PPGBA - Mestrado em Biologia Animal (Dissertações)

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    Efeitos do estresse térmico no comportamento e morfofisiologia muscular do Astyanax brevirhinus (Characidae)
    (UFVJM, 2018) Monteiro, Riccelly Cristina Alcântara; Machado, Alex Sander Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Alex Sander Dias; Schorer, Marianne; Gomes, Vicente
    Os peixes por serem ectodérmicos são um excelente modelo para estudar as estratégias dos organismos frente as alterações da temperatura. O objetivo do presente trabalho foi relacionar o aquecimento ambiental às respostas comportamentais, alterações morfofisiológicas e a ativação de mecanismos moleculares de termoestabilidade celular em Astyanax brevirhinus. Para isso os animais foram submetidos ao aumento gradual da temperatura (+-2°C/h), a partir da temperatura ambiental (20°C) até 24°C, 28°C, 32°C. Após atingirem a temperatura de estudo os grupos experimentais foram mantidos por 2 horas nesta temperatura. Realizamos o experimento de Temperatura Crítica de Sobrevivência (TCS), onde os indivíduos foram expostos ao aumento de temperatura até o colapso fisiológico. Analisamos em relação ao aquecimento ambiental o comportamento, a morfologia e histopatologia do coração e músculo esquelético, a quantificação dos biomarcadores do estado redox e as expressões tecidual da proteína de estresse Hsp70 pela imuno-histoquímica. Os resultados mostraram que o A. brevirhinus apresentou comportamento agitado em relação ao aumento da temperatura até a temperatura de 33°C, quando passaram a ficar mais letárgicos. Os achados histopatológicos predominantes no músculo cardíaco e músculo esquelético relacionados ao aquecimento foram os infiltrados inflamatórios e necrose célular. No estudo do estado redox relacionado ao estresse térmico evidenciamos que o músculo cardíaco apresentou dano oxidativo, tanto na peroxidação lipídica como nos compostos carbonílicos resultantes de danos à proteínas. O músculo esquelético se manteve mais estável na produção de espécies reativas de oxigênio. A expressão da proteína Hsp70 aumentou com o aquecimento, contudo na TCS as Hsp70 também se desnaturaram. Concluímos que o aumento da temperatura causa danos morfológicos, fisiológicos e moleculares nos tecidos musculares, contudo mecanismos fisiológicos de termoestabilidade celular e tecidual são recrutados durante este processo e podem representar no A. brevirhinus possibilidades de adaptações orgânicas a novas temperaturas.
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    Efeito do aquecimento ambiental na morfofisiologia tegumentar do Lambari do Jequitinhonha - Astyanax brevirhinus (Characidae)
    (UFVJM, 2018) Martins, Fabiana Dias Trivelato; Machado, Alex Sander Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Alex Sander Dias; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Schorer, Marianne
    A temperatura é um dos fatores abióticos que tem maior influência na vida dos organismos aquáticos, define os limites de sobrevivência, as adaptações comportamentais, fisiológicas e moleculares. Este trabalho teve o objetivo de relacionar o efeito do aumento da temperatura às respostas comportamentais e fisiológicas, além da descrição histológica do tegumento do Astyanax brevirhinus. Os animais foram submetidos a um experimento de aumento da temperatura, a partir da temperatura da coleta ambiental (20°C) sendo aumentada gradualmente (24°C, 28°C, 32°C), até a temperatura crítica de sobrevivência (TCS), representada por colapsos fisiológicos. Cada temperatura quando atingida era mantida por um período de 2h e feitas gravações de vídeo na última hora do experimento para análise comportamental. Foram analisados os parâmetros físico-químicos da água, o comportamento dos animais, posteriormente foram eutanasiados e extraído o tecido tegumentar da região latero-caudal dos animais para análises histológicas, histopatológicas, imuno-histoquímica e espécies reativas de oxigênio (EROs). A descrição histológica do tecido demonstrou que o tegumento possui escamas, é constituído por um tecido epitelial apresentando células epiteliais, células de muco (caliciformes), células de alarme (claviformes) e células de pigmentação (melanóforos), seguido por uma derme formada por uma camada de tecido conjuntivo frouxo e denso, de onde se origina a escama. Na histopatologia do aquecimento encontramos, infiltrados inflamatórios, recrutamento de neutrófilos e áreas de necrose. A análise da expressão da proteína VEGF no tecido demonstrou relação qualitativa em todas as temperaturas, com maior expressão nos animais submetidos a TCS. Nos resultados do estudo de EROs foi evidenciado que a pele apresentou dano oxidativo, alterações na concentração da enzima antioxidante SOD, antioxidante não enzimático FRAP e biomarcadores TBARS. Os parâmetros físico-químicos da água como oxigênio dissolvido (OD) e pH também apresentaram alterações com o aumento da temperatura, influenciando nas respostas fisiológicas dos peixes. Os resultados desse estudo mostram que o aumento gradual da temperatura ativa recrutamento de mecanismos fisiológicos para a homeostase celular e tecidual na espécie estudada, além do limite térmico tolerado geram colapsos fisiológicos podendo levar a morte do indivíduo.