Caracterização morfológica de frutos, sementes e plântulas, germinação e micropropagação de Terminalia fagifolia e Terminalia argentea (Combretaceae)

Abstract

O trabalho teve por objetivos caracterizar morfologicamente frutos, sementes e plântulas de Terminalia fagifolia e Terminalia argentea, avaliar o percentual de germinação das sementes em resposta ao armazenamento e tratamentos de superação de dormência, e desenvolver uma metodologia de micropropagação a partir de plântulas germinadas in vitro para ambas espécies. Para a caracterização morfológica, foram amostrados 100 frutos e 100 sementes, dos quais foram avaliadas características como coloração, textura, comprimento, largura e estruturas morfológicas. A umidade foi determinada pelo método de estufa a 103±2ºC. A germinação foi realizada em câmara de germinação tipo BOD, utilizando caixas tipo Gerbox (15x15 cm) contendo areia esterilizada e água destilada, sob temperatura de 30°C e fotoperíodo de 16 horas. Foram testados os seguintes tratamentos para superação da dormência: Controle; escarificação em esmeril, escarificação com ácido sulfúrico P.A por 5 minutos; imersão em água fervente por 5 minutos; e embebição em água em temperatura ambiente por 24 horas. A umidade e germinação foram realizados em sementes recém colhidas e com 2, 4 e 6 meses de armazenamento em câmera fria. Para a desinfestação foram instalados quatro experimentos in vitro. No primeiro, as sementes de T. fagifolia foram lavadas, escarificadas em ácido sulfúrico por 5 minutos e posteriormente imersas em solução de álcool 70% por 30 segundos e, logo após, em solução de hipoclorito de sódio a 5%, sendo adicionado 4 a 5 gotas de Tween 20 para cada 100 ml de solução. Foram utilizados os tempos de imersão de 5, 10, 15, 20 e 25 minutos em hipoclorito de sódio a 5%, os quais constituíram cinco tratamentos. No experimento II, os procedimentos foram semelhantes aos descritos no experimento I, diferindo com relação aos tratamentos utilizados. Foram testados os tempos de imersão de 5, 10, 15, 20 e 25 minutos em solução de Digluconato de Clorexidina a 5 mgL-1. Nos experimentos III e IV, para T. argentea, os procedimentos foram semelhantes as experimento I, no entanto, no experimento IV, as sementes tiveram seu tegumento retirado. Após a desisnfestação, as sementes foram inoculadas e tubos de ensaio com 10 ml de meio de cultura MS. Na fase de multiplicação, para cultivo inicial, plântulas de T. argentea obtidas no experimento IV da etapa anterior foram segmentadas e seus segmentos nodais foram inoculadas em Meio de cultivo MS acrescidos de 0,03 mgL-1 de ANA e BAP nas concentrações de 0,1; 0,15; 0,2; 0,4; e 0,6 mgL-1. Para os subcultivos 1 e 2, gemas axilares oriundas das brotações do cultivo inicial e subcultivo 1, respectivamente, foram inoculadas em tubos de ensaio contendo 10 ml do meio de cultura básico adicionado de 0,15 mg L-¹ de BAP e 0,03 mg L-¹ de ANA. Na fase de enraizamento, os explantes do subcultivo 2 com comprimento superior a 2 cm, foram inoculados em tudos contendo 10 ml do meio MS acrescido de 0; 1,0; 2,0 e 4,0 mgL-¹ de AIB. De modo geral, o tempo de armazenamento e os tratamentos pré-germinativos não influenciaram a germinação de T. fagifolia. Para T. argentea o armazenamento por 60 dias e a imersão em água por 24 horas proporcionou maiores percentuais de germinação. Para a desinfestação in vitro o hipoclorito de sódio e o digluconato de clorexidina não foram eficientes para promover a descontaminação das sementes de T. fagifolia, no entanto, a retirada do tegumento e a imersão das sementes por 25 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 2,5% se mostrou eficiente para promover a desinfestação e germinação in vitro de T. argentea. Na fase de multiplicação, a adição de 0,15 mgL-¹ de BAP favoreceu o surgimento de brotações em segmentos nodais de T. argentea, enquanto a adição de 4,0 mgL-¹ de AIB ao meio de cultivo favoreceu o enraizamento para a espécie.

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SANTOS, Marcone Pereira. Caracterização morfológica de frutos, sementes e plântulas, germinação e micropropagação de Terminalia fagifolia e Terminalia argentea (Combretaceae). 2014. 61 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2014.

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