Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente

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PPGSSA - Programa de Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente

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    Influência da idade, ansiedade, depressão, transtorno alimentar e obesidade na percepção da imagem corporal entre estudantes universitários: uma análise de caminhos
    (UFVJM, 2022) Pereira, Éryka Jovânia; Lessa, Angelina do Carmo; Freitas, Ronilson Ferreira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lessa, Angelina do Carmo; Cambraia, Rosana Passos; Rocha, Josiane Santos Brant; Pinto, André Luiz de Carvalho Braule
    Os universitários estão entre as populações mais vulneráveis a distorções da imagem corporal, associada ao peso e problemas psicológicos, como transtornos alimentares, ansiedade e depressão. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi investigar a associação direta e indireta das variáveis idade, ansiedade, depressão, transtorno alimentar e obesidade na percepção da imagem corporal entre estudantes universitários. Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, descritivo, de corte transversal. A amostra foi composta por acadêmicos da área da saúde de uma instituição de ensino superior privada da cidade de Montes Claros, Norte de Minas Gerais. Para obtenção dos dados, foram utilizados instrumentos autoaplicáveis: questionário socioeconômico e demográfico, estilo de vida e condições de saúde, Eating Attitudes Test (EAT-26), Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Inventário de Depressão de Beck (BDI), e o Body Shape Questionnaire (BSQ), para avaliar a percepção da imagem corporal. Foi avaliado ainda o perfil antropométrico dos indivíduos. Para estudar a relação entre as variáveis de interesse, foi elaborado um modelo teórico prévio, e realizada uma análise de equação estrutural via análise de caminhos (Path Analysis). Foram analisados 364 acadêmicos da área da saúde com idade média de 22,8 ± 4,7 anos. O modelo estrutural ajustado, apresentaram índices de ajuste considerados aceitáveis (χ2/df = 2,496; CFI = 0,992; GFI = 0,984; TLI = 0,986; RMSEA = 0,041 (IC:0,030- 0,053); p = 0,888. Observou-se que a obesidade (β=0,27, p < 0,001), transtornos alimentares (β=0,43, p < 0,001) e depressão (β=0,13, p < 0,001) exercem um efeito direto e significativo sobre a imagem corporal de estudantes universitários. A idade e a ansiedade exercem efeitos indiretos sobre a imagem corporal, mediado pela obesidade e depressão. Ademais, a obesidade e a depressão também exercem efeitos indiretos sobre a imagem corporal, mediado pelos transtornos alimentares. Os resultados deste estudo enfatizam a importância de desenvolver modelos integrados capazes de considerar as relações diretas e indiretas, com a finalidade de desenvolvimento de políticas públicas, prevenção e tratamento, abordando simultaneamente questões relacionadas à obesidade, transtornos alimentais e psicológicos.
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    Saúde mental e estratégias de coping de estudantes de medicina durante a pandemia da covid-19 (SARS-CoV-2) e do distanciamento social
    (UFVJM, 2021) Mendes, Tâmaro Chagas; Dias, Ana Catarina Perez; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Dias, Ana Catarina Perez; Cambraia, Rosana Passos; Leite, Roberta Vasconcelos; Oliveira, Graziella Lage
    Introdução: Devido ao surgimento da pandemia da covid-19 (SARS-CoV-2) e à orientação para realizar o distanciamento social, as atividades teóricas e práticas do curso de medicina foram suspensas em decorrência do risco de contágio pelo novo coronavírus. Pesquisas nacionais e internacionais demonstram que a ausência das aulas presenciais e a interrupção de outras atividades acadêmicas provocaram significativo sofrimento psíquico nos estudantes de medicina, fazendo-os mobilizar diferentes estratégias de enfrentamento (coping) para lidar com as situações difíceis deste momento. Objetivo: Identificar a relação entre sintomas de depressão, ansiedade e estresse e as estratégias de enfrentamento (coping) de estudantes de medicina no contexto da pandemia da covid-19 (SARS-CoV-2) e do distanciamento social. Método: Trata-se de um estudo transversal com 141 estudantes de medicina de uma universidade pública brasileira. A saúde mental dos estudantes foi avaliada com a Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21) e as estratégias de enfrentamento foram avaliadas com o inventário Brief COPE. Os dados foram coletados de 1º de dezembro de 2020 a 28 de fevereiro de 2021 por meio da plataforma Formulários Google. O teste qui-quadrado de Person foi usado para examinar a associação entre variáveis categóricas e depressão, ansiedade e estresse. A correlação de Spearman foi utilizada para avaliar a correlação entre depressão, ansiedade e estresse e as estratégias de enfrentamento agrupadas em categorias funcionais (foco no problema, foco na emoção e evitação), realizando o teste r-to-z de transformação de Fisher para avaliar se havia diferenças significativas entre as correlações. O teste t de Student para amostras independentes foi utilizado com o objetivo de investigar se havia diferença no uso de estratégias de enfrentamento entre os estudantes no nível normal e nos níveis mínimo a muito grave de depressão, ansiedade e estresse. Resultados: Em relação à saúde mental dos estudantes, 97 (68%; IC95%: 60,7-75,9) demonstraram sintomas de depressão, 80 (56,7%; IC95%: 48,5-64,6) demonstraram sintomas de ansiedade e 102 (72,3%; IC95%: 64,4-79,1) demonstraram sintomas de estresse. Os fatores associados aos sintomas de depressão, ansiedade e estresse foram faixa etária (25-30), sentir-se seguro para ter aulas práticas, histórico de acompanhamento psicológico/psiquiátrico, diagnóstico de covid-19 e autoavaliação de que a saúde mental piorou durante o período da pandemia. Estudantes com sintomas de depressão, ansiedade e estresse usaram mais estratégias de enfrentamento da categoria evitação, principalmente autoculpa e desinvestimento comportamental. Estudantes no nível normal usaram mais estratégias focadas no problema e na emoção, principalmente aceitação. Conclusão: Nossos resultados demonstram a relação significativa entre estratégias de enfrentamento e presença de comprometimento psicológico em estudantes de medicina durante a pandemia da covid-19.
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    Saúde mental e o uso abusivo de álcool e outras drogas em universitários
    (UFVJM, 2021) Brígido, Luciana Aparecida de Morais; Drummond, Andréia Maria Araújo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Drummond, Andréia Maria Araújo; Murta, Agnes Maria Gomes; Mattos, Flávio de Freitas; Halboth, Nadia Veronica; Pinto, Rafaela da Silveira; Andrade, Renata Aline
    O uso abusivo de drogas lícitas e ilícitas entre os universitários têm gerado uma série de problemas psicossociais por estar associado ao desencadeamento de transtornos mentais e ainda coincidir com um período de transição do ensino médio à universidade. O objetivo dessa pesquisa foi identificar o uso indiscriminado de álcool e outras drogas, associando-os a transtornos mentais relatados pelos universitários. Tratou-se de um estudo quantitativo, descritivo e transversal. Utilizou-se do Questionário para Triagem do uso de Álcool, Tabaco e Outras Substâncias, a Escala de Dependência de Álcool e o Self-Reporting Questionnaire, aplicados via plataforma online (Google Forms), além da coleta de dados sociodemográficos, socioeconômicos, condições de saúde, ano de admissão, curso e regularidade na universidade. Participaram da pesquisa um total de 310 universitários com 18 anos ou mais de idade, sendo que 94,8% (n=275) tinham até 30 anos de idade. A idade média foi de 23,08±4,38 anos, sendo a maioria do sexo feminino (63,5%, n=197), solteira (93,8%, n=291) e residentes em Minas Gerais (95,5%, n=273). A maioria relatou ser heterossexual (73,7%, n=232), entretanto, apenas 49,2% da amostra (n=155) optou por relatar a identidade de gênero, sendo a maioria mulher ou homem cisgêneros (54,7%, n=127). A grande maioria dos universitários não trabalha (84,4%, n=266) ou recebe bolsa de iniciação científica (86%, n=271), mora com amigos em repúblicas ou familiares (77,1%, n=243), estuda em horário integral (64,1%, n=202) na área da saúde/biológicas (49,2%, n=155), tendo ingressado na universidade entre os anos de 2018 e 2019 (41,2%, n=130). Na avaliação de sofrimento mental dos universitários, observou-se que metade da amostra apresentou sofrimento mental (49,2%, n=155). Segundo o risco do padrão de consumo de cada droga questionada, observou-se que nenhuma droga foi classificada como alto risco, não sugerindo dependência pelos universitários participantes. Porém, observou-se risco moderado para tabaco (16,8%, n=52), maconha (11%, n=34), cocaína (3,9%, n=12) e álcool (1,3%, n=4). As instituições de ensino devem focar em estratégias mais eficientes e viáveis para a prevenção do consumo de substâncias psicoativas por meio da criação de espaços de acolhimento de universitários, troca de experiências e apoio profissional. Ainda, faz-se necessário uma maior inserção do tema na formação acadêmica para que este fenômeno seja amplamente compreendido.
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    Entre o cultural e o patológico: análise psicossociocultural do suicídio em comunidades indígenas brasileiras
    (UFVJM, 2020) Fonseca, Alexandre Lopes; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Cambraia, Rosana Passos; Paes, Sílvia Regina; Coelho Júnior, Achilles Gonçalves; Queiroz, Ana Carolina Lanza
    O suicídio corresponde a um fenômeno universal, cujos registros datam desde os primórdios da humanidade, assumindo variadas nuances interpretativas, dependendo do contexto histórico e sociocultural analisados. Trata-se de um tema cuja abordagem é complexa e multifacetada, uma vez que o ato suicida resulta da interação de fatores biológicos, psicológicos, culturais e socioambientais. No âmbito da análise do suicídio na contemporaneidade, a alta incidência de casos em determinadas comunidades indígenas brasileiras, sobretudo entre a população de adolescentes e adultos jovens, revela-se um sério problema de saúde pública, que demanda discussões e, sobretudo, ações urgentes do poder público. Nesse sentido, o presente estudo buscou investigar o suicídio entre indígenas brasileiros, numa perspectiva interdisciplinar, considerando as dimensões sociopolíticas, culturais e psicopatológicas desse fenômeno. Em termos metodológicos, trata-se de uma revisão narrativa da literatura, de natureza descritivo-exploratória, viabilizada por meio de consulta de fontes secundárias de dados. Além de referências clássicas, como os estudos de Èmile Durkheim, Karl Marx, George Minois e Darcy Ribeiro, o corpus de análise do texto também foi composto por artigos de revisão, publicados entre 1990 e 2018, extraídos de bases de bases eletrônicas de pesquisa, como a Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências de Saúde (LILACS) e publicações indexadas no Scientific Electronic Library Online (SciELO Brasil), utilizando-se os descritores “Saúde Mental Indígena” e “Suicídio Indígena”. O levantamento de dados apontou que o suicídio em comunidades indígenas brasileiras apresenta características epidêmicas, cujos casos concentram-se, sobretudo, mas não exclusivamente, na etnia Guarani-Kaiowá. Aspectos relacionados à perda dos seus territórios tradicionais (tekoha) e respectiva destituição do lugar simbólico e representacional que compõe a identidade desses povos e que lhes atribui sentido existencial, podem ser apontados como possíveis causas da crescente incidência de mortes autoprovocadas nessa população. Soma-se a isso a negligência do poder público no tocante à garantia de direitos fundamentais a esses povos. Por fim, verificou-se a escassez de pesquisas sobre o tema analisado, evidenciando a necessidade de mais pesquisas que contemplem comunidades indígenas e outros povos tradicionais, visando contribuir com a formulação de políticas e estratégias de assistência em saúde mental a essas populações.