Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas

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PPGCFAR - Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas

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    Desenvolvimento de carreadores lipídicos nanoestruturados contendo paclitaxel
    (UFVJM, 2018) Pedro, Irma Danielle Rodrigues; Carneiro, Guilherme; Leite, Elaine Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carneiro, Guilherme; Corrêa, Natássia Caroline Resende; Silveira, João Vinícios Wirbitzki da
    Paclitaxel (PTX) é um fármaco antitumoral, amplamente utilizado no tratamento de vários tipos de câncer, como o de mama, ovário, cabeça e pescoço, entre outros. No entanto, a sua baixa solubilidade aquosa (<1,0 μg/mL; log P = 3,96) é uma limitação para seu uso por via intravenosa. A formulação utilizada em seu principal produto comercializado está associada ao uso de solvente orgânico e tensoativos que proporcionam alta toxicidade. A incorporação de PTX em nanocarreadores lipídicos foi considerada uma alternativa não tóxica interessante para sua veiculação, mas a quantidade do fármaco é baixa. Este estudo teve como objetivo viabilizar a incorporação de PTX aos carreadores lipídicos nanoestruturados (CLN) suficiente para avaliar sua resposta biológica, por meio da citotoxicidade e por biodistribuição, utilizando imagens cintilográficas. Os CLN propostos foram preparados por homogeneização à quente seguida de ultrassonicação. Após a incorporação de PTX na concentração de 1 mg/mL nos CLN, observou-se alta encapsulação (0,9 ± 0,03 mg/mL) e as nanopartículas apresentaram tamanho médio de 220 nm com potencial zeta de aproximadamente -20 mV. As análises dos CLN-PTX por difração de raio-X e infravermelho revelaram ausência dos picos e bandas, respectivamente, característicos do PTX, sugerindo que o fármaco está integrado à matriz lipídica do CLN. Elevada estabilidade de armazenamento, a 4ºC e em meio de cultura a 37ºC, foi observada para a formulação analisada. O estudo de citotoxicidade na linhagem celular de câncer de mama humano (MDA-MB-231) demonstrou atividade citotóxica mais pronunciada para CLN-PTX comparada ao PTX livre, e não foi encontrada citotoxicidade significativa contra células de fibroblastos (L929). Adequada pureza radioquímica (>90%) foi obtida nos testes de estabilidade de radiomarcação in vitro dos CLN-PTX em plasma e solução salina. Além disso, o estudo in vivo demonstrou uma acentuada captação no fígado e no baço para as nanopartículas e um acúmulo significativo na região tumoral para o CLNPTX comparado ao PTX-livre. Em conjunto, esses resultados demonstraram que o PTX foi incorporado com sucesso nos CLN, com características físico-químicas adequadas para a administração intravenosa, sugerindo o seu uso como uma estratégia promissora no tratamento do câncer de mama.
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    Preparação e caracterização de sistemas constituídos por Poli(3-hidroxibutirato) para liberação controlada de S-nitrosoglutationa
    (UFVJM, 2017) Souza, Regina Inêz; Roa, Juan Pedro Bretas; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Roa, Juan Pedro Bretas; Paula, Everton Luiz de; Oliveira, Eduardo de Jesus
    Na indústria farmacêutica, os polímeros são bastante utilizados em sistemas para liberação controlada de fármacos, por serem capazes de liberá-los efetivamente no local alvo, aumentando os benefícios terapêuticos e minimizando os efeitos colaterais. Entre os polímeros utilizados para essa finalidade, tem-se o poli(3-hidroxibutirato) (PHB) pertencente a classe dos poli(hidroxialcanoatos), sendo um polímero de origem microbiana, que destacase por ser biorreabsorvível e biocompatível. Quando utilizado em misturas físicas com outros polímeros, as denominadas blendas, modifica-se propriedades físicas, mecânicas e biológicas do PHB para aumentar sua aplicabilidade. Nesse sentido, o propilenoglicol (PPG) foi utilizado para preparação de blendas PHBPPG (90/10). O objetivo do trabalho foi preparar e estudar filmes poliméricos constituídos por PHB e PHBPPG (90/10) contendo 1% e 5% de Snitrosoglutationa (GSNO), um doador de óxido nítrico (NO) bem como sintetizar o fármaco e avaliar sua estabilidade após armazenamento a 23ºC, 4ºC e -18ºC durante 90 dias por análise térmica e por espectroscopia na região do infravermelho. Os filmes obtidos contendo GSNO foram caracterizados por análise térmica, espectroscopia no infravermelho e avaliou-se o perfil de liberação in vitro dos mesmos. A citotoxicidade dos extratos das matrizes constituídas somente por PHB e PHBPPG (90/10) foi avaliada sobre células mononucleares do sangue periférico (PBMC) e leucócitos totais pelo método de exclusão com azul de Tripan e sobre hemácias pela avaliação da atividade hemolítica. Os resultados da análise térmica e infravermelho mostraram que a melhor forma de armazenamento de GSNO é em 4ºC e -18ºC. As matrizes poliméricas de PHB e da blenda PHBPPG (90/10) contendo 1% e 5% de GSNO, avaliadas por análise térmica foram capazes de liberar NO e apresentaram-se mais estáveis termicamente quando comparados aos filmes de PHB e da blenda sem o fármaco. O perfil de liberação dos filmes de PHB e da blenda PHBPPG (90/10) mostrou que há uma liberação rápida inicial de GSNO nas 24 horas iniciais seguido por um padrão de liberação controlada no período de 1 a 8 dias para os filmes contendo 5% de GSNO, sendo o filme da blenda PHBPPG (90/10) contendo 5% de fármaco, o que apresentou maior porcentagem de liberação no período avaliado. Extratos provenientes dos filmes de PHB e da blenda PHBPPG (90/10) não apresentaram caráter citotóxico por não induzirem hemólise das hemácias e não reduzirem a viabilidade celular de PBMCs e leucócitos totais. As blendas desenvolvidas neste trabalho possuem a capacidade de liberação controlada e in situ de óxido nítrico, e possuem aplicação potencial, por exemplo, no revestimento de stents coronarianos para prevenção da restenose pós-angioplastia.