasoras considerando mudanças climáticas. Urochloa subquadripara é uma macrófita invasora que tem colonizado diferentes ambientes no Brasil. Estudos que alertam sobre os riscos de invasão pela espécie são essenciais, porque estratégias de prevenção são menos onerosas que de controle. O objetivo desse estudo foi desenvolver um modelo de distribuição potencial para U. subquadripara baseado na coocorrência com Eichhornia crassipes e Salvinia minima, e, estabelecer uma análise de risco de invasão de hidrelétricas brasileiras. Os SDMs foram gerados, com o auxílio do software CLIMEX, considerando a distribuição atual e informações de U. subquadripara, E. crassipes, e S. minima e, a coocorrência foi feita a partir da tomada de decisão multicritério. A análise de risco de invasão em hidrelétricas considerou a ocorrência da espécie, área do reservatório e meses com adequação climática. Observou-se que a ocorrência das três espécies se dá majoritariamente em regiões tropicais e subtropicais, e que com mudanças climáticas, macrófitas podem se deslocar para o hemisfério norte, com risco de invasão em lagos. No hemisfério sul, os riscos são principalmente no Brasil, país com maior diversidade de macrófitas, e África subsaariana, local com maior número de espécies endêmicas. A análise alerta o risco alto ou moderado de invasão por U. subquadripara em 79% das maiores hidrelétricas do país, incluindo três das cinco maiores do mundo. Identificar locais com risco de invasão por U. subquadripara permite a prevenção e detecção precoce da espécie, minimizando prejuízos à biodiversidade, geração de hidroeletricidade.
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    "Clones de Eucalyptus responsivos à inoculação de fungos ectomicorrízicos"
    (UFVJM, 2022) Silva, Diana Marques; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Costa, Márcia Regina da; Lopes, Carla Aparecida Ragonezi Gomes
    Atualmente, tem crescido o interesse no setor florestal por estratégias que aumentem a produtividade dos plantios de Eucalyptus de forma sustentável. Os fungos ectomicorrízicos desempenham papel fundamental nos ciclos de carbono e nutrientes nos ecossistemas. Esses microrganismos conferem diversos benefícios ao hospedeiro como melhora do estado nutricional e maior resistência a estresses bióticos e abióticos. Os objetivos deste trabalho foram realizar uma revisão enfatizando a importância e os benefícios proporcionados pelos fungos ectomicorrízicos e seu potencial biotecnológico para o Eucalyptus e avaliar os benefícios da inoculação desses fungos na sobrevivência e crescimento de mudas de clones de Eucalyptus. Na revisão foram abordados principalmente os resultados já obtidos com o uso desses microrganismos no setor florestal e o seu potencial biotecnológico. Na segunda etapa deste estudo, os tratamentos foram dispostos em esquema fatorial 5x5, sendo: cinco clones crescidos em substrato com baixa adubação de P inoculados com micélio vegetativo dos isolados D5 e D17 de Pisolithus sp. em separado e em conjunto (D5+D17) e dois tratamentos não inoculados, um em substrato com baixo teor de P (Controle Baixo P) e outro em substrato com alto teor de P (Controle Alto P). A inoculação das mudas promoveu aumento na qualidade e nas características de crescimento das mudas dos clones AEC2, AEC3 e AEC5. Os clones AEC1 e AC4 não foram beneficiados e nem prejudicados pela inoculação. O isolado D17 de Pisolithus sp. é o mais promissor para inoculação em estacas de Eucalyptus em viveiros comerciais. Os clones AEC2, AEC3 e AEC5 foram responsivos a inoculação por fungos ectomicorrízicos e os clones AEC1 e AEC4 foram pouco responsivos a adubação fosfatada e não responsivos a inoculação. Os benefícios da inoculação foram dependentes do isolado fúngico e do clone de Eucalyptus.
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    Morfologia de Bedellia somnulentella Zeller, 1847 (Lepidoptera: Bedelliidae)
    (UFVJM, 2022) Pinheiro, Rodrigo Almeida; Soares, Marcus Alvarenga; Santos, Conceição Aparecida dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Soares, Marcus Alvarenga; Santos, Conceição Aparecida dos; Menezes, Claubert Wagner Guimarães de; Assis Júnior, Sebastião Lourenço de
    RESUMO GERAL: Bedellia somnulentella Zeller (Lepidoptera: Bedelliidae) é um microlepidóptero minador, de hábito crepuscular, distribuição cosmopolita, e considerado também uma das principais pragas de Ipomoea batatas (Convolvulaceae), causando danos à área foliar e reduzindo a taxa fotossintética e produtividade do hospedeiro. Esse microlépidoptero foi registrado recentemente no Brasil, estando restrito ao estado de Minas Gerais, em três municípios, atacando plantas de I. batatas, seu principal hospedeiro. Informações morfológicas sobre essa espécie são escassas, justificando este trabalho que tem como objetivo identificar características morfológicas para facilitar a identificação dos imaturos, bem como encontrar parâmetros que permitam o dimorfismo sexual em imaturos (e.g. pupa) e adultos de B. somnulentella. Os insetos utilizados no estudo foram adquiridos de criação feita no laboratório de Biologia celular da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), onde foram fotografados com câmera Canon EOS Rebel 54 T7I e luzes LED© Segurimax, ilustrados com Adobe Illustrator versão 2020 e realizada a análise da morfologia externa de pupas e adultos. O microscópio eletrônico de varredura utilizado foi Hitachi modelo TM 3000. Treze parâmetros foram definidos para mensuração de pupas e adultos de B. somnulentella e medidos com ImageJ. Os caracteres morfométricos de pupas e adultos, bem como o peso das pupas foram submetidos ao teste t (P<0,005) de probabilidade pelo Software R Core Team. A nova descrição dos imaturos de B. somnulentella colaborou com o enriquecimento de informações que auxiliam na identificação da espécie. Os dados morfológicos, bem como o registro dos diferentes estágios do hospedeiro auxiliam na identificação. O peso de pupas é um parâmetro seguro visando a sexagem. A presença de dois frênulos nas asas posteriores de fêmeas, os cercos alongados presentes e a diferença no último segmento abdominal dos adultos de B. somnulentella, além da posição de cópula dos adultos fornecem características na separação dos sexos. O comprimento total, largura da cabeça, largura do olho, comprimento da antena, comprimento das asas anteriores e comprimento dos tergitos abdominais das pupas fêmeas de B. somnulentella são maiores que naquelas masculinas. O comprimento do último tergito abdominal é maior em pupas masculinas. O comprimento total foi maior nas fêmeas de B. somnulentella bem como, envergadura das asas e largura do abdômen são os principais parâmetros morfométricos que diferenciam os machos das fêmeas enquanto os caracteres de comprimento da antena, largura do tórax, comprimento do abdômen são maiores em machos, sendo parâmetros seguros de dimorfismo sexual em B. somnulentella.