Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional
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PPGREAB - Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional
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Item Caracterização do processo avaliativo para reabilitação e prevenção de lesões esportivas de fisioterapeutas brasileiros(UFVJM, 2022) Reis, Natália Alexandre de Melo Andrade; Mendonça, Luciana De Michelis; Bittencourt, Natália Franco Netto; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mendonça, Luciana De Michelis; Alcântara, Marcus Alessandro de; Macedo, Christiane de Souza GuerinoOs princípios fundamentais dos métodos de avaliação empregados na prática clínica se baseiam em uma série de fatores para construção do processo avaliativo, desde a formação desses profissionais, pelo conhecimento teórico-prático, até a abordagem propriamente dita dessas lesões. A proposta do presente estudo foi investigar a organização do processo avaliativo fisioterapêutico atual, tanto no processo preventivo como para reabilitação de lesões esportivas. Fisioterapeutas que atuam no esporte no Brasil foram contactados por intermédio das plataformas digitais, para o preenchimento de um questionário eletrônico, no qual 237 foram incluídos para as análises finais. Destes, 65,4% não são sócios SONAFE, 69,6% trabalham em clínicas privadas, com mais de 7 anos de experiência clínica. Dos profissionais que se formaram após a implementação da CIF, 37% utilizam o modelo biopsicossocial na sua atuação clínica. Uma taxa de 95,4% realizam avaliações preventivas, 98,7% para reabilitação e 95,4% dos profissionais reavaliam seus clientes. Porém, 36,3% apresentam dificuldades em manter-se atualizado e 27% têm limitações quanto a registrar todos os dados da avaliação, sendo que, 47,7% ainda utilizam avaliações manuscritas no papel. Essa pesquisa contribui para que os fisioterapeutas esportivos averiguem as suas estratégias avaliativas, mas também evidencia que uma grande parcela destes, ainda necessitam de aperfeiçoamento do conhecimento sobre esse processo avaliativo.Item Confiabilidade e validade de constructo do Patient Generated Index (PGI) em pacientes pós-Hemorragia Subaracnoidea(UFVJM, 2023) Coelho, Ludmila Santos; Alcântara, Marcus Alessandro de; Lima, Vanessa Pereira de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcântara, Marcus Alessandro de; Bastone, Alessandra de Carvalho; Costa, Bruno SilvaIntrodução: A Hemorragia Subaracnóidea (HSA) é uma emergência médica causada pelo sangramento cerebral no espaço subaracnóideo. Apesar da baixa incidência em relação à totalidade de Acidente Vascular Encefálico (AVE), é uma doença com alta morbimortalidade e prognóstico ruim para a funcionalidade e qualidade de vida entre os sobreviventes. Estudos têm mostrado que fatores como déficit cognitivo, limitação à participação social e dificuldade de retorno ao trabalho estão significativamente associados à incapacidade a longo prazo e redução da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). A mensuração da QVRS em pacientes pós-HSA é realizada por meio do Medical Outcomes Short-Form Health Survey (SF-36) ou pelo Stroke Specific Quality of Life Scale (SSQOL). Embora usados internacionalmente, as propriedades psicométricas desses questionários não foram avaliadas na população de HSA. Além disso, eles apresentam estruturas padronizadas pré-determinadas que, muitas vezes, não consideram a percepção subjetiva do indivíduo sobre a vida e sua multidimensionalidade. Considerando a evolução da HSA e o ônus que essa condição impõe aos seus sobreviventes, é de suma importância melhorar a avaliação da QVRS nessa população. O questionário Paciente Generated Index (PGI) é um instrumento não estruturado, na qual se avalia a QVRS na perspectiva do paciente e traz um conceito contemporâneo de avaliação de qualidade de vida. Entretanto, a confiabilidade e validade em pacientes pós-HSA não foi estudada. A validação do PGI para pacientes pós-HSA permitirá o seu uso nos serviços de reabilitação, contribuindo para um planejamento da assistência direcionado de acordo com necessidades especificas do indivíduo. Objetivo: avaliar a confiabilidade e validade da versão brasileira do PGI em pacientes em reabilitação pós-HSA. Método: Trata-se de um estudo de análise de propriedade de medida que incluiu 51 pacientes em tratamento