Pós-graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas
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PMPGCF - Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas
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Item Treinamento físico moderado em esteira modula biomarcadores articulares e melhora o desempenho funcional em ratos com osteoartrite de joelho induzida(UFVJM, 2017) Martins, Jeanne Brenda; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Pereira, Leani Souza Máximo; Peixoto, Marco Fabricio DiasA osteoartrite é uma doença articular degenerativa que causa dor, diminuição da amplitude de movimento, perda de função e incapacidade física para executar as principais atividades de vida diária. O exercício constituído por caminhada de intensidade moderada em esteira é um dos tratamentos não farmacológicos da osteoartrite de joelho, mas seus efeitos especificamente em biomarcadores relacionados com degradação articular de joelho e possível associação com funcionalidade permanecem inconclusivos. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do treinamento com exercício físico de intensidade moderada em esteira nos biomarcadores sistêmicos de estresse oxidativo, parâmetros inflamatórios locais, no desempenho físico funcional, além de quantificar células da cartilagem em ratos com osteoartrite de joelho induzida. Materiais e método: 27 ratos Wistar (433 + 18g, 12 semanas de idade) foram divididos em três grupos (n = 9 por grupo): grupo sham (SHAM); grupo osteoartrite de joelho induzida (OA); grupo treinamento com exercício físico e osteoartrite de joelho (OAT). A osteoartrite de joelho foi induzida por uma única injeção de monoiodoacetato de sódio (MIA) na concentração de 1,2 mg. O treinamento físico foi progressivo (16 m/min-1 30-50 min/dia) e com frequência de 3 dias/semana durante 8 semanas. Vinte e quatro horas após o último dia de intervenção, todos os animais dos três grupos realizaram testes funcionais incluindo número de quedas durante o teste Rotarod, tempo e número de falhas durante o deslocamento em plataforma de 100 cm. Em seguida, os ratos foram eutanasiados e materiais biológicos coletados para a avaliação de biomarcadores articulares inflamatórios e sistêmicos para avaliação do estado redox. A articulação do joelho foi removida e utilizada para avaliação histológica. Foram utilizados para analisar os dados o teste ANOVA oneway (p<0,05) seguido de post-hoc Tukey (dados paramétricos) ou Kruskal Wallis seguido de post-hoc de Dunn (não paramétricos). Modelos de regressão linear múltipla stepwise foram aplicados a fim de verificar a associação entre biomarcadores e funcionalidade. Resultados: O grupo OAT apresentou maiores escores de desempenho funcional em todos os testes de função articular (teste de Rota rod p = 0,002, tempo de falhas de deslocamento p = 0,005, número de falhas de deslocamento p = 0,0002) comparado com os demais grupos. Observou-se redução nas concentrações articulares dos biomarcadores de degradação articular (IL-1β p<0,0001, TNF-α p=0,0001) e aumento na concentração articular de BDNF no grupo OAT comparado ao grupo OA. Além disso, as concentrações articulares das citocinas IL-6 (p<0,005) e IL-10 (p<0,0001) foram maiores no grupo OA comparado aos demais grupos. As concentrações de ambos marcadores articulares (IL-1β e TNF-α) explicaram 58% da variabilidade do número de quedas (p<0,001), ao passo que o TNF-α analisado isoladamente explicou 29% da variabilidade do tempo de deslocamento em percurso conhecido (p=0,002) e 21% da variabilidade do número de quedas (p=0,01). Conclusão: Todos os achados indicam a eficácia do treinamento de intensidade moderada em esteira para reduzir a degradação articular de joelho com OA induzida, uma vez que modula biomarcadores locais inflamatórios e sistêmicos relacionados com estresse oxidativo. Além disso, esta modulação em biomarcadores de degradação articular propiciou conservação celular que impactou positivamente na funcionalidade de ratos com osteoartrite de joelho induzida por monoiodoacetado de sódio.Item Efeitos da adição da vibração de todo o corpo ao exercício em cadeia cinética fechada (agachamento) sobre parâmetros inflamatórios e neuroendócrinos e a sua associação com o desempenho e a capacidade funcional em idosos com osteoartrite de joelho(UFVJM, 2013) Simão, Adriano Prado; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Fedaral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Francischi, Janetti Nogueira; Pereira, Leani Souza Máximo; Thomasini, Ronaldo Luis; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim deIntrodução: Recentemente, a vibração de todo o corpo (VTC) tem sido um método de exercício físico indicado para aumentar o desempenho e a capacidade físico-funcional de idosos com osteoartrite (OA) de joelho. No entanto, os mecanismos relacionados aos efeitos produzidos por essa modalidade ainda não foram completamente investigados. Objetivos: O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da adição de VTC aos exercícios de agachamento na concentração plasmática de marcadores inflamatórios e no desempenho e capacidade funcionais de idosos com OA de joelho na fase remissiva da doença (Estudo 1) e investigar os efeitos da adição do treinamento de VTC ao exercício de agachamento em mulheres idosas com OA de joelho na fase remissiva da doença nos seguintes parâmetros: 1) força isométrica do músculo quadríceps; 2) concentração plasmática de BDNF; e 3) na concentração salivar da razão testosterona/cortisol (Estudo 2). Investigar a relação entre os níveis plasmáticos e no líquido sinovial do TNF- e seus receptores solúveis (sTNFR1 e sTNFR2) assim como de BDNF em idosos com OA de joelho e ainda verificar a relação destes com a gravidade da OA e o autorrelato de dor, rigidez e função física com o WOMAC (Western Ontario and McMaster University Osteoarthritis Index) em idosos com OA de joelho na fase inflamatória aguda (Estudo 3). Metodologia: No estudo 1, trinta e dois idosos com OA de joelho foram divididos em três grupos: grupo que realizou exercício de agachamento associado a plataforma vibratória (grupo plataforma N=11), grupo que realizou exercício de agachamento sem vibração (grupo agachamento N=10) e o grupo controle (N=11). Um programa estruturado de exercícios de agachamento foi executado três vezes por semana em dias alternados por doze semanas nos grupos plataforma e agachamento. A concentração plasmática de receptores solúveis de TNF- (sTNFR1 e sTNFR2) foi analisada usando a técnica de ELISA. O WOMAC foi usado para avaliar o autorrelato da função física, dor e rigidez. O teste de caminhada de 6 minutos, a escala de Berg e o teste de velocidade da marcha foram utilizados para avaliar a função física. No estudo 2, foram selecionadas quinze mulheres idosas com idade maior ou igual a 60 anos que tinham sido diagnosticadas com OA em pelo menos um joelho. A intervenção consistiu de doze semanas seguidas de exercícios de agachamento, 3 vezes por semana. O protocolo de exercício foi similar em ambos os grupos diferindo apenas da presença de vibração. Já no estudo 3 participaram vinte e sete idosos diagnosticados com osteoartrite de joelho e dezenove idosos saudáveis. Radiografias ântero-posteriores do joelho foram realizadas para determinar a gravidade da doença no joelho afetado. A classificação radiográfica da OA do joelho foi realizada utilizando os critérios Kellgren-Lawrence. Os níveis de TNF-α, sTNFR1, sTNFR2 e BDNF no plasma e no líquido sinovial foram determinados por ELISA. Resultados: No estudo 1, o grupo que realizou exercícios de agachamento na plataforma vibratória mostrou diminuição nas concentrações plasmáticas dos marcadores inflamatórios sTNFR1 e sTNFR2 (p<0,001 e p<0,05, respectivamente), no autorrelato da dor (p<0,05), melhora no equilíbrio (p<0,05) e na velocidade e distância caminhada (p<0,05 e p<0,001, respectivamente) comparado com o grupo controle. O teste de velocidade da marcha também apresentou aumento no grupo plataforma quando comparado ao grupo agachamento (p<0,01). Os resultados do estudo 2 demonstraram uma variação (∆) positiva dos valores da força isométrica muscular do quadríceps (p=0,02) e da concentração plasmática de BDNF (p=0,03) no grupo vibração após o período de intervenção. A variação (∆) na razão testosterona/cortisol (T/C) não diferiu significativamente, entre os grupos (p=0,61). No estudo 3, os níveis de BDNF no líquido sinovial correlacionou-se significativamente com dor autorrelatada [WOMAC] (rs = 0,39, p=0,04). Com relação aos receptores solúveis para TNF-α, observou-se uma diferença entre os níveis de sTNFR1 e de sTNFR2, tanto no plasma quanto no líquido sinovial em pacientes com OA do joelho (1091 ± 99,48 pg / mL versus 2249 ± 126,3 pg / mL e 2587 ± 66,12 pg / mL versus 2021 ± 107,0 pg / mL, respectivamente). Além disso, os níveis de sTNFR1 no líquido sinovial foram, negativamente, correlacionadas com a dor e a função física autorrelatada (rs -0,6785, p<0,0001 e rs -0,4194; p=0,03, respectivamente). Ao passo que, os níveis de sTNFR2 no líquido sinovial foram negativamente correlacionadas com dor e rigidez articular (rs -0,5433, p=0,01 e rs -0,4249; p=0,02, respectivamente). Conclusões: Os resultados dos estudos supracitados indicam que a adição da vibração de todo o corpo ao treinamento com exercício de agachamento, nas condições experimentais propostas, melhora o equilíbrio estático e dinâmico e o desempenho da marcha e ao mesmo tempo reduz a autopercepção de dor e a concentração de marcadores inflamatórios (sTNFR1 e sTNFR2) em idosos com OA de joelho na fase de remissão da doença. Além disso, a associação da vibração de todo o corpo ao exercício de agachamento promove uma melhora na força muscular de membros inferiores em mulheres idosas com OA de joelho na fase de remissão da doença e proporciona uma resposta adaptativa na concentração de BDNF sem alteração na relação muscular de anabolismo/catabolismo. Já os resultados da relação entre sistêmico e local, indicam que os níveis de BDNF sistêmicos estão associados com o mecanismo da dor articular na OA de joelho. Com relação aos receptores solúveis de TNF-α, evidenciou-se a presença de receptores solúveis para TNF- no líquido sinovial de pacientes com OA primária de joelho e a relação destes receptores com parâmetros clínicos.