Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Panorama do Sistema de Abastecimento de Água Potável (SAA), na perspectiva dos moradores de um distrito localizado no Alto Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais(UFVJM, 2022) Silva, Thais Cristina Pereira da; Murta, Nadja Maria Gomes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Murta, Nadja Maria Gomes; Machado, Alex Sander Dias; Santos, Antônio Sousa; Paes, Silvia ReginaA Lei Federal nº11.445/2007 define saneamento básico como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais relacionados ao abastecimento de água, coleta e tratamento de efluentes, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana e manejo de águas pluviais. Estabelece ainda, as diretrizes para a universalização do saneamento, de modo a garantir o acesso à população a serviços com a qualidade e quantidade adequadas às suas necessidades. Para tal, uma das atribuições dos municípios é a elaboração dos seus respectivos Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB), com estabelecimento de estratégias que fomentem o exercício do controle social sob os serviços de saneamento e a melhoria contínua dos mesmos. Diante disso, o objetivo do estudo foi analisar os serviços de saneamento básico, mais especificamente do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) do distrito de Extração em Diamantina, escolhido pela sua proximidade em relação à sede e pelo relevante contexto histórico para a região. Para tal, o estudo desenvolveu-se em 02 (duas) etapas, a saber: (a) Etapa 1 - consistiu em um levantamento de dados buscando a compreensão e o diagnóstico dos elementos que compõem os aspectos sociais, econômicos e ambientais da área de abrangência do estudo,(b) Etapa 2 - Se pautou em estudo de caráter qualiquantitativoonde buscou-se compreender a percepção do público, a partir da aplicação de questionário semiestruturado, tendo como alvo à gestão do saneamento básico, de maneira especial, aos serviços que envolvem o abastecimento de água e seus usos múltiplos. Os dados quantitativos foram analisados a partir da distribuição de frequência simples e relativa. Para avaliar a associação entre as variáveis dependentes e independentesfoi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson. No que tange à parte qualitativa, utilizou-se o método de análise de conteúdo para identificar a percepção do público sobres as questões relacionadas ao saneamento básico no distrito. Em relação aos principais resultados, foi observado que 80% dos entrevistados não tinham interesse ou não se sentiam motivados a participarem de ações/movimentos comunitários relacionados à saneamento. A pesquisa identificou ainda que o maior problema relatado pelos participantes consistiu na precarização dos serviços de manutenção das infraestruturas do SAA, fazendo com que o abastecimento de água ficasse comprometido por questões relativamente simples como a aquisição de maquinário de melhor qualidade/durabilidade.Item O cuidado intestinal e a participação social de indivíduos com lesão medular(UFVJM, 2022) Silva, Danúbia Michelle Ferreira da; Santos, Ana Paula; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Ana Paula; Santos, Juliana Nunes; Costa, Rafaella Ferreira AvelarA lesão medular (LM) traumática ocasiona de forma súbita vários transtornos ao indivíduo acometido e seus familiares. O intestino neurogênico é citado como uma das mais incomodativas complicações associadas à lesão. O quadro predispõe a alterações peristálticas e do controle fecal, favorecendo a constipação e a depender da condição, a incontinência intestinal. Dados sobre as práticas intestinais após a LM e sua interferência sobre a participação social são importantes para intervenções no processo de reabilitação. O objetivo deste estudo foi avaliar a função e o cuidado intestinal e a participação social de indivíduos com LM atendidos em um centro de neurorreabilitação de referência. Trata-se de um estudo do tipo transversal descritivo. Foram entrevistados 61 indivíduos adultos com LM traumática em nível cérvico-torácico. Na entrevista foram aplicados os instrumentos: Escala de Medida de Independência Funcional (MIF), Escala de Bristol de Consistência de Fezes (EBCF), Questionário sobre dados demográficos, cuidados/dificuldades e complicações intestinais, elaborado pela pesquisadora, a Escala de Medida de Independência da Medula Espinhal na versão III (SCIM III) e o Questionário na versão curta da Avaliação de Saúde e Deficiência - World Health Organization Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0). Foi ainda realizada consulta ao prontuário para extrair dados relacionados ao tempo, nível e causa da LM, sexo e idade. Realizou-se uma análise descritiva das variáveis com valores expressos em média, desvio padrão e frequência relativa. Para análise inferencial foi utilizado o Teste Kolmogorov- Smirnov para verificar a normalidade dos dados; o coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para a análise da correlação entre a funcionalidade do intestino e a participação social; o teste T foi utilizado para verificar possíveis diferenças na função intestinal e participação social entre os indivíduos paraplégicos e tetraplégicos. As diferenças foram consideradas significativas em p < 0,05. Da totalidade, 57,4% apresentavam lesão completa, 44,2% tetraplegia e 55,8% paraplegia. Houve predomínio do sexo masculino (72,1%) com idade média de 37,2 + 13,6 anos. A estimulação intestinal foi informada por 83,6% dos participantes, sendo que 68,8% realizavam massagem abdominal e 40,9% citaram a realização do toque dígito anal, 42,7% apresentavam frequência de evacuação diária e 47,4% com trânsito intestinal adequado (EBCF). Houve moderada correlação (p < 0,05) entre a participação social e o uso e a transferência para o vaso sanitário. O controle esfincteriano apresentou fraca correlação quando relacionado à participação social. Os participantes tetraplégicos apresentaram maiores limitações de atividade e restrições de participação (WHODAS 2.0: 37,9 ± 8,8) em relação aos participantes paraplégicos (WHODAS 2.0: 32,4 ± 7,7) (p = 0,012). Da mesma forma, os participantes tetraplégicos apresentaram piores escores para SCIM III – domínio respiração e controle de esfíncter (21,4 ± 7,8) e MIF motor (39,3 ± 19,7) que os participantes paraplégicos, respectivamente, 30,2 ± 4,8 e 64,7 ± 11,7. Os achados indicam que apesar da participação social estar associada ao manejo do intestino neurogênico, a relação é mais forte quando analisada sob a ótica motora do processo, em detrimento à continência em si.Item Atividade, participação social e fatores contextuais de adultos com paralisia cerebral(UFVJM, 2021) Mendonça, Ana Paula de; Morais, Rosane Luzia de Souza; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Morais, Rosane Luzia de Souza; Murta, Nadja Maria Gomes; Faria Fortini, Iza de; Campos, Ana Carolina deGrande parte dos estudos concentram-se em crianças com paralisia cerebral (PC) e pouco se sabe sobre a trajetória de saúde a longo prazo entre os adultos com PC. Ao se considerar o modelo biopsicossocial, a realização de atividades, a participação e a influência de barreiras e facilitadores ambientais, torna-se um aspecto importante de ser explorado. Compreender e descrever a funcionalidade e a incapacidade dos indivíduos pode ter papel significativo na organização dos processos cotidianos de trabalho das equipes de saúde. A identificação de aspectos relacionados à saúde de adultos com PC é importante para que profissionais da saúde possam gerar abordagens terapêuticas adequadas e direcionadas, contribuir para o desenvolvimento de estratégias de intervenções. Este estudo se propôs a avaliar 30 indivíduos adultos com paralisia cerebral em acompanhamento e egressos de um Centro Especializado em Reabilitação, localizado no Vale do Jequitinhonha no estado de Minas Gerais. Este trabalho será apresentado em formato de dois artigos científicos. O primeiro refere-se à caracterização da participação social e os fatores ambientais associados, avaliados por meio do Measure of the Quality of the Environment (MQE-Brasil). Neste estudo os participantes consideraram importante o aprimoramento de sua participação social, no entanto, não julgara seu desempenho ruim e indicaram estar satisfeitos com a sua participação social em ambientes comunitários. Além disto, apontaram mais facilitadores do que barreiras ambientais. A análise de regressão multivariada demonstrou que ter o apoio das pessoas em sua volta, dispositivos de auxílio e o uso de comunicação eletrônica, explicaram grande parte, 68% da participação social. O segundo artigo, descritivo teve o objetivo de analisar a percepção dos participantes quanto a importância, desempenho e satisfação na realização de atividades funcionais. Por meio da aplicação da Medida Canadense de Desempenho Ocupacional (COPM), os participantes listaram atividades que apresentaram importância nos domínios de autocuidado, produtividade e lazer, com pontuações mais baixas para desempenho do que para satisfação. Houve queixas