Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Políticas públicas adotadas na gestão de instituições escolares no âmbito municipal frente à pandemia da Covid-19: um estudo de caso no município de Senador Modestino Gonçalves-MG
    (UFVJM, 2023) Ribeiro, Nadir Maria; Pereira Gomes, João Antônio; Oliveira, Altamir Fernandes de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira Gomes, João Antônio; Oliveira, Altamir Fernandes de; Tameirão, Cinthya Rocha; Glasenapp, Sirlei
    A gestão escolar pressupõe ações específicas e continuadas que envolvem múltiplas dimensões a partir das relações pessoais estabelecidas dentro da organização escolar, tendo como premissa o processo de ensino/aprendizagem. Nesse sentido, a pesquisa teve como objetivo verificar como as políticas públicas municipais sobre a pandemia da Covid-19 foram adotadas e implementadas pelas instituições educacionais do município de Senador Modestino Gonçalves em 2020 e 2021. O estudo proposto alicerçou-se em um estudo documental sobre a gestão educacional, além de políticas públicas pertinentes ao tema supracitado. Logo, após ampla verificação dos documentos disponibilizados pela SME, selecionaram-se aqueles que poderiam aferir a validade das questões levantadas. A metodologia utilizada permitiu obter os seguintes resultados: foram implementados uma manifestação, dois memorandos, três pareceres, sete decretos, uma nota de esclarecimento e uma resolução relacionados no período supracitado. Além disso, houve similitude entre a manifestação, memorandos, pareceres, nota de esclarecimento e resolução, pois sobre esses permeavam o fato de usarem suas atribuições e virem a público para elucidar sobre a reorganização das atividades escolares; dispor sobre a necessidade de reorganizar as atividades acadêmicas em razão das ações preventivas à propagação da doença; orientar sobre as normas para a oferta de Regime Especial de Atividades Não Presenciais, instituir o Regime Especial de Teletrabalho para o cumprimento da carga horária anual mínima exigida e reorganização do Calendário Escolar. Entretanto, há uma discrepância entre alguns pontos dos decretos e os documentos supracitados, pois, nesses foram elucidadas as recomendações contidas, reconhecendo o estado de calamidade pública, com efeitos até 31 de dezembro de 2020; medidas de prevenção ao contágio, de enfrentamento e contingenciamento, no âmbito do Poder Executivo de doença infecciosa viral respiratória causada pelo vírus; medidas de prevenção ao contágio da doença infecciosa viral respiratória; reorganização do calendário escolar, em razão da interrupção das aulas em virtude das ações e disciplina a oferta de educação em atividades não presenciais – educaemcasa; medidas temporárias restritivas às atividades privadas para prevenção dos riscos de disseminação; continuidade das atividades remotas assistidas – aulas não presenciais nos estabelecimentos escolares e acerca do não retorno das aulas presenciais. Contudo, isso permitiu que a práxis educativa fosse significativa, promovendo interação mediadas por instrumentos favorecedores no processo didático e no desenvolvimento da escola num todo. No entanto, como foi observado no decorrer do trabalho, a partir do momento em que houve flexibilização da quarentena imposta, autorizando a reabertura dos comércios e atividades não essenciais, mesmo que em horário reduzido, houveram picos altos de casos de COVID-19 e óbitos, tornando-se necessário, novos decretos com medidas restritivas às atividades para prevenção dos riscos de disseminação objetivando a contenção da população. Entretanto, temos a premissa de que a educação Modestinense é um complexo essencial à categoria, sobretudo no processo de formação humana. Isso possibilita o desenvolvimento intelectual dos educandos. Portanto, há evidências que a maneira como as políticas públicas municipais sobre a pandemia da Covid-19 foram adotadas e implementadas pelas instituições educacionais do município de Senador Modestino Gonçalves, foram fundamentais para assegurar os direitos educacionais da população.
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    Panorama do Sistema de Abastecimento de Água Potável (SAA), na perspectiva dos moradores de um distrito localizado no Alto Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais
    (UFVJM, 2022) Silva, Thais Cristina Pereira da; Murta, Nadja Maria Gomes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Murta, Nadja Maria Gomes; Machado, Alex Sander Dias; Santos, Antônio Sousa; Paes, Silvia Regina
    A Lei Federal nº11.445/2007 define saneamento básico como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais relacionados ao abastecimento de água, coleta e tratamento de efluentes, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana e manejo de águas pluviais. Estabelece ainda, as diretrizes para a universalização do saneamento, de modo a garantir o acesso à população a serviços com a qualidade e quantidade adequadas às suas necessidades. Para tal, uma das atribuições dos municípios é a elaboração dos seus respectivos Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB), com estabelecimento de estratégias que fomentem o exercício do controle social sob os serviços de saneamento e a melhoria contínua dos mesmos. Diante disso, o objetivo do estudo foi analisar os serviços de saneamento básico, mais especificamente do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) do distrito de Extração em Diamantina, escolhido pela sua proximidade em relação à sede e pelo relevante contexto histórico para a região. Para tal, o estudo desenvolveu-se em 02 (duas) etapas, a saber: (a) Etapa 1 - consistiu em um levantamento de dados buscando a compreensão e o diagnóstico dos elementos que compõem os aspectos sociais, econômicos e ambientais da área de abrangência do estudo,(b) Etapa 2 - Se pautou em estudo de caráter qualiquantitativoonde buscou-se compreender a percepção do público, a partir da aplicação de questionário semiestruturado, tendo como alvo à gestão do saneamento básico, de maneira especial, aos serviços que envolvem o abastecimento de água e seus usos múltiplos. Os dados quantitativos foram analisados a partir da distribuição de frequência simples e relativa. Para avaliar a associação entre as variáveis dependentes e independentesfoi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson. No que tange à parte qualitativa, utilizou-se o método de análise de conteúdo para identificar a percepção do público sobres as questões relacionadas ao saneamento básico no distrito. Em relação aos principais resultados, foi observado que 80% dos entrevistados não tinham interesse ou não se sentiam motivados a participarem de ações/movimentos comunitários relacionados à saneamento. A pesquisa identificou ainda que o maior problema relatado pelos participantes consistiu na precarização dos serviços de manutenção das infraestruturas do SAA, fazendo com que o abastecimento de água ficasse comprometido por questões relativamente simples como a aquisição de maquinário de melhor qualidade/durabilidade.
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    Mãos e pés na terra: análise dos silenciamentos nos diagnósticos sobre o Jequitinhonha
    (UFVJM, 2022) Souza, Lauanda Lopes de; Sulzbacher, Aline Weber; Stocco, Aline Faé; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Sulzbacher, Aline Weber; Stocco, Aline Faé; Lima, Josélia Barroso Queiroz; Leite, Ana Carolina Gonçalves; Mattos, André Luis Lopes Borges de
    A presente dissertação trata do discurso hegemônico construído sobre o Vale do Jequitinhonha no interior do processo de criação e consolidação dessa região de planejamento e intervenção estatal. Foram analisados os planos de desenvolvimento para o Vale do Jequitinhonha, escritos entre as décadas de 1950 e 1980, período histórico em que se criou e difundiu uma visão estigmatizada sobre essa localidade e de suas comunidades. A pesquisa assumiu a interseccionalidade como perspectiva de análise, considerando a articulação das opressões de gênero, raça e classe como elemento central para a compreensão da realidade. Buscou-se identificar como o silenciamento e a negação de uma diversidade étnica dos sujeitos e comunidades, em nome da construção da identidade regional/nacional revelam também o ocultamento da exploração histórica a que esses sujeitos foram submetidos. Realizou-se um levantamento histórico sobre a região, desde a sua formação até o processo de regionalização, buscando identificar os interesses ocultos em determinados discursos e estigmas e o papel do Estado nesse processo. Posteriormente, foram identificados os elementos da dinâmica social dos territórios da bacia do rio Jequitinhonha que foram negados e/ou silenciados no interior dos planos desenvolvimentistas que criaram a região “Vale do Jequitinhonha”. Como resultado, foi possível identificar que, desde o período colonial até o processo de regionalização, a invisibilidade e silenciamento em torno da realidade social e étnica da localidade funcionaram enquanto estratégia para uma contínua exploração e mutilamentos de sujeitos e comunidades do rio Jequitinhonha. Observa-se que algumas categorias como “pobreza” e “Homem do Jequitinhonha” se produzem diretamente da dimensão racial, ocultando um processo de domesticação dos corpos dos sujeitos em prol dos interesses do sistema capitalista. Dessa forma, além da expropriação do território, essa localidade tem se tornado um polo exportador de força de trabalho negra e barata para outras regiões, bem como de seus recursos naturais como a mineração.
