Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Transformações nos ecossistemas da comunidade tradicional de Monte Alegre: estratégias socioambientais de existência, resistência e reinvenção(UFVJM, 2020) Silva, Roberta Alves; Rech, André Rodrigo; Cambraia, Rosana Passos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rech, André Rodrigo; Cambraia, Rosana Passos; Galizoni, Flávia Maria; Islas, Camila Alvez; Salgado, Hebert CanelaA pesquisa aqui apresentada está voltada à questão socioambiental na perspectiva da ecologia política e foi desenvolvida na comunidade quilombola Monte Alegre, município de Veredinha (Minas Gerais, Brasil). A comunidade estudada se encontra em processo de certificação quilombola pela Fundação Palmares. O objetivo geral foi estimar as mudanças na percepção e uso dos bens naturais nessa comunidade nos últimos 40 anos e como esse processo afetou a vida dos moradores. O desenvolvimento da pesquisa envolveu dialogicamente todos os participantes (pesquisadores, orientadores e comunidade), levantando com eles as informações, dados e inferências de acordo com os princípios do método da pesquisa participante, com a utilização de instrumentos variados nas atividades de campo, como observações diretas, questionários e outros. A pesquisa revelou as versões da comunidade dispostas no tempo, resultantes de períodos históricos distintos (escravocrata, pós escravocrata, regionalização do capital, tempos atuais), todos marcados por mudanças socioambientais. Ao longo dos últimos 40 anos a comunidade tem lidado com a redução de parte dos serviços ecossistêmicos de provisão alimentar e de matéria prima, além de fornecimento de água, todas advindas das alterações ambientais. As mudanças no meio natural levaram a comunidade extrativista - que teve historicamente os locais de coleta como parte do seu território e modo de vida - às mudanças em sua estrutura social. Ao mesmo tempo em que a comunidade é esvaziada pela migração/êxodo rural, os comunitários que permanecem desenvolvem estratégias para continuar em seu território, e assim a comunidade se ressignifica a partir das novas condições.Item Rede de interações mutualísticas entre plantas e beija-flores na área urbana do município de Diamantina-MG(UFVJM, 2020) Faria, Welkley Barbosa de; Rech, André Rodrigo; Mendonça, Pietro Kiyoshi Maruyama; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rech, André Rodrigo; Souza, Camila Silveira de; Nunes, Carlos Eduardo PereiraEstudos apontam uma tendência na redução gradativa dos ambientes naturais em todo o planeta, em contrapartida a expansão das áreas urbanizadas vem aumentando em larga escala. Como consequência da interferência antrópica no meio ambiente, as cidades vem se tornando novos ecossistemas importantes para inúmeras espécies da avifauna, incluindo beija-flores que são polinizadores relevantes na região Neotropical. Com a redução dos habitats naturais, os beija-flores mais tolerantes as ações antrópicas conseguem explorar esses novos ambientes a procura de recursos florais. Buscando entender a influência da urbanização sobre a estrutura da rede de interações entre plantas e beija-flores, amostramos interações entre beija-flores e plantas em seis pontos na área urbana de Diamantina-MG comparando-as com áreas naturais do entorno da cidade. Foram encontradas sete espécies de beija-flores visitando as flores de nove espécies de plantas, sendo todas elas exóticas ao Campo Rupestre. Com o comportamento exclusivamente territorialista, Eupetomena macroura foi o beija-flor com mais visitas registradas no ambiente urbano contrastando com a dominância do também territorialista Augastes scutatus nos ambientes naturais do entorno da cidade. A rede de interações acumulada apresentou quatro módulos, estrutura não aninhada, com conectância e especialização baixas. Enquanto a maioria dos beija-flores persiste em áreas urbanizadas (em comparação a 9 spp na área natural), a riqueza da flora visitada é drasticamente reduzida (50 spp de plantas) e apenas