PPGPV - Mestrado em Produção Vegetal (Dissertações)
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Item Fenologia e germinação de sementes de Chamaecrista debilis (Vogel) Irwin e Barneby (Leguminosae-Caesalpinioideae).(2012) Araújo, José Eduardo Vargas Lopes de; Mendonça Filho, Carlos Victor; Nery, Marcela Carlota; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nery, Marcela Carlota; Mendonça Filho, Carlos Victor; Antonnini, YasmineA família Leguminosae é composta por cerca de 727 gêneros e 19.325 espécies e, é bem representada na Serra do Espinhaço, considerada Reserva da Biosfera pela UNESCO, portadora de alto grau de endemismos e espécies raras, que vem sofrendo com a perda de habitats pela ação antrópica. Muitas espécies de leguminosas apresentam potencial para recuperação de áreas degradadas, uma vez que possuem associação com bactérias fixadoras de nitrogênio, principalmente as do gênero Chamaecrista. Contudo, existem poucas informações a respeito das espécies desse gênero. E, considerando a importância biológica dos campos rupestres, a ecológica das leguminosas e a lacuna de conhecimento que se tem sobre as espécies da flora na Cadeia do Espinhaço no Planalto de Diamantina, MG, esse estudo teve como objetivo conhecer os aspectos relacionados à fenologia e germinação de sementes de Chamaecrista debilis (Vogel) Irwin e Barneby. As observações fenológicas foram realizadas em áreas de campos rupestres no campus da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Diamantina-MG. Os testes de germinação foram conduzidos no Laboratório de Sementes da UFVJM. Foram marcados e monitorados 30 indivíduos da espécie, onde avaliou-se quinzenalmente, de abril de 2010 a março de 2011, as seguintes fenofases: caducifolia, brotação, floração e dispersão. Verificou-se que a brotação e floração, estiveram associadas com a estação úmida enquanto a dispersão e a queda de folhas com a estação seca. Para avaliar a germinação foi efetuado um teste de germinação com 12 tratamentos: testemunha, escarificação com lixa d’água n.80, imersão em água a 100oC por 5, 10, 15 , 30 e 60 segundos e imersão em ácido sulfúrico concentrado por 5, 10, 15, 30 e 60 segundos. Foram avaliadas as porcentagens de germinação das sementes, o índice de velocidade de germinação e do teor de água das sementes de Chamaecrista debilis. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições, e as médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott, a 5% de probabilidade. Os dados indicaram que a sazonalidade climática da região é determinadora dos padrões fenológicos em Chamaecrista debilis. Para a germinação verificou-se que as sementes apresentaram teor de água de 11,71%. Os tratamentos com água a 1000C a 5, 10 e 15 segundos e ácido sulfúrico a 15 segundos foram os mais eficientes em promover a germinação.Item Fenologia, biologia reprodutiva, germinação e desenvolvimento inicial de Cipocereus minensis subsp. leiocarpus N.P. Taylor & Zappi (Cactaceae) no planalto de Diamantina-MG(2012) Lopes, Liliane Teixeira; Oliveira, Maria Neudes Sousa de; Mendonça Filho, Carlos Victor; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mendonça Filho, Carlos Victor; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Antonini, Yasmine(Fenologia, biologia reprodutiva, germinação e desenvolvimento inicial de Cipocereus minensis subsp. leiocarpus N.P.Taylor & Zappi (Cactaceae) no planalto de Diamantina-MG). No Brasil a família Cactaceae é representada por 160 espécies, das quais 26% ocorrem em campos rupestres. Cipocereus minensis é uma Cactaceae endêmica dos campos rupestres da porção mineira da cadeia do Espinhaço. Neste estudo pretendeu-se avaliar os ritmos de produção de flores e frutos da espécie, sua biologia floral e reprodutiva, além de conhecer seus visitantes florais e prováveis dispersores de sementes, numa área de campo rupestre do planalto de Diamantina-MG. Foram realizados testes de germinação de sementes e avaliado o desenvolvimento inicial das plantas em diferentes substratos. A espécie apresentou características florais como antese noturna, flores brancas, volume abundante de néctar e estruturas do perianto rígidas que sugeriram polinização por morcegos. No entanto, observou-se também a presença de polinizadores diurnos como beija-flores. O sistema reprodutivo de C. minensis é alogâmico, auto-incompatível e os visitantes noturnos foram mais eficientes que os diurnos na formação de frutos. O padrão fenológico de floração e frutificação é subanual, com picos de floração no início e meio da estação seca, em abril e julho, respectivamente. Um outro pico foi observado na estação úmida, em novembro, com menor produção de flores, porém com maior taxa de conversão flor/fruto. C. minensis é uma espécie bem adaptada à sazonalidade climática. Os frutos apresentaram diferenças significativas com relação à época de coleta quanto ao comprimento, diâmetro e peso, com maiores valores na estação úmida. A média do número de sementes por fruto foi de 958,63 ± 369,35, o peso de 1000 sementes foi de 0,53 g e a média do comprimento das sementes foi de 1,5 mm. As maiores taxas de germinação foram obtidas após nove e doze meses de armazenamento (75% e 72%, respectivamente), ou em frutos coletados no estágio mais avançado de maturação (72%). No crescimento inicial as plantas apresentaram maiores diâmetros e alturas no substrato preparado na proporção 1:1:1, composto de areia, solo vermelho e esterco de boi. O armazenamento favoreceu a germinação, que também foi alta em frutos coletados em estágios mais avançados de maturação. Substratos com melhor drenagem e aeração favoreceram um melhor desenvolvimento inicial de plantas dessa espécie. Estas informações darão subsídios para o desenvolvimento de estratégias de conservação e manejo da espécie.