PPGPV - Mestrado em Produção Vegetal (Dissertações)

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    Potential risk of invasive Ophelimus eucalypti (Hymenoptera: Eulophidae) in the present and under predicted climate change
    (UFVJM, 2023) Farnezi, Priscila Kelly Barroso; Silva, Ricardo Siqueira da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Ricardo Siqueira da; Veloso, Ronnie Von dos Santos; Soares, Marcus Alvarenga; Oliveira, Ruan Carlos de Mesquita
    Ophelimus eucalypti, conhecida como vespa-da-galha, é nativa da Austrália e causa danos aos plantios de eucalipto devido ao intenso desfolhamento e redução da qualidade da madeira. A espécie ainda é pouco disseminada pelo mundo, no entanto está sob risco de invasão em algumas regiões. Para traçar estratégias para evitar invasões biológicas em países que ainda não ocorrem, é fundamental conhecer os fatores ambientais que influenciam na sobrevivência e estabelecimento de uma espécie. Portanto, objetivamos elaborar modelos de distribuição espaço-temporal de O. eucalypti através do software de modelagem CLIMEX, afim de identificar regiões com condições ambientais favoráveis para a espécie no tempo atual e para os anos de 2050 e 2100, além de, avaliar o índice de crescimento semanal (GIw) para o Brasil e identificar as variáveis que mais influenciam na adequabilidade da espécie. Foram identificadas trinta e cinco ocorrências do inseto pelo mundo, não havendo registros no continente americano. Os modelos sugerem que grande parte das regiões das Américas têm condições adequadas para o desenvolvimento de O. eucalypti, com destaque América Central e do Sul, que apresentam áreas com alta aptidão climática. Para condições climáticas futuras nos anos de 2050 e 2100, os modelos indicam de forma geral uma redução das áreas aptas. Já para avaliação sazonal demonstraram que o Brasil possui adequação climática para a espécie durante a maior parte do ano. A análise de sensibilidade demonstra que a temperatura e as taxas de estresse influenciam na distribuição das espécies nas regiões do mundo.
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    Modelo de adequação climática global para Paropsisterna bimaculata em cenários atual e de mudanças climáticas
    (UFVJM, 2023) Coelho, Fernanda de Aguiar; Silva, Ricardo Siqueira da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Ricardo Siqueira da; Soares, Marcus Alvarenga; Assis Júnior, Sebastião Lourenço de; Araújo, Tamiris Alves de
    Paropsisterna bimaculata, também conhecida como besouro da folha, é uma praga florestal nativa da Tasmânia, estado insular da Austrália. O inseto é responsável por gerar grandes prejuízos em plantações comerciais de eucalipto na região. Tanto as larvas quanto os adultos se alimentam de variadas espécies da cultura. No entanto, seus principais hospedeiros nativos incluem árvores de eucalipto produzidas em áreas de maiores altitudes. Variáveis climáticas estão diretamente ligadas às trajetórias e padrões de surtos populacionais dos insetos em plantações florestais. Fatores ambientais que descrevem a distribuição geográfica atual e previsões de áreas adequadas para P. bimaculata auxiliam na elaboração de estratégias preventivas onde a praga ainda não está presente. Nesse sentido, o objetivo do nosso trabalho foi desenvolver modelos de distribuição espaço-temporal de P. bimaculata, com o uso do software CLIMEX Versão 4.0, para: (i) identificar regiões que possuem adequação climática para a espécie no clima atual e (ii) em cenários futuros de mudanças climáticas, para averiguar o comportamento da distribuição da espécie ao longo dos anos de 2050, 2080 e 2100, em relação ao clima. Posteriormente, foi realizada uma análise de sensibilidade para determinar os parâmetros que têm maior influência sobre os resultados do melhor ajuste do modelo para P. bimaculata. Os modelos gerados sugerem que regiões de climas temperados e de altas altitudes sejam mais adequadas para o desenvolvimento da praga, com maior evidência de áreas aptas na Europa e América do Sul. As projeções para os cenários de mudanças climáticas apontam um aumento de áreas adequadas para a espécie em 1,51% em todo o mundo, até o ano de 2100. Nossa projeção mostrou uma expansão de áreas altamente adequadas para P. bimaculata em direção ao pólo norte e uma diminuição das áreas aptas próximas à linha do equador. Na análise de sensibilidade, as três categorias de adequação: de áreas inadequadas, moderadamente adequadas e altamente adequadas foram mais sensíveis em relação aos parâmetros de TTCS e TTHS, indicando maior sensibilidade da espécie em relação aos estresses por frio e calor.
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    Modelagem de nicho ecológico de macrófitas e risco de invasão em hidrelétricas brasileiras
    (UFVJM, 2023) Duque, Tayna Sousa; Santos, José Barbosa dos; Silva, Ricardo Siqueira da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos; Silva, Ricardo Siqueira da; Mucida, Danielle Piuzana
    Macrófitas invasoras causam redução na biodiversidade e prejuízos socioeconômicos. O Brasil é o maior gerador de hidroeletricidade da América Latina e a presença dessas espécies pode comprometer a produção de energia. A invasão biológica de espécies é influenciada por características biológicas, mudanças climáticas, alterações antropogênicas e histórico de introdução. Modelos de distribuição de espécies (SDMs) são utilizados para identificar áreas susceptíveis à ocorrência de invasoras considerando mudanças climáticas. Urochloa subquadripara é uma macrófita invasora que tem colonizado diferentes ambientes no Brasil. Estudos que alertam sobre os riscos de invasão pela espécie são essenciais, porque estratégias de prevenção são menos onerosas que de controle. O objetivo desse estudo foi desenvolver um modelo de distribuição potencial para U. subquadripara baseado na coocorrência com Eichhornia crassipes e Salvinia minima, e, estabelecer uma análise de risco de invasão de hidrelétricas brasileiras. Os SDMs foram gerados, com o auxílio do software CLIMEX, considerando a distribuição atual e informações de U. subquadripara, E. crassipes, e S. minima e, a coocorrência foi feita a partir da tomada de decisão multicritério. A análise de risco de invasão em hidrelétricas considerou a ocorrência da espécie, área do reservatório e meses com adequação climática. Observou-se que a ocorrência das três espécies se dá majoritariamente em regiões tropicais e subtropicais, e que com mudanças climáticas, macrófitas podem se deslocar para o hemisfério norte, com risco de invasão em lagos. No hemisfério sul, os riscos são principalmente no Brasil, país com maior diversidade de macrófitas, e África subsaariana, local com maior número de espécies endêmicas. A análise alerta o risco alto ou moderado de invasão por U. subquadripara em 79% das maiores hidrelétricas do país, incluindo três das cinco maiores do mundo. Identificar locais com risco de invasão por U. subquadripara permite a prevenção e detecção precoce da espécie, minimizando prejuízos à biodiversidade, geração de hidroeletricidade.
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    Modelling the climate suitability of Striga asiatica: a potential invasive weed of cereal crops
    (UFVJM, 2021) Araújo, Fausto Henrique Vieira; Silva, Ricardo Siqueira da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Ricardo Siqueira da; Santos, Abraão Almeida; Silva, Alexandre Ferreira da; Veloso, Ronnie Von dos Santos
    Striga asiatica, também, conhecida como erva-bruxa-asiática, é nativa da África Subsaariana e Ásia tropical. É uma planta daninha hemiparasita obrigatória de monocotiledôneas (arroz, milho, sorgo e trigo), por isso é um dos maiores problemas na produção de alimentos na África e uma ameaça para os países produtores de cereais da América e Europa. Um dos principais fatores que afeta a ocorrência dessa planta, são as variáveis climáticas. Fatores ambientais que explicam a ocorrência e previsões de áreas adequadas para S. asiatica são fundamentais para elaborar estratégias preventivas à entrada da praga em países ainda sem ocorrência. Deste modo, objetivamos elaborar modelos de distribuição espaço-temporal de S. asiatica usando o software de modelagem CLIMEX, para identificar regiões com clima favoráveis para a espécie no tempo atual e para os anos de 2050 e 2100, bem como, avaliar o índice de crescimento semanal (GIw) no Brasil. Os modelos propostos, sugerem que condições quentes e moderadamente secas, típicas da África e países como Brasil, sejam mais adequadas para o desenvolvimento de S. asiatica. Os países com maior risco de invasão de S. asiatica estão localizados na América do Sul e Europa. As projeções para os cenários de mudanças climáticas, apontam para uma expansão das áreas adequadas a planta daninha em 24,90% até o ano de 2100. Os modelos para avaliação sazonal demonstraram que elevadas precipitações, além dos períodos secos e frios comuns de regiões tropicais, causam impacto negativo no GIW para S. asiatica. A ocorrência de S. asiatica é associada a condições de chuva irregulares. De modo geral, quando associamos períodos com precipitação máxima de 53 mm por semana e temperatura acima de 20 ºC, o GIW se aproxima do índice ótimo, para todas as regiões avaliadas, indicando a influência da umidade do solo e temperatura. Na região Sudeste e Nordeste foram os locais com maior potencial de adequação para S. asiatica.