Departamento de Engenharia Florestal
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Item Anais da II Semana do Compartilhamento de Técnicas e Conhecimentos da Grande Área de Mensuração e Manejo Florestal(UFVJM : GEMMF, 2024) Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Gorgens, Eric Bastos; Nogueira, Gilciano SaravivaO presente documento contém os anais do evento II Semana do Compartilhamento de Técnicas e Conhecimentos da Grande Área de Mensuração e Manejo Florestal (SEGRAMM) realizado de 02 a 04 de maio de 2024. A proposta de realizar a segunda edição foi motivada pelo desejo dos integrantes do GEMMF (Grupo de Estudos em Mensuração e Manejo Florestal – UFVJM). A discussão abrangeu uma série de tópicos relevantes, como o papel do engenheiro florestal frente as mudanças climáticas; créditos de carbono; mensuração de produtos não madeireiros; inovações tecnológicas na mensuração florestal; empregabilidade no setor florestal; assim como o papel da comunidade cientifica perante a sociedade, visando disseminar o conhecimento e desmistificar falsas informações. Em síntese, foi ressaltado que o manejo e a mensuração florestal têm um papel crucial na resposta às mudanças climáticas e na gestão responsável dos recursos naturais. A conexão com temas multidisciplinar reforçou a necessidade de adaptação e atualização constante por parte dos profissionais envolvidos. Nesse sentido, a colaboração entre a comunidade científica e a sociedade é crucial para difundir o saber e promover uma compreensão precisa dos obstáculos enfrentados. Por fim, esta iniciativa estabeleceu uma interação entre os discentes, docentes e profissionais de empresas florestais. Agradecemos a todos pelas contribuições, queItem Anais da Semana do Compartilhamento de Técnicas e Conhecimentos da grande área de Mensuração e Manejo Florestal(UFVJM, 2020) Oliveira, Marcio Leles Romarco deA ideia de realizar a SEGRAMM (Semana do Compartilhamento de Técnicas e Conhecimentos da Grande Área de Mensuração e Manejo Florestal) surgiu da vontade dos membros do GEMMF (Grupo de Estudos em Mensuração e Manejo Florestal – UFVJM) de difundir e aprender as técnicas, ferramentas e métodos mais utilizados nessa área do conhecimento. Cientes de que muitas dessas técnicas são de interesse comum de outras áreas, acreditarmos que o Evento poderia alcançar não só a comunidade acadêmica do DEF (Departamento de Engenharia Florestal), como também de outros departamentos e institutos. Esta iniciativa teve como objetivo estabelecer um fórum de atualização técnica ao oferecer cursos de interesse latente dessa área de estudo. O evento também teve um espaço para discussões científicas por meio de palestras e mesas redondas intercaladas entre a atividade principal do Evento (os cursos). Essas palestras e mesas redondas foram voltadas para as atualidades e lacunas na área de mensuração e manejo florestal. A ideia foi que dessa interação surgisse debates que possam inspirar as pesquisas dos discentes, principalmente aquelas voltados para o desenvolvimento florestal da região. Paralelamente ao SEGRAMM aconteceu o “1° Encontro de Grupos de Estudos em Mensuração e Manejo Florestal”. A ideia desse Encontro foi promover a troca de experiências entre os Grupos, intercâmbio de ideias, propostas de projetos integrados e interação entre os membros.Item Anais do I Simpósio Inovaagroflorestal: ciência, tecnologia e inovação no setor agroflorestal e de bioenergia(2023)Reunimos neste material, todos os 78 resumos aprovados para o evento, divididos em quatro categorias: Pesquisas e inovações aplicadas à Agricultura; Pesquisas e inovações aplicadas à Ciência Florestal; Pesquisas e inovações aplicadas à Bioenergia; Pesquisas e inovações aplicadas a outras áreas relacionadas às Ciências Agrárias e afins. O I INOVAAGROFLORESTAL ocorreu dentro do Programa MAI/DAI da UFVJM, que é uma parceria inédita entre docentes da UFVJM e empresas públicoprivadas.Item Análise microclimática em duas fitofisionomias do cerrado no Alto Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais(Sociedade Brasileira de Meteorologia, 2013-09-01) Souza, Maria José Hatem de [UFVJM]; Machado, Evandro Luiz Mendonça [UFVJM]; Pereira, Israel Marinho [UFVJM]; Vieira, Arthur Duarte [UFVJM]; Magalhães, Mariana Rodrigues [UFVJM]; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)O clima e o solo tem uma estreita relação com a vegetação de uma determinada localidade. Visando entender melhor essa dinâmica no ambiente do cerrado, este estudo teve como objetivo avaliar na região de Diamantina, Vale do Jequitinhonha, MG, a interação dos elementos climáticos entre fitofisionomias de Campo Rupestre e Cerrado Rupestre, assim como relacionar as características