Estudo de caso: violência obstétrica na perspectiva das egressas do programa “Mulheres Mil” em Almenara, Minas Gerais
dc.contributor.advisor | Dias, Ana Catarina Perez | |
dc.contributor.author | Almeida, Uendel Gonçalves de | |
dc.contributor.institution | Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) | pt_BR |
dc.contributor.referee | Dias, Ana Catarina Perez | |
dc.contributor.referee | Paes, Silvia Regina | |
dc.contributor.referee | Cambraia, Rosana Passos | |
dc.contributor.referee | Pena, Érica Dumont | |
dc.contributor.referee | Firmes, Maria da Penha Rodrigues | |
dc.date.accessioned | 2017-08-14T16:53:08Z | |
dc.date.available | 2017-08-14T16:53:08Z | |
dc.date.issued | 2016 | |
dc.date.submitted | 2016-12-10 | |
dc.description.abstract | Sabe-se que a violência obstétrica caracteriza-se pela apropriação do corpo em processos reprodutivos das mulheres pelos profissionais da saúde. Este tipo de violação ao corpo feminino ocorre por meio de tratamento desumanizado, abuso da medicalização e patologização dos processos naturais, o que causa a perda da autonomia e capacidade de decisão livre sobre seus corpos e sexualidade. Além disso, há um impacto negativo na qualidade de vida das mulheres. Sendo assim, esta dissertação tem como objetivo avaliar a existência de violência obstétrica entre mulheres atendidas pelo Programa Mulheres Mil, no município de Almenara, Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. Neste sentido, o conhecimento adequado do planejamento para o parto é um instrumento fundamental para decidir qual dos tipos será escolhido. Nesta pesquisa, buscou-se apresentar os melhores ou menos arriscados caminhos para o parto, por meio de entrevistas realizadas com vinte gestantes que falaram como se sentiram e foram tratadas pelo serviço de saúde, especificamente da enfermagem obstétrica e, também, por meio de revisão bibliográfica, ao utilizar autores que estudaram a temática defendida. O estudo é transversal, com técnicas quantitativas e qualitativas. Atento à proposta do curso de mestrado profissional interdisciplinar, buscou-se alinhar aos problemas reais encontrados pelo autor no dia a dia da prática assistencial às gestantes, ao intuito de humanização da assistência prestada pelos profissionais da área de saúde. Diante dos dados colhidos na pesquisa, restou clara a necessidade de uma cartilha informativa a ser mantida nos postos e hospitais e também distribuídas entre as mulheres gestantes. Sabe-se também que toda mulher tem direito ao pré-natal de qualidade e este tem como objetivo a saúde e o bem-estar dela e do bebê. Porém, ainda há registros de casos de maus-tratos e omissão, inclusive na hora do parto. Com a interpretação dos dados coletados, constatou-se que há falta de informações que devem ser prestadas às mulheres grávidas. Também foi possível verificar que a cesariana vem sendo usada como uma prática de programação da mãe, sem levar em conta a necessidade ou mesmo o que seria melhor para a criança. Muitas mulheres têm optado por esse tipo de parto sem que os postos de saúde ou hospitais lhes mostrem os riscos provenientes dessa prática. As parturientes entrevistadas, além de não saberem as informações básicas acerca da obstetrícia humanizada, desconheciam seus direitos sobre o assunto. Mas, ainda mais grave, alguns foram negados a elas, como o de ter um acompanhante. A forma mais eficaz de combate à violência obstétrica é despertando a população para a existência dessa realidade. Desta forma, o acesso à informação contribui para o empoderamento das mulheres, que podem ser vítimas do medo de denunciar quem praticou a violência. A humanização do parto relaciona-se, esta forma, diretamente com a atuação dos profissionais de saúde que, por meio da ação coletiva, interdisciplinar, e com respeito à fisiologia materna, pretende minimizar as intervenções desnecessárias por meio do reconhecimento social e cultural do parto e do suporte emocional oferecido à parturiente e a sua família de modo a promover a criação de laços na relação mãe-bebê. | pt_BR |
dc.description.abstracts | It is known that obstetric violence is characterized by the appropriation of the body in the reproductive processes of women by health professionals. This type of violation to the female body occurs through dehumanized treatment, abuse of medicalization and pathologization of natural processes, which causes loss of autonomy and ability to decide freely on their bodies and sexuality. In addition, there is a negative impact on women's quality of life. Thus, this dissertation aims to evaluate the existence of obstetric violence among women attended by the Women Thousand Program, in the municipality of Almenara, Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. In this sense, adequate knowledge of childbirth planning is a key tool in deciding which type to choose. In this research, we attempted to present the best or least risky ways of delivery, through interviews with twenty pregnant women who spoke about how they felt and were treated by the health service, specifically obstetric nursing, and also by means of a review Bibliographical, when using authors who studied the theme defended. The study is transversal, with quantitative and qualitative techniques. Aiming at the proposal of the interdisciplinary professional master's degree course, we sought to align with the real problems encountered by the author in the day-today practice of care for pregnant women, in order to humanize the care provided by health professionals. Given the data collected in the research, the need for an informative booklet to be maintained at the stations and hospitals and also distributed among pregnant women remained clear. It is also known that every woman has the right to prenatal quality and this is aimed at the health and well-being of her and the baby. However, there are still records of cases of maltreatment and omission, including at the time of delivery. With the interpretation of data collected, it was found