no setor de reabilitação da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte após diagnóstico de HSA. Foram incluídos os pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, com um mínimo de 30 dias após o evento da HSA e capazes de oferecer autorização por escrito do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para fins de validade de construto, os participantes responderam aos instrumentos Patient Generated Index e Stroke Specific Quality of Life Scale. Para avaliar a confiabilidade os participantes responderam ao questionário duas vezes, com um intervalo de 7 a 14 dias entre eles. Os resultados foram analisados pelo software estatístico IBM SPSS Statistics Software®. Resultados: Quanto à validade de constructo, encontrou-se uma correlação moderada (r=- 0,53; p<0,05) entre os escores totais do PGI e SSQOL. Quanto a confiabilidade, foi encontrado um CCI de 0,91 (p<0,05) indicando uma boa estabilidade entre as medidas. A análise do diagrama de Bland-Altman mostrou uma excelente concordância entre as medidas do PGI. A confiabilidade interobservador (r= -0,94; p<0,05). Conclusão: Os achados deste estudo mostraram que o PGI é um instrumento válido e confiável para medir qualidade de vida em pacientes pós-HSA.Item Efeitos da mudança da postura do tronco na biomecânica dos membros inferiores em mulheres com e sem dor patelofemoral durante tarefas funcionais(UFVJM, 2020) Tillesse, Escarllet Alves de; Trede Filho, Renato Guilherme; De Michelis, Luciana Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Trede Filho, Renato Guilherme; Alcântara, Marcus Alessandro de; Lucareli, Paulo Roberto GarciaIntrodução: A Dor Patelofemoral (DPF) é caracterizada por dor na região anterior do joelho, peripatelar e/ou retropatelar. Seus sintomas são reproduzidos em atividades que aumentam as cargas compressivas na articulação patelofemoral. A postura do tronco no plano sagital pode influenciar as variáveis biomecânicas da articulação tibiofemoral e patelofemoral. Já foi demonstrado que a posição do tronco durante o salto, a subida de escada, marcha, corrida e agachamento unipodal gera menor momento externo flexor de joelho e maior momento externo flexor de quadril. Porém, a mudança na postura de tronco não foi investigada em mulheres com DPF. Objetivos: Verificar o efeito imediato de mudanças no posicionamento do tronco no plano sagital, na biomecânica dos membros inferiores em mulheres com e sem DPF, durante a subida, descida de escada e o agachamento unipodal. Como objetivo secundário, comparar o padrão cinemático típico adotado por mulheres com e sem DPF na realização da subida, descida de escada e agachamento unipodal. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado no Laboratório de Análise do Movimento Humano na Universidade Federal do Vales do Jequitinhonha e Mucuri, durante os meses de março a novembro de 2019. Foram avalidas 46 participantes do sexo feminino de 18 a 45 anos, classificadas em dois grupos, grupo dor patelofemoral (GDP; n=23) e grupo controle (GC; n=23). Incialmente dados antropométricos, dor e função doram coletados e posteriormente realizou-se a avaliação biomecânica. As variáveis cinéticas e cinemáticas foram obtidas por meio do sistema de análise de movimento Oqus 3+/5+ (Qualisys Medical AB, Gothenburg, Sweden), composto por 9 câmeras sincronizadas com 3 plataformas de força FP 4060-08 (Bertec, Columbus, Ohio, USA), com frequência de aquisição de 200 Hz para dados cinemáticos e de 2000 Hz para os dados cinéticos. Três posicionamentos de tronco foram solicitados. As tarefas avaliadas foram a subida e descida de escadas e o agachamento unipodal. Cada tarefa foi realizada com três diferentes estratégias de posicionamento do tronco no plano sagital: tronco em posição auto-selecionada (TAS), tronco em posição estendida (TE) e tronco em posição fletida (TF). Após cada repetição das tarefas avalidas a dor foi medida. Resultados: O momento externo flexor de joelho foi menor no TF, em comparação com o TAS (Diferença Média (DM)=0.35N.m/kg; Intervalo de Confiança de 95% (IC95%)=0.28 a 0.43; P<0.01) e TE (DM=0.40N.m/kg; IC95%=0.31 a 0.49; P<0.01), independente do grupo, para a tarefa de subir escada. O momento externo flexor de quadril foi maior no TF, em comparação com o TAS (DM= -0.34N.m/kg; IC95%= -0.41 a -0.27; P<0.01) e TE (DM= -0.43N.m/kg; IC95%= -0.51 a -0.35; P<0.01), independente do