Motivos da não vacinação contra a Febre Amarela na área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde de Diamantina - Minas Gerais

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2021

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UFVJM

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Introdução: A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, febril, de curta duração e gravidade variável, causada por um vírus do gênero Flavivírus e transmitida por mosquitos-fêmeas infectados. Pode ser de dois tipos: febre amarela urbana e silvestre. Manifesta-se por insuficiência hepática e renal, podendo matar. É um dos maiores desafios para autoridades de saúde pública, por se tratar de uma zoonose, de difícil erradicação, responsável por grandes números de mortes entre o século XVIII e o início do século XX. Não há tratamento etiológico específico e uma das formas de prevenção mais importante é a vacinação. Objetivo: Analisar os motivos informados de moradores da área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde de Diamantina da não vacinação contra a Febre Amarela. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo, retrospectivo, ecológico, com análise quantitativa do banco de dados secundários dos 33 municípios, que pertencente à Superintendência Regional de Saúde de Diamantina, referente aos vacinados registrados do ano 2000 a 2019 no SIPNI e do MRC realizado no período de janeiro de 2017 a outubro de 2019. A amostra de 412.801 pessoas, contou com a participação de indivíduos com faixa etária a partir dos nove meses. A análise de dados foi feita através do programa Excel e no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22.0, e incluiu a análise descritiva das variáveis em questão, teste de Mann-Whitney para variação das medianas quando possível. Os demais dados foram analisados por meio da diferença numérica e de percentual considerando as variáveis envolvidas. Resultado: O estudo apontou na Regional um percentual ascendente de doses acumuladas, com transição de resultados heterogêneos à homogeneidade entre os municípios. E a cobertura vacinal do MRC se mostrou adequada, que refletiu à meta preconizada pelo PNI (95%), exceto a faixa etária de 20 a 59 anos (92,50%) abaixo do preconizado que precisa de intervenção. As análises estatísticas mostraram que não houve uma variação significativa entre as médias dos motivos para não vacinação entre os anos de 2017 e 2018 (Z= -400; p =0,689), 2018 e 2019 (Z=-971; p=0,332) e entre 2017 e 2019 (Z= -204; p=0,838), destaque para perda do comprovante, falta de tempo e desconhecimento sobre a vacina, vem reafirmar que os motivos são os mesmos nos três anos com médias homogêneas. A maioria da população entrevistada que não estava vacinada, e poderia receber a vacina, foi vacinada, nesta proporção obteve-se uma variação inferior a 1% (2017-0,39%; 2018-0,57%; 2019- 0,75%). O MRC como ferramenta útil, fornece subsídios para intervenção e com essa informação, a necessidade de se priorizar ações, tais como atividade de educação/informação e ou política pública, o mesmo se aplica a implentação de Procedimento Operacional Padrão. Conclusão: O estudo realizado identificou perdeu/sem o comprovante, falta de tempo e desconhecimento da vacina pelo MRC como os principais motivos informados por moradores municípios da SRS Diamantina da não vacinação contra a Febre Amarela, elementos difultadores à adesão, para intervenção.

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JESUS, Kesley Duarte de. Motivos da não vacinação contra a Febre Amarela na área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde de Diamantina - Minas Gerais. 2021. 88 p. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino em Saúde) – Programa de Pós-graduação em Ensino em Saúde, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2021.

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