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    FESTIVALE – Festival de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha: representatividade das mulheres nos anos de 2018 a 2020
    (UFVJM, 2022) Souza, Narjara Fonseca; Nascimento, Alan Faber do; Lima, Josélia Barroso Queiroz; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nascimento, Alan Faber do; Lima, Josélia Barroso Queiroz; Melo, Lillian Gonçalves de; Simões, Mariana Emiliano
    O presente trabalho teve como objetivo investigar a representatividade das mulheres nas edições do Festivale dos anos de 2018 a 2020, para compreender o lugar social ocupado por elas. Para identificação dessa compreensão, além da pesquisa documental, foi realizada a coleta de dados das letras de poesias e letras de músicas que concorreram nas edições entre 2018 e 2020, bem como a realização de entrevistas junto aos atores que participaram desses edições seja na condição de artistas (compositores ou intérpretes) liderança feminina e diretoria da Fecaje - Federação das Entidades Culturais e Artísticas do Vale do Jequitinhonha. Também foram investigados como se dá a participação das mulheres nas expressões artísticas, nos espaços de decisões e lugares de prestígio dentro do evento e com isso verificado o lugar das mulheres do Vale do Jequitinhonha, nesse que se apresenta como maior e mais importante evento de cultura popular da região. O trabalho poderá contribuir para uma análise das atuações de seus agentes sociais e para a reflexão de rupturas e continuidades de suas ações uma vez que considerando o processo de formação do evento e suas transformações; em lugares de decisão é minoritária a presença das mulheres e algumas poucas mulheres ocupam cenário de destaque, sendo muito baixa a proporção nas expressões artísticas e a depender da perspectiva racial e de classe o movimento ainda é muito excludente. Para tanto foi utilizado o método de análise de conteúdo para que os dados obtidos fossem compreendidos.
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    As veredas político-pedagógicas das escolas do campo de Araçuaí MG
    (UFVJM, 2021) Amaral, Magda Matos Tanure do; Silva, Vanessa Juliana da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Esta dissertação de mestrado apresenta em seu texto um estudo sobre as políticas públicas educacionais ofertadas à população jovem do campo, da cidade de Araçuaí-M.G., localizada no Médio Jequitinhonha. A Educação do Campo então é aqui abordada como promotora do “respeito às diferenças como princípio de combate à exclusão” (CALDART (org), p.239). Destarte, a Educação do Campo balizará as discussões que elucidam a dicotomia existente entre o currículo e juventude do campo, no microcosmo investigado. O escopo metodológico da pesquisa cunhou-se na estrutura da Pesquisa Documental, utilizando como fonte de dados primários os Projetos Políticos Pedagógicos (PPP’s) das instituições participantes. Para tal, buscou-se inicialmente elencar as escolas públicas da região anteriormente mencionada, ofertantes do Ensino Médio e que estejam situadas em área considerada rural ou que atenda majoritariamente jovens do campo. A partir dos critérios de inclusão, três escolas da Rede Estadual de Educação foram definidas como objeto de estudo: A Escola Estadual Bom Jesus da Aguada Nova, a Escola Estadual Hilário Pinheiro Jardim e a Escola Estadual José dos Santos Neiva. Os povoados de Baixa Quente, Alfredo Graça e o Distrito de Engenheiro Schnoor, consecutivamente, sediam as escolas investigadas nesta pesquisa. O objetivo geral proposto foi o de desvelar como as políticas públicas educacionais para a juventude do campo são contempladas na proposta curricular das escolas campesinas de Araçuaí-M.G. Para que se alcançasse tal objetivo, realizou-se a interseção comparativa entre os PPP’s das instituições e as ações do Programa Nacional de Educação do Campo (PRONACAMPO). Foram localizadas nos documentos ações de promoção à prática pedagógica da Educação do Campo nas comunidades e, também, foram identificadas ausências e insuficiências curriculares, acentuando as lacunas educacionais existentes na formação dos jovens do campo, no tangente às suas peculiaridades. Das