Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Sobrepeso e obesidade: possibilidades de enfrentamento na perspectiva das mulheres de Tombadouro/Datas-MG(UFVJM, 2021) Gonçalves, Letícia Aparecida; Ferreira, Vanessa Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ferreira, Vanessa Alves; Pires, Ivy Scorzi Cazelli; Neves, Kelly da RochaIntrodução: A obesidade tornou-se uma epidemia global na contemporaneidade e acomete diferentes grupos etários, especialmente a população adulta. Múltiplos fatores operam nesta dinâmica complexa e multifacetada que desafia as políticas e programas de saúde pública em todo o mundo (WHO, 2017; 2021). Nesta direção, as iniciativas voltadas para a redução do excesso de peso, tendem a focalizar mudanças comportamentais e estratégias setoriais ligadas aos aspectos socioculturais e ambientais. Tendo em vista a complexidade da etiologia da obesidade, emerge a necessidade de se investigar possíveis ações e possibilidades de enfrentamento na ótica dos indivíduos obesos dentro de uma perspectiva mais compreensiva utilizando a abordagem qualitativa. Objetivo: Deste modo, este estudo teve como objetivo investigar as práticas alimentares e o estilo de vida de um grupo de mulheres adultas com diagnóstico de sobrepeso (IMC ≥ 25 kg/m2) e obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2) residentes em um município do interior do estado de Minas Gerais, Brasil. Metodologia: Optou-se pela pesquisa qualitativa onde foram realizadas 15 entrevistas semiestruturadas, em profundidade, nos domicílios. Resultados: Os resultados revelaram vários fatores envolvidos na ocorrência do excesso de peso no grupo, entre eles os de natureza biológica (associados ao ciclo de vida da mulher); psicossociais (culpabilização, estresse e ansiedade) e ausência de uma rede de apoio para o controle do agravo no nível local. No que tange as ações de enfrentamento na ótica das entrevistadas verificamos a reprodução do discurso biomédico e midiático pautado nas mudanças comportamentais individuais. Conclusão: Conclui-se, portanto, a necessidade de implementar estratégias de controle do sobrepeso dentro dos pressupostos da promoção da saúde a fim de intervir no problema de forma mais consistente.Item Dilemas e contradições para a promoção da alimentação saudável na percepção de mães de escolares com excesso de peso(UFVJM, 2020) Souza, Patrícia de; Ferreira, Vanessa Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ferreira, Vanessa Alves; Pires, Ivy Scorzi Cazelli; Guimarães, Fábio Tadeu LourençoA alimentação do homem se transformou radicalmente a partir do século XVIII com o processo de industrialização mundial. E mais recentemente, nas sociedades contemporâneas, esse processo se intensificou, conduzindo a um estilo de vida “moderno” caracterizado pelo sedentarismo e por uma dieta incrementada em produtos processados e ultraprocessados. Tal perfil tem contribuído consideravelmente para uma maior prevalência de doenças crônicas em grupos etários cada vez mais jovens, incluindo o público infanto-juvenil. A esse respeito, pesquisas têm evidenciado que o comportamento alimentar de crianças e adolescentes é influenciado por diferentes fatores, incluindo as escolhas alimentares parentais. Deste modo, o objetivo deste estudo foi analisar as percepções e os saberes dos pais e/ou responsáveis por crianças e adolescentes com excesso de peso sobre a categoria alimentação. Para isso, optou-se pela pesquisa de natureza qualitativa com a realização de 12 entrevistas semiestruturadas com mães em seus domicílios. A amostra foi constituída na sua totalidade por mulheres que apresentaram média de idade de 43 anos, eram em sua maioria pretas ou pardas (50%), com nível de escolaridade superior (33,33%) com renda monetária de ½ a 1 salário mínimo (41,66%) e que apresentavam excesso de peso (58,33%). Na etapa de análise dos resultados optou-se pela técnica da análise do conteúdo proposta por Bardin (2004). Os resultados evidenciaram os dilemas enfrentados pelo grupo em seu contexto de vida, entre eles: fatores de ordem socioeconômica, psicossocial e cultural. A dupla jornada de trabalho; os papéis de gênero; a falta de uma rede de apoio social; o contexto local; os recursos financeiros, o sistema agroindustrial e o marketing persuasivo, são elementos dificultadores. Nesta direção, a imposição de normas e comportamentos pautados em um modelo biomédico hegemônico não parece