Departamento de Engenharia Florestal
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Item Highlands of the upper Jequitinhonha valley, Brazil: I - characterization and classification(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2011-08-01) Bispo, Fábio Henrique Alves [UFVJM]; Silva, Alexandre Christofaro [UFVJM]; Torrado, Pablo Vidal; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade de São Paulo (USP)No Alto Vale do Jequitinhonha - MG ocorrem extensas áreas de relevo aplainado denominadas de chapadas, que estão separadas por áreas dissecadas pelos rios Jequitinhonha e Araçuaí e seus afluentes. Nessas áreas dissecadas é encontrado um sistema de drenagem superficial com vegetação arbóreo-arbustiva e gramíneas, comumente denominado de vereda. O objetivo deste estudo foi caracterizar física, química e morfologicamente os solos de uma topossequência da microbacia da Vereda Lagoa do Leandro, representativa das veredas das chapadas do Alto Jequitinhonha, localizada no município de Minas Novas - MG. Os solos estudados ocupam as seguintes posições na vertente: topo - Latossolo Vermelho Amarelo (LVA); terço médio da vertente - Latossolo Amarelo (LA); sopé - Latossolo Amarelo, de cor cinzenta, aqui denominado Latossolo Acinzentado (LAC); e base da vereda - Gleissolo Háplico (GXbd). Esses solos foram descritos morfologicamente e foram coletadas amostras deformadas e indeformadas em todos os horizontes e sub-horizontes para realização das análises físicas e químicas de rotina, determinação de óxidos de Fe, Al, Mn, Ti e Si após extração por ataque sulfúrico e determinação dos teores de Fe, Al e Mn extraídos por ditionito-citrato-bicarbonato e oxalato. Os solos das posições bem drenadas da vertente apresentaram atributos morfológicos, físicos e químicos típicos da ordem dos Latossolos. Na base da vereda encontra-se o GXbd, que apresenta cores acinzentadas, elevado gradiente textural B/A e estrutura maciça. A diminuição do teor de Fe cristalino e de baixa cristalinidade ao longo da vertente confirmou a perda de Fe durante o processo de pedogênese e refletiu na cor dos solos. Os teores de Si e Al foram mais baixos no LAC. Verificou-se diminuição da relação Fe2O3/TiO2 vertente abaixo, indicando impedimentos à drenagem ao longo da topossequência. A gênese e os atributos dos solos do sopé e da base das veredas das chapadas do Alto Vale do Jequitinhonha - MG são fortemente influenciados pela presença do nível freático na superfície ou próximo à superfície o ano todo, no presente e, ou, no passado. Os teores totais de óxidos de Fe, Fe o e Fe d dos solos da topossequência estudada estão relacionados com as cores dos solos e com condições de drenagem presentes e,ou, pretéritas.Item Highlands of the upper Jequitinhonha valley, Brazil: II - mineralogy, micromorphology, and landscape evolution¹(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2011-08-01) Bispo, Fábio Henrique Alves [UFVJM]; Silva, Alexandre Christofaro [UFVJM]; Torrado, Pablo Vidal; Souza Junior, Valdomiro Severino de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Departamento de AgronomiaAs veredas são formações típicas que ocorrem no Cerrado brasileiro, principalmente nas áreas aplainadas denominadas chapadas. O objetivo deste trabalho foi caracterizar mineralógica e micromorfologicamente os solos de uma topossequência representativa da microbacia da Vereda Lagoa do Leandro, localizada no município de Minas Novas - MG, situada nas chapadas do Alto Vale do Jequitinhonha, enfatizando aspectos de suas gêneses e da evolução da paisagem. A topossequência está embasada em rochas do Grupo Macaúbas, com cobertura detrítica e rochas metamórficas (xistos diamictitos do Proterozoico). Os solos foram descritos em trincheiras, e amostras deformadas e indeformadas foram coletadas em todos os horizontes, para análises mineralógicas e micromorfológicas. As análises mineralógicas da fração argila foram determinadas pela técnica de difração de raios X (DRX), e as micromorfológicas, por descrições de lâminas delgadas em microscópio petrográfico. Os solos caracterizados da base da vereda para o topo foram Gleissolo Háplico (GXbd), Latossolo Amarelo, de cor cinzenta, aqui denominado Latossolo Acinzentado (LAC), Latossolo Amarelo (LA) e Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA). A mineralogia da fração argila em todos os solos é dominada pela caulinita. Nos LVA e LA foram identificadas goethita, gibbsita e anatásio; no LAC, anatásio; e no GXbd, ilita, anatásio e traços de vermiculita. A micromorfologia do LVA, LA e LAC é dominada pela microestrutura do tipo granular ou microagregados e porosidade do tipo empilhamento/empacotamento, típicos de Latossolos. No GXbd predomina a estrutura maciça, com a presença de cutãs de iluviação e ferri-argilãs. Paleogleissolos foram latolizados pela ação da fauna escavadora e deram origem aos atuais LAC. Os GXbd da base da vereda preservaram atributos físicos, mineralógicos e micromorfológicos que tiveram suas gêneses em períodos secos.Item Composição lignocelulósica e isótopica da vegetação e da matéria orgânica do solo de uma turfeira tropical: I - composição florística, fitomassa e acúmulo de carbono(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2013-02-01) Silva, Vinicius Evangelista; Silva, Alexandre Christofaro [UFVJM]; Pereira, Rosana