PPGBA - Mestrado em Biologia Animal (Dissertações)
Permanent URI for this collectionhttps://repositorio.ufvjm.edu.br/collections/24f69054-0d68-401c-82c5-5bddba97667d
Browse
Item Riqueza de cupins (Isoptera) na América do Sul(UFVJM, 2022) Ávila, Laura Simões de; Santos, Thiago; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Thiago; Santos, Conceição Aparecida dos; Cunha, Hélida Ferreira da; Machado, Evandro Luiz MendonçaCupins (Isoptera) são insetos eussociais distribuídos por todo o mundo, principalmente nas regiões tropicais, atualmente existem cerca de 3.176 espécies de cupins descritas, e a riqueza local das espécies de cupins é influenciada por fatores ambientais como altitude, clima, cobertura vegetal e outros. Há uma lacuna de conhecimento sobre a riqueza de cupins na América do Sul, assim este trabalho buscou descrever a riqueza de cupins da região usando metadados e compreender qual o conjunto de preditores ambientais (variáveis bioclimáticas, relevo, cobertura vegetal e esforço amostral) que melhor descreve essa riqueza. Foi realizada a busca por artigos científicos, por meio das plataformas Web of Science, PubMed, Scopus, Google Acadêmico e SciElo (termos de busca: levantamento, termit*, cupi*, isoptera, diversit*, richness), que fizeram levantamento de espécies e/ou estimaram a diversidade de cupins por todo o território da América do Sul. Os dados de espécies obtidos foram atualizados de acordo com as revisões sistemáticas recentes e descrições de novas espécies. Foram encontrados 172 artigos (132 eram do Brasil, 14 da Colômbia, 10 da Guiana Francesa, 8 da Argentina, 7 do Peru e 4 do Equador). Foram 536 pontos de coleta, com 431 espécies encontradas. A relação entre riqueza de cupins e os preditores ambientais foi modelada usando-se modelo aditivo generalizados (GAM), o qual indicou que precipitação do trimestre mais frio, sazonalidade de temperatura, sazonalidade de precipitação, precipitação do trimestre mais seco, índice de área foliar, zona da água na raiz, umidade do solo na zona da raiz, visitas e distância vertical à drenagem mais próxima formam o melhor conjunto de preditores e explicam 53,3% da deviância da riqueza de cupins encontrada nos trabalhos. A utilização de um conjunto de variáveis ambientais de grupos diferentes e a união de dados climáticos do WorldClim e dados de sensoriamento remoto, possibilitaram compreender as influencias dos preditores em diferentes escalas temporais e espaciais sobre a riqueza de cupins. O número de coletas é importante para a determinação do padrão de diversidade de cupins, e há uma escassez de estudos em grande escala sobre a riqueza de cupins e a relação dela com os fatores ambientais, assim, esse foi o primeiro trabalho desse tipo na região.