PPGPV - Mestrado em Produção Vegetal (Dissertações)

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    Insetos e crescimento de Terminalia argentea Mart & Zucc (Combretaceae) fertilizada com lodo de esgoto desidratado
    (UFVJM, 2019) Costa, Sarah Stéphane Diamantina da; Leite, Germano Leão Demolin; Santos, José Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Germano Leão Demolin; Ferreira, Evander Alves; Pegoraro, Rodinei Facco
    O bioma Cerrado tem sua vegetação natural fragmentada a cada dia, devido a desmatamentos que reduzem a qualidade do solo, a diversidade e tamanho de populações nativas de animais e vegetais, alterando o habitat de espécies de insetos e plantas. Tais impactos podem ser minimizados por meio da utilização de condicionadores orgânicos de solo, como o lodo de esgoto. Outra alternativa para recuperação de áreas degradas é o reflorestamento com espécies de plantas adaptadas como a Terminalia argentea Mart. & Zucc (Combretaceae). Nesse contexto, a avaliação da presença de insetos bioindicadores podem contribuir para identificação alterações ecológicas em sistemas sob recuperação de áreas degradadas. Assim o presente trabalho avaliou o crescimento da T. argentea e a presença de espécies de hemípteros fitófagos, seus inimigos naturais e formigas protocooperantes após a adubação com lodo de esgoto em área com solo degradado. O delineamento foi inteiramente ao acaso com dois tratamentos (aplicação de 20 dm3 por planta de lodo de esgoto desidratado e sem lodo de esgoto desidratado) com 24 repetições. Os números de insetos fitófagos e inimigos naturais foram contabilizados, quinzenalmente, em 48 árvores da espécie durante o período experimental. O uso do lodo de esgoto desidratado utilizado nas plantas de T. argentea, proporcionou condições favoráveis para o desenvolvimento da espécie, sendo assim, as plantas adubadas apresentaram maiores números de folhas/galho, galhos/planta e porcentagem de cobertura do solo (serapilheira, plantas herbáceas e gramíneas) comparada às plantas não adubadas. Plantas de T. argentea adubadas com lodo apresentaram maiores índices de diversidade, riqueza de espécies e abundância de formigas protocooperantes, índices de riqueza de espécies e abundâncias de Hemiptera fitófagos e predadores de Sternorryncha (Hemiptera). Dos Hemiptera fitófagos, Aphis spiraecola (Patch) (Aphididae) e Fulgoridae destacaram-se pelos seus maiores números em folhas dessa planta fertilizada. A fertilização das plantas de T. argentea aumentou as abundâncias de algumas espécies e famílias de inimigos naturais de Hemiptera fitófagos, tais como Dolichopodidae, Photinus sp., Brachymyrmex sp., Camponotus sp., Ectatoma sp., Pheidole sp. e P. termitarius. Por outro lado, Camponotus sp., Ectatoma sp. e formigas protocooperantes afetaram negativamente a abundância de predadores de Sternorryncha, e as formigas protocooperantes as de Dolichopodidae. As formigas Brachymyrmex sp. afetaram negativamente as de Syrphus sp., Camponotus sp. e Ectatoma sp. as de Dolichopodidae. A maior riqueza de espécies de predadores de Sternorryncha reduziu este índice ecológico dos Hemiptera fitófagos. Maiores abundâncias de A. spiraecola e Hemiptera fitófagos e riqueza de espécies destes afetaram positivamente as de Syrphus sp. e Dolichopodidae; e predadores de Sternorryncha com as de A. spiraecola e Hemiptera fitófagos. Com isso, o plantio T. argentea na presença de adubação com lodo de esgoto apresentaram-se como boa opção para recuperação de áreas degradadas.
