Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Avaliação química e efeitos da farinha de feijão guandu (Cajanus cajan) sob o estado nutricional, redox e bioquímico de ratos tratados com dieta hiperlipídica
    (UFVJM, 2023) Reis, Ítalo Gomes; Riul, Tania Regina; Gomes, Arthur Rocha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    O trabalho foi dividido em dois capítulos abordando os efeitos da dieta hiperlipídica e farinha de feijão guandu na saúde dos animais. O aumento no consumo de alimentos ultraprocessados e inatividade física resultam em maior prevalência da obesidade e, alimentos potencialmente funcionais podem ser utilizados no seu tratamento como o feijão guandu, leguminosa muito consumida na região sudeste do Brasil, que possui efeitos antioxidantes e antiinflamatórios. Os objetivos deste estudo foram analisar a composição química da farinha do feijão guandu e seus efeitos sobre o estado nutricional, bioquímico, redox e peso de órgãos de ratos alimentados com dieta hiperlipídica. Os grãos de feijão guandu foram limpos, secos e triturados, para análise da composição centesimal e oferta aos animais. Foram utilizados 48 ratos Wistar machos, com 21 dias de idade, divididos em: Controle (C) – ração comercial (Nuvilab®) durante 140 dias; Hiperlipídico (HFD) – ração comercial (Nuvilab®) acrescida de banha de porco (40% p/p) durante 140 dias; Farinha de Feijão Guandu (FG) – ração comercial (Nuvilab®) nos primeiros 63 dias e ração comercial acrescida de farinha de feijão guandu (30% p/p) nos demais 77 dias; Hiperlipídico + Farinha de Feijão Guandu (HFD+FG) – ração comercial (Nuvilab®) acrescida de banha de porco (40% p/p) nos primeiros 63 dias e ração comercial acrescida de banha de porco (40% p/p) e farinha de feijão guandu (30% p/p) nos demais 77 dias. Foram avaliados a ingestão total de ração, calórica e fibras; peso e ganho de peso corporal; coeficiente de eficácia energética; comprimento nasoanal (CNA); circunferência abdominal, torácica e razão abdomêm/torax; índice de massa corporal. Entre os dias 133 e 137, os animais passaram pelo teste de preferência pela sacarose e no dia 140, foram eutanasiados por decaptação para a retirada de 5 mL de sangue (para análise bioquímica do colesterol total - CT, triglicérides - TG, High density lipoprotein - HDL, glicose, alanina aminotransferase - ALT, aspartato aminotransferase - AST, creatinina, bilirrubina direta, indireta e total, ureia, insulina, leptina e corticosterona), órgãos (baço, coração, fígado, rins, suprarrenais, testículos e hipotalámo); ossos (fêmur, tíbia); gordura abdominal (mesentérica, retroperitoneal, visceral e epididimária) para pesagem/medida e avaliação do estado redox e fezes (para dosagem de lipídios totais, CT e TG). Os dados foram submetidos a ANOVA e teste de Newman-Keuls, quando apropriado (p<0,05). A farinha de feijão guandu é rica em fibras, amido resistente e possui boa capacidade antioxidante. Os animais alimentados com dieta hiperlipídica apresentaram: menor ingestão alimentar e calórica, peso, ganho de peso, peso de orgãos e CNA; maior peso de gordura e indíce de adiposidade abdominal, teor sérico de glicose e CT; concentração fecal e hepática de lipídios, TG e CT; maior índice aterôgenico, estresse oxidativo e preferência pela sacarose. A farinha melhorou os parâmetros bioquímicos e estado redox, entretanto, provocou alterações funcionais no fígado (maior acúmulo de gordura e desregulando a produção das enzimas ALT e AST). O consumo de dieta hiperlipídica prejudicou a saúde dos animais e a suplementação com farinha de feijão guandu reverteu alguns efeitos deletérios da dieta, mas provocou disfunção a nível hépatico.