surtir efeitos positivos nesse grupo, em particular. Por outro lado, a educação fundamentada nos princípios freirianos por meio da reflexão e consciência crítica para a tomada de decisão aliada a construção de estratégias factíveis a partir da escuta afinada, nos parecem caminhos mais eficazes no enfrentamento desse problema. Deste modo, há de se refletir sobre a natureza das pesquisas atuais na área, assim como, a formação/conduta dos profissionais de saúde para que valorizem o contexto sociocultural nas ações de promoção da alimentação saudável.Item Ações de assistência estudantil em saúde mental frente ao sofrimento psíquico em graduandos nas Instituições Federais de Ensino Superior brasileiras(UFVJM, 2020) Araújo, Vagner Campos de; Pires, Herton Helder Rocha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pires, Herton Helder Rocha; Dias, Ana Catarina Perez; Moura, Cristiane Rocha Fagundes; Guimarães, Fábio Tadeu LourençoEste estudo buscou compreender as ações de assistência em saúde mental no cenário de sofrimento psíquico dos discentes de graduação de Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) brasileiras. Trata-se de um estudo quantitativo, de caráter descritivo, fundamentado em pesquisas bibliográfica e documental. Quanto à população, participaram do estudo as IFES abrangidas pela V Pesquisa Nacional do Perfil Socioeconômico e Cultural dos Graduandos das IFES realizada em 2018 pela Associação Nacional dos Dirigentes das IFES, que revelou que 83,5% dos graduandos apresentam alguma dificuldade emocional que interfere diretamente no seu desempenho acadêmico. Ansiedade, desânimo e desmotivação lideram os sintomas do sofrimento psíquico e, mais preocupante, foram a ideação de morte e pensamento suicida que atingem 19,3% dos discentes. O instrumento de pesquisa consistiu em um questionário estruturado fechado relacionado à Assistência Estudantil e Saúde Mental. Os dados foram tabulados em planilhas eletrônicas, sendo as respostas expressas como frequências relativas. Ao desenvolver-se a discussão à luz da literatura científica, constatou-se que o Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), devido à escassez de recursos, não atende integralmente seu público-alvo. Ainda não há estudos que demonstrem a efetividade deste programa quanto a sua eficácia na permanência dos discentes e nem de sua contribuição para a melhoria do desempenho acadêmico. Assim, é importante que assistência de atenção à saúde mental seja planejada e desenvolvida não valendo-se apenas deste programa, apesar de diversas IFES ainda encontrarem na oferta de bolsas uma estratégia de assistência adequada, mesmo no que diz respeito à saúde mental. Observou-se que a temática da saúde mental é uma questão relevante que vem sendo discutida na maioria das universidades e que há bastante comprometimento em desenvolver ações para sua promoção, ainda que para tal utilizem recursos que não são apenas do PNAES, mas recursos próprios, como profissionais de psicologia lotados para esta finalidade e clínicas-escola já existentes nas universidades. Verificou-se a necessidade de estabelecer parcerias e convênios com a rede pública de saúde, que realizam, prioritariamente, atendimento às pessoas com sofrimento mental. Sabendo do difícil processo de transição dos discentes do ensino médio para o superior, cada vez mais as IFES têm adotado o acolhimento como uma prática exitosa que pode ajudar na integração e ambientação desses universitários. Quanto à temática do suicídio, 80% das IFES afirmaram que há relatos de morte de discentes causada por autoextermínio nos últimos dois anos. Trata-se de um problema complexo, mas sabendo que a depressão é sua principal causa, a assistência estudantil voltada para a saúde mental é o caminho para minimizar o sofrimento psíquico dos discentes. Por fim, propõe-se que a assistência estudantil seja realizada para além do PNAES e que seja institucionalizada por meio de documentos oficiais como o Plano de Desenvolvimento Institucional e normativos internos. Desta forma, as ações terão continuidade, podendo ser planejadas e desenvolvidas sem o arbítrio do gestor que estiver à frente da IFES.Item Práticas de promoção à saúde aliadas aos impactos sócio econômicos para estabelecimento de uma política de formação com produtores rurais(UFVJM, 2019) Arrais, Sayonara Chagas da Silva; Prat, Bernat Viñolas; Cambraia, Rosana