Indução de fluorescência interferente em culturas de linfócitos humanos pelo tratamento com três extratos vegetais

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2017

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UFVJM

Abstract

A presença de fluorescência interferente em uma dada amostra é considerada como um importante problema em métodos fluorimétricos, devido à possível sobreposição espectral entre ela e a emissão fluorescente de sondas. Por isso, é importante conhecer se há fluorescência interferente em uma dada amostra e substâncias de interesse nas condições de trabalho pretendidas. No presente estudo, foi avaliada a presença de fluorescência interferente em linfócitos humanos após o tratamento com extratos de três diferentes plantas medicinais, sendo estas, objeto de estudo do nosso grupo de pesquisas. Os extratos são: o extrato etanólico das partes aéreas de Ageratum fastigiatum, extrato etanólico das partes aéreas de Eriosema campestre e o extrato etanólico do caule de Pseudobrickellia brasiliensis. Foi coletado o sangue de três voluntários para a separação das células mononucleares de sangue periférico, para a confecção de culturas in vitro em meio RPMI devidamente suplementado. Foram feitas uma cultura controle não-tratada (CON), culturas tratadas com cada extrato em três concentrações diferentes, além de uma cultura de células tratadas com dimetilsulfóxido (DMSO), solvente usado na solubilização dos extratos vegetais. As culturas celulares foram incubadas por 24 horas a 37 °C e 5% de CO2. Após esse período, as células foram lavadas e avaliadas por citometria de fluxo ou por microscopia confocal. A presença de fluorescência interferente foi determinada com base em histogramas de intensidade de fluorescência feitos para oito intervalos de comprimento de onda distintos, tendo sido feitas análises quali e quantitativas dos dados. A fluorescência dos extratos vegetais e DMSO foram avaliadas isoladamente por fluorimetria, usando-se as mesmas concentrações utilizadas para as culturas celulares. Através da citometria de fluxo, foi identificado que o tratamento de linfócitos com qualquer um dos três extratos de plantas levou ao aparecimento de fluorescência interferente detectável em várias faixas de comprimento de onda. Culturas tratadas com DMSO não apresentaram fluorescência interferente. Pela fluorimetria foi visto que os extratos não emitem fluorescência, o que sugere que a fluorescência interferente foi induzida nas células após interações entre elas e os extratos. Este estudo levanta precauções que visam avaliar a possível presença de fluorescência interferente em condições de trabalho, possibilitando evitar esse viés e aumentar a confiabilidade dos resultados.

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OTTONI, Marcelo Henrique Fernandes. Indução de fluorescência interferente em culturas de linfócitos humanos pelo tratamento com três extratos vegetais. 2017. 95 p. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2017.

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