Erros no processo da administração de medicamentos e estratégias para minimização em um hospital de Minas Gerais
Date
2021
Authors
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Publisher
UFVJM
Abstract
A segurança do paciente no processo de hospitalização se tornou uma grande preocupação nos
diversos órgãos de saúde. É necessário buscar estratégias para evitar os erros de medicação e
garantir uma assistência segura e livre de danos. O objetivo deste estudo foi analisar os erros
relacionados ao processo de administração de medicamentos registrados em formulários de
notificação e implementar estratégias para minimização em um hospital de Minas Gerais.
Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, quantitativa e descritiva, com levantamento de dados
secundários, através de um formulário estruturado por (Monzani, 2006), em um Hospital de
Minas Gerais, por meio de análise das notificações dos anos de 2017 a 2019. Os dados foram
coletados em junho e julho de 2020, sendo posteriormente digitados e analisados. Foi
utilizado o programa Excel 2013 e o software Statistical Package for Social Science for
Windows (SPSS) versão 22.0. Realizaram-se análises descritivas das variáveis, com a
apresentação de frequências absolutas e relativas. A pesquisa obteve aprovação do comitê de
ética em pesquisa por meio do parecer de número 4.072.842. A partir da análise dos dados foi
possível demonstrar 112 erros, sendo em 2017, 06 erros (5,40%), 38 em 2018 (33,90%) e em
2019, 68 (60,70%). Destes, a categoria que mais notificou os erros foi a liga acadêmica de
enfermagem, gestão e auditoria 44 (39,30%), seguidos de 29 (25,90%) enfermeiros e 20
(17,80%) técnicos de enfermagem. Os profissionais envolvidos nos erros foram 80 (71,40%)
técnicos de enfermagem e quando estratificados se as notificações estavam nominais,
observou-se que 106 (94,65%) não possuíam identificação e 06 (5,35%) tinham identificação
do profissional que cometeu o erro. Ao analisar a ocorrência dos tipos de erros registrados na
instituição, identificou-se a predominância dos erros de registro na checagem dos
medicamentos 45 (40,20%), seguidos de erros de omissão 33 (29,40%). Quanto à ocorrência
dos erros por turno de trabalho, 19 foram no turno matutino, correspondendo a (17%), 28 no
vespertino (25%), 52 no noturno (46,40%) e 13 não houve especificações (11,60%). Ao
avaliar a classe farmacológica identificou-se que 51 (42%) não havia especificações, ficando
evidente a fragilidade no preenchimento do formulário de notificação, 08 (7%) foi referente a
erros envolvendo antibióticos, 06 (5%) reposição hidroeletrolítica e 05 (4%) anticoagulantes.
Considerando os achados da pesquisa, foram realizadas intervenções para minimização
dos erros, a saber: adoção de fluxograma de administração de medicamentos, criação da
Comissão de Farmácia Terapêutica e do manual de padronização de medicamentos. Dessa
forma, implementar estratégias e ações buscam evitar novos erros e consequentemente
aumentam a segurança dos pacientes.
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Citation
DIAS, Jannayne Lúcia Câmara. Erros no processo da administração de medicamentos e estratégias para minimização em um hospital de Minas Gerais. 2021. 62 p. Dissertação (Mestrado Profissional Saúde, Sociedade e Ambiente) – Programa de Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2021.