Passos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Prat, Bernat Viñolas; Dias, Ana Catarina Perez; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Oliveira, Maria Neudes Sousa deA desigualdade social acarreta inúmeros prejuízos econômicos e éticos para a sociedade em que essa adversidade acontece. Algumas são as tentativas do governo que objetivam reduzir a diferença social entre as classes por meio da execução de políticas públicas. O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar é um exemplo de política que visa o combate à pobreza; objetiva interferir na matriz da distribuição de renda, por meio da ampliação do acesso ao crédito formal para populações que até então não tinham acesso. O Banco do Nordeste do Brasil é um agente fundamental nesse processo, pois é uma das instituições responsáveis pela aplicação desse recurso. Dessa forma, a pesquisa visa contribuir com a apresentação de itens que possam ajudar o produtor familiar a ter sucesso em seu negócio agrícola. Nesse sentido, o trabalho objetiva conhecer o perfil das famílias agricultoras que utilizam o crédito, buscando identificar os pontos que precisam ser melhorados e assim criar uma estratégia de intervenção para capacitação dessas famílias visando a maximização dos seus resultados alinhados com práticas de promoção à saúde, fazendo a associação entre qualidade de vida e os impactos sócio econômicos. Foi realizada uma revisão de literatura buscando a caracterização da população agrícola brasileira com uso dos dados divulgados pelo Censo Agropecuário em 2006 e 2017, como também foi realizada uma pesquisa para identificação, na literatura, sobre itens que contribuem para a eficiência do negócio rural. Para a coleta de dados foi realizada a aplicação de questionário estruturado com agricultores familiares que residem no Vale do Jequitinhonha e utilizam o recurso dessa política pública. Os dados foram tabulados em planilhas eletrônicas e foram realizados testes estatísticos para análise. Os resultados obtidos apontam para uma semelhança entre a amostra selecionada com o perfil traçado dos produtores rurais a partir dos dados do Censo Agropecuário. Os produtores não possuem um planejamento estruturado do negócio; não há uma relação entre o tamanho da terra cultivada e o tipo de atividade desenvolvida; o acesso a serviços básicos de saúde é precário; o relacionamento dos agricultores com o programa Agroamigo apresentou-se satisfatório e há uma forte tendência relacionando os agricultores que realizarem a renovação do financiamento com a continuidade de um projeto.Item Educação Popular em Saúde: um referencial de autonomia e transformação(UFVJM, 2017) Alves, Michely Rodrigues; Oliveira, Wellington de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Wellington de; Miranda, João Luiz de; Alves, Leila de Cássia FariaA educação popular em saúde (EPS), mesmo sendo um referencial político, teórico e metodológico, consolidado como estratégia política, é um assunto que exige ampla reflexão e conhecimento para sua efetividade. De acordo com o eixo norteador instituído pela Política Nacional de Educação Popular em Saúde no Sistema Único de Saúde (PNEPS-SUS) em 2013, por meio de uma prática político-pedagógica, os saberes populares são reconhecidos a partir da construção compartilhada do conhecimento, com potencial de instrumento auxiliar para reorientação das práticas em saúde. O objetivo deste estudo foi estimular um processo de educação e construção de conhecimentos, junto aos atores sociais do grupo HIPERDIA, norteado pelo referencial da EPS. A pesquisa foi desenvolvida a partir do problema: a EPS pode contribuir com melhorias na qualidade de vida dos usuários no município de Senhora do Porto/MG?O trabalho foi desenvolvido por meio da metodologia da pesquisa-ação, com a aplicação da técnica de observação participante para a coleta dos dados, caráter descritivo e com abordagem qualitativa. Os demais atores participantes foram os integrantes do grupo de hipertensos e diabéticos (HIPERDIA) adscritos no município de Senhora do Porto-MG. A análise dos dados foi feita através do referencial teórico da Educação Popular, trabalhado dentro da prática pedagógica das “rodas de conversa”, sistematizadas por Paulo Freire. O estudo do resultado foi realizado por meio da análise do discurso, referenciado pelas teorias de Foucault. Os resultados revelam que a EPS não é um desafio para os atores sociais envolvidos, pois