específicas para cada participante classificado a partir dos diferentes tipos do Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS), no entanto de um modo geral, o vestuário e a alimentação foram destaques para autocuidado, assim como o andar e mover-se e o desejo de realizar atividades de artesanato em produtividade como forma de geração de renda extra. Os resultados dos dois estudos evidenciam que adultos com paralisia cerebral tem queixas específicas sobre a realização de suas atividades, assim como as principais barreiras ambientais; necessitando de acompanhamento por equipe multidisciplinar, embora a maioria receba alta dos serviços de reabilitação neste período do ciclo da vida.Item Validação da Escala de Participação Social (P-scale) em adultos com lesão medular(UFVJM, 2021) Espindula, Patrícia Avelar Viana; Santos, Ana Paula; Bastone, Alessandra de Carvalho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Ana Paula; Bastone, Alessandra de Carvalho; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Cunha, Naira Beatriz FavorettoA lesão medular (LM) interfere na qualidade de vida e no potencial funcional do indivíduo, predispondo a incapacidade e a restrição na participação. Participação refere-se ao fenômeno de desempenhar um papel na sociedade ou tomar parte em atividades nas áreas sociais, econômicas, cívicas, interpessoais, domésticas e educacionais. Dados sobre participação são necessários para avaliações e intervenções na reabilitação. O objetivo deste estudo foi avaliar a confiabilidade e a validade de constructo da versão 6.0 da Escala de Participação Social (Pscale) em adultos com LM; correlacionando essa escala com funcionalidade, depressão e acessibilidade arquitetônica. Estudo metodológico do tipo observacional descritivo, com delineamento transversal. Foram realizadas duas entrevistas com 100 indivíduos adultos com LM, em um centro de referência em reabilitação, em Belo Horizonte, Minas Gerais, no período de janeiro/2021 a março/2021. Na primeira entrevista foram aplicados: questionário sociodemográfico e de saúde, P-scale, Medida de Independência Funcional (MIF), Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Questionário de Percepção de Acessibilidade (QPA). No intervalo de dez a quatorze dias após, a P-scale foi readministrada. A normalidade na distribuição dos dados foi verificada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. Para análise de teste de hipótese foi utilizado o Rho de Spearman para avaliar as correlações entre os diferentes construtos e para investigar as diferenças entre os grupos o teste U de Mann-Whitney. A confiabilidade foi calculada usando o coeficiente intraclasse (ICC) e a consistência interna pelo alfa de Cronbach. A análise estatística foi realizada por meio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22.0, com nível de significância de 5%. A idade média dos participantes foi de 38,9 + 12,80 anos, a maioria era homem (74%) e as lesões traumáticas foram mais frequentes (72%). O escore médio da P-scale foi de 38,10 + 20,87. A P-scale apresentou uma correlação de fraca a moderada com o domínio motor da MIF (rs = - 0,280) e de moderada a boa com o domínio cognitivo da MIF (rs = - 0,520), sintomatologia depressiva (rs = 0,610), deslocamentos (rs = - 0,620) e domínio psicoafetivo de acessibilidade (rs = 0,530). A média dos escores obtidos na P-scale nos grupos com e sem sintomatologia depressiva (p = 0,001), dor neuropática (p = 0,033) e dependência funcional (p = 0,001) apresentaram diferença significativa. A média dos escores da P-scale nos grupos de indivíduos com paraplegia e com tetraplegia não diferiu. A P-scale mostrou adequada consistência interna (alfa de Cronbach = 0,873) e excelente confiabilidade teste-reteste (ICC2,1=0,992; 95%). Nossos achados suportam o uso da P-scale para avaliar a participação social de indivíduos adultos com LM na prática clínica e na pesquisa.Item Validação do Late Life Function and Disability Instrument (LLFDI) em idosos comunitários(UFVJM, 2021) Silva, Bárbara Patrícia Santana; Santos, Ana Paula; Bastone, Alessandra de Carvalho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Ana Paula; Bastone, Alessandra de Carvalho; Rodrigues, Vinicius Dias; Santos, Juliana NunesO envelhecimento saudável pode ser definido como o processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que permite o bem-estar na idade avançada. A capacidade funcional é avaliada por meio das atividades realizadas corriqueiramente. O instrumento denominado Late Life Function and Disability Instrument (LLFDI) foi desenvolvido em consonância com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) e avalia a função e a incapacidade de pessoas idosas, entretanto faltam evidências da validade do LLFDI em idosos comunitários brasileiros. O objetivo deste estudo foi avaliar a validade de construto do LLFDI em idosos comunitários, correlacionando-o com o perfil de atividade humana (PAH); com as escalas de Katz; de Lawton & Brody e geriátrica de depressão (GDS); e com os testes Timed Up and Go (TUG) e o Short Physical Performance Battery (SPPB). Trata-se de um estudo do tipo observacional descritivo, com delineamento transversal, realizado nos municípios de Montes Claros e Diamantina-MG. A amostra foi composta por idosos comunitários (≥60 anos). A avaliação foi realizada em um único momento onde foram aplicados: um questionário com dados sociodemográficos, perfil de saúde e suporte social; Escala de Katz; Escala de Lawton & Brody; PAH; GDS; TUG e SPPB. Foi realizada estatística descritiva composta de medidas de frequência, de tendência central e variabilidade; e inferencial que incluiu os testes de correlação de Pearson e Spearman e o teste t-student e Mann-Whitney (p˂0,05). Foram avaliados 100 idosos, com idade média de 70,1 + 7,9 anos, sendo 61% do sexo feminino. Em relação às comorbidades a mais prevalente foi a hipertensão arterial (65%). O escore total do LLFDI para o componente Incapacidade foi de 56,0 + 8,9 e para o componente Função foi de 73,7 + 17,0. As correlações foram mais fortes com o componente Função do LLFDI (p<0,01). Houve coeficientes de correlação moderada a boa entre as variáveis Lawton & Brody, SPPB e TUG e alguns domínios do componente Incapacidade do LLFDI (p<0,01). Todos os domínios dos componentes Função e Incapacidade da LLFDI diferenciaram os idosos inativos dos moderadamente ativos e ativos (p<0,01) e os dependentes dos independentes nas atividades instrumentais (p<0,01). Da mesma forma o instrumento LLFDI diferenciou de forma significativa (p<0,01) os idosos com histórico de quedas recorrentes dos que não têm. Nossos achados suportam o uso do LLFDI para avaliar a função e a incapacidade de idosos comunitários.Item Estudo do efeito mediador dos fatores psicológicos sobre a atividade e participação de diabéticos atendidos nas Unidades Básicas de Saúde de Diamantina(UFVJM, 2020) Silva, Bárbara Catherine Soares; Alcântara, Marcus Alessandro de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcântara, Marcus Alessandro de; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Simões, Mariana Roberta LopesA participação social pode ser definida como a inclusão e o envolvimento do indivíduo em atividades sociais na comunidade ou na sociedade. É um constructo relevante para promoção e reabilitação em saúde, além de ser um indicador de declínio funcional; e pode ser influenciada por problemas de saúde que afetam as habilidades físicas e mentais necessárias para a realização de atividades complexas e exigentes. Interações sociais, atividades cotidianas, trabalho e lazer são apenas alguns dos termos que denotam participação social e que são referenciados pela Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Saúde (CIF). A CIF integra a família de classificações proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e sua estrutura teórica propõe um modelo conceitual para pensar a funcionalidade e a incapacidade do indivíduo baseada em uma linguagem unificada e padronizada que permite conhecer as condições de funcionalidade das pessoas (associadas ou não a qualquer doença) e os fatores pessoais e ambientais envolvidos. Embora a participação social seja um aspecto de saúde importante para se pensar a funcionalidade humana, estudos sobre participação social como indicador funcional do Diabetes Mellitus (DM) ainda são pouco usuais na literatura. O DM está entre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) mais desafiadoras da atualidade, sendo considerada uma epidemia mundial com altos índices de morbimortalidade, que constitui causa importante de incapacidade funcional dos indivíduos. A incapacidade é um termo abrangente que denota os aspectos negativos da interação entre um indivíduo com uma condição de saúde - como o DM - e os fatores contextuais daquele indivíduo; entre diabéticos, o risco para surgimento de incapacidade é de duas a três vezes maior quando comparado a indivíduos não-diabéticos. Estudos prévios sugerem que as restrições de participação social percebidas entre diabéticos decorrem de um processo multifatorial, que engloba as relações entre domínios físicos, psicológicos e as interações com o meio ambiente e a sociedade; limitando atividades cotidianas básicas, relações de trabalho, atividades de lazer e interações sociais. O objetivo geral do estudo foi analisar a participação social em uma amostra de indivíduos diabéticos e a relação de mediação estabelecida entre os domínios físico e psicológico na participação social desses indivíduos.Item Educação Popular em Saúde: um referencial de autonomia e transformação(UFVJM, 2017) Alves, Michely Rodrigues; Oliveira, Wellington de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Wellington de; Miranda, João Luiz de; Alves, Leila de Cássia FariaA educação popular em saúde (EPS), mesmo sendo um referencial político, teórico e metodológico, consolidado como estratégia política, é um assunto que exige ampla reflexão e conhecimento para sua efetividade. De acordo com o eixo norteador instituído pela Política Nacional de Educação Popular em Saúde no Sistema Único de Saúde (PNEPS-SUS) em 2013, por meio de uma prática político-pedagógica, os saberes populares são reconhecidos a partir da construção compartilhada do conhecimento, com potencial de instrumento auxiliar para reorientação das práticas em saúde. O objetivo deste estudo foi estimular um processo de educação e construção de conhecimentos, junto aos atores sociais do grupo HIPERDIA, norteado pelo referencial da EPS. A pesquisa foi desenvolvida a partir do problema: a EPS pode contribuir com melhorias na qualidade de vida dos usuários no município de Senhora do Porto/MG?O trabalho foi desenvolvido por meio da metodologia da pesquisa-ação, com a aplicação da técnica de observação participante para a coleta dos dados, caráter descritivo e com abordagem qualitativa. Os demais atores participantes foram os integrantes do grupo de hipertensos e diabéticos (HIPERDIA) adscritos no município de Senhora do Porto-MG. A análise dos dados foi feita através do referencial teórico da Educação Popular, trabalhado dentro da prática pedagógica das “rodas de conversa”, sistematizadas por Paulo Freire. O estudo do resultado foi realizado por meio da análise do discurso, referenciado pelas teorias de Foucault. Os resultados revelam que a EPS não é um desafio para os atores sociais envolvidos, pois através das observações foram percebidas ações de mobilização, autonomia e diálogo entre eles, nos momentos que tiveram oportunidade de se expressar. Seria então um impasse para os profissionais de saúde desconstruir práticas norteadas pela cultura medicamentosa, aos gestores que deveriam apoiar a educação permanente dos trabalhadores, adicionando os princípios e as práticas de EPS, e ainda, responsabilidade do Ministério da Saúde em auxiliar nas estratégias de comunicação e divulgação da potencialidade das práticas articuladas às culturas populares.Item Participação social: ouvidoria da saúde como parte da construção da democracia brasileira(UFVJM, 2015) Carvalho, Liliany Mara Silva; Paes, Silvia Regina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Sivieri, Rubia Regina Gonçalves; Oliveira, Wellington deA reforma do setor saúde no Brasil contempla como eixo fundamental a democratização dos serviços de saúde através do exercício da participação social no Sistema Único de Saúde - SUS. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo investigar a ocorrência de serviços de ouvidoria em municípios da Região de Saúde de Diamantina, o entendimento dos gestores municipais de saúde sobre esta política e sua eficácia como práticas de gestão e estratégias da organização. Realizou-se uma pesquisa exploratória-descritiva com abordagem qualitativa, para tanto foram entrevistados 15 gestores municipais de saúde nos seus respectivos municípios, tendo a secretaria municipal de saúde como local físico. As entrevistas foram gravadas a partir do consentimento dos participantes da pesquisa através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), bem como a assinatura da carta de anuência por parte de cada gestor municipal. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob o número 840.133. Os resultados demonstraram que apesar do avanço legislativo, que garante a participação popular, ainda é incipiente a manifestação da população neste tipo de serviço, haja visto a inexistência destes, bem como o desconhecimento por parte dos gestores municipais de saúde, representantes legais da população. Neste contexto, evidencia-se um descompasso entre o discurso promotor dessa participação e as práticas implementadas.