uma espécie de planta foi encontrada nos dois ambientes. Nossos resultados sugerem que as áreas verdes urbanas tem um limitado potencial em atenuar o drástico impacto da antropização sobre a diversidade biótica. Esses locais possuem recursos alternativos consumidos pelos beija-flores que conseguem ocupá-los. No entanto, as interações planta-beija-flor na cidade são ainda mais generalistas que as registradas na área natural próxima. Concluímos que a urbanização funciona como um filtro redutor da diversidade de plantas e homogeneizador da biota cultivada que é utilizada por beija-flores como recurso alimentar, sendo capaz de acomodar espécies de aves nectarívoras com dietas flexíveis em comunidades diferentes das que são estruturadas em áreas naturais próximas.Item Triagem da atividade antitumoral e antimicrobiana de plantas nativas do cerrado da região de Diamantina - Vale do Jequitinhonha/Minas Gerais(UFVJM, 2016) Oliveira, Fabrício de; Martins, Helen Rodrigues; Gregório, Luíz Elídio; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Ruela, Fernando Armini; Martins, Helen RodriguesO uso de plantas com fins terapêuticos é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. O Brasil hospeda aproximadamente 20% de toda biodiversidade mundial e concentra o maior número de espécies endêmicas do mundo. As plantas medicinais representam uma promissora fonte de novas drogas, sendo que a região do Cerrado se destaca neste contexto devido a sua vasta biodiversidade. Apesar de sua importância, as plantas endêmicas desse bioma são ainda pouco exploradas. Assim, o país necessita de maiores investimentos em pesquisas com plantas medicinais, especialmente quando se tratam de doenças cujo arsenal terapêutico é limitado e/ou apresenta restrições como eficácia e efeitos colaterais, como é o caso do câncer, doenças negligenciadas como a Doença de Chagas e as Leishmanioses e, doenças infecciosas causadas por bactérias. Desta forma, este estudo propõe uma triagem de atividades biológicas de extratos etanólicos de 20 plantas do Cerrado. Foram avaliados 24 extratos etanólicos das plantas da região de cerrado de Diamantina, Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais: Agarista oleifolia (partes aéreas), Ageratum fastigiatum (partes aéreas), Byrsonima dealbata (partes aéreas), Byrsonima lancifolia (folhas e caule), Byrsonima verbascifolia (partes aéreas), Croton antisyphiliticus (caule), Gomphrena arborescens (partes aéreas), Gomphrena scapigera (partes aéreas), Gomphrena vaga (caule), Gomphrena virgata (raízes), Kielmeyera lathrophyton (folhas e caule), Kielmeyera rubriflora (partes aéreas), Lafoensia pacari (folhas e caule), Myrsine emarginella (folhas), Norantea adamantium (partes aéreas), Qualea dichotoma (partes aéreas), Salvertia convallariodora (folhas e caule), Schefflera macrocarpa (folhas), Vochysia elliptica (partes aéreas) e Zeyheria Montana (partes aéreas). Estes foram obtidos por meio de maceração e secagem por rotaevaporação. A toxicidade para células normais de mamíferos foi avaliada utilizando fibroblastos de camundongo, linhagem L929. A avaliação das atividades antitripanossomatídeos foi realizada sobre formas promastigotas das cepas BH46 de Leishmania (leishmania) infantum, M2269 de Leishmania (leishmania) amazonensis e contra formas epimastigotas das cepas Y e Colombiana de Trypanosoma cruzi. A atividade antitumoral foi realizada sobre a linhagem MDA-MB-231. A avaliação da toxicidade sobre as linhagens celulares foi realizada por meio da técnica colorimétrica de MTT. A atividade antibacteriana foi avaliada sobre as espécies Staphylococcus aureus, Salmonella typhimurium, Escherichia coli, Klebsiella oxytoca, Proteus mirabilis, Streptococcus agalactiae, Listeria monocytogenes e Pseudomonas aeruginosa por meio da técnica da resazurina. Na avaliação in vitro da atividade biológica dos extratos etanólicos foi verificado que todos os extratos demonstraram alguma toxicidade sobre células normais de mamíferos da linhagem L929. Entre os extratos avaliados 