Pós-graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas

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PMPGCF - Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas

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    Efeitos do óleo de pequi (Caryocar brasiliense) no balanço energético e em biomarcadores imunometabólicos de camundongos alimentados com dietas balanceada e hiperlipídica
    (UFVJM, 2019) Mendes, Mateus Ferreira; Esteves, Elizabethe Adriana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Esteves, Elizabethe Adriana; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Morais, Harriman Aley
    A obesidade é o resultado do excessivo consumo energético em relação ao gasto. No contexto do macronutrientes, o gasto energético pode ser influenciado pela ingestão lipídica, e a composição em ácidos graxos dietéticos poderá exercer impactos diferenciais, sendo que os ácidos graxos monoinsaturados (MUFA) vêm sendo apontados como mais sacietógenos e termogênicos que os saturados (SFA) ou poliinsaturados (PUFA). Em consequência, os MUFA podem contribuir para reduzir os impactos imunometabólicos da obesidade. O óleo de pequi é rico em MUFA e antioxidantes, apresenta potencial funcional na redução do risco de doenças cardiometabólicas, mas ainda não foi estudado no contexto do balanço energético. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da ingestão do óleo de pequi em indicadores do balanço energético e em biomarcadores imunometabólicos de camundongos alimentados com dietas balanceada e hiperlipídica. Para tal, 36 camundongos da linhagem Swiss, machos e com 15 semanas de idade foram distribuídos em quatro grupos experimentais (n=9) sendo: C, que recebeu dieta controle (balanceada), CP que recebeu dieta controle 1% das calorias lipídicas substituídas por óleo de pequi; HL que recebeu dieta hiperlipídica (60% kcal de lipídeos) e HLP, que recebeu dieta HL com 1% das calorias lipídicas substituídas por óleo de pequi. Todos os animais foram submetidos ao final, à análise do consumo de oxigênio e produção de dióxido de carbono por calorimetria indireta e ao teste de sequência comportamental de saciedade (SCS). Foram avaliados indicadores da ingestão alimentar, antropométricos e da adiposidade visceral, imunometabólicos e indicadores do comportamento alimentar. No contexto de dieta balanceada, não houve diferenças para a maioria dos indicadores e bioamarcadores avaliados, à exceção das concentrações séricas de adiponectina que foram menores e as de IL12p70 que foram maiores para o grupo CP em relação ao C. (p<0,05). No teste de SCS, a frequência da alimentação e o tempo de repouso foram maiores e o tempo de atividade, menores para o grupo CP (p<0,05). No contexto da dieta hiperlipídica, observamos um maior IAd do grupo HL, seguido pelo HLP e por último o C (P<0,05). No teste de SCS, a ingestão alimentar e calórica do grupo HLP foi menor do que a dos grupos HL e C (p<0,05). O grupo HLP apresentou maior tempo de atividade em relação ao grupo HL (p<0,05). O tempo de repouso dos animais HLP foi menor do que o do grupo HL (p<0,05). As concentrações séricas de proteína C reativa (PCR), de IL12p70 e interferon gama (IFN-γ) foram maiores para o grupo HL, seguidas pelo HLP e pelo C (p<0,05). Assim, no contexto de dieta balanceada, a óleo de pequi não alterou respostas em indicadores da adiposidade, da ingestão alimentar e da termogênese, mas os animais tenderam a apresentar maior tempo de comportamento ingestivo e tiveram pequenas alterações em biomarcadores pró-inflamatórios. Na dieta hiperlipídica, o óleo de pequi não afetou a termogênese, mas pomoveu menor acúmulo de gordura visceral com melhorias no perfil pró-inflamatório, o que pode ter contribuido para o comportamento mais ativo desses animais e para a tendência de menor ingestão alimentar.
