Pós-graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas

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PMPGCF - Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas

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    Fibromialgia: respostas de biomarcadores inflamatórios após estímulo agudo de vibração de corpo inteiro
    (UFVJM, 2016) Ribeiro, Vanessa Gonçalves César; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Bernardo Filho, Mario; Magalhães, Flávio de Castro
    A fibromialgia (FM) está associada a alterações na resposta inflamatória e estudos demonstram aumento da concentração de biomarcadores pró inflamatórios em pacientes com a doença. Estes biomarcadores podem induzir vários sintomas, tais como fadiga, falta de sono, dor e mialgia. A vibração de corpo inteiro (VCI) pode ser uma estratégia terapêutica para o tratamento dessa doença por ser um estímulo de curta duração e baixa intensidade. Os objetivos do presente estudo foram: 1) Caracterizar a intensidade do estímulo de vibração de corpo inteiro em mulheres diagnosticadas com FM comparadas com o grupo de mulheres saudáveis (CT) pareados por idade e características antropométricas; e 2) Investigar o efeito de uma única sessão de VCI na resposta inflamatória destes grupos. As concentrações plasmáticas de leptina, adiponectina, resistina, receptores solúveis do fator de necrose tumoral (sTNFR1 e sTNFR2) e BDNF foram mensuradas pelo método ELISA e IL-8 por técnica cytrometric bead arrays (CBA) ambas conforme instruções do fabricante. O consumo de oxigênio (VO2) e a frequência cardíaca (FC) foram registrados em repouso e durante todo o protocolo experimental. A percepção subjetiva de esforço (PSE) foi registrada por meio da Escala de percepção subjetiva de esforço de Borg. A sessão aguda de VCI promoveu aumento do VO2 e FC de forma semelhante em ambos os grupos e esse estímulo foi caracterizado como de intensidade leve. No entanto, houve interação (doença vs vibração) na PSE (P = 0,0078) demostrando que indivíduos com FM apresentam maior PSE comparadas com mulheres saudáveis em repouso; além disso, o estímulo de VCI promoveu aumento dessa percepção no grupo FM, mantendo-se inalterado no grupo CT. Em repouso, os indivíduos com FM apresentaram maiores concentrações plasmáticas de IL-8, de adiponectina e do receptor solúvel de TNF, sTNFR1, e menores concentrações plasmáticas do receptor solúvel sTNFR2 comparados com o grupo controle. Não houve diferença entre os grupos quanto às concentrações plasmáticas de leptina, resistina e BDNF no estado basal. O estímulo de VCI promoveu diminuição das concentrações plasmáticas de adiponectina, sTNFR1e aumento das concentrações de sTNFR2 no grupo FM. No grupo controle, o estímulo de vibração promoveu aumento das concentrações plasmáticas de leptina, resistina e de sTNFR1. Houve interação (doença vs vibração) nas concentrações plasmáticas de adiponectina (P = 0,0001), sTNFR1 (P= 0,000001), sTNFR2 (P =0,0052), leptina (P = 0,0007), resistina (P = 0,0166) e BDNF (P = 0,0179). Os achados deste estudo são relevantes em termos clínicos uma vez que evidenciam que este estímulo, considerado de baixa intensidade, parece ser suficiente para causar interação (doença versus estímulo) e, consequentemente, modulação de marcadores inflamatórios, no sentido de ajuste da homeostase da inflamação. O mecanismo neuroendócrino parece ser uma modulação induzida pelo exercício no sentido de maior adaptação à resposta inflamatória e de estresse destes pacientes.