PPGPV - Doutorado em Produção Vegetal (Teses)
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Item Toxicidade e repelência do óleo de neem ao endoparasitoide Tetrastichus howardi (Hymenoptera: Eulophidae)(UFVJM, 2023) Caldeira, Zaira Vieira; Soares, Marcus Alvarenga; Veloso, Ronnie Von dos Santos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Inseticidas botânicos podem não ser inócuos a organismos benéficos, sendo importantes os trabalhos que estudam a seletividade desses produtos a inimigos naturais. O objeto foi avaliar a seletividade do óleo de neem ao endoparasitoide de larvas e pupas Tetrastichus howardi (Hymenoptera: Eulophidae) após diferentes formas de exposição. Foram realizados quatro bioensaios no Laboratório de Controle Biológico de Insetos da UFVJM. No bioensaio I, as fêmeas de T. howardi foram expostas de forma aguda ao óleo de neem, e após 24h de exposição foi avaliada a mortalidade dos parasitoides e confeccionada a curva dose-resposta e as CL10, CL50 e CL99 foram estimadas. No bioensaio II, fêmeas do parasitoide foram expostas de forma aguda às CL10 e CL50, e após 24h foram ofertadas pupas de Tenebrio molitor (Coleoptera: Tenebrionidae) para o parasitismo por 48h, para serem avaliados o índice de parasitismo, longevidade, emergência, razão sexual, período ovo-adulto, e morfometria das gerações parental e F1. No bioensaio III, foi avaliada a preferência de fêmeas de T. howardi por local contaminado ou não pelo óleo de neem, para verificação da repelência da azadiractina a esse organismo. No bioensaio IV, as fêmeas de T. howardi foram expostas ao óleo de neem de forma multi (grupo I) e transgeracional (grupo II). No grupo I as gerações parental, F1, F2 e F3 tiveram contato com pupas de T. molitor contaminadas pelo neem, no grupo II apenas a geração parental teve contato com pupas contaminas, para avaliação dos mesmos aspectos biológicos do bioensaio II. A relação dose-resposta e as concentrações letais foram obtidas a partir do modelo logaritmo logístico. Os dados biológicos foram submetidos aos pressupostos da análise paramétrica. Quando atendidos, foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo Teste de Tukey ou Kruskal-Wallis a 5% de significância. A repelência foi avaliada pelo Teste de Qui-quadrado. A azadiractina não foi letal para T. howardi, no entanto provocou efeitos subletais em sua biologia. Também foi comprovada a repelência do inseticida ao parasitoide. Por tanto, não são recomendadas aplicações simultâneas do óleo de neem e T. howardi em programas de manejo integrado de pragas.Item Toxicidade do imidacloprido, tiametoxam e deltametrina a Palmistichus elaeisis (Hymenoptera: Eulophidae)(UFVJM, 2020) Costa, Elizangela Souza Pereira; Soares, Marcus Alvarenga; Veloso, Ronnie Von dos Santos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Soares, Marcus Alvarenga; Santos, Conceição Aparecida dos; Veloso, Ronnie Von dos Santos; Assis Júnior, Sebastião Lourenço de; Vieira, Estela Rosana DurãesO uso indiscriminado de inseticidas químicos para controlar insetos pragas na agricultura e no setor florestal pode afetar, negativamente, populações de inimigos naturais, por isso inseticidas seletivos devem ser priorizados em programas de manejo integrado de pragas. Parasitoides são importantes inimigos naturais que ajudam a manter o equilíbrio nos agroecossistemas e atuam no controle de insetos pragas. Inseticidas químicos devem ser tóxicos para a praga e inócuos para o agente de controle biológico para que a associação do controle químico e biológico seja bem-sucedida. O objetivo do trabalho foi avaliar a toxicidade aguda do imidacloprido, tiametoxam e deltametrina e os efeitos sobre a biologia do endoparasitoide Palmistichus elaeisis Delvare & LaSalle (Hymenoptera: Eulophidae) em três gerações. A toxicidade aguda para P. elaeisis foi determinada pela estimativa da CL50 por meio de ensaios de dose-resposta por 48h de exposição. Os efeitos sobre a capacidade de parasitismo e a taxa de emergência para P. elaeisis após a exposição a CL10 e CL50 de inseticidas neonicotinoides e piretroide foram avaliadas. Pupas de Tenebrio molitor Linnaeus (Coleoptera: Tenebrionidae) usadas como hospedeiros alternativos foram contaminadas com inseticidas e ofertadas a P. elaeisis. Os parâmetros biológicos como a capacidade de parasitismo, emergência, razão sexual, duração do ciclo biológico e a sobrevivência foram avaliados por três gerações. Os três inseticidas foram tóxicos a P. elaeisis, ocasionando aumento da mortalidade proporcionalmente ao aumento das concentrações. O parasitismo e emergência de P. elaeisis não foram reduzidos quando fêmeas foram contaminadas por contato com o imidacloprido e o tiametoxam, mas com a deltametrina não houve indivíduos emergidos. A capacidade de parasitismo por P. elaeisis não foi afetada, mas a taxa de emergência foi significativamente reduzida. A razão sexual e o ciclo biológico foram significativamente afetados, com aumento do número de dias para completar o ciclo biológico. O risco de morte foi alto para todos os três inseticidas e efeitos subletais podem ser observados até a terceira geração.