edáficas, e florísticas com o clima. Os elementos climáticos utilizados para caracterizar os ambientes de cerrado foram a temperatura, a umidade relativa do ar, a pressão real e de saturação do vapor de água, o déficit de pressão do vapor do ar, a velocidade e a direção do vento, a precipitação, a radiação solar global e a amplitude térmica. Utilizaram-se para tanto os dados obtidos em duas estações meteorológicas automáticas localizadas próximas aos dois ambientes. O ambiente de Campo Rupestre se distingue do Cerrado Rupestre, principalmente pela maior velocidade do vento, menor umidade relativa do ar máxima, menor pressão real e de saturação do vapor de água, menor temperatura máxima e média e menor amplitude térmica. O efeito em conjunto das variáveis climáticas, somado ao embasamento geológico aparente, discutidos neste estudo, justifica a diferença fitofisionômica observada entre o Cerrado Rupestre e o Campo Rupestre.Item Aspectos biológicos de Tetranychus ludeni Zacher, 1913 (Acari: Tetranychidae) alimentados com folhas de batata-doce pulverizadas com o 2,4-D(Instituto Biológico, 2017) Silva, Ludmila Aglai da; Soares, Marcus Alvarenga; Aguiar, Luciana Monteiro; Ferreira, Caroline Conrado; Vieira, Estela Rosana Durães; Santos, José Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Batata-doce [Ipomoea batatas (L.) Lam.] apresenta grande versatilidade de usos no Brasil. Com a ampliação das áreas de cultivo, essa espécie estará sujeita à contaminação por herbicidas. Eventualmente, organismos não alvos podem ser expostos aos resíduos. O objetivo deste trabalho foi avaliar aspectos biológicos do ácaro Tetranychus ludeni alimentado com folhas de batata-doce pulverizadas com diferentes doses do herbicida 2,4-D. O experimento foi conduzido no Laboratório de Controle Biológico da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), em Diamantina, Minas Gerais. Foram utilizadas 175 fêmeas de T. ludeni e 6 doses de 2,4-D, em g.ha-1 (8,06; 20,15; 40,30; 80,60; 201,50; e 806,00), mais o tratamento- -controle com água destilada. Adotou-se delineamento inteiramente casualizado, com sete tratamentos e cinco repetições, contendo cinco fêmeas de T. ludeni em cada repetição. Foram avaliados a mortalidade inicial do ácaro em 24 h, o número de ovos, as ninfas e a longevidade das fêmeas. Os dados foram submetidos à análise de variância, sendo as médias significativas analisadas pelo teste de Duncan. Observou-se que doses maiores desse herbicida podem aumentar a mortalidade e reduzir a longevidade das fêmeas de T. ludeni.Item Avaliação da degradação de pastagem pela infestação por plantas daninhas(UFVJM, 2015) Andrade, Brenda Fernanda de Souza [UFVJM]; Anésio, Arnon Henrique Campos [UFVJM]; Santos, Márcia Vitória [UFVJM]; Ferreira, Evander Alves [UFVJM]; Cruz, Priscila Junia Rodrigues da [UFVJM]; Dias, Renan Coelho [UFVJM]; Figueiredo, Leandro Vitor de [UFVJM]; Silva, Cícero Teixeira [UFVJM]; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Objetivou-se a partir desse trabalho avaliar a degradação de uma pastagem nativa de Paspalum notatum a partir da ocorrência de plantas daninhas. O levantamento fitossociológico foi realizado em pastagem nativa de Paspalum notatum no município de Couto de Magalhães de Minas - MG. Para a identificação das plantas daninhas foi utilizado o método do quadrado inventário, lançando ao acaso na área 40 vezes um quadro de um metro de lado, totalizando uma área amostral de 40m2. Avaliou-se a frequência relativa (Frr), densidade relativa (Der), abundância relativa (Abr) e o índice de valor de importância (IVI) das espécies encontradas na área. Os maiores valores de frequência relativa (Frr) foram das espécies Sidastrum micrathum (malva-preta), Imperata brasiliensis (Sapé), Crotalaria incana (xique-xique) e Mimosa pudica (dormideira), respectivamente. As espécies Eupatorium maximilianii (mata-pasto), Paspalum notatum (grama batatais), Brachiaria decumbens (braquiarinha) e Cynodon dactylon (estrela roxa) apresentaram os maiores valores de densidade relativa, abundância relativa e índice de valor de importância. A presença de Brachiaria decumbens, Cynodon dactylon, Eupatorium maximilianii e a baixa frequência relativa da espécie nativa são indicativos que a pastagem encontrase em estádio de degradação avançado.Item Capacidade competitiva do jatobá com adubos verdes, forrageiras e plantas daninhas(Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas, 2011) Gandini, A. M. M.; Santos, J. B. [UFVJM]; Andrezza, M. M. G.; Santana, R. C. [UFVJM]; Cunha, V. C.; Valadão Silva, D.; Fiore, R. A. [UFVJM]; Universidade Federal dos Vales do Jequinhonha e Mucuri Faculdade de Ciências Agrárias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade Federal de Viçosa (UFV)O estudo do consórcio entre espécies anuais e perenes representa uma ferramenta importante no processo de implantação e manejo florestal. O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade competitiva do jatobá (Hymenaea courbaril) com espécies de adubos verdes, forrageiras e plantas daninhas quanto à alocação de matéria seca, área foliar e concentração de nutrientes. Foram conduzidos dois experimentos, sendo os tratamentos compostos pela combinação de mudas de jatobá, desenvolvendo-se isoladamente ou em competição com cada uma das seguintes espécies: Brachiaria humidicola, Brachiaria brizantha, Brachiaria decumbens, Panicum maximum, Cajanus cajan, Canavalia ensiformis e Mucuna aterrima (experimento 1) e Bidens pilosa, Cenchrus echinatus, Euphorbia heterophylla, Lolium multiflorum e Solanum americanum (experimento 2), mais o cultivo de cada planta daninha e consorte isolada. Após convivência por 60 dias, as plantas foram coletadas para avaliação de matéria seca, área foliar e teor de nutrientes. Observou-se que a competição entre as plantas não promoveu alterações na produção de matéria seca ou área foliar do jatobá. Tendo em vista o exposto, verifica-se que a capacidade competitiva do jatobá não é afetada pela presença das espécies de adubos verdes e forrageiras, possibilitando convivência em fase inicial de desenvolvimento. Quanto à convivência das plantas daninhas com o jatobá, observou-se efeito positivo no acúmulo de nutrientes por estas.Item Comparação de métodos para estimar a acidez potencial mediante determinação do pH SMP em Organossolos da Serra do Espinhaço Meridional(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2008-10-01) Silva, Enilson de Barros; Silva, Alexandre Christófaro [UFVJM]; Grazziotti, Paulo Henrique [UFVJM]; Farnezi, Múcio Magno De Melo [UFVJM]; Ferreira, Celmo Aparecido [UFVJM]; Costa, Hesmael Antonio Orlandi [UFVJM]; Horak, Ingrid; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade de São Paulo (USP) Escola Superior de Agricultura Luiz de QueirozApesar do potencial para uso agrícola e das características edáficas peculiares, poucos trabalhos são desenvolvidos para estimar a acidez potencial dos solos com elevado teor de matéria orgânica. O objetivo deste trabalho foi definir um modelo matemático que estime a acidez potencial (H + Al) a partir do pH SMP após determinação do pH do solo em água ou em solução de CaCl2 10 mmol L-1, com leitura do pH na suspensão ou sobrenadante da solução SMP de equilíbrio, em determinada relação solo:tampão SMP, em Organossolos da Serra do Espinhaço Meridional (SdEM), Estado de Minas Gerais, situada entre 17 ° 30 ' a 20 ° 30 ' S e 43 ° a 44 ° W. Foram utilizadas 22 amostras de Organossolos classificados como Organossolo Háplico sáprico térrico, Organossolo Háplico fíbrico típico e Organossolo Háplico hêmico típico da SdEM. A acidez potencial dos Organossolos da SdEM pode ser estimada satisfatoriamente por meio do pH SMP na relação solo:tampão SMP de 10:10 medido na suspensão solo-solução SMP associada à rotina de determinação do pH do solo em água. O C orgânico foi o atributo químico que mais influenciou a acidez potencial dos Organossolos da SdEM.Item Componente arbóreo, estrutura fitossociológica e relações ambientais em um remanescente de cerradão, em Curvelo - MG(UFLA - Universidade Federal de Lavras, 2013-06-01) Otoni, Thiago José Ornelas [UFVJM]; Pereira, Israel Marinho [UFVJM]; Oliveira, Márcio Leles Romarco de [UFVJM]; Machado, Evandro Luiz Mendonça [UFVJM]; Farnezi, Múcio Magno [UFVJM]; Mota, Sílvia da Luz Lima; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade de Brasília (UnB) Departamento de Engenharia FlorestalNeste trabalho, objetivou-se verificar a existência de variações na composição e distribuição das espécies arbóreas em virtude das características do solo, em um fragmento de cerradão distrófico, no município de Curvelo-MG. Para a descrição da comunidade arbórea, foram instaladas dez parcelas permanentes de 1.000 m² (20 x 50 m) com distâncias fixas de 100 m entre cada parcela. Todos os indivíduos arbóreos vivos com DAS (diâmetro a 0,3 m do nível do solo) > 5,0 cm foram amostrados. Os indivíduos de fuste bifurcado foram incluídos quando o valor dos DAS fundidos atendia ao critério. Foram coletadas amostras de solo em duas profundidades (0-20 e 20-40 cm) e medida as distâncias das parcelas a um curso de água. Para estudar a comunidade, foram gerados diagramas de ordenação de parcelas, espécies e variáveis ambientais por meio da análise de correspondência canônica (CCA). A riqueza amostrada foi de 92 espécies, 36 famílias e 74 gêneros, destacando Erythroxylum, Byrsonima, Myrcia e Qualea. Os estimadores de jackknife (primeira e segunda ordem) projetaram uma riqueza de 106,4 e 107,8 espécies. As espécies Magonia pubescens, Terminalia argentea, Annona crassiflora, Eugenia dysenterica e Xylopia aromatica apresentaram-se distribuídas sob gradiente em função de variáveis ambientais.Item Composição lignocelulósica e isótopica da vegetação e da matéria orgânica do solo de uma turfeira tropical: I - composição florística, fitomassa e acúmulo de carbono(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2013-02-01) Silva, Vinicius Evangelista; Silva, Alexandre Christofaro [UFVJM]; Pereira, Rosana Cristina [UFVJM]; Camargo, Plínio Barbosa de; Silva, Bárbara Pereira Christofaro [UFVJM]; Barral, Uidemar Morais [UFVJM]; Mendonça Filho, Carlos Victor [UFVJM]; Empresa Eldorado Brasil Celulose S/A; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade de São Paulo (USP)A matéria orgânica do solo (MOS) é um dos grandes reservatórios de carbono (C) da Terra e constitui um dos principais componentes do ciclo do C. Turfeiras, ambientes acumuladores de MOS, são produto da decomposição de vegetais, que se desenvolvem e se acumulam em ambientes saturados com água, sendo o estádio inicial da sequência de carbonificação. A fitomassa participa de forma marcante no ciclo global do C, armazenando em torno de 85 % de todo o C terrestre acima do solo. O tecido vegetal é composto principalmente por lignina, celulose e hemicelulose, constituindo até 85 % da biomassa seca. As plantas discriminam C de forma diferenciada, em razão de seu ciclo fotossintético (C3, C4 e CAM). As turfeiras da Serra do Espinhaço Meridional (SdEM-MG) são colonizadas por vegetação de Campo Limpo Úmido (CLU) e de Floresta Estacional Semidecidual (FES), onde ocorrem espécies dos ciclos fotossintéticos C3 e C4. Este trabalho objetivou avaliar a contribuição dessas duas fitofisionomias para o acúmulo de MOS, por meio da avaliação da fitomassa e da composição lignocelulósica e isotópica da vegetação e da MOS. A turfeira estudada localiza-se na SdEM e ocupa 81,75 ha. Para a estimativa da fitomassa do CLU e da FES, foram marcadas três parcelas de 0,5 x 0,5 m em cada fitofisionomia, onde todos os indivíduos da parcela foram cortados e armazenados. Para as análises isotópicas e lignocelulósicas da vegetação, identificaram-se as espécies dominantes em cada fitofisionomia. Amostras de solo foram coletadas em três locais representativos sob cada fitofisionomia, a cada 5 cm de profundidade, até 50 cm. Foram extraídas a celulose e a lignina das folhas das 15 espécies dominantes e das 60 amostras de turfeira para quantificação e determinação dos valores de δ13C and δ15N. Para datação da MOS, o 14C foi determinado em três profundidades, sob o CLU e a FES. A produção da fitomassa da FES foi muito superior à produção da do CLU. Os sinais isotópicos e a composição lignocelulósica da vegetação e da matéria orgânica do solo evidenciaram que a turfeira foi formada pela deposição de matéria orgânica da vegetação que a coloniza. O crescimento vertical e a taxa de acúmulo de C foram muito mais elevados sob a FES do que sob o CLU.Item Composição lignocelulósica e isótopica da vegetação e da matéria orgânica do solo de uma turfeira tropical: II - substâncias húmicas e processos de humificação(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2013-02-01) Silva, Alexandre Christofaro [UFVJM]; Silva, Vinicius Evangelista; Silva, Bárbara Pereira Christofaro [UFVJM]; Camargo, Plínio Barbosa de; Pereira, Rosana Cristina [UFVJM]; Barral, Uidemar Morais [UFVJM]; Botelho, Ana Maria Martins [UFVJM]; Torrado, Pablo Vidal; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Empresa Eldorado Brasil Celulose S/A; Universidade de São Paulo (USP)Grande parte da matéria orgânica de Organossolos das turfeiras é composta por substâncias húmicas, formadas pela transformação de resíduos orgânicos pelos microrganismos do solo e pela polimerização dos compostos orgânicos em macromoléculas resistentes à degradação biológica. Os processos de humificação da matéria orgânica do solo (MOS) ainda são pouco compreendidos e o conhecimento sobre os precursores das substâncias húmicas é limitado, sendo apresentadas rotas diferentes para a formação dessas substâncias. Contudo, em todas as rotas, destaca-se a participação da lignina. Isótopos estáveis (13C, 15N) podem ser utilizados para rastrear processos de humificação da MOS, por meio da identificação de seus precursores. Este trabalho teve como objetivo avaliar comparativamente a composição isotópica da vegetação das fitofisionomias que colonizam uma turfeira tropical de altitude composta de Campo Limpo Úmido (CLU) e de Floresta Estacional Semidecidual (FES), em relação