através das observações foram percebidas ações de mobilização, autonomia e diálogo entre eles, nos momentos que tiveram oportunidade de se expressar. Seria então um impasse para os profissionais de saúde desconstruir práticas norteadas pela cultura medicamentosa, aos gestores que deveriam apoiar a educação permanente dos trabalhadores, adicionando os princípios e as práticas de EPS, e ainda, responsabilidade do Ministério da Saúde em auxiliar nas estratégias de comunicação e divulgação da potencialidade das práticas articuladas às culturas populares.Item As representações sociais de professores sobre saúde: um estudo de caso em escolas públicas de Belo Horizonte(UFVJM, 2016) Rezende, Kátia Souza; Sant´Anna, Paulo Afrânio; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Sant´Anna, Paulo Afrânio; Rocha, Maria Isabel Antunes; Pereira, Diogo NevesA escola se apresenta como um campo fértil para a implementação de propostas, estratégias e ações de promoção da saúde, tornando-se lugar de interlocução entre saúde e educação. As ações de saúde que são desenvolvidas nas escolas podem ser compreendidas a partir da concepção de saúde que circula neste espaço. O Programa Saúde na Escola (PSE) é visto como elemento que altera o cotidiano escolar, fazendo emergir representações sociais sobre saúde atravessadas pelas ações de saúde que são realizadas neste espaço. Estas representações, por sua vez, influenciam as atividades, percepções, valores, julgamentos e decisões dos professores no âmbito da saúde. Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo identificar as Representações Sociais sobre saúde dos professores de três escolas da rede pública de ensino de Belo Horizonte e seu impacto no desenvolvimento do Programa Saúde na Escola. Para tanto, foram realizados três grupos focais com os professores das três escolas estudadas. Para a análise dos dados, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo, que permitiu identificar o processo de mudança de paradigma marcado de um lado, por ações de saúde na escola ancoradas no modelo biomédico e de outro, por uma perspectiva ampliada de saúde que considera os fatores biopsicossociais. Ao analisar a constituição dessas duas marcas de sentido, observou-se que ambas geram atitudes distintas e antagônicas. O estudo aponta que a escola, enquanto instituição de regulação social revela-se conservadora, dissociada das transformações que ocorrem na sociedade. Portanto a Teoria da Representação Social enquanto conhecimento compartilhado pelo grupo favorece o processo pelos quais os indivíduos em interação social, constroem explicações acerca dos objetos sociais. O caminho percorrido pelo estudo permitiu a identificação dos pontos de ancoragem e objetivação dos professores das três escolas estudadas. Tal constatação implica fazer uma leitura com auxílio do contexto sociocultural elaborado e compartilhado pelo grupo de pertença. Assim, é possível perceber como as representações se estabelecem.Item Plantas medicinais, cultura e saúde nos quintais rurais do Vale do Mucuri(UFVJM, 2015) Gutierrez, Deliene Fracete; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Valéria Cristina da; Rech, André Rodrigo; Prats, Bernat Vinolas; Carvalho, Marivaldo Aparecido deO uso de plantas para tratamento, cura e prevenção de doenças, é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. No Brasil a influência da cultura indígena, africana e europeia fundamentam a utilização das plantas medicinais e outras práticas de cura. Este saber tem sido marginalizado pela ciência moderna apesar de ter sido fundamental para constituição da mesma. Cerca de 80% da população mundial utiliza tratamentos tradicionais a base de plantas para suas necessidades de atenção primária de saúde conforme estimativas da Organização Mundial da Saúde. As plantas de uso medicinal são cultivadas tanto em quintais rurais quanto urbanos. Nestes espaços ao redor das casas, são cultivadas plantas para vários fins, são criados animais domésticos de pequeno porte e, também, acontecem atividades socioculturais e de lazer, o que faz dos quintais espaços de conservação da biodiversidade e da sociodiversidade além de ser espaço pedagógico de reprodução do modo de vida do campo. Neste sentido, este trabalho tem o objetivo de demonstrar a lógica cultural do uso de plantas medicinais e a valoração de práticas tradicionais do cuidar de agricultores familiares de três