grupo, para a tarefa de subir escada. Para o agachamento, o momento externo flexor de joelho também foi menor com o TF comparado ao TAS (DM=0.20N.m/kg; IC95%= 0.12 a 0.28; P<0.01) e TE (DM=0.24N.m/kg; IC95%= 0.14 a 0.34; P<0.01), independente do grupo. O momento externo flexor de quadril foi maior com o TF comparado ao TAS (DM= -0.45N.m/kg; IC95%= -0.53 a -0.37; P<0.01) e TE (DM= -0.52N.m/kg; IC95%= -0.62 a -0.42; P<0.01), independente do grupo, na tarefa de gachamento. O momento externo flexor de joelho não apresentou diferenças para as posturas de tronco (P=0.89), independente do grupo (P=0.81), na descida de escada. O momento externo flexor de quadril foi menor no TF comparado com TAS (DM= -0.20N.m/kg; IC95%= -0.26 a - 0.13; P<0.01) e TE (DM= -0.22N.m/kg; IC95%= -0.27 a -0.16; P<0.01). A dor no joelho das participantes do GDP foi maior no agachamento com o tronco estendido quando comparado com tronco auto-selecionado (DM= 0.85; IC95%= 0.32 a 1.39; P<0.01). O GDP apresentou maior flexão do tronco quando comparado ao GC na subida de escada (DM= -4.09°; IC95%= -7.71 a -0.47; P= 0.02). Conclusão: Realizar a flexão de tronco durante a subida de escada ou agachamento reduz o momento externo flexor do joelho e aumenta o momento externo flexor de quadril em mulheres jovens. O tronco estendido durante a subida de escada ou agachamento aumenta o momento externo flexor de joelho e diminui o momento externo flexor de quadril. A postura de tronco estendido também gerou mais dor durante o agachamento no GDP. Participantes do GDP realizam a tarefa de subida de escada com o tronco mais fletido quando comparadas com GC.Item Efetividade do exercício físico na capacidade para o trabalho em indivíduos com dor musculoesquelética: revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados(UFVJM, 2021) Oliveira, Christian Mota de; Alcântara, Marcus Alessandro de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcântara, Marcus Alessandro de; Santos, Jonatas Ferreira da Silva; Marçal, Márcio AlvesO presente estudo tem por objetivo a análise dos fatores condicionantes da capacidade para o trabalho e a influência do exercício físico na capacidade para o trabalho em indivíduos com dor musculoesquelética, verificando se o exercício físico é capaz de manter ou melhorar a capacidade para o trabalho nesse perfil de indivíduos.Item Estudo do efeito mediador dos fatores psicológicos sobre a atividade e participação de diabéticos atendidos nas Unidades Básicas de Saúde de Diamantina(UFVJM, 2020) Silva, Bárbara Catherine Soares; Alcântara, Marcus Alessandro de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcântara, Marcus Alessandro de; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Simões, Mariana Roberta LopesA participação social pode ser definida como a inclusão e o envolvimento do indivíduo em atividades sociais na comunidade ou na sociedade. É um constructo relevante para promoção e reabilitação em saúde, além de ser um indicador de declínio funcional; e pode ser influenciada por problemas de saúde que afetam as habilidades físicas e mentais necessárias para a realização de atividades complexas e exigentes. Interações sociais, atividades cotidianas, trabalho e lazer são apenas alguns dos termos que denotam participação social e que são referenciados pela Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Saúde (CIF). A CIF integra a família de classificações proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e sua estrutura teórica propõe um modelo conceitual para pensar a funcionalidade e a incapacidade do indivíduo baseada em uma linguagem unificada e padronizada que permite conhecer as condições de funcionalidade das pessoas (associadas ou não a qualquer doença) e os fatores pessoais e ambientais envolvidos. Embora a participação social seja um aspecto de saúde importante para se pensar a funcionalidade humana, estudos sobre participação social como indicador funcional do Diabetes Mellitus (DM) ainda são pouco usuais na literatura. O DM está entre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) mais desafiadoras da atualidade, sendo considerada uma epidemia mundial com altos índices de morbimortalidade, que constitui causa importante de incapacidade funcional dos indivíduos. A incapacidade é um termo abrangente que denota os aspectos negativos da interação entre um indivíduo com uma condição de saúde - como o DM - e os fatores contextuais daquele indivíduo; entre diabéticos, o risco para surgimento de incapacidade é de duas a três vezes maior quando comparado a indivíduos não-diabéticos. Estudos prévios sugerem que as restrições de participação social percebidas entre diabéticos decorrem de um processo multifatorial, que engloba as relações entre domínios físicos, psicológicos e as interações com o meio ambiente e a sociedade; limitando atividades cotidianas básicas, relações de trabalho, atividades de lazer e interações sociais. O objetivo geral do estudo foi analisar a participação social em uma amostra de indivíduos diabéticos e a relação de mediação estabelecida entre os domínios físico e psicológico na participação social desses indivíduos.Item Estudo longitudinal para explorar as relações entre os domínios da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) em pacientes com Diabetes Mellitus(UFVJM, 2018) Pinhal, Kaio Cesar; Alcântara, Marcus Alessandro de; Mendonça, Luciana de Michellis; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcântara, Marcus Alessandro de; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Pernambuco, Andrei PereiraAs mudanças observadas no perfil de morbimortalidade da população refletem no aumento do número de casos de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Devido a sua magnitude, é importante focalizar o debate sobre a epidemia das DCNT no contexto do Diabetes Mellitus (DM). A evolução do DM é marcada pelo surgimento de complicações e agravos, como também por um comprometimento da capacidade funcional do indivíduo. Em 2001, a OMS cria a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), introduzindo um novo paradigma para se pensar e trabalhar a deficiência e a incapacidade. Os domínios da CIF são descritos com base na perspectiva do corpo, do indivíduo e da sociedade, sendo divididos estruturalmente em duas partes: funcionalidade/incapacidade e fatores contextuais. A funcionalidade/incapacidade divide-se em dois componentes: estruturas e funções do corpo e atividades e participação. Os fatores contextuais abrangem os fatores pessoais e os fatores ambientais. Mesmo com a publicação de pesquisas recentes, estudos que utilizam a CIF de maneira quantitativa ainda são escassos. O impacto dos fatores contextuais sobre a atividade e participação em indivíduos om DM e análises longitudinais envolvendo os domínios da CIF também carecem de reflexões mais aprofundadas. Entender a evolução das consequências funcionais do DM ao longo do tempo é fundamental, não só por compreender os seus determinantes, mas por permitir ações preventivas antes do surgimento de agravos, além de contribuir para a elaboração de intervenções com vistas a desenvolver mudanças no autocuidado, qualidade de vida e mobilidade em indivíduos com DM, aumentando também o conhecimento e aceitação sobre a doença e incentivando a busca por hábitos mais saudáveis. Sendo assim, o objetivo geral desse estudo foi realizar uma avaliação funcional três anos após a linha de base em indivíduos com Diabetes Mellitus acompanhados nas unidades básicas de saúde do município de Diamantina, Minas Gerais, Brasil.Item Fatores associados à qualidade de vida dos pais de crianças com transtornos do neurodesenvolvimento(UFVJM, 2020) Duarte, Ana Carolina Monteiro; Alcântara, Marcus Alessandro de; Santos, Juliana Nunes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcântara, Marcus Alessandro de; Santos, Juliana Nunes; Leite, Hércules Ribeiro; Oliveira, Guilherme Nogueira Mendes deIntrodução: A qualidade de vida (QV) é um conceito que inclui a construção do bem-estar subjetivo a partir do que as pessoas sentem sobre suas condições de saúde, relacionando-se com aspectos sociais, tais como comunidade, escola, trabalho e família. Pais e cuidadores de crianças com transtornos do neurodesenvolvimento (TND) podem ser afetados em seu bem-estar pela experiência do cuidar. A presença de limitações funcionais nas crianças em termos de mobilidade, comunicação, interação social e autonomia pode interferir na QV dos cuidadores devido a dependência das crianças. Fatores ambientais como renda, escolaridade e idade dos pais e cuidadores podem relacionar-se com a qualidade de vida dos pais de crianças com TND, a menor renda e escolaridade podem estar vinculados ao acesso deficiente de informações e cuidados individuais. A idade