Cristina [UFVJM]; Camargo, Plínio Barbosa de; Silva, Bárbara Pereira Christofaro [UFVJM]; Barral, Uidemar Morais [UFVJM]; Mendonça Filho, Carlos Victor [UFVJM]; Empresa Eldorado Brasil Celulose S/A; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade de São Paulo (USP)A matéria orgânica do solo (MOS) é um dos grandes reservatórios de carbono (C) da Terra e constitui um dos principais componentes do ciclo do C. Turfeiras, ambientes acumuladores de MOS, são produto da decomposição de vegetais, que se desenvolvem e se acumulam em ambientes saturados com água, sendo o estádio inicial da sequência de carbonificação. A fitomassa participa de forma marcante no ciclo global do C, armazenando em torno de 85 % de todo o C terrestre acima do solo. O tecido vegetal é composto principalmente por lignina, celulose e hemicelulose, constituindo até 85 % da biomassa seca. As plantas discriminam C de forma diferenciada, em razão de seu ciclo fotossintético (C3, C4 e CAM). As turfeiras da Serra do Espinhaço Meridional (SdEM-MG) são colonizadas por vegetação de Campo Limpo Úmido (CLU) e de Floresta Estacional Semidecidual (FES), onde ocorrem espécies dos ciclos fotossintéticos C3 e C4. Este trabalho objetivou avaliar a contribuição dessas duas fitofisionomias para o acúmulo de MOS, por meio da avaliação da fitomassa e da composição lignocelulósica e isotópica da vegetação e da MOS. A turfeira estudada localiza-se na SdEM e ocupa 81,75 ha. Para a estimativa da fitomassa do CLU e da FES, foram marcadas três parcelas de 0,5 x 0,5 m em cada fitofisionomia, onde todos os indivíduos da parcela foram cortados e armazenados. Para as análises isotópicas e lignocelulósicas da vegetação, identificaram-se as espécies dominantes em cada fitofisionomia. Amostras de solo foram coletadas em três locais representativos sob cada fitofisionomia, a cada 5 cm de profundidade, até 50 cm. Foram extraídas a celulose e a lignina das folhas das 15 espécies dominantes e das 60 amostras de turfeira para quantificação e determinação dos valores de δ13C and δ15N. Para datação da MOS, o 14C foi determinado em três profundidades, sob o CLU e a FES. A produção da fitomassa da FES foi muito superior à produção da do CLU. Os sinais isotópicos e a composição lignocelulósica da vegetação e da matéria orgânica do solo evidenciaram que a turfeira foi formada pela deposição de matéria orgânica da vegetação que a coloniza. O crescimento vertical e a taxa de acúmulo de C foram muito mais elevados sob a FES do que sob o CLU.Item Composição lignocelulósica e isótopica da vegetação e da matéria orgânica do solo de uma turfeira tropical: II - substâncias húmicas e processos de humificação(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2013-02-01) Silva, Alexandre Christofaro [UFVJM]; Silva, Vinicius Evangelista; Silva, Bárbara Pereira Christofaro [UFVJM]; Camargo, Plínio Barbosa de; Pereira, Rosana Cristina [UFVJM]; Barral, Uidemar Morais [UFVJM]; Botelho, Ana Maria Martins [UFVJM]; Torrado, Pablo Vidal; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Empresa Eldorado Brasil Celulose S/A; Universidade de São Paulo (USP)Grande parte da matéria orgânica de Organossolos das turfeiras é composta por substâncias húmicas, formadas pela transformação de resíduos orgânicos pelos microrganismos do solo e pela polimerização dos compostos orgânicos em macromoléculas resistentes à degradação biológica. Os processos de humificação da matéria orgânica do solo (MOS) ainda são pouco compreendidos e o conhecimento sobre os precursores das substâncias húmicas é limitado, sendo apresentadas rotas diferentes para a formação dessas substâncias. Contudo, em todas as rotas, destaca-se a participação da lignina. Isótopos estáveis (13C, 15N) podem ser utilizados para rastrear processos de humificação da MOS, por meio da identificação de seus precursores. Este trabalho teve como objetivo avaliar comparativamente a composição isotópica da vegetação das fitofisionomias que colonizam uma turfeira tropical de altitude composta de Campo Limpo Úmido (CLU) e de Floresta Estacional Semidecidual (FES), em relação à composição isotópica das substâncias húmicas da MOS. A turfeira estudada ocupa 81,75 ha. Para as análises isotópicas e lignocelulósicas da vegetação, foram identificadas as espécies dominantes em cada fitofisionomia. Amostras de solo foram coletadas em três locais representativos sob cada fitofisionomia, a cada 5 cm de profundidade, até 50 cm. As substâncias húmicas dessas amostras foram fracionadas, assim como calculados os valores de δ13C e δ15N nas frações húmicas, respectivamente a partir da determinação dos isótopos estáveis 12C e 13C e 14N e 15N. Os teores de lignina e seus valores de δ13C são mais elevados na vegetação e MOS sob FES em relação à vegetação e MOS sob CLU. Os teores de humina são mais elevados entre as substâncias húmicas na MOS, sob as duas fitofisionomias; os de ácidos húmicos são mais elevados na MOS sob CLU, em relação à FES; e os de ácidos fúlvicos são mais elevados na MOS sob a FES, em relação ao CLU. O δ13C da lignina apresenta similaridade elevada em relação ao δ13C da humina, dos ácidos húmicos e dos ácidos fúlvicos. As variações na composição lignocelulósica das espécies que colonizam o CLU e a FES promovem diferenças nas taxas e nos produtos da humificação da MOS.