Efeitos da mudança da postura do tronco na biomecânica dos membros inferiores em mulheres com e sem dor patelofemoral durante tarefas funcionais
dc.contributor.advisor | Trede Filho, Renato Guilherme | |
dc.contributor.advisorco | De Michelis, Luciana Mendonça | |
dc.contributor.author | Tillesse, Escarllet Alves de | |
dc.contributor.institution | Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) | pt_BR |
dc.contributor.referee | Trede Filho, Renato Guilherme | |
dc.contributor.referee | Alcântara, Marcus Alessandro de | |
dc.contributor.referee | Lucareli, Paulo Roberto Garcia | |
dc.date.accessioned | 2023-04-12T23:11:34Z | |
dc.date.available | 2023-04-12T23:11:34Z | |
dc.date.issued | 2020 | |
dc.date.submitted | 2020-09-24 | |
dc.description | O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. | pt_BR |
dc.description.abstract | Introdução: A Dor Patelofemoral (DPF) é caracterizada por dor na região anterior do joelho, peripatelar e/ou retropatelar. Seus sintomas são reproduzidos em atividades que aumentam as cargas compressivas na articulação patelofemoral. A postura do tronco no plano sagital pode influenciar as variáveis biomecânicas da articulação tibiofemoral e patelofemoral. Já foi demonstrado que a posição do tronco durante o salto, a subida de escada, marcha, corrida e agachamento unipodal gera menor momento externo flexor de joelho e maior momento externo flexor de quadril. Porém, a mudança na postura de tronco não foi investigada em mulheres com DPF. Objetivos: Verificar o efeito imediato de mudanças no posicionamento do tronco no plano sagital, na biomecânica dos membros inferiores em mulheres com e sem DPF, durante a subida, descida de escada e o agachamento unipodal. Como objetivo secundário, comparar o padrão cinemático típico adotado por mulheres com e sem DPF na realização da subida, descida de escada e agachamento unipodal. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado no Laboratório de Análise do Movimento Humano na Universidade Federal do Vales do Jequitinhonha e Mucuri, durante os meses de março a novembro de 2019. Foram avalidas 46 participantes do sexo feminino de 18 a 45 anos, classificadas em dois grupos, grupo dor patelofemoral (GDP; n=23) e grupo controle (GC; n=23). Incialmente dados antropométricos, dor e função doram coletados e posteriormente realizou-se a avaliação biomecânica. As variáveis cinéticas e cinemáticas foram obtidas por meio do sistema de análise de movimento Oqus 3+/5+ (Qualisys Medical AB, Gothenburg, Sweden), composto por 9 câmeras sincronizadas com 3 plataformas de força FP 4060-08 (Bertec, Columbus, Ohio, USA), com frequência de aquisição de 200 Hz para dados cinemáticos e de 2000 Hz para os dados cinéticos. Três posicionamentos de tronco foram solicitados. As tarefas avaliadas foram a subida e descida de escadas e o agachamento unipodal. Cada tarefa foi realizada com três diferentes estratégias de posicionamento do tronco no plano sagital: tronco em posição auto-selecionada (TAS), tronco em posição estendida (TE) e tronco em posição fletida (TF). Após cada repetição das tarefas avalidas a dor foi medida. Resultados: O momento externo flexor de joelho foi menor no TF, em comparação com o TAS (Diferença Média (DM)=0.35N.m/kg; Intervalo de Confiança de 95% (IC95%)=0.28 a 0.43; P<0.01) e TE (DM=0.40N.m/kg; IC95%=0.31 a 0.49; P<0.01), independente do grupo, para a tarefa de subir escada. O momento externo flexor de quadril foi maior no TF, em comparação com o TAS (DM= -0.34N.m/kg; IC95%= -0.41 a -0.27; P<0.01) e TE (DM= -0.43N.m/kg; IC95%= -0.51 a -0.35; P<0.01), independente do grupo, para a tarefa de subir escada. Para o agachamento, o momento externo flexor de joelho também foi menor com o TF comparado ao TAS (DM=0.20N.m/kg; IC95%= 0.12 a 0.28; P<0.01) e TE (DM=0.24N.m/kg; IC95%= 0.14 a 0.34; P<0.01), independente do grupo. O momento externo flexor de quadril foi maior com o TF comparado ao TAS (DM= -0.45N.m/kg; IC95%= -0.53 a -0.37; P<0.01) e TE (DM= -0.52N.m/kg; IC95%= -0.62 a -0.42; P<0.01), independente do grupo, na tarefa de gachamento. O momento externo flexor de joelho não apresentou diferenças para as posturas de tronco (P=0.89), independente do grupo (P=0.81), na descida de escada. O momento externo flexor de quadril foi menor no TF comparado com TAS (DM= -0.20N.m/kg; IC95%= -0.26 a - 0.13; P<0.01) e TE (DM= -0.22N.m/kg; IC95%= -0.27 a -0.16; P<0.01). A dor no joelho das participantes do GDP foi maior no agachamento com o tronco estendido quando comparado com tronco auto-selecionado (DM= 0.85; IC95%= 0.32 a 1.39; P<0.01). O GDP apresentou maior flexão do tronco quando comparado ao GC na subida de escada (DM= -4.09°; IC95%= -7.71 a -0.47; P= 0.02). Conclusão: Realizar a flexão de tronco durante a subida de escada ou agachamento reduz o momento externo flexor do joelho e aumenta o momento externo flexor de quadril em mulheres jovens. O tronco estendido durante a subida de escada ou agachamento aumenta o momento externo flexor de joelho e diminui o momento externo flexor de quadril. A postura de tronco estendido também gerou mais dor durante o agachamento no GDP. Participantes do GDP realizam a tarefa de subida de escada com o tronco mais fletido quando comparadas com GC. | pt_BR |
dc.description.abstracts | Introduction: Patellofemoral Pain (PFP) is characterized by pain in the anterior knee, peripatellar and / or retropatellar region. Its symptoms are reproduced in activities that increase the compressive loads on the patellofemoral joint. The posture of the trunk in the sagittal plane can influence the biomechanical variables of the tibiofemoral and patellofemoral joint. It has been demonstrated that the position of the trunk during jumping, climbing stairs, walking, running and single-leg squat generates less external flexor moment of the knee and greater external flexor moment of the hip. However, the change in trunk posture has not been investigated in women with PFP. Objectives: To verify the immediate effect of changes in the position of the trunk in the sagittal plane, in the biomechanics of the lower limbs in women with and without PFP, during the ascent, descent of stairs and the single-leg squat. As a secondary objective, to compare the typical kinematic pattern adopted by women with and without PFP during the ascent, descent of stairs and single-leg squat. Methods: This is a cross-sectional study, carried out at the Human Movement Analysis Laboratory at the Federal University of Vales do Jequitinhonha and Mucuri, from March to November 2019. 46 female participants aged 18 to 45 years were evaluated, classified into two groups, the patellofemoral pain group (PPG; n = 23) and the control group (CG; n = 23). Initially anthropometric donors, pain and function were collected and later biomechanical collection was performed. The kinetic and kinematic variables were obtained using the Oqus 3 + / 5 + motion analysis system (Qualisys Medical AB, Gothenburg, Sweden), composed of 9 cameras synchronized with 3 FP 4060-08 force platforms (Bertec, Columbus, Ohio, USA), with an acquisition frequency of 200 Hz for kinematic data and 2000 Hz for kinetic data. Three trunk placements were requested. The tasks evaluated were the climbing and descending of stairs and the one-legged squat. Each task was performed with three different strategies for positioning the trunk in the sagittal plane: trunk in self-selected position (TAS), trunk in extended position (ET) and trunk in flexed position (TF). After each repetition of the assessed tasks, pain was measured. Results: The knee flexor external moment was lower in the TF, compared to the SBT (Mean Difference (MD) = 0.35Nm / kg; 95% Confidence Interval (95% CI) = 0.28 to 0.43; P <0.01) and TE (MD = 0.40Nm / kg; 95% CI = 0.31 to 0.49; P <0.01), regardless of the group, for the task of climbing stairs. The external hip flexor moment was greater in the TF compared to the SBT (MD = -0.34Nm / kg; 95% CI = -0.41 to -0.27; P <0.01) and TE (MD = -0.43Nm / kg; 95 % CI = -0.51 to -0.35; P <0.01), regardless of the group, for the task of climbing stairs. For the squat, the external knee flexor moment was also lower with the TF compared to the SBT (MD = 0.20Nm / kg; 95% CI = 0.12 to 0.28; P <0.01) and TE (MD = 0.24Nm / kg; 95% CI = 0.14 to 0.34; P <0.01), regardless of the group. The external hip flexor moment was greater with TF compared to TAS (MD = -0.45Nm / kg; 95% CI = -0.53 to -0.37; P <0.01) and TE (MD = -0.52Nm / kg; 95% CI = -0.62 to -0.42; P <0.01), regardless of the group, in the tracing task. The external knee flexor moment did not differ for trunk postures (P = 0.89), regardless of the group (P = 0.81), when descending stairs. The external hip flexor moment was lower in the TF compared to TAS (MD = -0.20Nm / kg; 95% CI = -0.26 to -0.13; P <0.01) and TE (MD = -0.22Nm / kg; 95% CI = - 0.27 to -0.16; P <0.01). The knee pain of the PPG participants was greater in squats with the trunk extended when compared with the self-selected trunk (MD = 0.85; 95% CI = 0.32 to 1.39; P <0.01). The PPG showing greater trunk flexion when compared to the CG when climbing stairs (DM = -4.09 °; 95% CI = -7.71 to -0.47; P = 0.02). Conclusion: Performing trunk flexion when climbing stairs or squats reduces the external flexor moment of the knee and increases the external flexor moment of the hip in young women. The trunk extended during the stair climb or squat increases the external flexor moment of the knee and decreases the external flexor moment of the hip. The extended torso posture also generated more pain while squatting on PPG. PPG participants perform the task of climbing stairs with the most flexed trunk when compared to CG. | en |
dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) | pt_BR |
dc.description.thesis | Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2020. | pt_BR |
dc.identifier.citation | TILLESSE, Escarllet Alves de. Efeitos da mudança da postura do tronco na biomecânica dos membros inferiores em mulheres com e sem dor patelofemoral durante tarefas funcionais. 2020. 57 p. Dissertação (Mestrado em Reabilitação e Desempenho Funcional) – Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2020. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://acervo.ufvjm.edu.br/items/6c67b1e9-d392-4557-92ee-bd1354b2810e | |
dc.language.iso | por | |
dc.publisher | UFVJM | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao à termo de autorização impresso assinado pelo autor, assim como na licença Creative Commons, com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e o IBICT a disponibilizar por meio de seus repositórios, sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, e preservação, a partir desta data. | pt_BR |
dc.subject.keyword | Síndrome da dor patelofemoral | pt_BR |
dc.subject.keyword | Fenômenos biomecânicos | pt_BR |
dc.subject.keyword | Joelho | pt_BR |
dc.subject.keyword | Patellofemoral pain syndrome | en |
dc.subject.keyword | Biomechanical phenomena | en |
dc.subject.keyword | Knee | en |
dc.title | Efeitos da mudança da postura do tronco na biomecânica dos membros inferiores em mulheres com e sem dor patelofemoral durante tarefas funcionais | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |