Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente

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PPGSSA - Programa de Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente

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    Progresso: solução para quem? Concepções sobre modos de vida numa comunidade rural no norte de Minas Gerais
    (UFVJM, 2018) Matos, Geraldo Magela; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Silva, Ricardo dos Santos; Ferreira, Maria da Luz Alves; Paes, Sílvia Regina; Cambraia, Rosana Passos
    Esta pesquisa foi desenvolvida na comunidade rural de Piranga, localizada no município de Riacho dos Machados, Minas Gerais, Brasil. No final da primeira década do início do século XXI, a população local teve que dividir seu território com uma empresa de mineração para extração de ouro. A atividade minerária faz parte do modelo econômico de produção de capital e acumulação de riquezas. As consequências dessas atividades são observadas a partir de impactos sociais, ambientais e à saúde de comunidades rurais. Desta forma, a mineração é vista sob diferentes olhares de sujeitos sociais, com diversos interesses. Os objetivos da pesquisa foram analisar qual a “visão de mundo” dos moradores sobre o “progresso”, antes e depois da instalação do “Projeto de Ouro de Riacho dos Machados”. Em termos metodológicos, recorreu-se a uma ampla investigação de dados provenientes de bibliografias, observação in loco, documentos (fontes secundárias) e entrevistas semiestruturadas. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa. Foram utilizados alguns equipamentos como: câmara fotográfica, gravador de voz e diário de campo para anotações do pesquisador. Todas as entrevistas foram analisadas a partir do método de análise de conteúdo. Observou-se que, na comunidade Piranga, as atividades laborais estão divididas entre prestador de serviços gerais, vinculados à empresa terceirizada e ao uso da terra para a manutenção das famílias. De acordo com as entrevistas, os empreendimentos minerários modificaram o modo de vida de moradores. Diante das categorias identificadas, foram codificadas unidades para análise. Destacaram a saúde e a religião relacionadas com a ideia de progresso. As atividades minerárias causaram frustações diante dos discursos promovidos por representantes da empresa, no que tange as melhorias de infraestrutura e nas condições de vida dos moradores da comunidade. Em face do processo corrente, é importante enfatizar as mudanças nos modos de vida dos moradores, o estreitamento da soberania territorial e o aumento das dificuldades com o trato com a terra.
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    Resíduo de mineração de quartzo como insumo para a construção civil com abordagem em sustentabilidade e saúde
    (UFVJM, 2018) Carvalho, Frank Alison de; Prat, Bernat Vinõlas; Cambraia, Rosana Passos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Prat, Bernat Vinõlas; Freitas, Bethania Alves de Avelar; Silva, Alexandre Christófaro; Baggio Filho, Hernando
    Na América Latina o Brasil destaca-se entre os países com desigualdade na distribuição de renda, refletindo na qualidade de vida, incluindo a habitação. A aquisição desta habitação própria torna-se difícil diante do seu custo e da baixa renda da população que necessita de moradia como um bem que proporciona melhor qualidade de vida. Este trabalho, de uma forma geral, apresenta proposta de uso sustentável de rejeitos de mineração de quartzo (mineral de quartzo e rocha filítica), proveniente da cidade de Gouveia/MG, de aspecto degradante do ambiente e impactante na saúde dos trabalhadores, como um material de construção, denominado agregado e classificado como insumo não convencional e de baixo custo. A partir desta dissertação tende a proporcionar benefícios em cadeia, tanto para o empreendimento gerador do resíduo, diante de desocupação de áreas afetadas e redução de presença de rejeito, assim como na possibilidade de disponibilização de um material de construção a baixo custo. O desenvolvimento da pesquisa se deu pelo estudo preliminar com dados secundários, que fundamentaram a proposição específica de uso dos rejeitos (quartzo e filito) como agregados para concreto hidráulico e argamassas, atentando para a identificação das atividades de exploração mineral como impactante à saúde ocupacional e ao meio ambiente. Além dos dados de pesquisa secundária levantados, em atividades laboratoriais, realizou-se análise de viabilidade técnica de produção de concreto hidráulico mediante o uso dos referidos resíduos, em especial a brita de quartzo, levando-se em consideração a resistência à compressão simples. Procedeu-se também levantamento bibliográfico sobre a viabilidade técnica de uso do filito, juntamente com areia industrial de quartzo como matéria prima para produção de argamassas de assentamento e revestimento, convergindo todas estas informações para a meta de identificação de viabilidade de uso de material classificado como resíduo mineral para a construção de habitações saudáveis e de baixo custo, inter-relacionando com a mitigação de impactos ambientais e de redução das condições insalubres no ambiente de trabalho em atividade minerária.
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    Caracterização geoquímica e ambiental em área de garimpo no município de Diamantina/MG
    (UFVJM, 2017) Araújo, Amanda Dias; Moura, Lúcio do Carmo; Baggio Filho, Hernando; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Moura, Lúcio do Carmo; Cambraia, Rosana Passos; Reis, Arlete Barbosa dos; Prat, Bernat Vinolas
    O garimpo denominado Areinha está inserido na bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha, cujas águas drenam áreas de garimpos que influenciam diretamente na qualidade do recurso hídrico. A área de pesquisa possui uma extensão de aproximadamente 9 quilômetros, área que está sob os cuidados da Cooperativa Regional de Garimpeiros de Diamantina. A pesquisa avalia os parâmetros para os metais cádmio, cobre, ferro, manganês, níquel, chumbo e zinco, analisando a concentração e a posterior comparação com a legislação do CONAMA 344/04. Foram analisados parâmetros físico-químico potencial hidrogeniônico (pH) e temperatura da água, e comparadas com o CONAMA 357/05, visando inferir um alerta sob os riscos à saúde que da exposição direta a esses metais pode causar na população. Foram coletadas um total de 13 amostras, analisados pela técnica da espectrometria de absorção atômica por chama. A quantificação de cádmio não apresentou concentrações que estão acima dos Níveis I e II do CONAMA 344/04. O cobre, os valores obtidos ultrapassam o Nível I, no Ponto 3 Extra (84,3 mg/kg), e o Ponto 1 Extra (362,78 mg/kg), excedendo o Nível II. Para o ferro e manganês, o CONAMA 344/04 não apresenta valores guia. O níquel, dos 13 pontos amostrados, apenas um ultrapassa a legislação, são eles o Ponto 3 Extra (18,4 mg/kg), ultrapassando o Nível I. Para o chumbo, seis pontos estão entre o Nível I (35,0 mg/kg) e o Nível II (91,3 mg/kg), e um ponto ultrapassa o Nível II. Para o zinco nenhum dos treze pontos violou a legislação vigente. Nas áreas em que os pontos ultrapassam a legislação, geralmente, encontram-se em bacias de retenção de rejeitos, o que ocasiona a deposição de sedimentos ao logo do tempo, aumentando, assim, esse valor. Os valores encontrados para pH e temperatura foram comparados à Resolução do CONAMA 357/05 e indicam um ambiente dentro da faixa da Resolução (pH de 6,0 a 0,9), e temperatura abaixo dos 40 °C. A modificação nas atividades de garimpo, de manuais para mecanizadas, intensificou o impacto ambiental negativo nessa região, devido a necessidade de removerem grandes quantidades de sedimentos para a extração do ouro e diamante. Os pontos citados acima localizam-se em bacias de retenção de rejeitos, ambientes considerados frágeis, já que qualquer enchente no leito do rio, pode ocasionar o rompimento da mesma, e a distribuição desse material no curso d’água.
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    Processo de modificação de modos de vida em um distrito rural da Serra do Espinhaço Meridional sob impacto de atividade minerária
    (UFVJM, 2017) Giraldo, Andrés Felipe Ramírez; Cambraia, Rosana Passos; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cambraia, Rosana Passos; Dias, Ana Catarina Perez; Firmes, Maria da Penha Rodrigues; Queiroz, Ana Carolina Lanza; Carvalho, Marivaldo Aparecido de
    A atividade minerária, inserida no modelo econômico atual de produção de capital, é vista como fonte de riqueza tanto para o setor privado quanto para os Estados, porém, traz uma série de impactos sociais, ambientais e à saúde de comunidades rurais e tradicionais. Assim, a mineração recebe atenção sob diversos olhares de diferentes sujeitos sociais, que têm ao mesmo tempo diferentes interesses. Este trabalho de pesquisa adere-se à preocupação que existe frente aos efeitos culturais, sociais e ambientais decorrentes da mineração e a sua conexão como a saúde, pois esta é um processo complexo, que depende desde as dimensões maiores, isto é, sociais até as menores desenvolvidas no indivíduo. De tal modo, são aqui estudados os modos de vida como parte da realidade social e grupal que fazem parte desse processo complexo que é a saúde-doença. Teve como objetivo principal, compreender o processo da mudança dos modos de vida imposto pela presença de um empreendimento minerário. Para isto, foram verificadas as mudanças no ambiente dos habitantes da micro área de São José da Ilha no município de Dom Joaquim (Minas Gerais, Brasil), assim como os efeitos na relação entre as pessoas e, das pessoas com o seu entorno, após a chegada da atividade minerária. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, com observação participativa e emprego de entrevistas abertas. Foram utilizados câmara fotográfica para registro de imagens, gravador de voz digital para as entrevistas e diário de campo para registro de notas do pesquisador. Houve também uso de fontes secundarias de informação, como as fichas de cadastramento da Estratégia da Saúde da Família e dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As informações foram analisadas com o método de análise de conteúdo temática, para a qual utilizou-se o aplicativo de informática NVivo (v.9). Observou-se que no local as atividades de trabalho estão relacionadas com o uso da terra para a manutenção das famílias, contudo, com a presença do empreendimento na região, surgiram outros trabalhos, que afastam a comunidade do trabalho rural propriamente dito, assim como de outras expressões dos seus modos de vida tradicionais. No caso aqui estudado, o empreendimento impôs condições materiais e simbólicas que fazem com que as pessoas legitimem a presença e uso dos seus recursos pelas melhorias de infraestrutura no município e situação econômica nas famílias, as quais, tiveram membros empregados nas firmas na época de auge de trabalho (época de implantação da mina). Perante ao processo de mudança nos modos de vida tradicionais é importante sua revalorização, pois têm permitido e permitem a soberania territorial e seguridade alimentar baseadas nos conhecimentos tradicionais do uso da terra, ameaçados por dito processo de mudança.