Desenvolvimento infantil e parentalidade: conhecimento de gestantes cadastradas em Unidades Básicas de Saúde
Date
2020
Journal Title
Journal ISSN
Volume Title
Publisher
UFVJM
Abstract
Introdução: O ambiente familiar exerce papel fundamental no estímulo ao desenvolvimento
infantil. Para tanto, o conhecimento dos pais sobre o desenvolvimento infantil é apontado
como um fator relevante capaz de influenciar a maneira como estes entendem o
comportamento de seus filhos e a construção de vínculo parental. Objetivos: Investigar o
conhecimento das gestantes cadastradas em Unidades Básicas de Saúde sobre o
desenvolvimento infantil no primeiro ano de vida, bem como investigar os fatores que estão
associados e aqueles que explicam o conhecimento materno. Material e métodos:
Participaram gestantes cadastradas nas Estratégias de Saúde da Família do munícipio de
Janaúba, Minas Gerais. Foram coletadas informações sobre o perfil das participantes. Para
verificar as crenças e práticas de cuidado foi aplicado a Escala de Crenças Parentais e
Práticas de Cuidado na Primeira Infância – ECPPC e avaliou-se o conhecimento das
gestantes sobre o desenvolvimento infantil no primeiro ano de vida através do Knowledge of
Infant Development Inventory (KIDI). Os dados coletados foram organizados em um banco de
dados, no Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão Windows 20.0® e
posteriormente submetidos à análise descritiva. Na análise inferencial, foi utilizado o
coeficiente de correlação de Spearman para variáveis contínuas ou ordinais e o teste Quiquadrado
para variáveis categóricas e, aquelas com valor de p<0,20, seguiram para uma
regressão multivariada hierárquica. Resultados: Participaram 105 gestantes, com mediana de
24 anos, mediana de 1 filho, pardas, com 2º grau completo ou mais, em sua maioria católicas,
com companheiro, donas de casa ou estudantes, de classe mais média-baixa ou baixa.
Relataram gravidez planejada, a maioria estavam no 3º trimestre, negaram tabagismo. Quanto
à rede de apoio, os pais da criança foram citados mais vezes. Quanto às crenças e práticas
maternas, a maioria das gestantes consideraram relevante aquelas relacionados à segurança,
manutenção da temperatura, sono e repouso, alimentação e vínculo em detrimento a utilização
de brinquedos e brincadeiras, jogos e leitura. O conhecimento sobre o desenvolvimento
infantil mostrou-se baixo. A associação entre o conhecimento e variáveis independentes
apontou a ECPPC (Correlação de Spearman=-0,19; p=0,048). Também seguiram para o
modelo de regressão: número de filhos (Correlação de Spearman=-0,18; p=0,072); nível
econômico (Correlação de Spearman=0,136; p=0,166), religião (X2=4,913; p= 0,086), rede de
apoio pai (X2=3,595; p=0,058) e rede outros (X2= 3,878; p= 0,049). O modelo de regressão
hierárquico explica 13% do conhecimento de gestantes sobre o desenvolvimento infantil (R2
0,127). Considerações Finais: Religião, importância à prática de cuidados e estimulação e menor número de filhos explicam uma pequena quantidade do conhecimento das gestantes
sobre o desenvolvimento infantil. O conhecimento sobre o desenvolvimento infantil das mães
foi baixo e estas valorizam muito mais as práticas de cuidados do que as que proporcionam o
desenvolvimento infantil. Sugere-se intervenções futuras que ofereçam a estas mães
oportunidades de conhecer mais sobre o desenvolvimento infantil e sua importância para o
futuro de sua criança.
Description
Em todas as partes que compõem a obra, consta o título: "Desenvolvimento infantil e parentalidade: conhecimento materno de gestantes cadastradas em Unidades Básicas de Saúde".
Keywords
Citation
SANTOS, Ingredy Carolline de Jesus. Desenvolvimento infantil e parentalidade: conhecimento de gestantes cadastradas em Unidades Básicas de Saúde. 2020. 85 p. Dissertação (Mestrado Profissional Saúde, Sociedade e Ambiente) – Programa de Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2020.