dos pais pode relacionar-se com processo de envelhecimento, acrescido da carga física e psicológica do cuidado. Essa perspectiva de interação entre a criança, o cuidador e o ambiente pode ser identificada no modelo ecológico de Bronfenbrenner e é coerente com o reconhecimento da criança e da família como parte de uma rede de relações complexas e multifatoriais, que podem estar no cotidiano desses cuidadores. A QV é um importante indicador de saúde, a avaliação dos pais e cuidadores se torna de fundamental importância para a identificação das variáveis individuais e ambientais relacionadas a QV, auxiliando a equipe de saúde que presta serviços a comunidade e também aos órgãos gestores na compreensão dessa importante interação crianças, família e ambiente. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a associação dos fatores individuais relacionados as crianças e fatores individuais do pais na qualidade de vida dos pais e cuidadores de crianças com TND. Métodos: Estudo observacional de corte transversal com uma amostra de conveniência de 96 pais ou cuidadores de crianças com TND e suas respectivas crianças atendidas em um centro de reabilitação em Diamantina-MG. A qualidade de vida dos cuidadores foi avaliada pelo questionário Short-form health SF-36. Os oito domínios da qualidade de vida foram divididos em dois componentes: o físico e mental. As variáveis individuais foram coletadas através de um questionário semiestruturado e o nível econômico através da ABEP (Associação Brasileira de Empresa de Pesquisa). As crianças foram avaliadas quanto as habilidades funcionais de autocuidado, mobilidade e função social por meio do Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI), a função motora grossa por meio das dimensões D e E da Medida de Função Motora Grossa (GMFM-88). O modelo Generalized Estimating Equations (GEE) foi adotado como estratégia analítica para os testes de associações. Resultados: A maioria da amostra foi representada pelas mães (80,2% (n=77), com média de idade 37,1 anos (Desvio Padrão [DP]=10,5 anos), localizados em extratos mais baixos de nível econômico (C2, D e E) (n=67; 69,8%). O modelo GEE mostrou que mobilidade, nível econômico e escolaridade dos pais ou cuidadores permaneceram associadas a qualidade de vida no domínio físico (p≤0,05). Em relação a qualidade de vida no domínio mental, mantiveram-se associadas a quantidade assistência prestada pelo cuidador no quesito função social e a função motora grossa no domínio de pé (domínio D) do GMFM-88. Conclusão: A QV dos pais e cuidadores de crianças com TND é influenciada por fatores individuais de seus pais e cuidadores sendo a escolaridade e nível econômico familiar e pelo nível funcional da criança no quesito menor desempenho da mobilidade na comunidade, maior assistência do cuidador na função social e melhor capacidade da função motora grossa. Os diferentes fatores associados aos componentes físico e mental na amostra investigada sugerem que intervenções voltadas para a QV dos pais e cuidadores devem ser abrangentes em aspectos que extrapolam a criança.Item Fatores psicossociais não afetam a incapacidade em pessoas com dor neuropática decorrente de paraplegia traumática aguda(UFVJM, 2019) Lopes, Filipe Gustavo; Alcântara, Marcus Alessandro de; Santos, Ana Paula; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcântara, Marcus Alessandro de; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Freitas, Giselle Lima deA lesão medular é causada pela interrupção, completa ou incompleta, das vias sensoriais e motoras do sistema nervoso central. A dor neuropática é uma das consequências mais incapacitantes associadas à lesão medular. Essa síndrome dolorosa é resultante de uma lesão ou disfunção do sistema somatossensorial, ocorrendo entre 40% a 70% dos casos de lesão medular. O modelo biopsicossocial de dor em pacientes crônicos tem sido usado como estrutura teórica para explicar a interferência da dor neuropática em pessoas com lesão medular, sendo o impacto funcional influenciado por variáveis físicas, cognitivas e psicossociais. Neste estudo, objetivou-se testar o modelo biopsicossocial de dor utilizado em pacientes crônicos em pacientes com dor neuropática decorrente de paraplegia traumática aguda, admitidos para reabilitação em um centro de referência em neurorreabilitação em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.