Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Prevalência e diagnóstico de pacientes com Leucemia Linfocítica Crônica no Extremo Sul da Bahia, Brasil(UFVJM, 2023) Ribeiro, Alessandro Martins; Petinari, Roberta Barbizan; Alves, Caio César de Souza; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Petinari, Roberta Barbizan; Alves, Caio César de Souza; Endlich, Patrick Wander; Lago, Vivian MirandaA Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) constitui-se como uma neoplasia proliferativa das células B, promovendo aumento do baço, fígado e linfonodos, acometendo principalmente indivíduos do sexo masculino, raça branca e com alta incidência a partir dos 65 anos de idade, o diagnóstico consiste na realização de exames como hemograma, mielograma, detecção de marcadores celulares agrupadores de diferenciação (CDs). Assim, objetivou-se identificar a prevalência de pacientes com LLC no Extremo Sul da Bahia, analisando os marcadores dos protocolos de diagnóstico laboratoriais. O presente estudo é um coorte retrospectivo de 2015 a 2019, sob Aprovação CAAE: 5.336.684 do CEP/CONEP, de prontuários de pacientes com LLC realizado na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia – UNACON, situado no município de Teixeira de Freitas, Bahia. Dessa forma, os resultados permitiram constatar que, conforme informações do DATASUS, dos 82 casos diagnosticados de doenças linfoproliferativas crônicas, entre 2015 a 2019 do Extremo Sul da Bahia, seis (7,3%) eram de LLC. Na busca ativa dos prontuários com característica clínico-epidemiológica, 66,7% eram em pacientes homens; com 50% de indivíduos brancos e pardos, apresentando linfocitose, plaquetopenia e anemia normocítica-normocrômica (50%), um caso (16,7%) portando Manchas de Gumprecht e um caso (16,7%) apresentando CD79 e IGV15. Quanto às principais conclusões do estudo realizado, viu-se que os marcadores de diagnóstico mais utilizados compreenderam a realização de exames hematológicos como hemograma e mielograma, incluindo características hematológicas/bioquímicas, em especial a linfocitose, leucocitose, plaquetopenia, anemia, com destaque para as características imunofenotípicas, na verificação de CDs 19 e 79, sendo a prevalência no Extremo Sul da Bahia de 7,3% de casos diagnosticados com LLC.Item Consumo alimentar e o diabetes tipo 2: um estudo com egressos da Coorte de Universidades Mineiras (CUME)(UFVJM, 2021) Dias, João Pedro Viana; Nobre, Luciana Neri; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nobre, Luciana Neri; Pimenta, Adriano Marçal; Silva, Edson da; Esteves, Elizabethe AdrianaO Brasil ocupa o 5º lugar de maior prevalência de Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) em adultos no mundo. É uma doença multifatorial que envolve, dentre outras variáveis, um estilo de vida não saudável como um dos determinantes para o seu surgimento. Dentro deste contexto a presente dissertação tem três objetivos sendo eles: fazer uma revisão sistematizada para verificar o que as publicações recentes tem identificado sobre a relação entre consumo de alimentos e risco de DM2, avaliar o efeito do consumo de bebidas açucaradas (BA) na incidência de DM2 em participantes de uma coorte mineira de adultos (CUME), e verificar se o consumo de selênio tem relação com a prevalência de DM2 entre os participantes do CUME. Assim esta dissertação foi organizada em três artigos, e cada um deles responde, respectivamente, a esses objetivos. O primeiro identificou que elevado consumo de alimentos como carnes vermelhas, bebidas açucaradas e alimentos ultraprocessados estão associados ao aumento no risco de DM2, enquanto uma dieta rica em alimentos integrais, orgânicos, frutas, vegetais, nozes e chás estão associados a uma redução desse risco. O segundo identificou que o consumo de BA associou com aumento da incidência de DM2 (RR= 1,73; p-valor=0,03). Os consumidores de BA apresentaram mais de 70% de chance de adquirirem DM2 ao longo do tempo de seguimento da coorte. Cerca de 9,0% do efeito das BA na indicência de DM2 é mediado pelo excesso de peso (p-valor=0,041). Cerca de 45% do efeito das BA na incidência de DM2 é mediada pela interação entre excesso de peso e consumo de BA (p-valor= <0,001). E em relação ao consumo de selênio e prevalência de DM2, foi identificado que a ingestão dietética de Se não foi associada à prevalência de DM2, apesar da elevada ingestão desse micronutriente pelos participantes do CUME. Esses achados indicam a necessidade de mais pesquisas para confirmar a relação entre DM2 e consumo extremos de selênio, e confirmam a importância de uma alimentação saudável para a prevenção do DM2.Item Prevalência de síndrome metabólica em idosos brasileiros: uma revisão de literatura(UFVJM, 2021) Oliveira, Tatiara de; Silva, Daniele Ferreira da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Daniele Ferreira da; Miranda, Lucilene Soares; Neves, Kelly da RochaA população de idosos no Brasil vem crescendo nas últimas cinco décadas devido às várias mudanças ocorridas, como o aumento da expectativa de vida e mudanças nas doenças mais acometidas na população, com um predomínio das doenças crônicas não transmissíveis, dentre elas a Síndrome Metabólica, que é fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes. Objetivo: Trata-se de um trabalho de revisão de literatura que teve como objetivo verificar a prevalência de síndrome metabólica em idosos brasileiros. Metodologia: As buscas foram realizadas nas bases de dados MEDLINE, EMBASE, e LILACS, usando termos como “Metabolic syndrome”, “Prevalence”, and “Elderly”. Foram inclusos estudos transversais que avaliaram a prevalência de síndrome metabólica em idosos brasileiros. Resultados: Encontraram-se 496 artigos, sendo selecionados 13 artigos por preencherem os critérios de inclusão. A prevalência de SM variou de 30,11% à 69,1%, dependendo do critério utilizado. Os critérios de diagnostico que foram utilizados nos estudos foram da: OMS, NCEP ATP III, NCEP ATP III revisado, IDF e JIS. O critério mais utilizado foi o NCEP ATP III. A maioria dos estudos apresentaram maiores prevalências no sexo feminino. Entre os componentes que fazem parte da SM com maiores prevalências foram a pressão arterial alta e a circunferência abdominal alterada. A CA está alterada principalmente no sexo feminino. Conclusão: Conclui-se que a SM está presente consideravelmente nos idosos brasileiros e deve-se buscar estratégias de prevenção e promoção da saúde através de uma equipe multiprofissional para auxiliar os idosos a terem uma longevidade saudável.Item Dor lombar em hospitais financiados pelo Sistema Único de Saúde brasileiro entre 2013 e 2018: custos diretos, prevalência e perfil dos pacientes notificados(UFVJM, 2020) Mendonça, Alysson Geraldo; Oliveira, Murilo Xavier; Oliveira, Vinicius Cunha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Murilo Xavier; Bastone, Alessandra de Carvalho; Nunes, Ana Paula NogueiraIntrodução: A dor lombar é um sintoma altamente incapacitante, que leva a desfechos negativos nas atividades laborais e de vida diária, nos aspectos psicossociais para os pacientes e econômicos para os sistemas de saúde dos países. Devido ao impacto econômico e social que a dor lombar tem ocasionado em vários países, o interesse em estudos observacionais aumentou, buscando auxiliar no estabelecimento de diretrizes e políticas públicas futuras. O objeto deste estudo foi analisar dados secundários sobre a dor lombar em hospitais públicos brasileiros, entre 2013 e 2018, estabelecendo: o número e a prevalência de notificações; o número de procedimentos clínicos e cirúrgicos realizados; as características sociodemográficas dos pacientes notificados; e os custos diretos investidos para o tratamento da dor lombar no Brasil e nas suas cinco regiões. Metodologia: Os dados foram extraídos do website do Departamento de Informática do SUS, na sessão de Sistema de Informações Hospitalares, utilizando para busca os códigos da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) referentes aos seguintes termos: lombalgia com ciática, dor lombar baixa, dorsalgias e outras dorsalgias. Após a extração, os dados foram analisados no software TABWIN (que permite a análise exploratória de informações de saúde que foram financiados pelo Ministério da Saúde brasileiro) e em seguida foi realizada a estatística descritiva, os cálculos de prevalência, média e porcentagem, e os cálculos dos custos diretos de procedimentos clínicos e cirúrgicos realizados. Resultados: Dos 59.954 casos de dor lombar foram notificados nos seis anos analisados, sendo a maior prevalência para o sexo feminino (média de 4,5 notificações para cada 100.000 mulheres no país), e para os idosos (média de 10.3 notificações para cada 100.000 idosos no país). A maioria dos pacientes notificados procuraram serviços de urgência hospitalar (média nos seis anos de 92%) e permaneceram poucos dias (0-2 dias) internados pelo sintoma (média nos seis anos de 45,7%). Os custos diretos dos seis anos somaram US$5,857,851 e houve um aumento gradual no número de