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    Indução do emagrecimento pela restrição calórica com dieta hiperlipídica e seus efeitos na inflamação do tecido adiposo de camundongos obesos
    (UFVJM, 2018) Neves, Nilma Nayara; Esteves, Elizabethe Adriana; Magalhães, Flávio de Castro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Esteves, Elizabethe Adriana; Magalhães, Flávio de Castro; Melo, Gustavo Eustáquio Alvim Brito de; Santos, Carina de Sousa
    O acúmulo excessivo de triglicerídeos nos adipócitos leva à produção e secreção alterada de adipocinas e citocinas, além de desregulação na infiltração de células do sistema imune, o que contribui para a inflamação crônica de baixo grau. A restrição calórica (RC) com dietas balanceadas é amplamente utilizada para induzir perda de gordura corporal, sendo os lipídeos dietéticos impactantes nos efeitos pró-inflamatórios. Entretanto, não existe um consenso sobre efeitos diretos da RC com dieta hiperlipidica, no tecido adiposo obeso, especialmente na inflamação. O objetivo deste estudo foi investigar efeitos da RC com dieta hiperlipídica na inflamação do tecido adiposo visceral de camundongos obesos. Foram utilizados 52 camundongos C57BL/6 machos. Inicialmente, os animais foram divididos em dois grupos que receberam dieta controle (10% do conteúdo energético em lipideos – C; n=16) e dieta obesogênica (60% do conteudo energético em lipídeos – Ob; n=36). Após oito semanas (Fase de indução da obesidade), seis animais de cada grupo foram eutanasiados para avaliação da adiposidade visceral e estado inflamatório. Em seguida, os animais Ob foram divididos em três grupos (n=10): Ob - continuaram recebendo dieta Ob, ObS – submetidos ao emagrecimento pela substituição da dieta Ob pela C e acesso livre e ObR - submetidos ao emagrecimento por receberem quantidades restritas em calorias da dieta Ob para atingirem a mesma massa corporal dos animais ObS, o que perdurou por mais sete semanas (Fase de emagrecimento). Foram analisados marcadores relacionados à composição corporal, metabolismo, inflamação sistêmica e do tecido adiposo epididimal. Os animais do grupo Ob tornaram-se obesos e inflamados. Ao final da fase de emagrecimento, a RC com dieta hiperlipídica resultou em massas corporais e Índices de Lee semelhantes entre os grupos C e ObS, sendo os três grupos inferiores ao Ob (p<0,05). Entretanto, e eficiência energética para o grupo ObR foi maior o que refletiu em menor perda de massa corporal para esses animais em comparação aos ObS (p<0,05), mesmo ingerido a mesma quantidade de calorias. O grupo ObR também apresentou maior Índice de adiposidade visceral em comparação ao ObS ou C e inferior ao Ob (p<0,05). A RC com dieta hiperlipídica não foi capaz de reduzir as concentrações de leptina e adiponectina do tecido adiposo epididmal em comparação ao grupo Ob, mas reduziu os infiltrados de células inflamatórias de forma semelhante ao grupo C. Além disso, reduziu a frequência de adipócitos hipertrofiados a valores intermediários entre os grupos Ob e C. Em consonância, as concentrações das citocinas IL-6, TNF, IFN-γ e da quimiocina MCP-1 neste tecido foram reduzidas em relação ao grupo Ob (p<0,05), mas não se igualaram ao grupo C. As concentrações de IL-12p70 e IL-10 não foram alteradas. A tolerância intraperitoneal a insulina foi reduzida a valores basais pela RC com dieta hiperlipídica (p<0,05), embora a tolerância oral a glicose tenha se mantido semelhante ao grupo Ob. Houve redução das concentrações serica e hepática de PCR e dos lipídeos hepáticos a valores intermediários aos grupos Ob e C (p<0,05). A RC com dieta hiperlipídica promoveu emagrecimento, mas foi menos eficiente em promover perda de gordura visceral. Assim, houve atenuação do estado pró-inflamatório tecidual e sistêmico, com ligeira melhora na homeostase da glicose. É provável que, mesmo com RC, efeitos deletérios advindos da sobrecarga lipídica e de ácidos graxos saturados tenham sido os principais determinantes dos desfechos observados.
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    Efeitos de um protocolo de exercício de subida em escada em camundongos alimentados com dieta hiperlipídica
    (UFVJM, 2018) Costa, Juliana Sales Rodrigues; Magalhães, Flávio de Castro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Magalhães, Flávio de Castro; Santos, Carina de Sousa; Cassilhas, Ricardo Cardoso
    O aumento da prevalência da obesidade em todo o mundo é motivo de grande preocupação devido à forte ligação com outras doenças como doenças cardiovasculares, resistência à insulina e diabetes tipo 2. A obesidade é um dos principais contribuintes para a resistência à insulina e mais de 80% dos indivíduos com diabetes tipo 2 também são obesos e um número substancial desses pacientes expressa anormalidades na sensibilidade à insulina e no metabolismo da glicose. O exercício físico vem sendo utilizado como um importante recurso terapêutico para o tratamento e prevenção de diversas doenças decorrentes do excesso de adiposidade. O exercício de subida em escada para roedores pode ser uma estratégia de intervenção para se estudar seus efeitos sobre o metabolismo da glicose. Este trabalho teve como objetivo investigar os efeitos de um protocolo de exercício de subida em escada em camundongos Balb/c alimentados com dieta hiperlipídica sobre parâmetros associados à obesidade e resistência à insulina. Para isso, 48 animais foram divididos em 2 grupos (n=24) sendo grupo chow alimentado com ração comercial (10% das calorias de gordura) e grupo HFD (de high fat diet) alimentado com dieta hiperlipídica (42% das calorias de gordura) por 12 semanas. Nas quatro primeiras semanas, todos os animais permaneceram sedentários alimentados com suas respectivas dietas. Na quinta semana todos os animais foram adaptados para a subida em escada e passaram por testes físicos pré-exercício de 3 repetições máximas (3RM) e de resistência. Os grupos foram subdivididos em grupos sedentários e grupos treinados (n=12/grupo). Na sexta semana experimental se deu o início do exercício que durou por 6 semanas, sendo iniciado com 5 séries de 6 subidas e carga de 80% do peso do teste de 3RM, progredindo até atingir 6 séries de 8 subidas e carga correspondente a 110% do 3RM. Os animais dos grupos sedentários não realizaram o exercício físico. Ao final do experimento todos os animais foram submetidos aos testes físicos pós-exercício e testes de tolerância à glicose e à insulina. Em seguida foram eutanasiados e foram coletados tecidos adiposos e musculares, assim como o soro para posteriores análises. A dieta hiperlipídica piorou a tolerância à glicose, aumentou a glicemia de jejum, aumentou o índice de adiposidade, a área dos adipócitos epididimais e a concentração sérica de colesterol total e HDL-colesterol. O exercício de subida em escada aumentou o desempenho nos testes de 3RM e de resistência e aumentou a área dos miócitos do quadríceps e glúteo máximo em ambos os grupos treinados. Para o grupo alimentado com dieta hiperlipídica, o exercício físico melhorou a tolerância à glicose e reduziu a área dos adipócitos epididimais. O protocolo de exercício de subida em escada utilizado no presente estudo foi eficaz em melhorar alguns parâmetros alterados pela dieta hiperlipídica em camungondos Balb/c.
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    Efeitos da perda de peso corporal induzida por dieta hipolipídica ad libitum e pela restrição calórica com dieta hiperlipídica na inflamação do tecido adiposo de camundongos obesos
    (UFVJM, 2017) Rodrigues, Manuela Ortega Marques; Esteves, Elizabethe Adriana; Magalhães, Flávio de Castro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Esteves, Elizabethe Adriana; Magalhães, Flávio de Castro; Pereira, Wagner de Fátima; Peixoto, Marco Fabricio Dias
    A expansão do tecido adiposo branco na obesidade leva à expressão alterada de proteínas em seus adipócitos, bem como a infiltração de células do sistema imune, especialmente macrófagos, cujas secreções levam ao desenvolvimento da inflamação crônica de baixo grau, a qual é considerada subjacente ao desenvolvimento de inúmeras comorbidades. Dentre as formas de tratamento da obesidade, dietas de restrição calórica (RC) nutricionalmente balanceadas induzem a perda de peso e melhorias em marcadores sistêmicos da inflamação, mas os efeitos diretos no tecido adiposo visceral ainda são controversos. No entanto, existe uma lacuna sobre qual o impacto dessas dietas na inflamação local, mesmo em condições de sobrecarga lipídica. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da perda de peso corporal induzida por dieta hipolipídica ad libitum e pela restrição calórica com dieta hiperlipídica na inflamação do tecido adiposo visceral de camundongos obesos. Para tal, inicialmente, camundongos C57BL/6 com 12 semanas de idade, machos, foram divididos em dois grupos: LF – alimentados com dieta controle hipolipídica – do inglês low fat (10% das calorias, fonte óleo de soja, rica em ácidos graxos poli-insaturados); e HF – alimentados com dieta controle hiperlipídica – do inglês high fat (60% calorias, fonte banha de porco, rica em ácidos graxos saturados) para indução da obesidade. Após oito semanas, seis animais de cada grupo foram eutanasiados para verificação da adiposidade visceral e estado inflamatório (dosagens de proteína C reativa – PCR sérica e hepática). Em seguida, os animais HF foram aleatoriamente divididos em três grupos HF – continuaram recebendo dieta HF; LFAL – submetidos ao emagrecimento pela substituição da dieta HF pela LF e acesso livre (ad libitum) e RHF – submetidos ao emagrecimento por receberem quantidades restritas em calorias da dieta HF para atingir o mesmo peso corporal dos animais LFAL. A partir deste momento, esses grupos foram alimentados, juntamente com os animais LF, por mais sete semanas. Ao final, foram avaliados o ganho/perda de peso corporal, a adiposidade, as concentrações séricas e hepáticas de PCR, e as concentrações de leptina, adiponectina, e das citocinas IL-6, TNF e MCP-1 no tecido adiposo retroperitoneal, além da morfologia dos adipócitos e a presença de infiltrados inflamatórios no tecido adiposo retroperitoneal. Ao final da fase de indução da obesidade, os animais HF estavam obesos e inflamados. Ao final da fase de indução da perda de peso, os grupos LFAL e RHF tiveram pesos corporais semelhantes, menores que o HF e se igualaram ao LF. No entanto, houve maior dificuldade em perder peso pelo grupo RHF em comparação ao LFAL, dado pelas diferenças significativas entre os deltas de perda de peso, que foram menores para RHF e pelos coeficientes de eficiência energética, que foram maiores para o grupo RHF. Os animais LFAL retornaram a adiposidade e a hipertrofia dos adipócitos viscerais a valores semelhantes ao grupo LF. Isto provavelmente foi o que levou à menor concentração de leptina com concomitante aumento da adiponectina e menor infiltração de células inflamatórias neste tecido, igualando-se também ao LF. Em consequência, houve menor concentração tecidual de citocinas pró-inflamatórias, além de menor concentração hepática e circulante de PCR. Já para os animais RHF, houve apenas atenuação da adiposidade e da hipertrofia dos adipócitos retroperitoneais. Isso foi suficiente para restabelecer a concentração local de leptina a níveis semelhantes ao grupo LF, embora não tenha elevado a concentração de adiponectina. Além disso, a infiltração de células inflamatórias menteve-se também elevada. Não houve redução da concentração de citocinas pró-inflamatórias, à exceção da IL-6, que reduziu levemente. A concentração hepática de PCR foi atenuada, o que não refletiu na concentração sérica dessa proteína. Concluiu-se que a restrição calórica com dieta hiperlipídica foi menos eficiente em promover a perda de peso e de adiposidade e não melhorou a inflamação do tecido adiposo visceral, comparada com a dieta hipolipídica ad libitum. Inferiuse que a ingestão de dieta com sobrecarga de lipídeos (60% das calorias) e de ácidos graxos saturados foi mais determinante da inflamação local do que a restrição calórica per se.
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    O efeito do treinamento intervalado de alta intensidade em componentes celulares e moleculares relacionados à resistência à insulina em indivíduos obesos
    (UFVJM, 2016) Matos, Mariana Aguiar de; Amorim, Fabiano Trigueiro; Vieira, Etel Rocha; Universidade Fedaral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Vieira, Etel Rocha; Peixoto, Marco Fabricio Dias; Soares, Danusa Dias; Wanner, Samuel Penna; Cordeiro, Letícia Maria de Souza
    O excesso de gordura corporal característico da obesidade está relacionado a diversas alterações metabólicas, que incluem a resistência à insulina. Dentre as medidas não farmacológicas empregadas para a melhora da sensibilidade à insulina está o treinamento físico aeróbio, como o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT, do inglês high intensity interval training). Sendo assim, esse estudo avaliou os efeitos do HIIT em componentes bioquímicos, celulares e moleculares relacionados à resistência à insulina em obesos. Indivíduos obesos sensíveis (n=9) e resistentes à insulina (n=8) foram submetidos a 8 semanas de HIIT, em cicloergômetro, realizado 3 vezes por semana, com intensidade e volume progressivos (8 a 12 estímulos; 80 a 110% da potência máxima). Amostras de sangue venoso e do músculo vasto lateral foram obtidas antes e após o programa de HIIT. Após o programa de treinamento houve aumento da sensibilidade à insulina nos obesos resistentes à insulina, mas não houve redução da massa de gordura. A concentração de citocinas no soro, o estresse oxidativo sistêmico e frequência das células imunes não foram modificadas após o treinamento. No músculo esquelético, o HIIT promoveu aumento da fosforilação do substrato do receptor de insulina (IRS) (Tyr612), da Akt (Ser473) e da proteína quinase dependente de cálcio/calmodulina (CAMKII) (Thr286), e aumento do conteúdo da β-hidroxiacil-CoA desidrogenase (β-HAD) e citocromo C oxidase (COX-IV). Houve ainda, redução da fosforilação da quinase regulada por sinal extracelular (ERK1/2) nos obesos resistentes à insulina. Concluímos que 8 semanas de HIIT promoveram melhora da sensibilidade à insulina, modificou componentes da via de sinalização da insulina e do metabolismo oxidativo no músculo esquelético. Essas alterações ocorreram independentes de mudanças na gordura corporal total e de parâmetros inflamatórios sistêmicos.