à composição isotópica das substâncias húmicas da MOS. A turfeira estudada ocupa 81,75 ha. Para as análises isotópicas e lignocelulósicas da vegetação, foram identificadas as espécies dominantes em cada fitofisionomia. Amostras de solo foram coletadas em três locais representativos sob cada fitofisionomia, a cada 5 cm de profundidade, até 50 cm. As substâncias húmicas dessas amostras foram fracionadas, assim como calculados os valores de δ13C e δ15N nas frações húmicas, respectivamente a partir da determinação dos isótopos estáveis 12C e 13C e 14N e 15N. Os teores de lignina e seus valores de δ13C são mais elevados na vegetação e MOS sob FES em relação à vegetação e MOS sob CLU. Os teores de humina são mais elevados entre as substâncias húmicas na MOS, sob as duas fitofisionomias; os de ácidos húmicos são mais elevados na MOS sob CLU, em relação à FES; e os de ácidos fúlvicos são mais elevados na MOS sob a FES, em relação ao CLU. O δ13C da lignina apresenta similaridade elevada em relação ao δ13C da humina, dos ácidos húmicos e dos ácidos fúlvicos. As variações na composição lignocelulósica das espécies que colonizam o CLU e a FES promovem diferenças nas taxas e nos produtos da humificação da MOS.Item Desenvolvimento inicial de mudas de copaíba sob diferentes níveis de sombreamento e substratos(Universidade Federal do Ceará, 2012-06-01) Dutra, Tiago Reis; Grazziotti, Paulo Henrique [UFVJM]; Santana, Reynaldo Campos [UFVJM]; Massad, Marília Dutra; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)O presente estudo objetivou avaliar a influência de diferentes níveis de sombreamento e tipos de substratos no desenvolvimento inicial de mudas de copaíba. O experimento foi conduzido no delineamento em blocos casualizados no esquema fatorial 5 x 4. Os tratamentos foram compostos pela combinação de cinco substratos, Bioplant®; 70% vermiculita + 30% casca de arroz carbonizada (70V+30CA); 40% vermiculita + 30% casca de arroz carbonizada + 30% fibra de coco (40V+30CA+30FC); 50% vermiculita + 30% casca de arroz carbonizada + 20% areia (50V+30CA+20A); 70% vermiculita + 15% casca de arroz carbonizada + 15% vermicomposto de resíduo de indústria têxtil (70V+15CA+15VC) e quatro níveis de sombreamento, (pleno sol (0%), 30; 50 e 70%) e três repetições. Foram avaliadas as seguintes variáveis: taxa de crescimento absoluto em altura e diâmetro; sobrevivência; massa seca de folhas, caule e raiz; massa seca total; razão entre massa seca da parte aérea e massa seca de raiz; e a razão de massa foliar. Os resultados demonstram que as mudas de copaíba necessitam de sombra em sua fase inicial de desenvolvimento, sendo o nível de 50% de sombreamento uma alternativa viável para produção de suas mudas. As mudas de copaíba crescidas no substrato 70V+30CA apresentaram maior produção de massa seca total, enquanto no Bioplant® observou-se características inferiores para a massa seca de folha, massa seca total e razão de massa foliar.Item A dieta alimentar da presa Tenebrio molitor (Coleoptera: Tenebrionidae) pode afetar o desenvolvimento do predador Podisus nigrispinus (Heteroptera: Pentatomidae)?(Instituto Biológico, 2014-09-01) Menezes, Claubert Wagner Guimarães de; Camilo, Silma da Silva [UFVJM]; Fonseca, Arley José [UFVJM]; Assis Júnior, Sebastião Lourenço de [UFVJM]; Bispo, Diego Faustolo [UFVJM]; Soares, Marcus Alvarenga [UFVJM]; Universidade Federal de Lavras (UFLA) Departamento de Fitotecnia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Inimigos naturais são importantes para o controle de pragas em culturas agrícolas e forestais. A criação de insetos predadores em biofábricas deve ser de baixo custo para serem utilizados em programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP). O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento de Podisus nigrispinus Dallas, 1851 (Heteroptera: Pentatomidae), alimentado com larvas de Tenebrio molitor Linnaeus, 1758 (Coleoptera: Tenebrionidae), criadas com as seguintes dietas: farelo de trigo, ração triturada ou peletizada para aves poedeiras e fubá de milho. Foram obtidos os parâmetros de desenvolvimento e reprodução necessários para calcular a tabela de vida do predador. Os parâmetros da tabela de vida revelaram crescimento populacional em todos os tratamentos. No entanto, a taxa líquida de reprodução (Ro) de P. nigrispinus foi menor quando alimentados com larvas de T. molitor criadas com fubá de milho, mostrando ser a alimentação menos adequada para esse predador. Por proporcionar maior número total de ovos, o farelo de trigo constituiu a melhor dieta para P. nigrispinus. Estudos sobre dietas de presas alternativas são importantes, pois podem favorecer a nutrição de inimigos naturais e, consequentemente, melhorar