cirurgias realizadas (passou de 2 em 2013 para 642 cirurgias em 2018). Os custos diretos totais e de cada cirurgia realizada aumentaram de forma substancial (aumentos nos custos totais com cirurgias passou de US$479 em 2013 para US$441.552 em 2018). A região Sudeste brasileira foi a que mais notificou casos e gastou recursos financeiros para tratamento da dor lombar. Foi observado ainda que as regiões com maior índice de desenvolvimento humano do país tiveram mais casos notificados. Conclusão: Os dados apresentados mostram características das notificações para pacientes com dor lombar em hospitais públicos brasileiros diferentes das preconizadas na literatura, tais como: aumento no número de cirurgias para a condição e apresentação dos pacientes aos serviços de emergência hospitalar para tratamento. Desta forma, em uma perspectiva de saúde pública, este estudo pode ser útil no auxílio de políticas futuras para o tratamento do sintoma.Item Epidemiologia dos gêmeos cadastrados no Registro Brasileiro de Gêmeos(UFVJM, 2019) Jardim, Guilherme Carvalho Campos; Oliveira, Vinícius Cunha de; Leite, Hércules Ribeiro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Vinícius Cunha de; Oliveira, Murilo Xavier; Pinto, Rafael ZambelliIntrodução: As condições de saúde prevalentes em todo o mundo são dinâmicas devido as transformações que ocorrem na sociedade, no avanço tecnológico, no estilo de vida, no meio ambiente, etc. A avaliação das condições de saúde requer um aperfeiçoamento contínuo dos sistemas de classificação diagnóstica, pois, há um aumento no surgimento de novas condições de saúde e uma necessidade constante em saber sua prevalência sobre a população desejada. O delineamento metodológico clássico em estudos com gêmeos leva em consideração os pares que podem ser monozigóticos (MZ) ou dizigóticos (DZ) sendo realizada a comparação de uma condição especifica entre eles. O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil epidemiológico dos gêmeos cadastrados no Registro Brasileiro de Gêmeos. Materiais e métodos: Seiscentos e dezesseis gêmeos homens e mulheres MZ e DZ com idade igual ou superior a 18 anos responderam por meio de auto relato um questionário com as condições de saúde que apresentavam. Os gêmeos relataram 1694 condições de saúde divididas entre as 6 áreas selecionadas. Resultados: As condições de saúde mais frequentes nos gêmeos MZ e DZ de ambos os sexos foram na área musculoesquelética e neurológica (n= 768 e 281 de 1694, 45,3% e 16,6% respectivamente). Discussão: A prevalência das condições de saúde da população de gêmeos brasileiros segue a mesma tendência da população mundial. Uma predominância de gêmeas foi evidenciada na amostra, o que corroborou com as referências encontradas. As áreas musculoesquelética e neurológica apresentaram frequência elevada quando comparadas a população mundial. Diante do exposto, faz-se necessário novos estudos que tenham por propósito se aprofundar nestas condições de saúde prevalentes. E que os modelos destes estudos sejam com gêmeos, na intenção de alcançar resultados mais específicos e direcionados a cada condição de saúde abordada verificando a influência dos fatores genéticos e ambientais.Item Prevalência e fatores de risco associados à Hipertensão Arterial Sistêmica na zona urbana de Diamantina, MG(UFVJM, 2015) Ferreira, Paola Aparecida Alves; Oliveira, Leida Calegário de; Santos, Delba Fonseca dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Leida Calegário de; Reis, Angélica Pataro; Bodevan, Emerson Cotta; Ferreira, Vanessa AlvesAs Doenças Crônicas Não Transmissíveis ameaçam a qualidade de vida de milhares de indivíduos, apresentando impacto econômico principalmente para os países de baixa renda. A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma Doença Crônica Não Transmissível de grande magnitude e um problema grave de saúde pública mundial. É uma doença silenciosa, responsável por grandes índices de morbidade e mortalidade e parte da população desconhece o diagnóstico, não procurando tratamento adequado. Se não tratada adequadamente, predispõe a outras doenças e complicações. O presente estudo teve como objetivo identificar a prevalência da Hipertensão Arterial Sistêmica e os fatores associados em indivíduos adultos na zona urbana de Diamantina, Minas Gerais. O trabalho foi desenvolvido nas oito Estratégias de Saúde da Família da zona urbana do município, com uma amostra de 571 indivíduos selecionados aleatoriamente, considerando a proporção de moradores por bairro em relação ao total de habitantes do município. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados, questionário padronizado da pesquisa Vigitel (2011) (BRASIL, 2011a) com adaptações, constituído por 40 questões referentes a fatores de risco para Hipertensão Arterial Sistêmica, incluindo aferição do peso, da altura e da pressão arterial. Ao analisar os dados, observou-se que houve diferença significativa entre variáveis estudadas e a prevalência da Hipertensão: características sociodemográficas, alimentares, das práticas de atividades físicas, do consumo de bebida alcoólica e tabaco, da autoavaliação do estado de saúde, do tempo em que a pressão foi aferida, e o estresse. Quanto a ser fumante passivo e quanto ao histórico familiar, o Teste de Qui-quadrado de Pearson não mostrou diferença significativa em relação à prevalência de hipertensão. Observa-se que parcela significativa dos indivíduos hipertensos não estão aderindo ao tratamento. A prevalência de hipertensão na população estudada foi de 9,6%, entretanto o número de indivíduos que apresentava pressão arterial limítrofe ou aumentada no momento da entrevista foi bem superior. A hipertensão foi mais prevalente entre as mulheres mais idosas, com menor escolaridade e negras. A população precisa se inteirar da condição da própria saúde para facilitar a prevenção e o tratamento.Item Estudo da prevalência de doenças autoimunes na microrregião de saúde de Águas Formosas - Minas Gerais - Brasil(UFVJM, 2017) Tolentino Júnior, Dilceu Silveira; Alves, Caio Cesar de Souza; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Castro, Sandra Bertelli Ribeiro de; Dias, Joao Victor Leite; Carli, Alessandra de Paula; Alves, Caio Cesar de SouzaAs doenças autoimunes são síndromes clínicas distintas caracterizadas por várias alterações na resposta imune normal, com perda da tolerância para constituintes do próprio hospedeiro que representam um importante problema de saúde pública que atinge de 3 a 5% da população mundial. O presente estudo teve como objetivo realizar o levantamento epidemiológico de doenças autoimunes de usuários do sistema único de saúde proveniente da atenção primária à saúde da microrregião de saúde de Águas Formosas - Minas Gerais, contemplando as características sociodemográficas da amostra, além da distribuição, frequência e determinantes dessas doenças no âmbito dos municípios que a compõem. Trata-se de estudo epidemiológico de abordagem quantitativa e delineamento transversal, com a realização de inquérito domiciliar do tipo survey, de natureza descritiva e exploratória. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. O inquérito foi realizado de janeiro a dezembro de 2016. Um total de 407 portadores e 24 diferentes doenças autoimunes foi identificado. A prevalência de doenças autoimunes nesta região foi de 673,6 casos para cada 100.000 habitantes. A maior prevalência foi identificada para tireoidite de Hashimoto, seguidas de vitiligo e artrite reumatoide. Em relação ao sexo foi maior no feminino (69,25%), confirmando a tendência mundial. A faixa etária mais acometida foi de 60 anos e mais (31,21%) com maior predominância para a zona urbana (81,76%) quando comparada a zona rural. Ao comparar a prevalência encontrada com a de estudos anteriores, verificou-se que a prevalência de várias doenças na microrregião ultrapassou algumas estimativas nacionais e mundiais. O presente estudo ensejou o primeiro levantamento epidemiológico e a estimativa da prevalência de doenças autoimunes na microrregião de saúde de Águas Formosas - Minas Gerais, Brasil, sendo possível através destas informações, auxiliar aos gestores no planejamento das políticas públicas de saúde para esta microrregião.Item Alterações de mucosa bucal em crianças pré-escolares: prevalência e fatores determinantes.(UFVJM, 2011) Andrade, Raquel Gonçalves Vieira de; Ramos-Jorge, Maria Letícia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ramos-Jorge, Maria Letícia; Mesquita, Ana Terezinha Marques; Ferreira, Fernanda de OliveiraPouco conhecimento está disponível em torno da prevalência e dos fatores associados às alterações de mucosa bucal em crianças pré-escolares procedentes da zona urbana ou rural. O objetivo do presente estudo foi verificar a prevalência e os fatores associados com variações da normalidade e lesões de mucosa bucal em 541 pré-escolares saudáveis da zona urbana e rural do município de Diamantina, Minas Gerais, Brasil. Através de questionário aplicado aos pais/responsáveis investigaram-se informações