Pós Graduação em Química

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PPGQ - Programa de Pós Graduação em Química

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    Estudo fitoquímico de Byrsonima coccolobifolia Kunth (Malpighiaceae) e de atividade biológica de espécies do gênero Byrsonima
    (UFVJM, 2011) Pereira, Vinícius Viana; Miranda, Roqueline Rodrigues Silva de; Duarte, Lucienir Pains; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Miranda, Roqueline Rodrigues Silva de
    Espécies do gênero Byrsonima são conhecidas popularmente como “muricis” e há relatos na literatura de muitos usos medicinais dessas plantas, alguns deles já comprovados, como atividade anti-inflamatória, antimicrobiana e antioxidante. Este trabalho objetivou analisar fitoquimicamente a espécie Byrsonima coccolobifolia Kunth e fazer um estudo de atividade biológica nos extratos de B. coccolobifolia, B. verbascifolia e B. intermedia, investigando a atividade antioxidante, a ação inibitória da acetilcolinesterase e atividade antimicrobiana nessas espécies. As partes aéreas das plantas foram coletadas no Vale do Jequitinhonha-MG e secas a temperatura ambiente. Folhas e galhos foram separados, pulverizados e submetidos à extração exaustiva com solventes de polaridade crescente (hexano, acetato de etila e metanol), que foram removidos por evaporador rotatório. Os extratos em hexano e em acetato de etila de B. coccolobifolia foram submetidos a métodos cromatográficos clássicos e, através de técnicas espectroscópicas (IV e RMN de 1H e 13C), foi possível elucidar nos extratos das folhas as seguintes substâncias: friedelina, β-sitosterol, mistura de α-amirina e β-amirina e derivados do ácido oleanólico e ursólico. Na identificação dos compostos presentes no extrato metanólico de folhas e galhos de B. coccolobifolia, utilizou-se a técnica de espectrometria de massas por electrospray (ESI-MS), por inserção direta dos extratos dissolvidos em metanol. Identificaram-se três classes de metabólitos no extrato metanólico: ácidos fenólicos e derivados (galato de metila, ácido quínico, ácidos mono-, di-, tri- e tetragaloilquínico), proantocianidinas (dímero e trímero epicatequina) e flavonóides (quercetina e derivados glicosilados). As espécies B. coccolobifolia e B. intermedia apresentaram os melhores resultados para conteúdo fenólico e para atividade antioxidante de captura de radical e de poder redutor. Isso mostrou o potencial dos extratos polares dessas plantas como recurso para a busca de substâncias úteis na prevenção ou no tratamento de doenças associadas a radicais livres. No que diz respeito à atividade inibitória da acetilcolinesterase (AChE), também investigada nas três espécies de Byrsonima, o extrato hexânico dessas plantas apresentou maior quantidade de compostos ativos frente a enzima AChE. E somente a espécie B. coccolobifolia apresentou atividade contra os microrganismos testados (Staphylococcus aureus, Bacillus cereus, Escherichia coli e Candida albicans). Sendo assim, o presente trabalho mostrou a importância de continuar estudando a flora do cerrado brasileiro e as espécies do gênero Byrsonima, sejam seus aspectos químicos ou medicinais.
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    Produção de biodiesel por rotas etílicas e metílicas promovidas por irradiação de micro – ondas oriundas de um forno doméstico não modificado
    (UFVJM, 2011) Miranda, Sávio Eduardo Oliveira; Santos, Sandro Luiz Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Sandro Luiz Barbosa dos; Hurtado, Gabriela Ramos; Klein, Stanlei Ivair; Archanjo, Fernando Costa
    Neste trabalho está descrito uma nova metodologia para a produção de biodiesel (ésteres metílicos ou etílicos de ácidos graxos) a partir do emprego de diversos óleos vegetais na sua forma “bruta”, assim como óleos residuais oriundos de processo de fritura e também gordura animal (sebo) como material de partida. Além deste desafio, procurou-se realizar as reações de transesterificações em um processo acelerado por irradiação das micro-ondas obtidas a partir de um forno de micro-ondas doméstico, o qual não sofreu adaptações, tais como: inserção de um sistema de agitação e também de refluxo, para ser utilizado em reações químicas. O primeiro passo do trabalho incluiu a utilização dos diferentes óleos vegetais brutos, isto é, desprovidos de processo de refino e de degomagem, para a produção de biodiesel. Para tanto foi necessário o desenvolvimento de uma metodologia que permitisse a purificação desses óleos vegetais brutos, pois estes podem conter substâncias, como a água, os ácidos graxos livres (AGL) e os ésteres de fósforos (fosfatídicos) que são inibidoras do processo de transesterificação. Na busca por uma técnica que permitisse a prévia purificação desses óleos vegetais, foram testados e obtidos excelentes resultados, quando foi realizada a sua filtração em sílica gel 60 Mesh. A polaridade dessa sílica oriunda dos grupos silanóis permitiu com grande êxito a retenção de AGL e dos ésteres de fósforo, além do seu alto poder de adsorção, reduzindo de maneira significativa o teor de água presente nesses óleos vegetais. O fator limitante para o emprego da sílica gel comercial nos processos de purificação das diversas oleaginosas foi o seu alto custo, o que tornava inviável o processo de purificação. Após diversos estudos e tentativas de encontrar um processo que substituísse a sílica gel comercial anteriormente empregada, foi realizado a síntese de uma nova sílica gel a partir do emprego de areia de construção e de carbonatos, sendo um processo simples e de baixo custo. Os resultados obtidos no processo de purificação dos óleos vegetais brutos empregando sílica gel “sintética” foram similares aos da sílica gel “comercial”, o que levou o emprego desse processo de purificação de maneira sistemática no preparo de matéria-prima (reagentes) para posterior transesterificação. Os bons resultados permitiram testes dessa nova metodologia de purificação em óleos e gorduras residuais (OGR) oriundos de processos de fritura. Nesses óleos foram encontrados um número bem maior de subprodutos (impurezas) que podem inibiriooooooo65t\azs NM de maneira parcial ou total o processo de transesterificação. Dessa forma, a purificação dos OGR tornou-se um grande desafio para a sílica gel “sintética”. Entre as impurezas contidas nesses óleos residuais, podemos destacar os AGL, água e os produtos oriundos da degradação oxidativa e térmica (peróxidos, aldeídos, cetonas, furanos, monômeros cíclicos e não cíclicos) dos óleos vegetais. Os OGR foram purificados com excelentes resultados por filtração sob sílica gel “sintética” em um processo realizado a temperatura ambiente. Além dos óleos residuais puros, nesse processo foi obtida a gordura animal, a qual ficou retida sobre a sílica sintética dentro do funil de filtração. Essa gordura animal foi posteriormente purificada por filtração a 60 ºC também em sílica gel sintética e assim como o óleo residual utilizada como material de partida na síntese de biodiesel. Vale ressaltar que os bons resultados alcançados no processo de purificação sob sílica gel sintética e a necessidade crescente de matéria-prima (óleos vegetais), incentivou a ampliação do programa de coleta de óleo e gorduras residuais (OGR) na cidade de Diamantina/MG, intitulado como “Doe Energia” e implantado em 2006. Tanto os óleos vegetais brutos, como os óleos residuais e a gordura animal purificados em sílica gel sintética foram transesterificados a biodiesel (metílico ou etílico) em alcoolatos (metanolatos e etanolatos) previamente preparados “in situ” a partir da solubilização de NaOH ou KOH em metanol ou etanol. Neste processo ocorreu a adição do alcoolato sobre o material de partida, sendo a reação conduzida sob irradiação de micro-ondas doméstica a 240 W durante dez minutos e acompanhada por cromatografia em camada delgada (CCD). Os produtos da reação (biodiesel e glicerina) foram separados por decantação em funil de separação, sendo o biodiesel (etílico ou metílico) posteriormente lavado até pH neutro, seco em Na2SO4 e purificados por destilação a pressão reduzida. A caracterização do biodiesel produzido foi realizada por métodos espectrométricos como a RMN1H e 13C, além disso, o controle de qualidade do biodiesel produzido foi realizado empregando técnicas analíticas seguindo as normas preconizadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A glicerina foi purificada, através de um prévio tratamento com adição de ácido sulfúrico ou clorídrico, gerando o AGL, biodiesel e sulfatos ou cloretos de metais alcalinos como co-produtos. Alguns desses sais como o sulfato de sódio foi posteriormente purificados por recristalização e utilizados como dessecantes para o próprio biodiesel. A eficiência da metodologia empregando irradiação de micro-ondas doméstica, levou ao estudo do seu uso em reações in situ, ou seja, transesterificação direta das sementes e dos frutos de oleaginosas, tais como a soja e a mamona. Esse processo consiste em uma desidratação prévia dos frutos ou sementes a uma temperatura de 80 ºC durante 8 horas. O alcoolato preparado foi adicionado sobre os frutos ou sementes triturados e secos e a mistura foi agitada com o auxílio de um agitador mecânico a 7500 rpm durante 10 minutos a temperatura ambiente, a fim de homogeneizar a mistura reacional. Essa mistura foi levada a um forno de micro-ondas doméstico e irradiada a 240 W durante 10 minutos em um processo acompanhado por CCD. Após esse período a massa reacional foi filtrada sob vácuo, a fim de eliminar o resíduo vegetal sólido (torta). A solução resultante foi transferida para um funil de separação, onde ocorreu após poucos minutos, a separação do biodiesel (fase superior) da glicerina (fase inferior) por simples decantação. Os produtos foram separados por decantação e tanto a glicerina como o biodiesel (etílico ou metílico) foram purificados e caracterizados. O rendimento em biodiesel foi de aproximadamente 96% no emprego de sementes de soja e de 97% empregando sementes de mamona.
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    Nanotubos de carbono modificados com ftalocianina de cobalto (CoPc): estudo das propriedades eletrocatalíticas e aplicação como sensor para hidrazina
    (UFVJM, 2011) Teles, José Joaquim de Sá; Damos, Flávio Santos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Damos, Flávio Santos
    A hidrazina é uma substância utilizada como inibidora de corrosão, antioxidante, catalisador, emulsificante, agente redutor, combustível para propulsão de foguete, inseticidas, e na preparação de diversos derivados farmacêuticos. Porém, a hidrazina é um material tóxico, sendo, portanto, necessário um método sensível para a sua determinação. Neste trabalho um sensor foi desenvolvido para determinação de hidrazina mediante modificação de um eletrodo de carbono vítreo com ftalocianina de cobalto adsorvido em nanotubos de carbono de paredes múltiplas. A caracterização eletroquímica e de superfície foi feita por voltametria cíclica, microscopia eletrônica de varredura, FT-IR e Espectroscopia de Energia dispersiva de Raios-X. Os estudos de superfície deixaram evidente que os NTCPM e a CoPc formam um material compósito. Os estudos eletroquímicos mostraram a ocorrência de processos redox de superfície e ainda há indícios de uma limitação da transferência de carga. O número de elétrons para a reação de oxidação de hidrazina bem como a constante de velocidade heterogênea foram estimados a partir dos coeficientes linear e angular das curvas de Koutecky-Levich sendo, respectivamente, 4,1 e 1,51 x 103 M-1s-1. Os parâmetros operacionais de três técnicas eletroanalíticas (Amperometria, VPD e VOQ) foram otimizados em relação à determinação de hidrazina com o uso do ECV/NTCPM/CoPc, sendo que a VOQ apresentou maior sensibilidade, tendo sido, portanto, escolhida para a determinação da hidrazina em água de caldeira. Uma curva analítica final para a determinação de hidrazina em amostra da água de caldeira foi feita utilizando-se eletrodos impressos, sob condições experimentais otimizadas, apresentando resposta linear no intervalo de concentração de 99 a 7630 μmol L-1, com R igual a 0,999. Foram obtidos valores de LD e LQ iguais a 50 e a 99 μmol L-1, respectivamente. O sensor permitiu uma boa recuperação para a hidrazina nas amostras de águas de caldeiras analisadas, com valores de recuperação compreendidos entre 98,41 e 103,62%, atestando a exatidão do método proposto.
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    Composição química do café do Alto Vale do Jequitinhonha e comparação dos efeitos sub-crônicos da cafeína e do café em ratos
    (UFVJM, 2012) Rodrigues, Iara Ribeiro; Pinto, Nísia Andrade Vilela Dessimoni; Riul, Tânia Regina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pinto, Nísia Andrade Vilela Dessimoni
    O café está entre os produtos agrícolas de maior importância no comércio internacional e sua qualidade como produto é um importante fator na formação de preço, além de ser uma das bebidas mais consumidas mundialmente e por isso desperta o interesse para os estudos dos efeitos fisiológicos dos seus constituintes. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar os constituintes açúcares, sólidos solúveis totais, fenólicos, flavonóides, cafeína e determinar a acidez total, o pH e a atividade antioxidantepor diferentes métodos (DPPH, ABTS●+ e FRAP) no grão de café cru. Também avaliar os efeitos do tratamento sub-crônico com cafeína e café no peso corporal e dos órgãos (baço, coração, fígado, rins, supra renais e testículos), comprimento dos ossos (fêmur e tíbia), ingestão de alimentos (sólidos e líquidos) e parâmetros bioquímicos (colesterol total, glicemia e triglicérides) em ratos machos Wistar. Foram utilizados 30 ratos: Controle (C) – receberam ração e água; Cafeína (CA) – receberam ração e água contendo 0,1% de cafeína; Café 0,1% (CC1) – receberam ração e café contendo 0,1% de cafeína; Café 0,05% (CC5) – receberam ração e café contendo 0,05% de cafeína; café 0,025% (CC25) - receberam ração e café contendo 0,025% de cafeína. As amostras de café das safras de 2010 e 2011 analisadas, apresentaram diferenças significativas para os teores de fenólicos totais, flavonóides, cafeína, sólidos solúveis, açúcares totais e não-redutores, além de acidez total e pH. A atividade antioxidante total para os métodos utilizados (ABTS, DPPH e FRAP) e teor de açúcares redutores não variaram significativamente de um ano para o outro. No ensaio biológico os animais CC1 pesaram menos do que os C, CC5 e CC25. Em relação ao baço, os CC5 pesaram menos do que os C e CC25; os CC1 menos do que os C. As supra renais dos CC1 pesaram menos do que as dos Ca e CC25. Os CC1 apresentaram menor peso dos testículos do que os C, CA, CC5 e CC25 e os CC25 pesaram mais do que os C. Os ratos CC1 apresentaram menor comprimento do fêmur do que os C, CC5 e CC25 e menor tíbia do que os C, CA, CC5 e CC25. Os animais CC25 apresentaram maiores taxas de glicemia do que os CC1 e CC5 e os CC1 maiores taxas de colesterol total do que os C e CC25. Os animais CC1 comeram menos do que os C durante o tratamento e beberam menos na primeira semana. Os resultados obtidos poderão servir de auxílio para maior conhecimento sobre a interferência dos compostos químicos na qualidade da bebida de café e compreensão de seus efeitos metabólicos no organismo.
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    Estudo fitoquímico e ensaios biológicos de Pseudobrickellia brasiliensis (Spreng.) R.M. King & H. Rob (ASTERACEAE)
    (UFVJM, 2012) Amorim, Mércia Letice Lozer de; Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Archanjo, Fernando Costa; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grael, Cristiane Fernanda Fuzer
    Pseudobrickellia brasiliensis (Spreng.) R.M. King & H. Rob (Asteraceae) é uma espécie de Asteraceae conhecida popularmente como arnica-do-mato, arnica-do-campo ou simplesmente arnica. E utilizada na medicina popular contra machucados e dores no corpo, porem a literatura carece de informações científicas, encontrando-se apenas um artigo sobre estudo fitoquímico. Com o objetivo de contribuir para o estudo de P. brasiliensis, esse trabalho relata o estudo fitoquímico e ensaios biológicos que investigaram a atividade antiinflamatória e antioxidante de extratos das folhas da planta. As folhas foram coletadas na cidade de Diamantina, no Campus JK da UFVJM. Uma parte das folhas ainda frescas foi utilizada para extração de óleo essencial, e outra parte do material vegetal foi seco e submetido à extração com solventes de diferentes polaridades – hexano, acetato de etila, etanol e água – obtendo-se quatro extratos. Os constituintes do óleo essencial foram identificados por CG-EM, encontrando-se 25 terpenos, sendo os majoritários os monoterpenos α-tujeno (17,21%) e α-pineno (32,61%). Os extratos foram submetidos a técnicas cromatográficas clássicas e suas frações foram analisadas por CG-EM, IV, RMN de 1H e 13C, identificando-se o diterpeno acido caurenóico; os triterpenos β-amirina, acetato de β-amirina, α-amirina, acetato de α-amirina, lupeol, acetato de lupeol, pseudotaraxasterol, taraxasterol; e possivelmente uma lactona sesquiterpênica. Em ensaios de triagem fitoquímica realizados com os extratos, foram detectadas as classes de metabólitos secundários: cumarinas, flavonóides, taninos condensáveis, antocianinas, antraquinonas, saponinas, compostos redutores e triterpenos/esteróides. A espécie apresentou um potencial antiinflamatório, uma vez que os extratos aquoso e etanólico modularam a produção da citocina IFN-γ, envolvida diretamente na inicialização e amplificação da resposta inflamatória. Os extratos apresentaram baixo potencial antioxidante, nas concentrações avaliadas e nos ensaios de atividade de retirada de radical, e de poder de redução do íon metálico Fe3+, apesar dos extratos aquoso e etanólico possuírem compostos fenólicos. Sendo assim, o presente trabalho foi uma contribuição para o estudo fitoquímico e de atividades biológicas desta planta.
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    Estudo da variação sazonal e circadiana da composição química do óleo essencial de Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O. Berg
    (UFVJM, 2011) Godinho, Wilson Muanis; Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Gregório, Luiz Elídio; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grael, Cristiane Fernanda Fuzer
    O Cerrado apresenta grande diversidade de espécies vegetais nativas, muito utilizadas na medicina popular e com pouco ou nenhum estudo científico. Entre essas espécies, destaca-se a Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O. Berg (Myrtaceae), conhecida como “Maria-preta”, “Guamirim” ou “Murta”. A medicina tradicional recomenda o uso das folhas na forma de infusão, como antidiarreico, contra infecções urinárias e respiratórias. Estudos evidenciam atividade antimicrobiana do óleo essencial e leishmanicida do extrato etanólico das folhas. Estudos fitoquímicos revelaram a presença de compostos fenólicos no extrato e terpenos no óleo essencial. Geralmente, a constituição química de óleos essenciais oriundos de um mesmo espécimen vegetal e obtidos de plantas de uma mesma espécie pode apresentar variações qualitativas e quantitativas, em virtude de fatores genéticos, ambientais e ontogênicos. É importante estudar essas variações químicas, pois isso pode apresentar implicações nas atividades biológicas de produtos da planta. Além disso, tais estudos podem servir para determinação de marcadores químicos ou auxiliar no controle de qualidade do óleo essencial. Assim, este trabalho teve como principal objetivo observar variações qualitativa e quantitativa na composição química do óleo essencial extraído de folhas de quatro espécimens (BS1, BS2, BS3 e BS4) de B. salicifolius, em três períodos do dia e nas quatro estações do ano. Realizou-se a coleta em habitat natural da espécie, na Reserva Guapuruvu da Arcelor Mittal, em Itamarandiba-MG. Procedeu-se a extração dos óleos essenciais de folhas frescas através de hidrodestilação em Aparato de Clevenger. Calculou-se o rendimento de cada amostra extraída (v/m). Efetuou-se a análise qualitativa e quantitativa dos componentes dos óleos essenciais por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (CG/EM) e Índice de Retenção Relativa (IRR). O maior rendimento extrativo de óleo essencial, para todos os espécimens, ocorreu no verão, e o BS4 foi o que apresentou o maior rendimento médio, 0,80% ± 0,12. Verificou-se a ocorrência de variações qualitativa e quantitativa dos componentes majoritários das amostras analisadas. Assim, houve variações químicas entre diferentes indivíduos da espécie estudada provenientes de um mesmo habitat, o que pode sugerir diferenças genéticas e/ou ontogênicas, embora a fase de desenvolvimento fosse semelhante entre os espécimens estudados, interferindo no metabolismo secundário. Constatou-se, também, a ocorrência de variações químicas intraindividuais, sugerindo que as variações ambientais (sazonais e circadianas) interferem na composição química dos óleos essenciais. No entanto, observou-se a presença constante, com variações quantitativas, de quatro terpenoides (α-pineno, trans-cariofileno, espatulenol e α-humuleno) em todos os óleos essenciais analisados. A quantidade de sesquiterpenos identificados sempre foi superior à de monoterpenos, em todas as amostras.
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    Síntese de precursores da adenofostina A: estudo para a síntese de análogos potencialmente ativos
    (UFVJM, 2012) Lage, Guilherme Luiz da Costa; Santos, Sandro Luiz Barbosa dos; Oliveira, Patrícia Machado de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Sandro Luiz Barbosa dos; Brito, Marcelo Moreira; Archanjo, Fernando Santos; Humberto, Jorge Luiz
    Realizou-se a síntese de doadores e receptores glicosídicos inéditos que foram utilizados numa síntese convergente de um precursor da adenofostina A. Igualmente, a convergência das sintonas tinha como propósito principal o estudo de reações de glicosilação, ou seja, foram explorados dois métodos de formação de ligações glicosídicas: o método do tricloroacetoimidato e o método de isomerização do doador glicosídico alílico. A preparação dos aceptores e doadores glicosídicos envolveu sequências de proteção e desproteção de grupos hidroxila a partir da adenosina e da D-glicose, respectivamente, privilegiando-se a formação de doadores armados e a observação da estereoquímica no carbono anomérico. Os anômeros  e  formados nesta sequência de síntese foram separados, mas somente os anômeros  foram motivo de caracterização pelos métodos de análise usuais de espectrometria RMN 1D e 2D, de massas e no infravermelho. Dessa forma, foram sintetizados dois aceptores glicosídicos (17) e (18) e cinco doadores glicosídicos (9), (11), (11), (13) e (13), sendo todas as substâncias inéditas. Dentre os ensaios de glicosilação somente o método do tricloroacetoimidato produziu o produto desejado (glicosilação entre 11 e 17) cuja caracterização estrutural encontra-se em andamento.
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    Otimização do pré-tratamento ácido de torta de caroço de algodão e bagaço de malte com farinha de pupunha para produção de bioetanol de segunda geração
    (UFVJM, 2012) Silva, Alexandre Alves da; Santos, Alexandre Soares dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Alexandre Soares dos
    Na atualidade, não se pode desconsiderar a necessidade de desenvolvimento de tecnologias que suportem as demandas por energias renováveis. Uma das vias para a produção de energia renovável é a transformação de biomassas vegetais em combustíveis líquidos. Os resíduos agroindustriais são candidatos potenciais como insumos para essa nova indústria de energia. Dessa forma a presente dissertação teve por objetivo avaliar o potencial da torta de caroço de algodão e do bagaço de malte com farinha de pupunha como matérias-primas para a produção de etanol de segunda geração e otimizar etapa de pré-tratamento ácido do material lignocelulósico necessária para a utilização da celulose. Inicialmente foi determinada a composição centesimal da torta de caroço de algodão e do bagaço de malte em relação aos valores percentuais de umidade, cinzas, extrato etéreo, proteína bruta, açúcares solúveis totais, amido, hemicelulose, celulose, lignina, fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido. Com os resultados da caracterização química pôde-se estimar uma produção potencial superior a 300 L de etanol/tonelada de cada resíduo. Para a otimização do pré-tratamento ácido para remoção da fração hemicelulósica foi aplicada metodologia de Planejamento Fatorial através de Delineamento Composto Central Rotacional. O programa STATISTICA Versão 8.0 (Statsoft Inc., Tulsa,) foi utilizado para análise dos dados. A qualidade do ajuste da equação do modelo foi expressa pelo coeficiente de determinação (R²) e sua significância estatística condicionada pelo teste-F. O material insolúvel recuperado após o pré-tratamento otimizado teve as frações hemicelulósicas e de amido completamente removidas. O hidrolisado obtido em condições otimizadas de pré-tratamento apresentou 15,7% de açúcares redutores para o bagaço de malte e pupunha e 5,9% de açúcares redutores para a torta de caroço de algodão. O tratamento dos hidrolisados com carvão ativado removeu não menos que 58% dos compostos fenólicos aí presentes. Os testes de fermentabilidade com Saccharomyces cerevisiae e Pichia stipitis foram promissores. A fermentação com S. cerevisiae apresentou um YP/S de 0,30 para a torta de caroço de algodão e 0,37 para o bagaço de malte. Os rendimentos fementativos com P. stipitis variaram de 9% a 25% para os resíduos agroindustriais. Os dados experimentais indicam que a torta de caroço de algodão (Gossypium hirsutum L.) e bagaço malte com farinha de pupunha tem elevado potencial para a produção de bioetanol.