municípios do Vale do Mucuri (Sudoeste do Brasil). Trata-se de uma pesquisa qualitativa onde foram feitas entrevistadas com agricultores que cultivam e utilizam plantas medicinais no cuidado da saúde. As entrevistas foram analisadas através do método de análise de discurso e foi possível identificar a racionalidade do cultivo e do uso das plantas, cujo conhecimento vem sendo perpetuado principalmente de forma oral de geração em geração. Foram identificados pares de opostos complementares que organizam o mundo vivido das comunidades tradicionais, como: quente/fria, brava/mansa, alta/baixa. Também foi identificada relação da coleta das plantas com as fases da lua, com a cultura indígena local e com a fé católica popular. Consideramos que o conhecimento a respeito do uso das plantas medicinais contribui com a autonomia das pessoas no cuidado com a saúde, resiste e contribui com a construção do conhecimento dialogado com outros para a construção de uma sociedade mais saudável. Essa dissertação de mestrado faz parte de um projeto mais amplo aprovado pela FAPEMIG no biênio 2015-2017 intitulado: “O lugar e a vida: A organização do trabalho e imaginário entre os agricultores familiares no Alto Vale Jequitinhonha (MG).”Item Percepção dos profissionais da estratégia de saúde da família sobre práticas de atividade física nas unidades básicas de saúde(UFVJM, 2015) Fúrforo, Érica Carvalho; Cury, Geraldo Cunha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cury, Geraldo Cunha; Oliveira, Wellington de; Soares, Viviane Antunes RodriguesRESUMO A Atenção Básica no Brasil tem como um dos seus desafios a incorporação da atividade física ao cotidiano da população. Essa estratégia goza de grande reconhecimento científico no que tange à obtenção de hábitos de vida saudáveis. O presente estudo objetivou identificar a percepção dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF) sobre práticas de atividade física nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Diamantina (MG). Neste trabalho estudou-se a percepção dos profissionais acerca da importância da atividade física, a aderência da população a essas práticas, as dificuldades para a realização das atividades, bem como seu planejamento e execução. Foi desenvolvido um estudo exploratório, descritivo e analítico, do tipo corte transversal, com abordagem de natureza quantitativa e qualitativa, e uma coleta de dados em que foi aplicado um questionário do tipo Likert a todos os profissionais da saúde de todas as ESF do referido município. Na primeira etapa os dados foram analisados através de estudo de frequência e proporção e, na segunda, realizou-se o teste exato de Fisher para verificar associação estatisticamente significativa entre categorias profissionais estudadas e variáveis de interesse. Foi detectado o desenvolvimento de práticas de atividade física representadas pelos grupos de caminhada e ginástica em seis das nove UBS do município. Destaca-se a seguir os principais resultados obtidos. A percepção da importância da prática de atividade física obteve a concordância de 100% dos indivíduos em três das seis assertivas pesquisadas. A percepção da participação da população nas práticas de atividade física na UBS mostrou concordância total e parcial entre mais de 75% dos respondentes quanto à divulgação, horário e aconselhamento sobre a participação nos grupos de atividade física. A percepção das dificuldades para a realização de atividade física nas UBS destacou, em 96% das respostas, a necessidade de capacitação dos profissionais de saúde para atividade física. O estudo da percepção dos profissionais em relação ao planejamento e execução das práticas de atividade física mostrou que 83,9% das respostas concordaram total ou parcialmente com o reconhecimento da responsabilidade de todos os profissionais da ESF no desenvolvimento das atividades. Conclui-se que os profissionais percebem os benefícios e a importância da prática de atividade física no âmbito da Atenção Básica, embora reconheçam a pequena participação da população nos grupos de atividade física e na disponibilização de equipamentos públicos para tal fim.Item Condições de saúde e de trabalho de profissionais que atuam na atenção básica(UFVJM, 2014) Rocha, Anna Luisa Alkmin; Lessa, Angelina do Carmo; Teixeira, Romero Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lessa, Angelina do Carmo; Leite, Maísa Tavares de Souza; Murta, Agnes Maria