Considerações sobre a política de saúde no município de Novo Cruzeiro: avanços ou retrocessos?
dc.contributor.advisor | Rocha Junior, Fernando Leitão | |
dc.contributor.author | Santos, Sandra Neres | |
dc.contributor.institution | Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) | pt_BR |
dc.contributor.referee | Silva, Vanessa Juliana da | |
dc.contributor.referee | Maranhão, Cezar Henrique Miranda Coelho | |
dc.contributor.referee | Rocha Junior, Fernando Leitão | |
dc.date.accessioned | 2018-05-14T14:31:36Z | |
dc.date.available | 2018-05-14T14:31:36Z | |
dc.date.issued | 2017 | |
dc.date.submitted | 2017-04-18 | |
dc.description.abstract | O objetivo desta dissertação é analisar a política de saúde, o Estado e o sistema capitalista e seu processo histórico. Esse processo é resultado de lutas e conquistas realizadas pela classe trabalhadora e as contradições que são intensificadas em consonância com os interesses capitalistas. Analisa-se antes e depois da instituição da Política de Saúde como direito por meio da Constituição Federal de 1988 e os reflexos atuais. Utilizou-se uma pesquisa bibliográfica descritiva qualitativa. As bibliografias mostram como as conquistas sociais se tornam letra morta diante do que preconiza e da efetividade desses serviços, processo este marcado por intensas investidas neoliberais a partir da década de 1990. É reconhecível o avanço legal de 1988 e outras leis que visam o aperfeiçoamento. Em contrapartida, muitas são as ambiguidades vivenciadas, precarização do público versus o crescente número de setores privados. A saúde é universal, mas nem todos a acessam como lhe é de direito, de maneira que se faz necessária a judicialização na luta pelo direito à saúde. Relacionar essa precarização dos serviços públicos com a expansão exacerbada do capitalismo indagamos para compreender o papel do Estado. O contexto da década de 1990 com o processo de contrarreforma, tendencialmente fortalece essas relações de mercado capitalista. Eleva-se a mercantilização da saúde via planos de saúde que são bem seletivos e a qualidade do acesso é medida pelas condições de pagar. Nessa perspectiva, percebe-se que as contradições são inerentes e contínuas, a reprodução capitalista sempre será dependente do Estado burguês que potencializa os interesses privados em detrimento da precarização do público, por meio de concessões, isenções fiscais; e parcela da população que usa os serviços privados depende dos serviços públicos; ou seja, não há apartação total dessas instâncias privados e público. Nessa lógica, as políticas que compõem a seguridade social são afetadas e se torna um arranjo. Para acessar a previdência, se faz necessária a contribuição estar vinculada ao mercado de trabalho, a saúde é universal, mas diante do discurso privado a qualidade será melhor se for paga e a assistência social é a política que irá amparar e assistir àqueles que estão fora do mercado de trabalho que, consequentemente, não poderá acessar a previdência e essa saúde privada, e, que, para a lógica capitalista é um grande aliado nesse processo de acumulação capitalista. É a parcela da sociedade que continuará à margem da cobertura dessas políticas sociais, e, possivelmente, se submeterá aos ditames e condições desumanas na busca pela sobrevivência, as quais são relações de dependência criadas e mantidas pelo capitalismo. A política de saúde tem sido uma área de forte interesse para investimentos privados e os setores influentes econômicos têm investido em planos de saúde, mas com auxílio do Estado potencializador das ações privadas, que são reforçadas pelos organismos internacionais, (FMI, BIRD, BM); enquanto no setor público, fortalece intervenções pontuais e burocratizadas. Essa realidade se perpetua, pois, antes da instituição legal do direito, o acesso era restrito aos que estivessem inseridos no mercado de trabalho, para algumas categorias profissionais. A historicidade dialética apresenta como as relações em sociedade estão culturalmente impregnadas pela dependência impositiva, e o sistema capitalista usa desse mecanismo para sua reprodução. | pt_BR |
dc.description.abstracts | The aim of this dissertation is to analyze health policy, the state and the capitalist system and its historical process. This process is the result of struggles and achievements carried out by the working class and as contradictions that are integrated in within capitalist interests. It is analyzed before and after the institution of the Health Policy as a right through the Federal Constitution of 1988 and the current reflexes. Qualitative descriptive bibliographic research was used. As bibliographies show how social achievements become irrelevant in front of what it advocates and the effectiveness of services, a process marked by intense neo-liberal efforts since 1990. It is recognized as legal progress of 1988 and other laws focus on improvement. In contrast, many are like experienced ambiguities, public precariousness versus the growing number of private sectors. Health is universal, but not everyone is approached as the right, in the way that a judicialization is necessary in the fight for the right to health. To relate this precariousness of public services with an exacerbated expansion of capitalism, we inquire into the paper document. The context of the 1990s with the process of counter-reform tends to strengthen these capitalist market relations. The commodification of health is raised through health plans that are very selective and a quality of access is measured by the conditions of payment. In this perspective, it is perceived that as contradictions are inherent and continuous, capitalist reproduction will always be dependent on the bourgeois state that potentialize private interests to the detriment of the precariousness of the public, through concessions, tax exemptions; And part of the population that uses private services depending on public services; That is, there is no total apportionment of private and public instances. In this logic, as policies that make up social security are affected and becomes an arrangement. To access social security, if a guarantee is needed for the labor market, a health and universal, but before the private speech, a better quality and better if to pay and social assistance is a policy that will support and watch what? Labor market that, consequently, we cannot access private pension and health, and that, for capitalist logic and a great ally in the process of capitalist accumulation. It is a part of society that continues with the margin of cover, is likely to submit to the dictates and inhuman conditions in the quest for survival, as are dependency relations created and maintained by capitalism. A health policy has a strong area of interest for private investors and the influential economic sectors that have invested in health plans, but with the aid of the State, which is reinforced by the international organizations (IMF, IBRD, WB); While in the public sector, it strengthens punctual and bureaucratic interventions. This reality is perpetuated, because before the legal institution of law, access was restricted to those who were included in the labor market, for some professional categories. A dialectical historicity shows how relations in society are culturally impregnated by tax dependence, and the capitalist system uses that mechanism for its reproduction. | en |
dc.description.thesis | Dissertação (Mestrado Profissional) – Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, Ambiente e Sociedade, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, 2017. | pt_BR |
dc.identifier.citation | SANTOS, Sandra Neres. Considerações sobre a política de saúde no município de Novo Cruzeiro: avanços ou retrocessos? 2017. 186 p. Dissertação (Mestrado Profissional) – Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, Ambiente e Sociedade, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Teófilo Otoni, 2017. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://acervo.ufvjm.edu.br/items/2fbc09cf-e92b-49dc-a50f-56331beed9ca | |
dc.language.iso | por | |
dc.publisher | UFVJM | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
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dc.subject.keyword | Política de saúde | pt_BR |
dc.subject.keyword | Mercado | pt_BR |
dc.subject.keyword | Estado | pt_BR |
dc.subject.keyword | Health policy | en |
dc.subject.keyword | Market | en |
dc.subject.keyword | State | en |
dc.title | Considerações sobre a política de saúde no município de Novo Cruzeiro: avanços ou retrocessos? | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |