Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente
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PPGSSA - Programa de Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente
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Item Avaliação assistencial dos Centros Estaduais de Atenção Especializada durante a pandemia Covid-19 em Minas Gerais(UFVJM, 2023) Barros, Elisangela Ribeiro; Dias, Ana Catarina Perez; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Dias, Ana Catarina Perez; Prat, Bernat Viñolas; Pires, Ivy Scorzi Cazzeli; Miranda, Lucilene Soares; Paes, Sílvia ReginaINTRODUÇÃO: O Centro Estadual de Atenção Especializada (CEAE), um programa de atenção à saúde, de abrangência regional, de atenção especializada ambulatorial, onde é ordenado pela Atenção Básica (AB) com regulação do acesso. OBJETIVO: avaliar assistência dos Centros Estaduais de Atenção Especializada em Minas Gerais durante a pandemia .METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal descritivo, envolvendo os gerentes e coordenadores assistenciais dos Centros Estaduais de Atenção Especializada de Minas Gerais durante a pandemia de COVID-19. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nos 15 CEAEs as consultas presenciais médicas em 2021 tiveram uma redução pouco significativa, na maioria das especialidades, em relação a 2020 antes da pandemia do Covid-19, como verificamos no Gráfico 1.No entanto, algumas especialidades apresentaram expressiva redução como cardiologia (21,3%), nefrologia (40,0%),oftalmologia (48,4%) e urologia(51,1%).Além disso, as consultas obstétricas demonstraram um aumento de 15,4% em 2021 em relação ao ano anterior. Já a assistência presencial realizada pela equipe multiprofissional obteve uma relevante redução das consultas presenciais. Todas as consultas da equipe multiprofissional diminuíram em relação a 2020 antes da pandemia; consultas farmacêuticas(19,0%), serviço social(34,0%),nutrição(38,0%), psicologia(25,0%). Apenas as consultas de enfermagem tiveram uma redução (9,5%) menos significativa. A maioria dos CEAEs de Minas suspenderam de forma parcial os atendimentos presenciais em virtude da pandemia Covid-19 e a maior parte dos municípios de abrangências dos CEAEs continuaram a realizar os atendimentos especializados presencialmente e aderiram de forma parcial ao atendimento remoto realizado pelos CEAEs. CONSIDERAÇÕES FINAIS: esse estudo possibilitou obter informações que permitem direcionar o planejamento das ações de saúde, bem como melhorar a qualidade da assistência prestada a esses pacientes de forma a minimizar as fragilidades da assistência das ações de saúde voltadas para reabilitação, orientação para o autocuidado, tratamento e prevenção das complicações aos portadores de doenças crônicas não transmissíveis.Item O YouTube como ferramenta de informação e mobilização do público para adoção de comportamentos de mitigação comunitária da COVID-19 no Brasil(UFVJM, 2022) Santos, Rodrigo Lellis; Silva, Edson da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Edson da; Tameirão, Cinthya Rocha; Oliveira Filho, Paulo Messias de; Cambraia, Rosana PassosO surgimento e o rápido agravamento epidemiológico da COVID-19 no Brasil revelaram a necessidade de educar e mobilizar o público para adotar comportamentos de mitigação comunitária. As mídias digitais para o acesso à informação nesse contexto são potencialmente relevantes, entre as quais, o YouTube fornece uma fonte crescente de conteúdo digital, o que torna relevante avaliar a qualidade do teor dos vídeos apresentados. O objetivo desta dissertação foi desenvolver uma pesquisa para avaliar os vídeos brasileiros mais vistos no YouTube como fonte de informação sobre a COVID-19. O estudo observacional, transversal, quantitativo foi realizado no YouTube em duas fases e utilizou o descritor ‘coronavírus’. A fase 1 foi realizada no YouTube em 30/04/2020, com vídeos carregados entre 01/01/2020 a 30/04/2020. A fase 2 foi realizada no YouTube em 30/06/2020, com vídeos carregados entre 01/05/2020 a 30/06/2020. Foram selecionados em cada fase os 100 primeiros vídeos com maior número de visualizações, gravados em português do Brasil, relacionados ao tema, não duplicados e com menos de 30 minutos de duração. Dois avaliadores registraram os localizadores uniformes de recursos (Uniform Resource Locator - URL) dos vídeos, os quais foram descarregados do sítio YouTube para análise de dados sobre os vídeos. Foram realizadas análises estatísticas e adotado o nível de significância de 95% (p<0,05). O estudo dispensou aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, pois trata-se de dados públicos. Os resultados foram descritos ou expressos em média e desvio padrão ou em percentuais. Na primeira fase, os 100 vídeos analisados apresentaram os seguintes resultados: 140.027.282 de visualizações; 7.201.187 “gostei”; 165.624 “não gostei”; 352.541 comentários; e duração de 12 horas, 28 minutos e 12 segundos. Na segunda fase, os 100 vídeos analisados apresentaram os seguintes resultados: 29.278.053 de visualizações; 1.062.780 “gostei”; 65.017 “não gostei”; 125.841 comentários; e duração de 10 horas, 15 minutos e 26 segundos. Observa-se que apesar de serem amplamente vistos, menos de um terço dos vídeos na fase 1 e menos de um quinto na fase 2 abordaram qualquer um dos comportamentos necessários à mitigação da COVID-19 listados pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. A educação, mobilização e engajamento do público na adoção e na prática de comportamentos para mitigação comunitária são importantes no contexto da pandemia de COVID-19. Considerando a necessidade de distanciamento social e das grandes dimensões territoriais do Brasil, é interessante avaliar o potencial do YouTube em desempenhar um papel importante na interação e na comunicação sobre a COVID-19.Item Saúde mental e estratégias de coping de estudantes de medicina durante a pandemia da covid-19 (SARS-CoV-2) e do distanciamento social(UFVJM, 2021) Mendes, Tâmaro Chagas; Dias, Ana Catarina Perez; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Dias, Ana Catarina Perez; Cambraia, Rosana Passos; Leite, Roberta Vasconcelos; Oliveira, Graziella LageIntrodução: Devido ao surgimento da pandemia da covid-19 (SARS-CoV-2) e à orientação para realizar o distanciamento social, as atividades teóricas e práticas do curso de medicina foram suspensas em decorrência do risco de contágio pelo novo coronavírus. Pesquisas nacionais e internacionais demonstram que a ausência das aulas presenciais e a interrupção de outras atividades acadêmicas provocaram significativo sofrimento psíquico nos estudantes de medicina, fazendo-os mobilizar diferentes estratégias de enfrentamento (coping) para lidar com as situações difíceis deste momento. Objetivo: Identificar a relação entre sintomas de depressão, ansiedade e estresse e as estratégias de enfrentamento (coping) de estudantes de medicina no contexto da pandemia da covid-19 (SARS-CoV-2) e do distanciamento social. Método: Trata-se de um estudo transversal com 141 estudantes de medicina de uma universidade pública brasileira. A saúde mental dos estudantes foi avaliada com a Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21) e as estratégias de enfrentamento foram avaliadas com o inventário Brief COPE. Os dados foram coletados de 1º de dezembro de 2020 a 28 de fevereiro de 2021 por meio da plataforma Formulários Google. O teste qui-quadrado de Person foi usado para examinar a associação entre variáveis categóricas e depressão, ansiedade e estresse. A correlação de Spearman foi utilizada para avaliar a correlação entre depressão, ansiedade e estresse e as estratégias de enfrentamento agrupadas em categorias funcionais (foco no problema, foco na emoção e evitação), realizando o teste r-to-z de transformação de Fisher para avaliar se havia diferenças significativas entre as correlações. O teste t de Student para amostras independentes foi utilizado com o objetivo de investigar se havia diferença no uso de estratégias de enfrentamento entre os estudantes no nível normal e nos níveis mínimo a muito grave de depressão, ansiedade e estresse. Resultados: Em relação à saúde mental dos estudantes, 97 (68%; IC95%: 60,7-75,9) demonstraram sintomas de depressão, 80 (56,7%; IC95%: 48,5-64,6) demonstraram sintomas de ansiedade e 102 (72,3%; IC95%: 64,4-79,1) demonstraram sintomas de estresse. Os fatores associados aos sintomas de depressão, ansiedade e estresse foram faixa etária (25-30), sentir-se seguro para ter aulas práticas, histórico de acompanhamento psicológico/psiquiátrico, diagnóstico de covid-19 e autoavaliação de que a saúde mental piorou durante o período da pandemia. Estudantes com sintomas de depressão, ansiedade e estresse usaram mais estratégias de enfrentamento da categoria evitação, principalmente autoculpa e desinvestimento comportamental. Estudantes no nível normal usaram mais estratégias focadas no problema e na emoção, principalmente aceitação. Conclusão: Nossos resultados demonstram a relação significativa entre estratégias de enfrentamento e presença de comprometimento psicológico em estudantes de medicina durante a pandemia da covid-19.