Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Pedochronology and development of peat bog in the environmental protection area pau-de-fruta - Diamantina, Brazil(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2010-12-01) Campos, José Ricardo da Rocha; Silva, Alexandre Christófaro [UFVJM]; Vasconcellos, Leandro Lara [UFVJM]; Silva, Daniel Valladão [UFVJM]; Romão, Rafael Vitor [UFVJM]; Silva, Enilson de Barros [UFVJM]; Grazziotti, Paulo Henrique [UFVJM]; Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Na região da Serra do Espinhaço Meridional, a formação de ambientes hidromórficos em áreas deprimidas de superfícies de aplainamento, aliada à ocorrência de uma vegetação adaptada à condição de hidromorfismo, favorece o acúmulo e a preservação de matéria orgânica, formando turfeiras. Esse pedoambiente desenvolve-se sobre rochas quartzíticas, predominantes na região. A turfeira da Área de Proteção Ambiental - APA Pau-de-Fruta, localizada na microbacia do Córrego das Pedras, município de Diamantina - MG, foi mapeada e três perfis representativos foram caracterizados morfologicamente e amostrados para caracterização física, química e microbiológica. A matéria orgânica foi fracionada em ácidos fúlvicos (AF), ácidos húmicos (AH) e humina (H). Dois perfis tiveram amostras coletadas para determinação da idade radiocarbônica e do δ13C. Os três perfis apresentam organização estrutural homogênea, sendo as duas primeiras camadas fíbricas, as duas subsequentes hêmicas e as quatro mais profundas sápricas, evidenciando que o estádio de decomposição da matéria orgânica avança com a profundidade e as camadas mais profundas apresentam maior influência do material mineral. Os atributos físicos foram homogêneos entre os perfis, mas variaram entre as camadas amostradas. Os atributos químicos foram semelhantes entre as camadas, porém o teor de Ca, a soma de bases e a saturação por bases diferiram entre os perfis. Os teores de H predominaram sobre as frações mais solúveis da matéria orgânica e se acumularam em maior proporção nas camadas mais superficiais e nas mais profundas, enquanto os AH foram mais elevados nas camadas intermediárias e os AF nas camadas mais profundas. A atividade microbiológica não variou entre os perfis e foi mais elevada nas camadas superficiais, diminuindo com a profundidade. A partir dos resultados das datações radiocarbônicas e da composição isotópica, inferiu-se que a turfeira começou a ser formada há cerca de 20 mil anos e que, desde então, a cobertura vegetal da área não sofreu variações significativas.Item Turfeiras da Serra do Espinhaço Meridional - MG: I - caracterização e classificação(Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2009-10-01) Silva, Alexandre Christófaro [UFVJM]; Horák, Ingrid [UFVJM]; Cortizas, Antonio Martinez; Vidal-torrado, Pablo; Racedo, Jose Rodrigues; Grazziotti, Paulo Henrique; Silva, Enilson de Barros; Ferreira, Celmo Aparecido [UFVJM]; Universidad de Santiago de Compostela Facultad de Bioloxia Departamento de Edafoloxia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Universidade de São Paulo (USP)Item Efeito de fontes e doses de ácidos húmicos na produção do feijão (Phaseolus vulgaris L.)(UFVJM, 2015) Barral, Uidemar Morais; Silva, Alexandre Christófaro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christófaro; Campos, José Ricardo da Rocha; Silva, Enilson de Barros; Barbosa, Mauricio SoaresA matéria orgânica (MOS) do solo consiste de uma mistura de compostos em vários estágios de decomposição, resultante da degradação biológica de resíduos de plantas e animais, e da atividade de microrganismos, denominados substâncias húmicas (SHs). Essas substâncias fracionadas em ácidos fúlvicos (AF), ácidos húmicos (AH) e humina (H), de acordo com sua solubilidade em meio ácido ou básico. Os AH têm sido usados como fertilizantes aplicados diretamente no solo ou via foliar, principalmente por influenciarem o metabolismo das plantas. Objetivou-se com este trabalho avaliar em feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.), a influência de fontes e doses diferentes de AH, na produção, crescimento radicular e absorção de nutrientes e biodisponibilidade de nutrientes no solo. O experimento foi conduzido utilizando o delineamento em blocos casualizados com 15 tratamentos, sendo estes as fontes de AH (turfa - 1, composto - 2 e produto comercial - 3) e as doses de AH (0, 2, 8, 16 e 32 kg ha-1), com quatro repetições. Foram avaliadas: altura das plantas (cm), diâmetro do caule (cm), teor de clorofila (µg cm-2) e teor de macro e micronutrientes nas folhas no florescimento do feijoeiro e ao fim do experimento, peso de sementes (g), massa seca da parte aérea e de raízes (g), número de vagem por planta e de sementes por vagem e no solo: pH em água e teores de matéria orgânica, P, K, Ca, Mg, Al e H+Al. A aplicação de AH reduziu o crescimento e produção de grão, com aumento das doses em cada fonte, seguindo a ordem fonte 3 > fonte 1 > fonte 2. Os teores de P, K, Cu, Fe, Mn e Zn nas folhas foram influenciados pelas doses de todas as fontes de AH. Houve redução para maioria dos nutrientes quantificados nas folhas com aumento das doses de AH. Os teores de P e K se elevaram no solo, com a aplicação de AH. Para condições testadas, não se recomenda utilização de AH para cultura do feijoeiro.Item Turfeiras da Serra do Espinhaço Meridional: mapeamento e estoque de matéria orgânica(UFVJM, 2012) Silva, Márcio Luiz da; Silva, Alexandre Christofaro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Alexandre Christofaro; Torrado, Pablo Vidal; Dutra, Gleyce Campos; Mucida, Danielle PiuzanaA Serra do Espinhaço Meridional - SdEM, nascente do Rio Jequitinhonha e de importantes afluentes dos Rio São Francisco e Doce, possui litologias predominantemente quartzíticas e é caracterizada por apresentar áreas dissecadas entremeadas a superfícies de aplainamento, onde, nas depressões, ocorrem as turfeiras, grandes reservatórios de matéria orgânica e de água. A turfeira pode ser definida como um substrato constituído por restos de vegetais mortos, em diferentes estágios de decomposição, que se acumulam em sucessão em lugares úmidos ou encharcados onde haja uma considerável redução na atividade biológica devido às inóspitas condições do meio. É formada pelo acúmulo em sucessão de restos vegetais, em locais que apresentam condições que inibem a atividade de microrganismos decompositores, como excesso de umidade, baixo pH, escassez de oxigênio e temperaturas amenas. Outro papel importante reservado para as turfeiras é sua utilização como arquivo ambiental e cronológico da evolução das paisagens, das mudanças climáticas e da deposição atmosférica de metais pesados, em escala regional ou mesmo global. O objetivo deste trabalho foi mapear as turfeiras da porção norte da SdEM, determinar seu estoque de matéria orgânica armazenada e utilizar isótopos de carbono para identificar mudanças ambientais regionais que ocorreram no Quaternário. Turfeiras pré-selecionadas foram mapeadas através de trabalhos de campo e de técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, utilizando os softwares Arcgis 9.3, Envi 4.5 e GPS Trackmaker Pro. A caracterização dos organossolos foi realizada de acordo com metodologia preconizada no Sistema Brasileiro de classificação de Solos. Amostras foram enviadas para determinação da composição isotópica (δ13C) e datações radiocarbônicas (14C) por espectrometria de cintilação líquida de baixa radiação de fundo. Numa primeira aproximação foi possível mapear 14.287,55 hectares de turfeiras distribuídas ao longo de 1.180.109 hectares da SdEM, o que representa 1,2% da área total. Essas turfeiras ocupam um volume médio de 170.021.845,00 metros cúbicos, armazenam 4.488.576,71 toneladas de matéria orgânica e acumulam em média 314,16 t ha-1. A maioria das turfeiras mapeadas segue o seguinte padrão ambiental: ocorrem em áreas aplainadas da superfície S2, tendo em sua base rochas quartzíticas, entre 1100 e 1350 metros de altitude, onde as temperaturas e precipitações anuais médias são respectivamente menores que 19°C e maiores que 1200 mm e estão colonizadas por vegetação campestre, com esparsos capões de mata. Nas turfeiras da SdEM predominam os estágios de decomposição da matéria orgânica avançado (sáprico), seguido do intermediário (hêmico). A taxa de crescimento vertical variou entre 0,058 e 0,43 mm ano-1, enquanto a taxa de acúmulo de carbono oscilou entre 0,95 e 53,91 g m-2 ano-1. As turfeiras que se situam em posições altimétricas de 1.000 a 1.200m e acima de 1.700 m são mais recentes (Holocênicas), ao passo que aquelas que ocupam posições entre 1.200 e 1.700 metros de altitude são mais antigas (Pleistocênicas). As turfeiras da SdEM, começaram a ser formadas no Pleistoceno Superior (42.175± 3390 anos A.P.), quando estavam colonizadas predominantemente por plantas de ciclo fotossintético CAM. A vegetação foi mudando gradativamente para plantas do ciclo fotossintético C3 ao longo da transição Pleistoceno-Holoceno, processo associado a mudanças paleoclimáticas. Através de mapeamentos via técnicas de geoprocessamento e sensoriamento remoto foi possível entender melhor a natureza geológica, geomorfológica e hidroclimatológica das turfeiras e sua inserção na paisagem regional. Os ambientes turfosos da SdEM guardam significativa importância no armazenamento de carbono orgânico e água e enquanto testemunho de mudanças paleoambientais, o que fundamenta uma necessidade urgente e emergente no sentido de proporcionar maior proteção e preservação a esses pedoambientes.Item Caracterização qualiquantitativa dos recursos hídricos e da dinâmica do carbono de turfeiras das cabeceiras do Rio Araçuaí(UFVJM, 2013) Bispo, Diêgo Faustolo Alves; Silva, Alexandre Christófaro; Matosinhos, Cristiano Christófaro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Matosinhos, Cristiano Christófaro; Leão, Mônica Maria DinizAs turfeiras são importantes reguladores dos fluxos de água e de elementos, principalmente do carbono, entre os compartimentos terrestres e aquáticos. O objetivo deste trabalho foi caracterizar qualiquantitativamente os Organossolos e os recursos hídricos das turfeiras das cabeceiras do Rio Araçuaí quanto à disponibilidade hídrica e a dinâmica do carbono no sistema solo-água. Coletou-se oito testemunhos representantes de quatro perfis de solo do Campo Limpo Úmido e Floresta Estacional Semidecidual de duas turfeiras nas cabeceiras de afluentes do Rio Araçuaí (Córrego Cachoeira dos Borges e Rio Preto), descritos e caracterizados física, química, elementar e morfologicamente. Em três pontos do curso d’água de cada afluente e duas épocas (chuvosa e seca) foram coletadas amostras de água e analisados os seus atributos físicos e químicos. Procedeu-se o mapeamento das turfeiras e o cálculo dos volumes e fluxos de água e de carbono. Empregou-se análise de variância para atestar o efeito das fitofisionomias, profundidades de amostragem e das interações destes fatores sobre as variáveis do solo. Para os atributos da água atestaram-se efeitos dos locais (afluentes), épocas de amostragem e das interações entre estes fatores. Boa parte dos atributos caracterizadores da matéria orgânica e a composição elementar do solo apresentaram diferenças significativas entre os locais, fitofisionomias e profundidades de amostragem e variaram em função da composição e grau de evolução do material orgânico. A maioria dos atributos físico-químicos das águas não diferenciou entre os locais e nem entre as épocas, mas foram influenciados pelos atributos dos Organossolos de onde se originam. A turfeira do Rio Preto estoca 4.299,39 t de C (206,70 t ha-1) e 227.258,15 m3 de água (10.925,87 m3 ha-1) e a turfeira do Córrego Cachoeira dos Borges estoca 14.781,09 t de C (184,10 t ha-1) e 745.950,30 m3 de água (9.290,70 m3 ha-1). A vazão do Rio Preto foi de 0,023 m3 s-1 e do Córrego Cachoeira dos Borges foi de 0,067 m3 s-1 no período chuvoso. No período seco estes cursos d’água apresentaram vazão mínima constante, demonstrando a capacidade das turfeiras de suas cabeceiras de perenizar a vazão. Estimou-se o lançamento de uma carga média de 360,84 t ano-1 de N e 6.812,73 t ano-1 de C e de 917,32 t ano-1 de N e 33.516,16 t ano-1 de C, respectivamente para o Rio Preto e Córrego Cachoeira dos Borges. As turfeiras das cabeceiras dos afluentes do Rio Araçuaí influenciam significativamente na vazão e na qualidade de suas águas, sendo urgente a necessidade de preservação destes pedoambientes.