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    Biomarcadores neuroendócrino-inflamatórios, estado redox e desenvolvimento infantil de crianças com sobrepeso e obesidade entre seis e 24 meses de idade
    (UFVJM, 2016) Camargos, Ana Cristina Resende; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Fedaral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Scalzo, Paula Luciana; Peluzio, Maria do Carmo Gouveia; Sampaio, Kinulpe Honorato; Esteves, Elizabeth Adriana
    A obesidade infantil é considerada um dos maiores problemas de saúde pública do mundo. Estudos demonstram alteração do padrão de secreção de adipocinas, cortisol e do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), bem como inflamação clínica crônica sublimiar e desequilíbrio redox em crianças com sobrepeso e obesidade na idade escolar. Além disso, o excesso de peso também está associado a reduzido desenvolvimento cognitivo e motor. Apesar da literatura indicar que os primeiros 24 meses de vida representam um período importante para o desenvolvimento da obesidade infantil, não existem evidências se crianças com sobrepeso e obesidade nesta faixa etária já apresentam alterações em parâmetros neuroendócrino-inflamatórios, com possível impacto no desenvolvimento infantil. Dessa forma, os objetivos deste estudo foram: 1) analisar as concentrações plasmáticas de adipocinas e BDNF, as concentrações séricas de cortisol e o estado redox de crianças com sobrepeso/obesidade entre seis e 24 meses de idade; 2) avaliar o desenvolvimento cognitivo e motor de crianças com sobrepeso/obesidade entre seis e 24 meses de idade e; 3) verificar associações entre os biomarcadores avaliados com o desenvolvimento cognitivo e motor nessa faixa etária. Foi realizado um estudo transversal com crianças com sobrepeso/obesidade e eutróficas entre seis e 24 meses de idade, cadastradas nas Estratégias de Saúde da Família. As concentrações plasmáticas de leptina, adiponectina, resistina, receptores solúveis do fator de necrose tumoral 1 e 2 (sTNFR1 e sTNFR1), BDNF e as concentrações séricas de cortisol foram mensuradas pelo método ELISA. As quimiocinas foram mensuradas pela técnica cytometric bead arrays e o estado redox foi determinado por meio da detecção das concentrações de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), da atividade das enzimas catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD) e da habilidade de redução do ferro (FRAP). O desenvolvimento infantil foi avaliado por meio do instrumento Bayley Scales of Infant and Toddler Development, 3ª edição (Bayley-III). Foi utilizado teste t para amostras independentes para comparar os grupos e correlação de Pearson ou Spearman para verificar a associação entre as variáveis. Além disso, foi utilizado um modelo de regressão linear múltipla stepwise para verificar a associação entre os biomarcardores selecionados com o desenvolvimento cognitivo e motor. As concentrações plasmáticas de leptina (p=0,0001), adiponectina (p=0,0007), BDNF (p=0,003) e as concentrações séricas de cortisol (p=0,048) foram significativamente superiores no grupo de crianças com sobrepeso/obesidade. Em contrapartida, as crianças deste grupo apresentaram menores concentrações de TBARS (p=0,004) e menor atividade das enzimas antioxidantes CAT (p=0,045) e SOD (p=0,02). Não foram encontradas diferenças significativas nas concentrações de quimiocinas, sTNFR1, sTNFR2, resistina e FRAP entre os grupos (p>0,05). Além disso, as crianças do grupo sobrepeso/obesidade apresentaram menores escores de desenvolvimento cognitivo (p=0,03) e motor (p=0,04). Foi ainda encontrada associação significativa entre as concentrações plasmáticas de leptina e sTNFR1 com o escore composto cognitivo (p=0,001) e das concentrações plasmáticas de sTNFR1 com o escore composto motor (p=0,003). Todos esses resultados apontaram a presença de alterações neuroendócrino-inflamatórias em crianças com sobrepeso/obesidade entre seis e 24 meses de idade. Além disso, embora a maior parte das crianças com sobrepeso/obesidade apresentem desenvolvimento infantil dentro dos limites de normalidade, evidencia-se pior desempenho cognitivo e motor. Por fim, foi demonstrado que maiores concentrações de sTNFR1 e menores concentrações de leptina foram associadas com melhores desfechos de desenvolvimento infantil nessa faixa etária.