sociodemográficas como procedência da criança (zona urbana ou rural), escolaridade da mãe e renda mensal do grupo familiar, além da presença de hábitos nocivos como bruxismo, sucção e mordiscagem de objetos. Em seguida, exames bucais foram realizados para verificar alterações de mucosa e higiene bucal, além da presença de cárie dentária. Análise descritiva, testes Kruskal-Wallis, Mann-Whitney, qui-quadrado, Exato de Fisher e regressão logística multivariada foram utilizados para análise dos dados (p<0,05). A prevalência de alterações de mucosa bucal foi de 49,5%. As variações da normalidade mais frequentes foram: língua saburrosa (23,4%), manchas melânicas (14,4%) e grânulos de Fordyce (8,1%). Por outro lado, as lesões mais prevalentes foram: lesões ulceradas (11,8%), queilite angular (3,0%) e fístula (1,3%). Independentemente do gênero, idade, escolaridade da mãe, renda familiar e procedência da criança, pré-escolares de 3 a 5 anos possuíram maior chance de apresentar língua saburrosa [OR:2,55; (IC95%: 1,6-4,1)], manchas melânicas [OR:4,07; (IC95%: 2,3-7,2)] e grânulos de Fordyce [OR:12,70; (IC95%: 7,2-28,6)]. Língua saburrosa foi mais prevalente em crianças de baixa renda [OR:2,35; (IC95%: 1,3-4,3)] e higiene bucal insatisfatória [OR:4,65; (IC 95%: 2,9-7,4)]. Crianças da zona rural [OR:3,86; (IC 95%: 2,1-7,1)] e do gênero feminino [OR:2,23; (IC 95%: 1,3-3,8)] apresentaram maior ocorrência de manchas melânicas. Pré-escolares com cárie possuíram maior chance de apresentar linha alba [OR: 6,19; (IC95%: 1,1-26,1)], ulcerações bucais [OR:2,15; (IC95%: 1,2-3,9)] e fístula [OR:12,0; (IC95%: (1,4-11,3)]. Pré-escolares com bruxismo apresentaram maior ocorrência de queilite angular [OR:5,55; (IC95%: 1,9-16,3)]. Concluiu-se que a prevalência de alterações de mucosa bucal em crianças pré-escolares foi alta. Os fatores mais frequentemente associados às variações da normalidade foram o gênero feminino, idade entre 3 e 5 anos, higiene bucal insatisfatória, baixa renda familiar, procedência rural e cárie dentária. Por outro lado, os únicos fatores associados às lesões de mucosa bucal foram cárie dentária e bruxismo.Item Bruxismo noturno em crianças de 8 a 10 anos de idade: fatores psciológicos associados(UFVJM, 2014) Drumond, Clarissa Lopes; Ramos-Jorge, Maria Letícia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Serra-Negra, Júnia Maria Cheib; Ramos-Jorge, JoanaJustificativa: considerando-se que a etiologia do bruxismo noturno ainda não foi completamente esclarecida, torna-se necessário o desenvolvimento de estudos de base populacional que permitam a identificação dos fatores associados a esta desordem. Objetivo: verificar a prevalência e os fatores associados ao bruxismo noturno em escolares brasileiros de 8 a 10 anos de idade. Métodos: realizou-se um estudo transversal com uma amostra representativa de 473 escolares, matriculados em escolas públicas e privadas das cidades de Serro e Gouveia, Brasil. As informações sobre presença de bruxismo noturno, fatores socioeconômicos, presença de hábitos bucais deletérios, problemas respiratórios e aspectos psicológicos da criança (nervosismo, ansiedade e agitação) foram obtidas através de questionários respondidos pelos pais/cuidadores. O estresse dos pais/cuidadores foi avaliado através do instrumento Inventário de Sintomas de Stress para adulto de Lipp (ISSL). O instrumento Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scales (FACES III) investigou o nível de coesão e adaptabilidade familiar. O estresse infantil foi avaliado por meio da Escala de Stress Infantil (ESI). Os dados foram analisados pelo programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS para Windows, versão 20,0, SPSS Inc. Chicago, IL, EUA). A análise dos dados incluiu análise descritiva, testes qui-quadrado e regressão de Poisson com modelo hierárquico (p<0,05). Resultados: a média de idade das crianças foi de 9,15 anos (DP=0,8 anos) e 55% pertencia ao sexo feminino. A maioria dos pais apresentava menos de 8 anos de estudo (54%) e 47% das famílias possuíam renda mensal familiar inferior a 2 salários mínimos. A prevalência de bruxismo noturno foi de 39,5% (n = 187). O bruxismo noturno foi significativamente mais prevalente entre crianças que apresentavam onicofagia (RP: 2,08; IC 95%: 1,50-2,88) e sucção digital (RP: 1,45; IC 95%: 1,04-2,01). Conclusões: A prevalência do bruxismo noturno em crianças de 8 a 10 anos de idade foi alta. Crianças com histórico de onicofagia e de sucção digital apresentaram maior prevalência de bruxismo noturno.