o desempenho das criações massais em laboratório.Item Efeito residual de herbicidas mimetizadores de auxinas no teor de clorofila da lab-lab(UFVJM, 2015) Figueiredo, Leandro Vítor de [UFVJM]; Anésio, Arnon Henrique Campos [UFVJM]; Santos, Márcia Vitória [UFVJM]; Santos, Camila da Cruz Pimentel Moreira [UFVJM]; Vieira, Matheus Dias [UFVJM]; Jardim, Samanta Fróis [UFVJM]; Fonseca, Mariana Borba [UFVJM]; Silva, Márcio Cordeiro [UFVJM]; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Departamento de ZootecniaObjetivou-se com este trabalho avaliar o efeito residual dos herbicidas triclopyr, 2,4-D e a mistura 2,4-D + picloram no teor de clorofila total de plantas de lab-lab. O experimento foi dividido em duas etapas. A primeira parte foi conduzida em uma área de pastagem infestada por plantas daninhas pertencente à UFVJM, em Couto de Magalhães de Minas – MG. A segunda etapa foi realizada em casa de vegetação no Campus JK da UFVJM, em Diamantina – MG. O delineamento experimental adotado foi inteiramente ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos foram três herbicidas: triclopyr (960 g ha-1 do equivalente ácido triclopyr); 2,4-D (1340 g ha-1 do equivalente ácido 2,4-D) e a mistura 2,4-D + picloram (720 + 192 g ha-1 do equivalente ácido 2,4-D + picloram) aplicados na dose recomendada pelos fabricantes, mais testemunha sem aplicação. Foi utilizado o Dolichos lablab (lab-lab) como espécie indicadora. As aplicações dos herbicidas foram realizadas em condições ambientais adequadas, utilizando um pulverizador costal, com bico de jato plano (leque) TT 110 02 e pressão constante de 200 kPa. Aos 40 e 280 dias após a aplicação do herbicida (DAA) foram coletados aleatoriamente, em cada parcela, amostras de solo na profundidade de 0 a 20 cm. Aos 20, 27, 34 e 40 dias após a semeadura (DAS), foram determinados os teores de clorofila total. Aos 40 DAA, foi observada redução nos teores de clorofila total aos 20 DAS nas plantas de lab-lab cultivadas em solos tratados com os herbicidas estudados. O tratamento com aplicação da mistura 2,4-D + picloram aos 40 DAA resultou na morte das plantas de lab-lab a partir dos 20 DAS. Entretanto, os solos coletados aos 280 DAA indicam uma redução do resíduo da mistura 2,4- D + picloram, pois, foram observados menores teores de clorofila na lab-lab. Os herbicidas 2,4-D e triclopyr apresentaram baixo efeito residual nas plantas de lab-lab, entretanto, foi observado longo efeito residual no solo para a mistura 2,4-D + picloram.Item Effect of NPK fertilization on production and leaf nutrient content of eucalyptus minicuttings in nutrient solution(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2011-02-01) Carvalho Neto, José Pereira [UFVJM]; Silva, Enilson de Barros [UFVJM]; Santana, Reynaldo Campos [UFVJM]; Grazziotti, Paulo Henrique [UFVJM]; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Os níveis adequados de nutrientes na planta podem variar de acordo com a espécie ou clone, a idade e o manejo adotado. Com isso, muitas vezes, ajustes na solução nutritiva são necessários conforme o material que se deseja multiplicar. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência da adubação NPK na produção e nos teores de nutrientes foliares em miniestacas de eucalipto em solução nutritiva. O trabalho foi realizado de novembro de 2008 a janeiro de 2009, em casa de vegetação da UFVJM. Foi utilizado delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial fracionado (4 x 4 x 4)½, perfazendo 32 tratamentos com três repetições. Os tratamentos constituíram-se de quatro doses dos nutrientes N (50, 100, 200 e 400 mg L-1) na forma de ureia, P (7,5, 15, 30 e 60 mg L-1) na forma de ácido fosfórico e K (50, 100, 200 e 400 mg L-1) na forma de cloreto de potássio em solução nutritiva. Houve efeito significativo apenas para as doses de N isoladamente para número e massa seca das miniestacas por minicepa, com efeito linear decrescente com o aumento das doses de N. O maior número de miniestacas foi obtido nas doses de 50, 7,5 e 50 mg L-1 de NPK, respectivamente.Item Estádio de maturação dos frutos e fatores relacionados aos aspectos nutritivos e de textura da polpa de pequi (Caryocar brasiliense Camb.)