Gomes; Nobre, Luciana NeriAs condições do trabalho, a organização, a concepção e o ambiente das atividades laborais aos quais os profissionais da atenção básica do Sistema Único de Saúde estão inseridos podem ter grande influência sobre a condição de saúde devido à complexidade do serviço. Assim, a avaliação das condições de trabalho e saúde torna-se importante instrumento de análise com possibilidades de intervenção em busca de melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores. Objetivou-se, assim, conhecer a condição de saúde e de trabalho dos profissionais da atenção básica dos quinze municípios que compõem a Região de Saúde de Diamantina/MG, através de um estudo transversal com base em um questionário semiestruturado e com análises antropométricas. A Organização Mundial da Saúde proclama os trabalhadores de saúde como seu mais valioso recurso, assim, como profissional da atenção básica é necessário que esse desperte para a própria condição de saúde, reconhecendo e analisando situações que possam influenciar e determinar a qualidade de vida. Participaram da pesquisa 290 profissionais da Estratégia Saúde da Família, 42,4% atuam na atenção básica por contrato temporário; 84% com dedicação exclusiva; 94,8% referem realizar carga horária de 40 horas semanais. A taxa de absenteísmo no serviço nos 12 meses anterior à pesquisa foi de 40,7% com destaque para as doenças osteomusculares, a prevalência de morbidade foi relatada por 34,8% dos profissionais. Entre os participantes, 55,2% afirmam que o trabalho interfere na condição de saúde. Destaca-se que 54% dos trabalhadores encontram-se acima do peso adequado e que 28,7% das mulheres e 8,6% dos homens apresentam risco aumentado para desenvolver doenças cardiovasculares. O acidente de trabalho foi relatado por 15,5% dos participantes. A automedicação foi relatada por 60,7% e a participação em atividades de promoção à saúde por 24,8%. Assim, foi possível verificar a condição de trabalho e saúde dos profissionais que atuam na atenção básica com o propósito que os resultados possam subsidiar a tomada de decisão para que a saúde do trabalhador fortaleça e seja valorizada no âmbito da gestão da saúde.Item Avanços e desafios na implementação da Política de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho do Servidor Público Federal em instituições dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri(UFVJM, 2013) Nunes, Vânia Maria Fernandes; Bodevan, Emerson Cotta; Santos, Delba Fonseca; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)O objetivo deste estudo foi verificar a implementação da Política de Atenção à Saúde e Segurança do Trabalho do Servidor Público Federal (PASS) nos órgãos referenciados à Unidade do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (SIASS) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e em outras instituições públicas federais localizadas em cidades que acolhem a UFVJM, um dos campi do CEFET/MG, as gerências e agências do INSS de Diamantina e Teófilo Otoni. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo transversal com 205 indivíduos (201 servidores ativos e quatro gestores de recursos humanos e, ou diretores), que, em relação aos servidores ativos, teve como objetivo conhecer as demandas relacionadas aos planos de saúde, caracterizá-los quanto ao absenteísmo/doença ou acidentes em serviço e ainda quanto à insalubridade/periculosidade, além de verificar o conhecimento desses servidores em relação às ações propostas pela PASS já implantadas nos referidos órgãos. Junto aos gestores de recursos humanos e, ou diretores procurou-se identificar as dificuldades enfrentadas para a implementação das ações propostas por essa política. Este estudo demonstra a necessidade de criação de canais de comunicação que possibilitem manter os servidores das instituições envolvidas atualizados em relação às ações propostas pela PASS. Aponta a importância do benefício da saúde suplementar e ratifica a relevância da ação de acompanhamento da qualidade e aprimoramento da assistência prestada pelos planos de saúde. Confirma que a cooperação técnica entre os órgãos públicos pode favorecer a resolução de questões periciais de servidores e aponta que os dados de absenteísmo/doença são similares aos de outros estudos realizados. Apresenta informações relacionadas com promoção e vigilância nos órgãos envolvidos e recomenda novos estudos para melhor entendimento dessas ações.