Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Avaliação das práticas de segurança do paciente nas salas de vacinas(UFVJM, 2023) Rodrigues, Jéssica Aparecida Pereira; Gonçalves, Renata Patrícia Fonseca; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gonçalves, Renata Patrícia Fonseca; Guedes, Helisamara Mota; Ribeiro, Gabriela de CássiaEsse trabalho é composto por uma introdução e três capítulos que integra uma revisão integrativa de literatura, uma pesquisa observacional que avalia as práticas de segurança do paciente nas salas de vacinas e o conhecimento autorreferido dos profissionais em relação a essa temática e por uma intervenção educativa focada nas lacunas do processo de vacinação identificadas nos trabalhos anteriores. O objetivo dessa dissertação foi avaliar à luz da literatura científica, a incidência de erro de imunização com e sem de eventos adversos pós-vacinação e os fatores relacionados ao erro, no Brasil; bem como as práticas de segurança do paciente nas salas de vacinação de um município do Norte de Minas Gerais. No percurso metodológico para a revisão integrativa, foi feita uma busca na Biblioteca Virtual em Saúde e PubMed, considerando artigos originais publicados desde 2009, identificados em bases de dados por meio de descritores controlados em Ciências da Saúde, adotando-se a estratégia PICO, utilizado os descritores: Vacinação; Imunização Ativa; Imunização; Erros de Medicação; Evento Adverso e seus sinônimos em outros nos idiomas inglês e espanhol. O estudo seguinte trata-se de um estudo observacional, transversal, realizado de maio a junho de 2023, nas salas de vacina da cidade de Montes Claros - MG. A amostra desse estudo foi constituída de 1560 observações de procedimentos de vacinação e abordou 23 profissionais de saúde. Foi utilizado para coleta de dados um instrumento validado denominado Lista de Verificação de Segurança do Paciente em Sala de Vacina e um questionário autoaplicável. Os dados foram analisados no programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Resultados do estudo de revisão mostram que a incidência de erro de imunização sem evento adverso pós-vacinação foi maior, no entanto, há uma tendência de crescimento do erro com evento adverso ao longo dos anos. Os erros mais encontrados foram de prescrição ou indicação, tipo de imunobiológico e intervalo inadequado entre doses. No artigo referente à avaliação das práticas seguras de vacinação, a adesão às normas recomendadas pelo Ministério da Saúde foi de 88,2% nos procedimentos anteriores a vacinação, seguido de 77,5% durante a vacinação e 59,3% nos procedimentos posteriores. Os itens de menor adesão estavam relacionados à investigação sobre a ocorrência de eventos adversos em doses anteriores, na obtenção de informações do estado de saúde do vacinado, na orientação da importância de completar os esquemas vacinais e dos possíveis eventos adversos pós-vacinais, na dupla conferência da vacina e na higienização das mãos. Evidenciou-se ainda que 100% dos profissionais responderam que conhecem a portaria sobre segurança do paciente, participaram de educação permanente sobre práticas segura de vacinação, conhecem todos os eventos adversos que podem ocorrer após a vacinação e 13% dos profissionais já presenciaram algum erro de vacinação. Os gestores devem disseminar a cultura de segurança do paciente entre os profissionais para que eles possam compreender a importância das notificações de eventos adversos com ou sem erro de imunização. A educação permanente em saúde para atender às recomendações para os procedimentos de vacinação, segundo o Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação do MS, pode favorecer a segurança do paciente e a identificação de riscos.Item Coberturas vacinais de rotina em menores de um ano de idade nos municípios do Estado de Minas Gerais entre 2010 e 2021: um estudo ecológico(UFVJM, 2023) Cardoso, Denise Maria Vilela; Teixeira, Romero Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Teixeira, Romero Alves; Lessa, Angelina do Carmo; Bastos, Cristiane Perácio; Freitas, Ronilson FerreiraO Programa Nacional de Imunizações (PNI) apresenta altas coberturas em crianças desde 1990. Mas, a partir de 2016, observa-se uma diminuição no número de vacinado da ordem de 10 a 20%, o que vem causando impacto sobre a saúde materno-infantil e surtos de doenças preveníveis. O problema parece ter se agravado com a pandemia de SARS-COV-2. O objetivo deste estudo foi analisar as coberturas vacinais de rotina do PNI em menores de 1 ano de idade nos municípios mineiros e suas relações com as características sociais, demográficas, econômicas, de assistência social e de assistência à saúde no período de 2010 a 2021. Trata-se de um estudo ecológico de corte transversal envolvendo os 853 municípios de Minas Gerais. Foram utilizados dados secundários disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e indicadores disponíveis no Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS), no Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, no Atlas da Vulnerabilidade Social do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e na Plataforma e-Gestor Atenção Básica, bem como dados sobre salas de vacina na Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação (Fala.BR). Obteve-se uma análise descritiva da cobertura vacinal e das características dos municípios, com medidas de tendência central e de dispersão, análise da normalidade e das frequências simples das categorias das variáveis selecionadas. Foram utilizados os testes t de Student, ANOVA, Kolmogorov-Smirnov e Qui-quadrado de Pearson. Para verificar a relação entre as características dos municípios e o desfecho do Índice de Cobertura Adequada de Vacinas (ICAV), utilizou-se o modelo multivariado de Regressão de Poisson, calculando-se as razões de prevalência e os intervalos de confiança. A associação entre as variáveis foi definida pelo teste de Qui-quadrado de Wald ajustado com p< 0,05. Os resultados demonstraram que, quanto ao porte populacional, 79,1% dos municípios mineiros estão no estrato de 20 mil habitantes e menos; 87% são definidos como ‘Tipicamente Rurais’; um quarto apresenta Gini indicando ‘Concentração Média a Forte’; 73,3% obtiveram Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Médio a Baixo; quase metade apresentou Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) de Baixo a Muito Baixo; e 89% se enquadram na categoria de Baixa Mortalidade Infantil. Houve aumento de 72,5% no número de salas de vacina de 2012 a 2020. Os anos de 2010 e 2011 foram os com maior porcentagem de municípios com coberturas recomendadas, e 2021 o ano com menos municípios alcançando a meta. A partir de 2016, há uma ocorrência de resultados piores para um percentual maior de municípios, mais evidente na BCG, Pentavalente, Poliomielite e Febre Amarela. Em 2020, observou-se a menor cobertura dos sete imunizantes avaliados, seguido dos anos de 2021, 2014 e 2016. Dos municípios mineiros, no período de 2010 a 2015 e de 2016 a 2021, respectivamente 57,3% e 63,3%, não alcançaram as metas preconizadas em cinco dos sete imunizantes do PNI. Na análise multivariada, os indicadores ‘Macrorregiões de Saúde’, ‘porte populacional’ e ‘ruralidade’ apresentaram diferenças significativas no não alcance de metas do ICAV de 2010 a 2015. E no período de 2016 a 2021, as características ‘Macrorregiões de Saúde’, ‘porte populacional’ e ‘Classificação de Gini’ foram associadas ao não alcance de metas do ICAV. As coberturas vacinais são heterogêneas nos municípios. Fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população.