22 apresentaram atividade antitumoral, sendo que o mais ativo foi o de Ageratum fastigiatum (partes aéreas). Atividade tripanocida foi verificada para sete extratos sobre a cepa Y e oito sobre a cepa Colombiana, sendo que dentre estes os extratos das partes aéreas de Ageratum fastigiatum e das partes aéreas Zeyheria montana foram os mais ativos sobre a cepa Colombiana de T. cruzi. Atividade leishmanicida foi verificada para 11 extratos sobre a cepa M2269 de Leishmania amazonensis e três sobre a cepa BH46 de Leishmania infantum, sendo que o mais ativo foi o extrato das partes aéreas de Ageratum fastigiatum. Atividade antibacteriana foi identificada para 11 extratos, os mais ativos foram o de Ageratum fastigiatum (partes aéreas) e Byrsonima lancifolia (folhas), sendo que a bactéria mais susceptível, por ser inibida pelo maior número de extratos avaliados, foi S. aureus (9 extratos) e a menos susceptível foi S. agalactiae (1 extrato). A partir dos resultados obtidos, sugere-se que os extratos etanólicos das partes aéreas de Ageratum fastigiatum e Zeyheria montana são os mais promissores para prosseguimento dos estudos, representando uma potencial fonte de substâncias com atividade antitripanossomatídeo e antitumoral, e os extratos de Ageratum fastigiatum (partes aéreas) e Byrsonima lancifolia (folhas) como antibacteriana, sendo necessária a realização do fracionamento destes extratos a fim de identificar as substâncias responsáveis por tais atividades e pela citoxicidade.Item Diversidade de abelhas e recursos polínicos como fonte de alimentação em áreas de cerrado(UFVJM, 2013) Santos, Ana Paula de Souza Medeiros; Assis Junior, Sebastião Lourenço de; Garraffoni, André Rinaldo Senna; Lourenço, Anete Pedro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Matrangolo, Carlos Augusto Rodrigues; Lourenço, Anete Pedro; Garraffoni, André Rinaldo SennaAs abelhas são importantes nos processos de polinização das angiospermas. O pólen transportado por elas ou armazenado no interior do ninho permite a determinação dos principais recursos florais utilizados. O primeiro estudo verificou a diversidade de abelhas solitárias e seus recursos polínicos. Ninhos-armadilha feitos de bambu (n=450 por área) e cartolina preta (n=180 por área) foram disponibilizados em quatro áreas: Parque Estadual do Rio Preto (PERP), Área de recuperação Campus JK da UFVJM (AR), Parque Estadual do Biribiri (PEBI) e Área de Preservação Ambiental Pau-de-Fruta (APAPF). Nas quatro áreas de estudo foram coletados um total de 74 ninhos fundados por abelhas de quatro espécies pertencentes às famílias Apidae e Megachilidae. Deste total, em 60 ninhos houve emergência dos ocupantes e em 14 houve mortalidade total dos indivíduos. O PERP apresentou maior taxa de ocupação de ninhos por abelhas (n=55), seguida por AR (n=10) e PEBI (n=9). Na APAPF nenhum ninho foi fundado por abelhas. Três espécies foram encontradas no PERP: Centristarsata (n=2), Centrisanalis (n=45) e Tetrapedia sp. (n=2). Na AR as espécies nidificantes foram C. tarsata (n=6), Tetrapedia sp. (n=1) e Megachile sp. (n=2). No PEBI houve nidificação apenas de C. analis (n=2). Os polens mais frequêntes encontrados dentro dos ninhos foram os de Malpighiaceae no PERP e PEBI.Na AR os de Fabaceae foram os mais frequêntes. As abelhas apresentaram um forte componente sazonal indicando que as nidificações ocorreram de acordo com a disponibilidade de recursos nas áreas. O segundo trabalho foi realizado em uma área de Cascalheira (PEBI). Foram coletadas as abelhas visitantes de Eremanthus erythropappus (DC.) McLeish e Eremanthus incanus(Less.) Less (Asteraceae) usando rede entomológica. Houve prevalência de Trigona spinipes e Bombus atratus. As abelhas eussociais Apis mellifera e T. spinipes foram responsáveis pela maior frequência de polens de Eremanthus spp. B. atratus apresentou uma maior variedade de tipos polínicos. Outras famílias botânicas como Melastomataceae e Myrtaceae parecem ser fontes primárias de polens para as abelhas visitantes da área.