PPGPV - Mestrado em Produção Vegetal (Dissertações)
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Item Seletividade do inseticida deltametrina ao parasitoide Palmistichus elaeisis (Hymenoptera: Eulophidae)(UFVJM, 2016) Pereira, Elizangela Souza; Soares, Marcus Alvarenga; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Soares, Marcus Alvarenga; Assis Júnior, Sebastião Lourenço de; Veloso, Ronnie Von dos Santos; Menezes, Claubert Wagner Guimarães deO eucalipto pertence ao gênero Eucalyptus spp. (Myrtaceae) possui inúmeras espécies e variedades, prosperaram em diversos habitats. O controle químico é o principal método de controle de lepidópteros desfolhadores que atacam o eucalipto. O controle biológico é uma alternativa para tentar reduzir a utilização de produtos químicos nos sistemas florestais. O objetivo desta dissertação foi avaliar a seletividade do inseticida Decis 25 CE® (deltametrina) ao parasitoide Palmistichus elaeisis Delvare & LaSalle (Hymenoptera: Eulophidae) e estudar os efeitos sobre os parâmetros biológicos e os efeitos subletais ao longo de três gerações do parasitoide. O primeiro bioensaio foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, com nove tratamentos e dez repetições. Os tratamentos foram constituídos pelo controle (água destilada) e as concentrações de deltametrina: 0,64 mg i.a./L, 1,4 mg i.a./L, 3,10 mg i.a./L, 6,83 mg i.a./L, 15,03 mg i.a./L, 33,05 mg i.a./L, 72,7 mg i.a./L e 160 mg i.a./L aplicadas sobre o hospedeiro alternativo Tenebrio molitor Linnaeus (Coleoptera: Tenebrionidae). A deltametrina reduziu a taxa de parasitismo de P. elaeisis. Nas doses intermediárias (6,83 mg i.a./L – 33,05 mg i.a./L) o parasitismo ficou em torno de 65%, e nas doses mais elevadas (72,7 mg i.a./L e 160 mg i.a./L ) o parasitismo decresceu a 10%. Houve uma redução significativa na taxa de emergência com o aumento da concentração do inseticida. Não foram observadas diferenças significativas na longevidade parental e da prole de P. elaeisis. O comprimento da cápsula cefálica e da tíbia posterior apresentou diferenças significativas. O segundo bioensaio foi realizado com três tratamentos e vinte repetições. Os tratamentos foram constituídos pelo controle (água destilada), pela CL10= 11,12 mg de i.a/L e a CL50= 18, 54 mg de i.a/L. As pupas de T. molitor foram expostas ao inseticida através do método de imersão. Sessenta pupas de T. molitor foram mergulhadas por dois segundos em solução diluída para 100 mL com as concentrações do inseticida. Na primeira geração F1 da CL10 o parasitismo foi de 55% e a CL50 ficou em 30%. Na segunda geração a taxa de parasitismo da CL10 foi de 70% e a da CL50 foi de 40%. Na última geração avaliada, não houve diferenças significativas. A taxa de emergência das três gerações da CL10 apresentou diferenças significativas. Entretanto, a emergência das gerações F1, F2 e F3 da CL50 foram semelhantes entre si. A longevidade da prole de todas as gerações avaliadas apresentou diferenças significativas. A deltametrina afetou todos os parâmetros avaliados de P. elaeisis, podendo ser considerado extremamente nocivo, comprovando que este inseticida não é seletivo para esta espécie. Após três gerações o parasitoide ainda é afetado negativamente.Item Cera epicuticular e anatomia foliar de espécies do gênero Sida spp.(2011) Cunha, Viviane Cristina da; Santos, José Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Passos, Juliana Lanna; Ferreira, Evander AlvesDiversas espécies do gênero Sida são importantes plantas daninhas, principalmente em pastagens e culturas anuais. O conhecimento da anatomia e morfologia é fundamental para o controle químico das plantas, bem como o estudo dos mecanismos de penetração dos herbicidas. Características morfofisiológicas e composições químicas estão diretamente relacionadas à habilidade competitiva superior das culturas. O objetivo do trabalho foi fazer uma análise comparativa da produção de matéria seca, área foliar, quantidade de cera epicuticular e estudar a anatomia foliar de três espécies de Sida spp., em diferentes estádios de desenvolvimento, visando obter informações de possíveis barreiras à penetração de agroquímicos além de outras características envolvidas na capacidade competitiva pelos recursos naturais. A partir de criterioso trabalho fitossociológico em áreas de pastagens, observou-se maior índice de valor de importância para as espécies Sida urens, Sida spinosa e Sida rhombifolia. Essas espécies foram coletadas em três estádios fenológicos caracterizados como V1: formação de até 10 folhas completamente expandidas; V2: entre 11 folhas e antes do florescimento e R: após florescimento. As plantas foram cortadas rente ao solo e levadas ao laboratório para quantificação da área foliar, extração e quantificação da cera epicuticular, quantificação da matéria seca da parte aérea e trabalhos anatômicos a partir de cortes e impressões paradérmicas das folhas. Verificou-se, para os estádios V2 e R, maior número de folhas para a espécie Sida rhombifolia, seguida por S. spinosa em V2 e S. urens em R. Esses resultados foram relativamente proporcionais à área foliar para todas as espécies. S. spinosa na fase vegetativa produziu os maiores valores de AFE, não se observando diferenças entre as espécies avaliadas no estádio caracterizado por R. Para a quantidade de cera por unidade de área foliar, entre as espécies num mesmo estádio, verificou-se diferença somente na fase reprodutiva, onde S. spinosa produziu valor superior. Entre os estádios para cada espécie, observou-se decréscimo na quantidade de cera com a idade das plantas. A espécie Sida spinosa apresentou maior densidade estomática na fase R. As três espécies apresentaram menor densidade estomática, maior densidade tricomática e parede celular mais espessa no estádio V2. Conclui-se que as três espécies podem ser mais tolerantes à entrada de produtos químicos na fase vegetativa e a espécie S. spinosa pode ser mais susceptível na fase reprodutiva. De maneira integrada, os resultados esclarecem melhor as diferenças de sensibilidade das espécies a herbicidas e em relação à habilidade competitiva frente às diferentes plantas cultivadas.