(Sociedade Brasileira de Fruticultura, 2006-12-01) Oliveira, Maria Neudes Sousa de [UFVJM]; Gusmão, Eduardo; Lopes, Paulo Sérgio Nascimento; Simões, Maria Olívia Mercadante; Ribeiro, Leonardo Monteiro; Dias, Bruna Anair Souto [UFVJM]; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade Federal de Viçosa (UFV); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) NCA; Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) Deptº Biologia GeralO experimento foi conduzido com o objetivo de obter informações sobre a influência do estádio de desenvolvimento do fruto (época de coleta) e do tipo de congelamento sobre os componentes nutricionais e de textura da polpa de pequi (Caryocar brasiliense Camb.). Os frutos foram coletados na árvore, antes da queda natural; no chão, após a queda natural, e após a queda natural, mantidos três dias em condição ambiente. Em cada época de coleta, após a retirada da casca dos frutos, um grupo de putamens foi congelado diretamente em freezer, e outro, congelado em nitrogênio líquido, antes do congelamento em freezer. Após seis meses, foi retirada a polpa dos putamens para a análise dos teores de carotenóides totais, ß -caroteno, licopeno, vitamina A, proteínas e lipídios; teor de celulose, hemicelulose, pectinas total, cálcio ligado à parede celular e total, atividade da pectinametilesterase e poligalacturonase. Os resultados indicaram que os teores de pigmentos, lipídios, proteínas e atividade da PG aumentaram com o avanço do estádio de maturação dos frutos. Por outro lado, houve diminuição no teor da celulose com avanço do estádio de maturação, enquanto os teores de hemicelulose e cálcio não foram influenciados pela idade do fruto. O tipo de congelamento interferiu nos teores de pigmentos, maiores na polpa congelada em nitrogênio líquido, e na atividade da PG, maior na polpa congelada apenas em freezer. Por último, os resultados mostraram que os frutos coletados na árvore são nutricionalmente inferiores aos coletados após a queda natural.Item Estudo da precipitação mensal durante a estação chuvosa em Diamantina, Minas Gerais(Departamento de Engenharia Agrícola - UFCG, 2010-07-01) Vieira, João P. G. [UFVJM]; Souza, Maria J. H. de [UFVJM]; Teixeira, Joseane M. [UFVJM]; Carvalho, Felipe P. de [UFVJM]; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)O objetivo deste trabalho foi estudar o comportamento da precipitação pluvial no período da estação chuvosa na região de Diamantina, MG. Dados de precipitação pluviométrica mensal, da série histórica de 1977 a 2006, foram utilizados e averiguada a probabilidade para várias classes de precipitação, através da função de frequência acumulada, usando-se a metodologia da distribuição Weibull com averiguação de aderência pelo teste Kolmogorov-Smirnov com nível de significância de 5%; de classes definidas em função de percentis predeterminados. Os resultados mostram que a estação chuvosa, compreendida entre outubro e março, representa 88% do total precipitado anual. Os meses de janeiro e dezembro apontam as maiores probabilidades de ocorrência de precipitação com 220,1 mm e 167,8 mm, respectivamente, a nível de 25% de probabilidade de ocorrência. O modelo de distribuição Weibull apresentou bom ajuste da série climatológica para estudos probabilísticos mostrando os parâmetros dentro dos limites estatísticos preestabelecidos.Item Genetic dissimilarity among sweet potato genotypes using morphological and molecular descriptors(Editora da Universidade Estadual de Maringá - EDUEM, 2017-Oct/Dec) Andrade, Elisângela Knoblauch Viega de; Andrade Júnior, Valter Carvalho de; Laia, Marcelo Luiz de; Fernandes, José Sebastião Cunha; Oliveira, Altino Junior Mendes; Azevedo, Alcinei Mistico; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)Objetivou-se avaliar a dissimilaridade genética entre genótipos de batata-doce por meio de descritores morfológicas e moleculares. O experimento foi conduzido no Setor de Olericultura da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) avaliando-se 60 genótipos de batata-doce. Na caracterização morfológica, utilizaram-se 24 descritores. Na caracterização molecular, utilizaram-se onze primers microssatélites específicos para batata-doce, obtendo-se 210 bandas polimórficas. A diversidade morfológica e molecular foi obtida por matrizes de dissimilaridade baseando-se no coeficiente de coincidência simples e índice de Jaccard, para dados morfológicos e moleculares, respectivamente. A partir destas matrizes foram construídos dendrogramas. Houve grande variabilidade genética entre os genótipos de batata doce do banco de germoplasma da UFVJM, tanto pela caracterização molecular como morfológica. Não houve suspeita de duplicata nem associação entre a análise molécular e morfológica. Foram identificados acessos divergentes pelas análises moleculares e morfológicas, os quais são indicados como genitores para compor programas de melhoramento a fim de obter progênies com alta variabilidade genética.Item Highlands of the upper Jequitinhonha valley, Brazil: I - characterization and classification(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2011-08-01) Bispo, Fábio Henrique Alves [UFVJM]; Silva, Alexandre Christofaro [UFVJM]; Torrado, Pablo