that there is a lack of information that should be provided to pregnant women. It was also possible to verify that cesarean section has been used as a programming practice for the mother, regardless of the need or even what would be best for the child. Many women have opted for this type of delivery without the health posts or hospitals showing them the risks from this practice. The parturients interviewed, in addition to not knowing the basic information about humanized obstetrics, did not know their rights on the subject. But even more serious, some were denied to them, such as having an escort. The most effective way to combat obstetric violence is to awaken the population to the existence of this reality. In this way, access to information contributes to the empowerment of women, who may be victims of the fear of denouncing those who have committed violence. The humanization of childbirth is directly related to the work of health professionals who, through collective, interdisciplinary action and with respect to maternal physiology, seeks to minimize unnecessary interventions through the social and cultural recognition of childbirth And the emotional support offered to the woman and her family in order to promote the creation of bonds in the mother-baby relationship. | en |
dc.description.abstracts | Sabemos que la violencia obstétrica caracteriza por la apropiación del cuerpo en los procesos reproductivos de las mujeres por parte de profesionales de la salud. Este tipo de violación del cuerpo femenino se produce a través del tratamiento deshumanizado, abuso de medicalización y patologización de los procesos naturales, lo que provoca la pérdida de la autonomía y la toma de decisiones sobre sus cuerpos y sexualidad libre. Además, hay un impacto negativo en la calidad de vida de las mujeres. Por lo tanto, este trabajo tiene como objetivo evaluar la existencia de la violencia obstétrica entre mujeres atendidas en el Programa de mil mujeres, en el municipio de Almenara, Valle de Jequitinhonha, Minas Gerais. En este sentido, el conocimiento adecuado de la planificación para el parto es una herramienta fundamental para decidir cuales serán elegidos tipos. En este estudio, hemos tratado de presentar los mejores y menos arriesgadas formas de entrega, a través de entrevistas con veinte mujeres que contaron cómo se sintieron y fueron tratados por el servicio de salud, en particular la obstetricia y también a través opinión literatura, utilizando los autores que han estudiado el tema defendidos. El estudio es transversal, con técnicas cuantitativas y cualitativas. Atento a la propuesta de la interdisciplinario grado de maestría profesional, se buscó alinear a los problemas reales encontrados por el autor en la práctica del día a día la atención a las mujeres embarazadas, a la humanización del orden proporcionada por profesionales de la salud. Antes de que los datos recogidos en la investigación, sigue siendo una necesidad clara de un folleto informativo que se le mantenga en clínicas y hospitales, y también distribuye entre las mujeres embarazadas. Se sabe también que toda mujer tiene derecho a la calidad de la atención prenatal y esto está dirigido a la salud y su bienestar y el bebé. Sin embargo, aún existen registros de casos de malos tratos y de omisión, incluso en el momento de la entrega. La interpretación de los datos recogidos, se ha descubierto que existe una falta de información que debe proporcionarse a las mujeres embarazadas. También se observó que la cesárea se utiliza como práctica de programación de la madre, independientemente de la necesidad o incluso lo que sería mejor para el niño. Muchas mujeres han optado por este tipo de parto sin los centros de salud u hospitales mostrarles los riesgos de esta práctica. Las madres entrevistadas, y no saben la información básica sobre los obstetricia humanizados, desconocen sus derechos en la materia. Pero aún más grave, algunos se les negó a ellos, tales como tener un compañero. La manera más efectiva para combatir la violencia obstétrica está despertando al público de la existencia de esta realidad. Por lo tanto, el acceso a la información contribuye a la potenciación de la mujer, que pueden ser víctimas del miedo a denunciar a aquellos que cometen violencia. La humanización del parto se refiere, esta forma directamente a la actuación de los profesionales de la salud que, a través colectiva, la acción interdisciplinaria, y con respecto a la fisiología materna, tiene como objetivo minimizar las intervenciones innecesarias por el reconocimiento social y cultural del parto y el apoyo emocional ofreció a la parturienta y su familia con el fin de promover el establecimiento de lazos en la relación madre-bebé. | es |
dc.description.thesis | Dissertação (Mestrado Profissional) – Programa de Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2016. | pt_BR |
dc.identifier.citation | ALMEIDA, Uendel Gonçalves de. Estudo de caso: violência obstétrica na perspectiva das egressas do programa “Mulheres Mil” em Almenara, Minas Gerais. 2016. 109 p. Dissertação (Mestrado Profissional) – Programa de Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2016. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://acervo.ufvjm.edu.br/items/8dbfcf63-b54d-4882-b50f-94bc7356b09e | |
dc.language.iso | por | |
dc.publisher | UFVJM | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
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dc.subject.keyword | Mulheres | pt_BR |
dc.subject.keyword | Parto | pt_BR |
dc.subject.keyword | Violência obstétrica | pt_BR |
dc.subject.keyword | Women | en |
dc.subject.keyword | Childbirth | en |
dc.subject.keyword | Obstetric violence | en |
dc.subject.keyword | Mujeres | es |
dc.subject.keyword | Entrega | es |
dc.subject.keyword | Violencia obstétrica | es |
dc.title | Estudo de caso: violência obstétrica na perspectiva das egressas do programa “Mulheres Mil” em Almenara, Minas Gerais | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |