Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Segurança Alimentar e Nutricional na perspectiva de mulheres quilombolas: uma revisão integrativa
    (UFVJM, 2023) Vilasboas, Gabriela dos Santos; Ferreira, Vanessa Alves; Carvalho, Vivian Carla Honorato dos Santos de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    INTRODUÇÃO: Os Quilombos são conceituados como grupos étnicos raciais, segundo critério de auto atribuição, que possui sua trajetória histórica própria, relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão sofrida ao longo da história. Nestas comunidades, as mulheres têm um papel importante sendo as guardiãs das tradições da cultura afro-brasileira transmitindo aos mais jovens os valores culturais, sociais e políticos. Entre essas tradições estão: o manejo e a manipulação de ervas medicinais, agricultura de subsistência, práticas culinárias, costumes e crenças relacionadas à saúde e nutrição, entre outras. Neste contexto, vale refletir sobre o papel sociocultural e político dessas mulheres no que tange à dimensão da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) e seus desdobramentos no nível local. OBJETIVO: Partindo desse entendimento, este artigo visa descrever, através de uma revisão integrativa de literatura, as práticas alimentares e de saúde de mulheres quilombolas e seus possíveis impactos para a Segurança Alimentar e Nutricional da comunidade. A questão norteadora desta revisão se pautou no seguinte questionamento: “Os conhecimentos populares transmitidos por mulheres quilombolas têm contribuído para a Segurança Alimentar e Nutricional e nas práticas de saúde e nutrição de suas comunidades?” METODOLOGIA: A pesquisa utilizou as bases de dados LILACS, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e SciELO. Os critérios de inclusão foram: artigos originais, de reflexão, atualização, relato de experiência; artigos com resumos e textos completos disponíveis para análise; livros; teses e dissertações, publicados entre os anos de janeiro de 2012 a janeiro de 2023 e que apresentassem respostas à questão norteadora da pesquisa. Os artigos foram excluídos quando produzidos fora do período definido; produções repetidas (entre as bases de dados), pesquisas de dados secundários. RESULTADOS: Foram selecionadas 17 bibliografias após a aplicação dos critérios de exclusão. Os resultados foram categorizados em quatro (4) núcleos de sentido de acordo com a literatura: 1) Saúde e SAN de mulheres quilombolas; 2) Práticas tradicionais de saúde e alimentação transmitidas entre gerações; 3 ) Impactos dos Saberes e práticas na SAN e 4 ) Obstáculos para a garantia da saúde e SAN em comunidades quilombolas. DISCUSSÃO: A literatura evidencia a presença de Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN), entre a população quilombola, principalmente na população feminina no Brasil. A utilização do saber popular por parte das mulheres quilombolas, em diversos estágios da vida e da história do povo quilombola, é característica marcante para as práticas de alimentação e saúde que permitiram o cuidado e a sobrevivência do grupo. Embora o território seja o elemento base para a vida, em amplos aspectos, disputas e burocratização nos processos de titulação também afetam a produção de alimentos e o trabalho. CONCLUSÃO: Conclui-se que as mulheres quilombolas têm, de fato, contribuído para ações locais de SAN. Assim, novas investigações devem ser realizadas dentro desta temática ampliando a discussão sobre a inclusão dos conhecimentos populares no delineamento das políticas e dos programas governamentais de alimentação direcionadas às comunidades quilombolas.
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    História, cultura e saúde: um estudo na comunidade quilombola de Quartel do Indaiá
    (UFVJM, 2021) Nascimento, Victoria Brant Araújo; Pereira, Diogo Neves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Diogo Neves; Hemmi, Ana Paula Azevedo; Guimarães, Melissa Monteiro
    Este estudo se situa na linha de pesquisa Ensino, Saúde e Cultura do Programa de Pós- Graduação em Ensino em Saúde da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Seu principal objetivo é caracterizar os aspectos históricos e culturais que permeiam o contexto da comunidade quilombola de Quartel do Indaiá e que têm influência sobre a saúde da sua população. Diante deste cenário, o objetivo secundário é entender a dinâmica do uso de plantas medicinais, por ser uma prática milenar que sofreu mudanças no decorrer dos anos, sendo um ponto importante no entendimento do processo saúde-doença. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, exploratório e com abordagem qualitativa. Foram realizadas inserções na comunidade, com caráter etnográfico, que permitiram a observação das suas principais características e peculiaridades, bem como seus aspectos culturais e socioeconômicos. Além disso, foram efetuadas entrevistas semiestruturadas com membros da comunidade, abordando principalmente o uso de plantas medicinais. Estas abordagens aliadas favoreceram uma compreensão mais ampla da comunidade e uma maior riqueza de detalhes e interpretações. Conclui-se que houve historicamente uma mudança significativa no contexto da comunidade, não somente no que tange o uso de plantas medicinais, mas também as relações sociais e a apropriação da cultura local. Percebe-se que ocorreu uma desvalorização da mesma no decorrer dos anos, justificada por diversos marcos históricos e sociais. Diante dos resultados encontrados, argumenta-se ser necessária a valorização dos costumes locais pelos profissionais de saúde, a partir de abordagens empáticas, a fim de estabelecer relações mais respeitosas com a cultura da comunidade.