Vidal; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade de São Paulo (USP)No Alto Vale do Jequitinhonha - MG ocorrem extensas áreas de relevo aplainado denominadas de chapadas, que estão separadas por áreas dissecadas pelos rios Jequitinhonha e Araçuaí e seus afluentes. Nessas áreas dissecadas é encontrado um sistema de drenagem superficial com vegetação arbóreo-arbustiva e gramíneas, comumente denominado de vereda. O objetivo deste estudo foi caracterizar física, química e morfologicamente os solos de uma topossequência da microbacia da Vereda Lagoa do Leandro, representativa das veredas das chapadas do Alto Jequitinhonha, localizada no município de Minas Novas - MG. Os solos estudados ocupam as seguintes posições na vertente: topo - Latossolo Vermelho Amarelo (LVA); terço médio da vertente - Latossolo Amarelo (LA); sopé - Latossolo Amarelo, de cor cinzenta, aqui denominado Latossolo Acinzentado (LAC); e base da vereda - Gleissolo Háplico (GXbd). Esses solos foram descritos morfologicamente e foram coletadas amostras deformadas e indeformadas em todos os horizontes e sub-horizontes para realização das análises físicas e químicas de rotina, determinação de óxidos de Fe, Al, Mn, Ti e Si após extração por ataque sulfúrico e determinação dos teores de Fe, Al e Mn extraídos por ditionito-citrato-bicarbonato e oxalato. Os solos das posições bem drenadas da vertente apresentaram atributos morfológicos, físicos e químicos típicos da ordem dos Latossolos. Na base da vereda encontra-se o GXbd, que apresenta cores acinzentadas, elevado gradiente textural B/A e estrutura maciça. A diminuição do teor de Fe cristalino e de baixa cristalinidade ao longo da vertente confirmou a perda de Fe durante o processo de pedogênese e refletiu na cor dos solos. Os teores de Si e Al foram mais baixos no LAC. Verificou-se diminuição da relação Fe2O3/TiO2 vertente abaixo, indicando impedimentos à drenagem ao longo da topossequência. A gênese e os atributos dos solos do sopé e da base das veredas das chapadas do Alto Vale do Jequitinhonha - MG são fortemente influenciados pela presença do nível freático na superfície ou próximo à superfície o ano todo, no presente e, ou, no passado. Os teores totais de óxidos de Fe, Fe o e Fe d dos solos da topossequência estudada estão relacionados com as cores dos solos e com condições de drenagem presentes e,ou, pretéritas.Item Highlands of the upper Jequitinhonha valley, Brazil: II - mineralogy, micromorphology, and landscape evolution¹(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2011-08-01) Bispo, Fábio Henrique Alves [UFVJM]; Silva, Alexandre Christofaro [UFVJM]; Torrado, Pablo Vidal; Souza Junior, Valdomiro Severino de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Departamento de AgronomiaAs veredas são formações típicas que ocorrem no Cerrado brasileiro, principalmente nas áreas aplainadas denominadas chapadas. O objetivo deste trabalho foi caracterizar mineralógica e micromorfologicamente os solos de uma topossequência representativa da microbacia da Vereda Lagoa do Leandro, localizada no município de Minas Novas - MG, situada nas chapadas do Alto Vale do Jequitinhonha, enfatizando aspectos de suas gêneses e da evolução da paisagem. A topossequência está embasada em rochas do Grupo Macaúbas, com cobertura detrítica e rochas metamórficas (xistos diamictitos do Proterozoico). Os solos foram descritos em trincheiras, e amostras deformadas e indeformadas foram coletadas em todos os horizontes, para análises mineralógicas e micromorfológicas. As análises mineralógicas da fração argila foram determinadas pela técnica de difração de raios X (DRX), e as micromorfológicas, por descrições de lâminas delgadas em microscópio petrográfico. Os solos caracterizados da base da vereda para o topo foram Gleissolo Háplico (GXbd), Latossolo Amarelo, de cor cinzenta, aqui denominado Latossolo Acinzentado (LAC), Latossolo Amarelo (LA) e Latossolo Vermelho-Amarelo (LVA). A mineralogia da fração argila em todos os solos é dominada pela caulinita. Nos LVA e LA foram identificadas goethita, gibbsita e anatásio; no LAC, anatásio; e no GXbd, ilita, anatásio e traços de vermiculita. A micromorfologia do LVA, LA e LAC é dominada pela microestrutura do tipo granular ou microagregados e porosidade do tipo empilhamento/empacotamento, típicos de Latossolos. No GXbd predomina a estrutura maciça, com a presença de cutãs de iluviação e ferri-argilãs. Paleogleissolos foram latolizados pela ação da fauna escavadora e deram origem aos atuais LAC. Os GXbd da base da vereda preservaram atributos físicos, mineralógicos e micromorfológicos que tiveram suas gêneses em períodos secos.
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