três escolas pesquisadas, duas são concebidas como escolas de localização rural e a terceira, apesar de ser identificar como urbana, atende majoritariamente a população do campo, fato que lhe confere a identidade de escola do campo. A análise dos dados seguiu o crivo da metodologia de Análise do Conteúdo, consequentemente fomentando a categorização dos elementos relevantes evidenciados. As considerações de fechamento do estudo sugerem a revisão dos PPP’s, aproximando a juventude do campo da ampliação da compreensão do seu meio, do fortalecimento e reconhecimento da sua identidade e do desenvolvimento do protagonismo juvenil perante a sua comunidade e a sua vida. A inclusão dos jovens em conselhos deliberativos e outros processos democráticos escolares foi apontada como estratégia de reposicionamento dos jovens na gestão escolar, além da integração dos mesmos nas avaliações de desempenho qualitativo, que atualmente é realizada de maneira unilateral. Autores como Miguel Arroyo, Juarez Dayrell, Paulo Freire, Maria José Carneiro, Bernard Lahire e Pierre Bourdieu enveredaram a discussão teórica pelos caminhos que convergem à temática pesquisada, bem como as análises na perspectiva social da juventude do campo no contexto educativo.
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    O enfrentamento à violência doméstica contra as mulheres no campo: análise das percepções de trabalhadoras rurais em posição de liderança em municípios do Vale do Jequitinhonha
    (UFVJM, 2022) Martins, Lízian Maria Silva; Murta, Nadja Maria Gomes; Lima, Josélia Barroso Queiroz; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Murta, Nadja Maria Gomes; Lima, Josélia Barroso Queiroz; Sulzbacher, Aline Weber; Andrade, Fabiana de
    O objetivo da pesquisa consiste em analisar as percepções de trabalhadoras rurais sindicalizadas, em posição de liderança em municípios do Vale do Jequitinhonha, acerca da realidade da violência doméstica contra as mulheres, identificando os desafios e possibilidades para o enfrentamento a essa questão. Como procedimento metodológico foi realizada a aplicação de entrevista semiestruturada com nove trabalhadoras rurais. Na qual, refletimos sobre o processo de inserção sindical dessas mulheres rurais, problematizamos sobre o cotidiano das mulheres no campo, apontando as dificuldades enfrentadas na rotina de trabalho doméstico e na produção agrícola. Somado a esses elementos, a investigação tem como centralidade a análise acerca dos desafios para o enfrentamento da violência contra as mulheres rurais e dos apontamentos de possibilidades para a atuação das redes de enfrentamento. O recorte de análise delimita o meio rural no Vale do Jequitinhonha e suas particularidades. O referencial bibliográfico perpassa pelos estudos acerca da categoria patriarcado, gênero, e dos padrões históricos de dominação-exploração das mulheres, analisando a interligação entre os marcadores sociais de raça, gênero e classe para estruturação do racismo e sexismo, que são reproduzidos no capitalismo. Perpassando pela análise dos elementos da formação social do Brasil, com a reflexão sobre o modo de produção do escravismo colonial e das classes sociais no campo. Apresentamos a partir das percepções das trabalhadoras rurais entrevistadas, características da violência doméstica contra as mulheres no campo na região do Vale do Jequitinhonha, apontando os principais desafios e as possibilidades para o seu enfrentamento. Com o desenvolvimento da pesquisa pôde-se perceber a necessidade da construção de um diagnóstico situacional da violência contra as mulheres rurais e do seu monitoramento; as limitações da atuação dos órgãos da rede de atendimento e, o medo e o silenciamento vivenciados pelas vítimas. O que aponta para a necessidade constante de fortalecimento das redes de atendimento às mulheres e de enfrentamento a essa problemática. Além disso, como um dos resultados da pesquisa, foi perceptível a vivência de processos de violência enfrentados pelas trabalhadoras rurais, desde o momento da sua filiação sindical, como também no cotidiano de trabalho dentro e fora de casa. O que expressa o quanto a violência é cotidiana na vida das mulheres no campo.
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    Sim Sinhô: fotoetnografia da Comunidade Quilombola do Ausente
    (UFVJM, 2022) Tomaz, Nilmar Lage Fonseca e; Nascimento, Alan Faber do; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nascimento, Alan Faber do; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Martins, Marcos Lobato; Sequeira, Alexandre Romariz
    O Vale do Jequitinhonha é conhecido pelas suas riquezas minerais e diversidade cultural. Contudo, oportunamente, o estereótipo “vale da miséria” foi construído por ações políticas e pela imprensa para representar a região. A proposta deste trabalho é ressignificar essa representação social, a partir de uma fotoetnografia desenvolvida com as pessoas da Comunidade Quilombola do Ausente, no município do Serro/MG. Um texto imagético que valorize riquezas outras, singelezas do cotidiano e do modo de vida das pessoas desse território, sem contudo, negar suas dificuldades e contradições. Um texto imagético desenvolvido a partir de fotografias tomadas ao longo de visitas à campo para uma interpretação etnográfica da comunidade. Buscamos ampliar os debates já apresentados em pesquisas anteriores que deram base para esse trabalho e, a partir da nossa convivência participante com os quilombolas, desenvolveu-se uma fotoetnografia da comunidade, que possa ser uma alternativa imagética de representar a região. Para a captação das imagens, foi utilizada câmera HDSLR Canon 6D, com lente 35mm fixa, bem como um drone Mavic Pro e tripé. Essa participação no cotidiano permite uma inserção mais orgânica, uma construção de confiança que favorece no entendimento das dinâmicas do dia-a-dia e na produção das fotografias. Uma relação construída na cumplicidade, repensando conceitos e valores, provocando-os para que também trouxessem um olhar particular para apresentar sua comunidade, além de participarem, de alguma forma, da edição final das imagens. A participação da comunidade deu-se pela colaboração de duas pessoas, selecionadas a partir de critérios pré-definidos, que passaram por um processo introdutório de conhecimento da linguagem fotográfica e da metodologia da fotoetnografia. As fotografias apresentadas pela dupla, compõem esse trabalho e, de certa forma, também contribuem na ressignificação proposta.
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    Economia solidária e popular: um estudo de caso dos agricultores feirantes de Veredinha – MG
    (UFVJM, 2021) Silva, Adriana Rodrigues da; Paiva, Adriana Gomes de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Paiva, Adriana Gomes de; Oliveira, Allain Wilhan Silva de; Mattos, André Luís Lopes Borges de
    O objetivo principal deste trabalho foi identificar as características políticas, culturais, organizativas e econômicas inerentes à prática tradicional da Feira Livre no município de Veredinha, Minas Gerais. Ademais, pretende analisar as características culturais e simbólicas da prática da economia popular; a influência da Associação dos Agricultores Familiares Feirantes de Veredinha (AFAVE) na proposição e acesso às políticas públicas municipais e os principais resultados socioeconômicos gerados pela prática da feira livre na vida dos agricultores feirantes. Para a compreensão do objeto de estudo, este embasou-se num referencial teórico pautado nas discussões dos conceitos de desenvolvimento, associativismo, cultura simbólica e no histórico das feiras. Realizou-se uma pesquisa de campo com entrevistas e aplicação de questionários aos sócios da AFAVE; feirantes não sócios; membros de mercados locais e de organizações que contribuem com a prática da agricultura familiar feirante em Veredinha. Foi então possível constatar que os agricultores familiares de Veredinha resistem por meio das práticas socioprodutivas cultivadas no espaço da feira, cujas permanências, modificações culturais, produtivas, comerciais emergem com o tempo por meio das relações entre os sujeitos e o próprio lugar onde estão inseridos. A Feira de Veredinha é resultado da resistência dos agricultores familiares frente às políticas desenvolvimentista a partir de 1970. O fortalecimento identitário e associativista dos agricultores familiares feirantes acontece via ações e projetos, apoiados por organizações não-governamentais, associação local e, atualmente, por meio de políticas públicas de incentivo a produção da agricultura familiar.
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    Do Banco Mundial ao Vale do Jequitinhonha: entre a pobreza e o desenvolvimento
    (UFVJM, 2021) Lopes Neto, Antônio Augusto; Mattos, André Luís Lopes Borges de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mattos, André Luís Lopes Borges de; Stocco, Aline Faé; Pereira, Diogo Neves; Sprandel, Márcia Anita
    Este texto buscar interpretar o surgimento do Vale do Jequitinhonha a partir das práticas e do discurso do desenvolvimento. Entretanto, nosso objetivo é explorar uma dimensão pouco abordada na pesquisa acadêmica sobre a região, que concerne ao papel desempenhado por entidades multilaterais na elaboração de estratégias de combate à pobreza e de desenvolvimento. Esta abordagem, portanto, à luz da bibliografia relacionada ao tema, pretende analisar a atuação do Banco Mundial em Minas Gerais, autor e financiador do “Projeto de Redução da Pobreza Rural em Minas Gerais”, executado pelo Estado entre os anos de 2005 e 2011. O projeto em questão foi inteiramente executado no Norte e Nordeste do estado de Minas Gerais, abarcando toda a região do Vales do Jequitinhonha e Mucuri.
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    Diversidade alfa e beta em florestas estacionais semideciduais na reserva da biosfera Serra do Espinhaço
    (UFVJM, 2020) Gripp, Aglaia Maciel; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Botezelli, Luciana; Meira Junior, Milton Serpa de
    Este estudo teve como objetivo conhecer a composição florística de duas Florestas Estacionais Semideciduais inseridas na Reserva da Biosfera Serra do Espinhaço (RBSE), avaliar sua diversidade local, bem como compara-la de forma regional visando conhecer a similaridade florística de diferentes áreas. Além disso se propôs fazer uma comparação com 17 fragmentos distribuidos pelo Estado de Minas Gerais buscando compreender as áreas amostradas na região da RBSE seriam mais diversas que as Florestas Estacionais de outras regiões do estado. O estudo foi conduzido no Mata do Gombô, no Parque Estadual do Biribiri (PEB – Mata do Gombô)e na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) – Fartura, ambos na Serra do Espinhaço, Minas Gerais. Foram inventariadaos um hectare de cada fragmento. A riqueza de espécies na área se demonstrou elevada. Foram amostrados no PEB - Mata do Gombô 139 espécies percententes a 44 famílias. Já na RPPN Fartura foram encontradas 202 espécies, pertencentes a 55 famílias. Em relação ao status de conservação das espécies foi possível observar que, tanto na RPPN – Fartura quanto no PEB - Mata do Gombô cerca de 70 % das espécies são classificadas como Não Avaliadas (NE) e 7,86% sofrem algum tipo de ameaça. As matas apresentaram elevados valores de diversidade alfa e beta, se comparadas as matas do Estado de Minas Gerais se demonstraram dissimilares a maioria. Isso demonstra a grande heterogeneidade ambiental da área destacando a singularidade encontrada na flora das matas da Reserva da Biosfera Serra do Espinhaço com as demais comparadas.