Adubação NPK no crescimento e produção de pinhão manso.
Date
2010
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A grande demanda de óleos vegetais no Brasil, gerada pelo Programa Brasileiro de Biodiesel, fez com que o pinhão manso, uma espécie até então desvalorizada, se tornasse alternativa para fornecimento de matéria-prima. Porém, muitos são os estudos que devem ser realizados, antes que se inicie o plantio comercial em larga escala. O manejo correto da adubação eleva o lucro do produtor de duas formas. Primeiro, evita o gasto de fertilizantes em quantidades erradas e, depois, favorece o melhor desempenho da planta, proporcionando maior produtividade. Este trabalho objetivou avaliar a resposta do pinhão manso (Jatropha curcas L.) a doses de NPK no crescimento de plantas e, no crescimento de plantas, produção de sementes e de óleo em duas condições edafoclimáticas. Para tanto, foram montados dois experimentos: o primeiro, em condições de casa de vegetação, teve os tratamentos dispostos em delineamento inteiramente casualizado, no esquema de fatorial fracionado (4x4x4)1/2, perfazendo 32 tratamentos com três repetições, totalizando 96 parcelas experimentais, sendo as doses de N: 0, 75, 150 e 300 mg dm-3, na forma de uréia; doses de P: 0, 45, 90 e 180 mg dm-3, na forma de superfosfato triplo e doses de K: 0, 50, 100 e 200 mg dm-3, na forma de cloreto de potássio. Após 120 dias, foram avaliadas as seguintes variáveis: altura das plantas, diâmetro do caule, massa seca da parte aérea e de raízes; análise química do solo após a colheita das plantas e teor de macro e micronutrientes na parte aérea das plantas. O segundo foi conduzido em campo, em duas condições edafoclimáticas, em Diamantina e Governador Valadares, Minas Gerais. Ambos foram conduzidos da mesma forma: o delineamento utilizado foi o delineamento em blocos casualizados no esquema de fatorial fracionado (4x4x4)1/2, perfazendo 32 tratamentos. Foram aplicadas doses de N: 0, 25, 50 e 100 kg ha-1, na forma de uréia; doses de P2O5: 0, 75, 150 e 300 kg ha-1, na forma de superfosfato triplo e as doses de K: 0, 50, 100 e 200 kg ha-1, na forma de cloreto de potássio. Foram avaliados o crescimento das plantas pela medição da altura de plantas e diâmetro na altura do colo do caule a cada 30 dias; produção de sementes e de óleo com uma colheita em Diamantina, em 2009, e duas colheitas em Governador Valadares, em 2008 e 2009. As plantas responderam negativamente à adição de N e positivamente ao P e K , mostrando que o pinhão manso é eficiente na absorção de N, que foi suprido pela matéria orgânica do solo. Já em campo, o pinhão manso apresentou comportamentos distintos nas duas condições edafoclimáticas. Em Governador Valadares, houve resposta positiva à aplicação de N e, em Diamantina, resposta negativa a N e positiva a P. Não houve resposta a K em campo, indicando que o teor do solo foi suficiente para suprir a planta em todas as fases. No experimento de vaso, as doses de P e K recomendadas foram 25 e 67 mg dm-3, respectivamente. Os níveis críticos, correspondentes às doses recomendadas, foram de 10,6 para P e 74,0 mg dm-3 para K no solo (Mehlich-1). Para os teores na massa seca da parte aérea do pinhão manso foram de 3,74; 0,18 e 3,57 dag kg-1 para N, P e K, respectivamente. As doses recomendadas de P para o crescimento, a produção de sementes e de óleo de pinhão manso em Diamantina foram de 87, 72 e 72 kg de P2O5 por ha, respectivamente. Em Governador Valadares, não houve recomendação de adubação nitrogenada para a fase de crescimento das plantas; para a produção de sementes e de óleo, a dose recomendada foi de 36 e 31 kg ha-1 de N, respectivamente.
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Citation
SOUZA, Patrícia Teixeira de. Adubação NPK no crescimento e produção de pinhão manso. 2010. 33 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2010.