Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Que País é Este? Um questionamento presente, 40 anos após a composição da canção(UFVJM, 2020) Boaventura Filho, Nivaldo de Oliveira; Fonseca, Lílian Simone Godoy; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fonseca, Lílian Simone Godoy; Paiva, Adriana Gomes de; Araújo, Aureliane Aparecida deO presente trabalho teve por objetivo abordar a atualidade dos versos da canção “Que País é Este?”, composta em 1978, pelo artista Renato Russo, estabelecendo relações entre o período de sua composição e os períodos posteriores. A canção faz críticas, principalmente, à cena política do Brasil, que estava sob uma severa ditadura militar (1964-1985) regida pelo Ato Institucional no. 5 (1968-1978), razão pela qual foi lançada somente em 1987, sob as luzes da redemocratização. No entanto, a canção permaneceu atual ao longo dos anos seguintes da história brasileira, sendo evocada em vários momentos. Considerando esses fatores, a pesquisa analisou as questões retratadas na música “Que País é Este?”, focalizando o período histórico em que foi composta, refletindo sobre as motivações e visões do compositor; demonstrou que a música é um instrumento de registro histórico e político, e de mobilização e engajamento social; e refletiu sobre as questões particulares da formação da sociedade brasileira, e sobre os ciclos que se repetem na história do país. Para tanto, foi feita uma abordagem inicial sobre o rock e o punk e a chegada desses estilos no país. Como embasamento teórico, foram utilizadas principalmente as dissertações que já discutiram a obra de Renato Russo, apoiadas sobre o pensamento construído nas obras de Roberto DaMatta e Jessé de Souza; os estudos do historiador Marcos Napolitano; entrevistas concedidas por Renato Russo ao longo da carreira e fatos descritos em algumas de suas biografias, como a de autoria de Carlos Marcelo e a de Arthur Dapieve; além de diversos outros estudos e matérias jornalísticas. Como resultados, evidenciaram-se a atualidade da canção, a forte influência da economia capitalista nos processos políticos do país, a densidade da obra e da personalidade de Russo, além da importância das Ciências Humanas na construção da sociedade, do futuro e do presente do país.Item Educação superior, tecnologia e ciência durante o período militar (1964-1985): modernização conservadora(UFVJM, 2016) Silva, Thiago Willian; Rocha Junior, Fernando Leitão; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Canôas, Silvia Swain; Souza, José Milton Pinheiro de; Lupatini, Márcio Paschoino; Rocha Junior, Fernando LeitãoO objetivo desta dissertação é analisar a educação superior, a ciência e a tecnologia durante o período militar. Utilizou-se uma pesquisa bibliográfica descritiva qualitativa. Os dados analisados mostram que no período militar as universidades passaram por uma modernização autoritária marcada por paradoxos e ambiguidades. A partir de 1964, o regime político adotou uma postura destrutiva e reformadora; em outros termos, a modernização do ensino superior chegou escoltada por meios repressivos. O golpe de 1964 foi sustentado por um grupo de conservadores, liberais, reacionários, nacionalistas autoritários e até reformistas moderados. Tratava-se de um movimento anticomunista que gerou expurgos capazes de afetar o campo progressista. Parte dos grupos golpistas concordava com as reformas, desde que não fortalecesse as lideranças revolucionárias. A direita aceitou o argumento reformista de que as universidades necessitavam de mudanças, pois, à frente destas, estavam catedráticos poderosos que geriam um sistema de produção de conhecimento fraco, cujos professores eram apáticos, e ainda havia insuficiência de vagas para os jovens. Esquerda e direita concordavam que era necessário modernizar e gerar mais conhecimento, porém ambos os grupos apresentavam perspectivas diferentes. A política universitária idealizada pela ditadura foi se desenhando e, no começo de 1970, resultou-se em embates entre grupos e opiniões divergentes. A reforma feita pelo regime militar procedeu sob pressões opostas de liberais, conservadores, militares, religiosos, intelectuais e professores universitários, somadas aos conselhos de norte-americanos, cujo cenário de fundo foi composto pela rebeldia estudantil. O poder autoritário dos líderes da ditadura acomodou as pressões e as diferentes opiniões, de onde procederam políticas contraditórias e, por vezes, conflitantes.Item O Estado militar e as populações indígenas: Reformatório Krenak e Fazenda Guarani(UFVJM, 2017) Foltram, Rochelle; Mattos, André Luís Lopes Borges de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mattos, André Luís Lopes Borges de; Mykonios, Atanasio; Velden, Felipe Ferreira Vander; Fagundes, MarceloA presente dissertação pretendeu analisar as políticas do Estado Brasileiro para as populações indígenas durante a Ditadura Militar brasileira (1964-1985). Num primeiro momento, foram analisadas as políticas de Estado para os índios, desde o período colonial até as primeiras décadas do regime republicano, momento da criação do Serviço de Proteção ao Índio, primeiro órgão estatal voltado para tratar das questões indígenas. Posteriormente, procurou-se investigar o sistema de ideias e projetos que cercava as populações indígenas durante o regime militar, refletindo sobre as razões que levaram a criação da Fundação Nacional do Índio (1967) e dos reformatórios agrícolas em várias partes do Brasil. Através da investigação de uma gama variada de documentos – imprensa, relatórios, legislações, depoimentos, fotografias – foi possível elucidar como o Estado pensava e agia em relação às populações indígenas, tratadas, de modo genérico e preconceituoso, como brutas, selvagens, ignorantes, ociosas e despreparadas para o convívio social. A saída encontrada pelo Estado para solucionar o “problema” da questão indígena, quase sempre, foi à perseguição, reclusão, marginalização e genocídio dessas populações.