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    Distribuição espacial de insetos fitófagos e de inimigos naturais em Leucaena leucocephala utilizada como quebra-vento em região de cerrado no Brasil
    (UFVJM, 2016) Damascena, Joyce Gomes; Leite, Germano Leão Demolin; Soares, Marcus Alvarenga; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Germano Leão Demolin; Veloso, Ronnie Von dos Santos; Soares, Marcus Alvarenga
    Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit. (Fabaceae: Mimosoideae), conhecida como leucena, é bastante cultivada no mundo pelo valor nutricional de suas folhas e ramos finos, sendo considerado um alimento completo para ruminantes e monogástricos, por isso utilizada em sistemas agrossilvipastoris. Espécie que também é empregada para reflorestamento de áreas degradadas podendo controlar erosões hídricas e eólicas, além de melhorar as condições ambientais. Além disso, leucena pode ser usada em quebra-vento, o que poderá influenciar na distribuição de pragas e inimigos naturais e dificultar a localização de plantas hospedeiras. A distribuição desses insetos na planta poderá ocorrer de acordo com fatores extrínsecos (ex.; vento, insolação), o que varia com a região que a cultura foi cultivada, e intrínseca (ex.; componentes físico-químicos) relacionados com genética da planta. O objetivo deste trabalho foi avaliar durante dois anos, a distribuição espacial de insetos fitófagos e de seus inimigos naturais ao longo da estratificação vertical do dossel (partes apical, média, basal e no tronco) e horizontal (orientação dos galhos quanto à exposição do sol nas faces norte, sul, leste e oeste) e da face foliar (adaxial e abaxial) em L. leucocephala. As avaliações foram realizadas estando L. leucocephala em quebra-vento com 100 metros de comprimento, disposto com duas fileiras centrais de Acacia mangium Willd. (Leguminosae) (espaçamento 3 x 3 m) e duas fileiras de L. leucocephala, uma de cada lado da A. mangium, com espaçamento de 3 m entre fileiras e 2 m entre plantas. Foram avaliados os números de insetos fitófagos, polinizadores e inimigos naturais, contados quinzenalmente, em 20 árvores de L. leucocephala (16 meses de idade) durante o período experimental. Essa contagem foi realizada por visualização direta, nas faces foliares (adaxial e abaxial)/folha, na parte apical, média e basal do dossel e nos galhos posicionados nas faces norte, sul, leste e oeste, entre 7 e 11 h da manhã. Além disso, os insetos foram contabilizados no tronco das 20 árvores/avaliação. Avaliaram-se os índices ecológicos (número de indivíduos, riqueza, diversidade e abundância de espécies). A fórmula de Colina foi usada para calcular a diversidade. Abundância e riqueza de espécies (S) foram calculadas pela fórmula de Simpson. Dominância-K foi calculada traçando a abundância percentual cumulativo contra log classificação de espécies. Os valores de dominância-K indica a distribuição de dominância e uniformidade dos indivíduos entre as espécies. As frequências de cada espécie de inseto nas amostras foram classificadas como constante, comum e rara. No geral, foi observado baixos índices de insetos em L. leucocephala, sendo encontradas 18 espécies raras, 3 comuns e 1 constante. Os maiores números de indivíduos tanto de fitófagos, quanto de inimigos naturais e polinizadores quanto à estratificação horizontal do dossel, foram observados na posição norte dos ramos. Para os índices de riqueza específica e diversidade de fitófagos foram observados maiores valores nos galhos voltados a oeste e, para os inimigos naturais, nos galhos voltados para norte/sul e oeste, respectivamente. Para as variáveis, número de indivíduos, riqueza específica e índice de diversidade quanto à estratificação vertical do dossel, os maiores valores para fitófagos foram observados na parte apical de L. leucocephala; e de inimigos naturais nas partes apicais e medianas, respectivamente. Os maiores valores de indivíduos, riqueza específica e índice de diversidade tanto para os fitófagos como os inimigos naturais, foram observados na face abaxial de L. leucocephala. Quanto à variável abundância, fitófagos mastigadores obtiveram maior índice na posição norte dos ramos, já sugadores, na posição oeste. Maior abundância de formigas foi encontrada na posição norte, e maior abundância de abelhas da espécie Tetragonisca angustula Latreille (Hymenoptera: Apidae) na posição oeste dos ramos do dossel de L. leucocephala. Quanto à estratificação vertical do dossel, maiores valores de abundância de fitófagos mastigadores e sugadores foi na região apical do dossel, o que também foi para formigas, já as abelhas T. angustula em maior abundância na região mediana do dossel de L. leucocephala. Quanto à face foliar, no geral, para todos os índices avaliados, os maiores valores foram encontrados na face abaxial das folhas de L. leucocephala. Com este estudo, podem-se estabelecer estratégias de monitoramento, sabendo-se que fitófagos, inimigos naturais e polinizadores estão em maior número de indivíduos na posição norte da região apical do dossel. Já a riqueza específica e diversidade, encontram-se maiores índices de fitófagos, inimigos naturais e polinizadores na posição oeste da região apical do dossel e no geral, encontrados na face abaxial das folhas de L. leucocephala.