PPGBA - Mestrado em Biologia Animal (Dissertações)

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    Análise da variação individual nos hábitos alimentares de Monodelphis domestica (Didelphimorphia, Didelphidae) utilizando rede de interações consumidor-recursos
    (UFVJM, 2021) Carvalho, Rone Fernando de; Lessa, Leonardo Guimarães; Santos, Thiago; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lessa, Leonardo Guimarães; Santos, Thiago; Rech, André Rodrigo; Camargo, Nícholas Ferreira de
    Investigamos a variação individual na seleção de recursos pelo marsupial Monodelphis domestica (Wagner, 1842) em uma área de Campo Rupestre do sudeste do Brasil. Avaliamos a variação individual na dieta entre as estações do ano e entre os sexos e analisamos o padrão de interações utilizando redes binárias de interações do tipo consumidor-recursos. Utilizamos uma amostra fecal por indivíduo capturado na formação das redes. Utilizamos a conectância, a sobreposição entre os indivíduos como medidas de rede e analisamos a ocorrência de padrões de aninhamento e modularidade. As redes apresentaram baixa conectância ao longo de todo o ano para ambos os sexos, interações fracamente aninhadas, menor sobreposição entre os indivíduos machos e durante a estação chuvosa. As redes durante a estação seca e de fêmeas não apresentaram evidências de padrões nas interações e apresentaram maior sobreposição entre os indivíduos. Os indivíduos apresentaram dieta onívora, com alta frequência de artrópodes, maior diversidade na estação chuvosa em relação a seca e entre os indivíduos machos em relação às fêmeas. Redes pouco conectadas indicam especialização na dieta, porém o aninhamento das interações na estação chuvosa e entre os machos indica a presença de indivíduos especialistas coexistindo com indivíduos mais generalistas. Uma maior diversidade na dieta e aninhamento foi observado na estação chuvosa e nos indivíduos machos indicando uma interação de fatores sazonal e sexual. O fraco aninhamento, a ausência de modularidade entre os indivíduos e a redução de sobreposição da estação seca para chuvosa, indicam um padrão de interações adequado ao modelo de seleção de recursos em que os indivíduos apresentam Preferências Compartilhadas.
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    Análise morfométrica da variação na forma do crânio e mandíbula em marsupiais da tribo Thylamyini (Didelphimorphia: Didelphidae)
    (UFVJM, 2021) Carminate, Marina Magalhães; Lessa, Leonardo Guimarães; Santos, Thiago; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lessa, Leonardo Guimarães; Santos, Thiago; Diniz Filho, José Alexandre Felizola; Marques, Rodrigo César
    Marsupiais didelfídeos da tribo Thylamyini apresentam grande variação geográfica em sua distribuição, no uso do habitat e hábitos alimentares, embora apresentem uma estrutura craniana conservada, pode haver impacto das variáveis preditoras (habitat e hábitos alimentares) na forma craniana e mandibular. Neste sentido, os objetivos deste trabalho foram investigar as variações na forma do crânio correlacionadas a dieta, distribuição e hábito locomotor, além de estimar a força do sinal filogenético neste processo. Analisamos a forma do crânio e mandíbula, empregando a morfometria geométrica, para 186 espécimes de oito espécies da tribo Thylamyini (Thylamys macrurus, T. karimii, T. velutinus, Gracilinanus agilis, G. microtarsus, Marmosops incanus, M. paulensis, e Cryptonanus agricolai) e estabelecemos 96 marcos anatômicos, sendo 33 marcos em vista dorsal do crânio, 25 marcos em vista ventral, 19 marcos em vista lateral e 19 marcos em vista lateral da mandíbula. Em seguida, retiramos o efeito da alometria, e avaliamos os principais eixos de variação e diferenciação da forma por meio de análises de componentes principais e variáveis canônicas das coordenadas de Procrustes (PCA e CVA). Por fim, construímos uma filogenia a partir de dados moleculares de espécimes da tribo Thylamyini utilizando análises bayesianas, afim de avaliar a forma do ancestral da tribo. Nossos resultados indicaram que de maneira geral, não há diferenças significativas de forma entre as oito espécies de Thylamyini, mesmo considerando as diferenças de dieta e uso do habitat entre as espécies. Ainda assim, foi possível correlacionar algumas estruturas morfológicas com dieta e hábito locomotor. Somente a vista ventral do crânio e mandíbula apresentaram sinal filogenético, enquanto a vista dorsal e lateral não, indicando maior plasticidade na forma das regiões neurocranianas do que nas regiões orocranianas.
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    Partição de recursos entre duas espécies simpátricas de Gracilinanus (Didelphimorphia: Didelphidae) em uma área de mata ciliar savânica: relação com o uso de ambiente e a dieta
    (UFVJM, 2017) Paula, Camilla de Souza; Azevedo, Cristiano Schetini de; Lessa, Leonardo Guimarães; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Azevedo, Cristiano Schetini de; Santos, Thiago; Talamoni, Sônia Aparecida
    Diversas espécies de pequenos mamíferos Neotropicais ocorrem em simpatria ao longo de suas áreas de distribuição e é relevante compreender os mecanismos que favorecem a coexistência das espécies e que controlam a estrutura da comunidade ecológica. O objetivo do presente estudo foi analisar os possíveis mecanismos de particionamento de recursos entre as espécies simpátricas Gracilinanus agilise G. microtarsus, avaliando o nicho alimentar e o nicho espacial.O estudo foi realizado no período de maio de 2016 a janeiro de 2017 em uma área de mata ciliar savânica, no Parque Estadual do Rio Preto, Minas Gerais. Analisamos a dieta das duas espécies através da frequência de ocorrência dos itens alimentares presentes nas fezes, além disso, estudamos o uso do espaço realizado pelas espécies e a relação com a heterogeneidade e complexidade ambiental. Analisamos a dieta das duas espécies através da frequência de ocorrência dos itens alimentares presentes nas fezes. As espécies apresentaram uma alta sobreposição de nicho no consumo de itens alimentares (CH=0,96), com algumas diferenças na frequência de ocorrência dos itens consumidos. Apesar dos itens mais frequentes nas amostras fazer parte da categoria dos invertebrados (Hymenoptera, Isoptera e Coleoptera), a proporção que esses itens apareceram nas amostras foi diferente para as duas espécies, além disso, a variedade de itens alimentares também diferiu entre as espécies, onde observamos a presença de flores nas amostras de G. agilis, e uma maior variedade de frutos nas amostras de G. microtarsus. Através das abundâncias relativas das espécies por estrato observamos que ambas utilizam preferencialmente o subbosque, além disso, observamos uma segregação espacial entre as espécies simpátricas de Gracilinanus, com G. agilis aparentemente ocorrendo mais na borda da mata e, sua congênere G. microtarsus, mais no interior da mata. Apesar da alta sobreposição de nicho alimentar observada, os resultados indicam que a coexistência das espécies simpátricas estudadas pode estar associada a dois mecanismos: a flexibilização no uso dos itens alimentares e particionamento no uso do espaço.