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    Associação da atividade física habitual com desenvolvimento infantil, biomarcadores do balanço redox e citocinas em pré-escolares eutróficos e com sobrepeso/obesidade: estudos exploratórios
    (UFVJM, 2023) Viegas, Ângela Alves; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    O desenvolvimento infantil na fase pré-escolar é marcado pelo ganho de novas habilidades motoras e cognitivas, além do amadurecimento de sistemas biológicos como o sistema antioxidante. A atividade física habitual (AFH) pode impactar o desenvolvimento de habilidades motoras grossas e cognitivas durante a infância. Entretanto essas relações permanecem mal compreendidas na fase pré-escolar, especialmente na presença de excesso de peso. Além disso, ainda não foi explorada a relação entre AFH, balanço redox e citocinas em pré-escolares. Dessa forma, os objetivos deste estudo foram: 1) investigar se o nível de AFH e a função cognitiva global podem predizer habilidades motoras grossas em pré-escolares e verificar seus possíveis mediadores; 2) investigar a associação das funções executivas com as habilidades motoras em pré-escolares eutróficos e com sobrepeso/obesidade; 3) avaliar o balanço redox e citocinas de pré-escolares eutróficos e com sobrepeso/obesidade, e sua associação com a AFH em uma análise multivariada. Foram realizados duas coletas de dados com crianças matriculadas na rede pública de ensino (amostra 1: 166 pré-escolares; amostra 2: 50 pré-escolares, dos quais 25 com sobrepeso/obesidade pareados com 25 eutróficos pela idade, gênero, nível econômico, e escolaridade materna). A AFH foi avaliada de acordo com o tempo que a criança passa ao ar livre (amostra 1) e por acelerometria (amostra 2). As habilidades motoras foram avaliadas por meio do teste de desenvolvimento motor grosso (TGMD-2), enquanto a função cognitiva global foi avaliada pelo Mini-Mental para Crianças (MMC). As funções executivas foram avaliadas com os testes Stroop Dia-Noite, Marshmallow, Fluência Verbal (FV) e Torre de Hanói (TH). O balanço redox foi determinado pela capacidade antioxidante total (TAC), atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT), e pelas concentrações de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). As citocinas avaliadas foram os receptores solúveis de TNF (sTNFRs) e leptina. Foi utilizado o teste t para amostras independentes, qui-quadrado e correlação bivariada para verificar as associações. Em seguida foi realizada análise de regressão logística múltipla e de mediação (objetivo 1); regressão linear múltipla (objetivo 2); e regressão de mínimo quadrado parcial (objetivo 3). Pré-escolares pouco ativos (tempo ao ar livre < 60 min por dia), função cognitiva abaixo da média por idade e meninas foram mais propensos a ter desempenho motor grosso abaixo do esperado. Mas a AFH não mediou nenhuma das variáveis. Pré-escolares com sobrepeso/obesidade apresentaram pior desempenho de habilidades de locomoção comparado aos eutróficos com mesmo nível de AFH, mas diferentes padrões diários de HPA esporádicas de curta duração. Com relação às funções executivas, os resultados mostraram uma associação negativa de VF (número de erros) e TH (quebra de regra) com controle de objeto e com o quociente motor grosso apenas nos pré-escolares com sobrepeso/obesidade. Além disso, pré-escolares com sobrepeso/obesidade tiveram níveis mais altos de TAC e de TBARS, mais baixa atividade da CAT, e maior concentração de sTNFRs e leptina comparado com seus pares eutróficos. O padrão multivariado de intensidade de AFH revelou mais forte associação de faixas de intensidade vigorosa com a antioxidação e anti-inflamação em pré-escolares com sobrepeso/obesidade. Nos eutróficos, a associação com AFH foi na direção de menor antioxidação e maior inflamação, mas as faixas de intensidade mais importantes no padrão multivariado de AFH foram de intensidade leve a moderada. Embora não seja possível afirmar causalidade, os resultados sugerem que AFH durante o tempo ao ar livre pode prevenir o atraso nas habilidades motoras grossas em pré-escolares majoritariamente eutróficos. A função cognitiva global também poderia prevenir este atraso, entretanto as funções executivas podem ser mais importantes para as habilidades de controle de objetos apenas nas crianças com excesso de peso. Além disso, AFH em faixas de intensidade vigorosa pode exercer efeitos antioxidantes e antiinflamatórios somente em pré-escolares com sobrepeso/obesidade.
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    Avaliação química e efeitos da farinha de ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata) em ratos submetidos a dieta hiperlipídica
    (UFVJM, 2023) Pereira, Jeovana Thayse; Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Riul, Tânia Regina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pinto, Nísia Andrade Villela Dessimoni; Nobre, Luciana Neri; Araújo, Clinascia Rodrigues Rocha
    A Pereskia aculeata é uma cactácea encontrada e consumida como alimento na região de Diamantina. Além de sua importância como alimento regional, a literatura relata que esta possui elevados teores de proteínas, fibras dietéticas e minerais. O presente estudo teve por objetivo avaliar os efeitos da farinha de Pereskia aculeata em ratos Wistar tratados com dieta hiperlipídica sobre os parâmetros nutricionais e metabólicos. Foram utilizados 48 ratos machos da linhagem Wistar com 21 dias de idade (recém desmamados). Os animais foram aleatoriamente distribuídos em 2 fases e em 4 grupos: grupo C (Controle): ração comercial durante 126 dias (n = 12); grupo CO (Controle + Pereskia aculeata): ração comercial durante 63 dias e ração acrescida de farinha de Pereskia aculeata (30% p/p) nos demais 63 dias (n = 12); grupo O (Obeso/dieta hiperlipídica): ração comercial acrescida de banha de porco (40% p/p) durante 126 dias (n = 12); grupo OO (Obeso/dieta hiperlipídica + Pereskia aculeata): ração comercial acrescida de banha de porco (40% p/p) durante 63 dias e ração comercial acrescida de banha de porco (40% p/p) mais farinha de Pereskia aculeata (30% p/p) nos demais 63 dias (n = 12). Foram realizadas avaliações nutricionais, químicas e (sangue, fígado e fezes), e os dados submetidos a análise de variância (ANOVA), seguido do teste de Newman-Keuls quando necessário (p<0,05). Os grupos alimentados com farinha de Pereskia aculeata (CO e OO) no 126°dia, apresentaram menor peso corporal, ingestão de ração, calorias, circunferência naso-anal (CNA), índice de massa corporal (IMC), razão abdômen /tórax (RAT), gordura abdominal e menor peso do fígado. Os grupos alimentados com farinha de Pereskia aculeata apresentaram maior coeficiente de eficiência energética (CEE), uma redução da glicose sérica, colesterol total e aumento dos triglicerídeos e lipoproteínas de alta densidade (HDL). Conclui-se que, a farinha de Pereskia aculeata apresentou efeito positivo nos parâmetros avaliados, demonstrando ser um alimento com potencial no controle e tratamento da obesidade.
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    Ansiedade e prontidão para mudança de comportamento em indivíduos com obesidade, usuários da Atenção Primária no interior de Minas Gerais
    (UFVJM, 2022) Soares, Waldirene Rodrigues de Souza; Teixeira, Romero Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Teixeira, Romero Alves; Guimarães, Fábio Tadeu Lourenço; Macedo, Mariana de Souza; Alves, Paula Aryane Brito
    Introdução: A obesidade como parte do grupo de doenças crônicas e determinante para outros agravos é considerada um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. No Brasil, esse agravo apresenta alta taxa de morbimortalidade e elevado custo para o Sistema Único de Saúde. Considerando que mudança de comportamento é um fator prioritário para adesão ao controle da obesidade, tendo o transtorno da ansiedade um papel fundamental nessa meta, avaliar os fatores associados a essas duas condições é essencial na intervenção. Objetivos: O objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre ansiedade e os estágios de prontidão para mudança de comportamento em pessoas com obesidade, bem como fatores socioeconômicos, culturais e de saúde associados a essas duas características. Metodologia: Foram estudados indivíduos com obesidade de ambos os sexos, com idade compreendida entre 20 e 59 anos, com IMC maior ou igual a 30 kg/m2, atendidos na Atenção Primária de Curvelo-MG. Para isso foram utilizados o Inventário de Sintomas da Escala Beck para identificar sintomas de ansiedade e a SOC Scale do Modelo Transteórico para identificar o estágio de prontidão para mudança de comportamento. Para análise estatística utilizou-se a Regressão de Poisson Resultados: Observou-se que indivíduos com obesidade nos estágios iniciais de mudança de comportamento, possuem o hábito de realizar as refeições em frente às telas e não praticam exercícios físicos, quando comparados àqueles nos estágios finais da prontidão para mudança de comportamento. Além disso, foi observado que esses indivíduos apresentaram pouco interesse em fazer as coisas, quase todos os dias ou em mais da metade dos dias. Houve maior prevalência de sintomas de ansiedade grave em indivíduos com obesidade grau III e com outras comorbidades, e entre aqueles com problemas conjugais e com parentes. Já os indivíduos com sintomas de ansiedade grave tinham mais problemas com álcool que aqueles com sintomas de ansiedade leve ou sem sintomas. Verificou-se associação entre ansiedade grave e estar nos estágios iniciais da mudança de comportamento. Conclusão: Diante dos resultados, conclui-se que os indivíduos com obesidade, podem se encontrar em estágios diferentes de mudança comportamento e, que na presença de sintomas de ansiedade apresentam menor prontidão para mudança. Dessa forma torna-se premente adequar os protocolos que considerem tais fatores no processo de abordagem da obesidade.
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    NutriGame - seu guia alimentar: serious game para comunicação do Guia Alimentar para a população brasileira para adolescentes
    (UFVJM, 2023) Garcia, Bruna Caroline Chaves; Rocha Vieira, Etel; Esteves, Elizabethe Adriana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha Vieira, Etel; Esteves, Elizabethe Adriana; Bortolini, Gisele Ane; Nobre, Luciana Neri; Moreno, Lauane Gomes; Mendonça, Vanessa Amaral
    O Guia Alimentar para a População Brasileira 2ª edição apresenta as diretrizes alimentares brasileiras, importante recurso de prevenção da obesidade, que devem ser divulgadas à população por meio da educação alimentar e nutricional. A tecnologia Mobile Health (mHealth) tem mostrado resultados positivos na promoção da saúde podendo ser uma ferramenta importante em intervenções nutricionais. Assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver e avaliar a efetividade de um jogo digital mHealth em comunicar as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira para adolescentes. O estudo foi realizado em 3 fases: na Fase I foi destinada ao desenvolvimento do jogo digital, do tipo aplicativo (app), para celular/tablet; a Fase II à avaliação da jogabilidade do aplicativo e a Fase III à avaliação do app como estratégia de comunicação do Guia Alimentar para População Brasileira para o público alvo. A Fase I aconteceu em três etapas: 1. Fundamentação teórica e conceituação, em que foram escolhidos os determinantes teóricos do jogo; 2. Desenvolvimento do app, quando foram definidas a mecânica e o formato do jogo; e 3. Testes preliminares de usuário, quando os próprios pesquisadores realizaram testes de usabilidade e viabilidade. Na Fase II, 7 adolescentes, com idade entre 14 e 16 anos, utilizaram o app por 30 dias para avaliação da usabilidade, viabilidade, engajamento e aprendizagem, que foram avaliados por meio de entrevistas guiadas. Na Fase III participaram do estudo, 65 adolescentes com idade entre 10 e 18 anos, 38 do grupo app e 27 do grupo controle. Os adolescentes do grupo app usaram o jogo digital por 14 dias. Eles responderam a um questionário sobre alimentação que abordava questões de percepção, autoeficácia, conhecimento e atitude alimentar em três momentos: Pré (antes do uso do app) e Pós (14 dias após usar o app) e Pós-90 (90 dias após usar o app). Ao final dos 14 dias, o grupo app também respondeu a um questionário de imersão. O grupo controle não recebeu nenhuma intervenção e responderam ao questionário sobre alimentação no momento pré e pós. Foram calculados os escores de cada questionário para comparação do momento pré e pós utilização do jogo e entre os grupos controle e app. O jogo desenvolvido recebeu o nome de “Nutrigame - seu guia alimentar” e é um jogo de narrativa, onde a história é ambientada na rotina alimentar de um adolescente. Durante um ciclo de sete dias o jogador deve realizar escolhas alimentares, de ambiente e companhia. Essas escolhas impactam a saúde do avatar, demonstrada pelos indicadores de saúde, alertas e relatório final de saúde. Quando avaliado na Fase II, o NutriGame recebeu nota 8,75 em uma escala de 0 a 10 sobre o quanto os adolescentes gostaram do jogo, demonstrando bom engajamento. Além disso, ele apresentou resultados efetivos de usabilidade e viabilidade. Na Fase III, após utilizarem o NutriGame, os adolescentes relataram saber mais sobre alimentação saudável depois de jogar (pré 7,05 ± 1,83; pós 7,94 ± 1,33, p=0,031) e consideraram sua alimentação mais saudável (pré 6,50 ± 1,64; pós 7,16 ± 1,11, p=0,015). O escore de conhecimento aumentou de 27,82 ± 1,65 no momento pré para 29,05 ± 1,45 após jogarem o NutriGame (p=0,0001). O escore para intenção de mudança de hábitos (autoeficácia) foi de 43,47 ± 4,90 no momento pré, aumentando para 47,05 ± 3,36 depois da utilização do jogo (p<0,0001). Eles também apresentaram melhora na atitude alimentar (pré 20,58 ± 3,19; pós 22,53 ± 3,12, p=0,0009). Não foram observadas diferenças nos escores das respostas entre os dois momentos para o grupo controle. Para o grupo app, foi observada manutenção dos resultados após 90 dias da intervenção, demonstrando efeito do jogo a médio prazo nas variáveis analisadas. A média da imersão no jogo ao final dos 14 dias de teste foi de 27,25 ± 3,36 pontos, o que demonstrou alto envolvimento com a narrativa. Dessa forma, os dados mostram que o NutriGame - seu guia alimentar é eficaz na comunicação do Guia Alimentar para adolescentes.
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    Efeitos da terapia com fotobiomodulação sobre a via de sinalização da insulina e mecanismos subjacentes, nas células musculoesqueléticas, em modelos de obesidade in vivo e in vitro
    (UFVJM, 2022) Silva, Gabriela; Magalhães, Flávio de Castro; Amorim, Fabiano Trigueiro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Magalhães, Flávio de Castro; Amorim, Fabiano Trigueiro; Rocha Vieira, Etel; Branco, Renato Chaves Souto; Fernandes, Kristianne Porta Santos
    A epidemia global da obesidade é um problema crescente e diversas doenças estão associadas a ela, como o diabetes mellitus do tipo 2 (DM2). O DM2 é caracterizado por resistência à insulina (RI). Em estudos anteriores observamos que a fotobiomodulação (PBM - photobiomodulation) melhorou a sinalização da insulina em adipócitos de camundongos alimentados com dieta hiperlipídica. Diante disso, o objetivo deste estudo foi investigar se a PBM também melhora a sinalização da insulina em células musculoesqueléticas e os mecanismos envolvidos. No primeiro experimento, camundongos (Swiss albino) machos receberam dieta controle pobre em gordura (LFC - low-fat control) ou dieta rica em gordura (HFD - high-fat diet) por 12 semanas. Da 9ª a 12ª semana, receberam tratamento SHAM ou PBM (630 ± 20 nm; 780 mW/cm²; 31,2 J/cm²; 60 J) sendo subdivididos em: LFC-SHAM (n = 8), LFC-PBM (n = 8), HFD-SHAM (n = 9) e HFD-PBM (n = 9). A PBM foi aplicada em 5 pontos: centro do abdômen e membros superiores e inferiores, 1 vez ao dia, 5 dias por semana, durante 4 semanas. A PBM reverteu a deficiência da fosforilação da proteína quinase B (PKB/Akt) na serina 473 (ser473) e inibiu o aumento do conteúdo de β-L-hidroxiacil-CoA desidrogenase (HADH) e de mitofusina-2, induzidos pela HFD no quadríceps. No segundo experimento, mioblastos de camundongos (C2C12), após diferenciação, foram cultivados em meio high glucose apenas, controle (CTRL), ou contendo ácido palmítico (PAL), oleato de sódio e L-carnitina para indução da RI. Depois, receberam tratamento SHAM ou PBM (660 e 850 nm; 9,16 e 19,71 mW/cm²; 2 ou 4 ou 8 J/cm²; 24,4 ou 52,4 ou 76,8 J) aplicado 1 vez. A PBM, nas doses de 4 ou 8 J/cm², reverteu a deficiência da fosforilação da Akt (ser473) e da atividade máxima da citrato sintase e o aumento da fosforilação da c-Jun NH(2) terminal quinase (JNK) (thr183/tyr185), induzidos pelo ácido palmítico. Além disso, nas doses de 2, 4 ou 8 J/cm², a PBM reverteu o aumento do conteúdo de mitofusina-2 e da atividade da superóxido dismutase (SOD), induzidos pelo ácido palmítico. Em conclusão, a PBM melhorou a sinalização da insulina nas células musculoesqueléticas, in vivo e in vitro, e esse efeito parece envolver a modulação do estado redox e da função mitocondrial, além da atenuação da ativação de quinases de estresse.
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    Avaliação dos efeitos do excesso de massa corporal em marcadores trombo-inflamatórios nas formas grave e leve de CoViD-19
    (UFVJM, 2022) Lucena, Daniel Macedo de; Rocha Vieira, Etel; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha Vieira, Etel; Villela, Daniel Campos; Costa, Karine Beatriz
    A CoViD-19 é uma doença que teve seus primeiros casos na cidade de Wuhan na China em dezembro de 2019, sendo causada pela infecção pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). Essa doença se espalhou por todo o mundo causando, em alguns casos, problemas respiratórios e de coagulação, em decorrência de uma resposta inflamatória exacerbada, levando diversos indivíduos infectados ao óbito. Estudos indicam que indivíduos com obesidade possuem maior chance de desenvolver a CoViD-19 grave, tendo problemas respiratórios e de coagulação mais severos. Isso possa ocorrer devido ao acúmulo de tecido adiposo, que pode contribuir para um ambiente pró-inflamatório agravado e de maior replicação viral. Além disso, indivíduos com obesidade geralmente apresentam outras comorbidades e possuem complicações respiratórias, logo esses indivíduos são mais vulneráveis à infecção do pelo SARS-CoV-2. Nesse estudo foram comparados marcadores inflamatórios (contagem de leucócitos, neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos, basófilos) e de coagulação como o tempo de protrombina e tromboplastina parcialmente ativada (TP e APTT) e contagem de plaquetas, entre indivíduos eutróficos e indivíduos com sobrepeso e obesidade com CoViD-19 leve ou grave durante a fase aguda da doença. A gravidade da CoViD-19 foi determinada de acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde. Participaram do estudo 98 voluntários, sendo desses 63 com CoViD-19 leve e 35 com CoViD-19 grave. Trinta e dois pacientes eram eutróficos e 66 tinham sobrepeso ou obesidade. Nossos resultados mostram que a contagem de neutrófilos foi maior e a de linfócitos menor (p < 0,05, Anova two-way, com post hoc de Sidak) nos pacientes com CoViD-19 grave, independente do excesso de peso. Já a contagem de monócitos e de plaquetas foi menor apenas nos pacientes com excesso de peso com CoViD-19 grave comparados aos casos com a forma leve da doença (p < 0,05, Anova two-way, com post hoc de Sidak). Concluímos com esse estudo que existem diferenças de percentual e contagem de células circulantes relacionadas a resposta imunológica e de coagulação entre indivíduos com CoViD-19 leve e CoViD-19 grave na fase aguda da doença, e que o sobrepeso e obesidade contribuem para alterações específicas na CoViD-19 grave.
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    Influência da idade, ansiedade, depressão, transtorno alimentar e obesidade na percepção da imagem corporal entre estudantes universitários: uma análise de caminhos
    (UFVJM, 2022) Pereira, Éryka Jovânia; Lessa, Angelina do Carmo; Freitas, Ronilson Ferreira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lessa, Angelina do Carmo; Cambraia, Rosana Passos; Rocha, Josiane Santos Brant; Pinto, André Luiz de Carvalho Braule
    Os universitários estão entre as populações mais vulneráveis a distorções da imagem corporal, associada ao peso e problemas psicológicos, como transtornos alimentares, ansiedade e depressão. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi investigar a associação direta e indireta das variáveis idade, ansiedade, depressão, transtorno alimentar e obesidade na percepção da imagem corporal entre estudantes universitários. Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, descritivo, de corte transversal. A amostra foi composta por acadêmicos da área da saúde de uma instituição de ensino superior privada da cidade de Montes Claros, Norte de Minas Gerais. Para obtenção dos dados, foram utilizados instrumentos autoaplicáveis: questionário socioeconômico e demográfico, estilo de vida e condições de saúde, Eating Attitudes Test (EAT-26), Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Inventário de Depressão de Beck (BDI), e o Body Shape Questionnaire (BSQ), para avaliar a percepção da imagem corporal. Foi avaliado ainda o perfil antropométrico dos indivíduos. Para estudar a relação entre as variáveis de interesse, foi elaborado um modelo teórico prévio, e realizada uma análise de equação estrutural via análise de caminhos (Path Analysis). Foram analisados 364 acadêmicos da área da saúde com idade média de 22,8 ± 4,7 anos. O modelo estrutural ajustado, apresentaram índices de ajuste considerados aceitáveis (χ2/df = 2,496; CFI = 0,992; GFI = 0,984; TLI = 0,986; RMSEA = 0,041 (IC:0,030- 0,053); p = 0,888. Observou-se que a obesidade (β=0,27, p < 0,001), transtornos alimentares (β=0,43, p < 0,001) e depressão (β=0,13, p < 0,001) exercem um efeito direto e significativo sobre a imagem corporal de estudantes universitários. A idade e a ansiedade exercem efeitos indiretos sobre a imagem corporal, mediado pela obesidade e depressão. Ademais, a obesidade e a depressão também exercem efeitos indiretos sobre a imagem corporal, mediado pelos transtornos alimentares. Os resultados deste estudo enfatizam a importância de desenvolver modelos integrados capazes de considerar as relações diretas e indiretas, com a finalidade de desenvolvimento de políticas públicas, prevenção e tratamento, abordando simultaneamente questões relacionadas à obesidade, transtornos alimentais e psicológicos.
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    Adiposidade, prática de esporte e exercícios e estresse são preditores para o desempenho de crianças e adolescentes obesos em tarefas de funções executivas e memória
    (UFVJM, 2022) Freitas, Daniel Almeida; Leite, Hércules Ribeiro; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Hércules Ribeiro; Mendonça, Vanessa Amaral; Esteves, Elizabethe Adriana; Lanza, Fernanda de Cordoba; Souto, Deisiane Oliveira; Tossige Gomes, Rosalina
    A obesidade é uma doença crônica, em que há acúmulo excessivo de gordura no tecido adiposo, sua prevalência tem aumentado em crianças e adolescente. A obesidade é caracterizada por inflamação crônica de baixo grau, e alteração do padrão de secreção de biomarcadores, tais como o cortisol e a proteína C-reativa. A obesidade está associada a doenças cardiometabólicas, ao estresse e ao declínio cognitivo. A persistência até a idade adulta desta condição promove efeitos deletérios nas funções executivas, como diminuição da velocidade de processamento, memória de trabalho, raciocínio e da memória episódica. A aptidão cardiorrespiratória, tem se mostrado um fator protetor das funções executivas. Contudo, não está definido se a prática regular de exercícios físicos pode ser um fator protetor das funções executivas em indivíduos obesos na infância e adolescência. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar quais são os preditores que influenciam as funções executivas e memória em crianças e adolescente obesos. Avaliou-se como possíveis preditores: composição corporal, biomarcadores sanguíneos, estresse, nível econômico, aptidão cardiorrespiratória e prática regular de exercícios físicos e problemas de saúde materna durante a gestação. Para tal foi realizado um estudo transversal com crianças e adolescentes obesos entre 7 e 18 anos de idade (n=32) participantes. As funções executivas foram avaliadas pelos testes de trilhas, torre de Hanoi e teste de Stroop, a memória episódica pelo Rey Auditory Verbal Learning Test (RAVLT) e a memória semântica pelo teste de fluência verbal. A composição corporal avaliada pelo dual energy X-rays absormetry (DEXA), os biomarcadores de estresse e inflamação o cortisol e a proteína C-reativa a aptidão cardiorrespiratória pelo shutlle walking test modified (SWTM), o estresse pela escala de estresse de Lipp (EE), e o nível econômico pelo questionário de bens de consumo da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (ABEP) e a prática regular de exercícios físicos, por meio do questionário de atividade física habitual de Baecke. Foi utilizado o teste T para amostras independentes para comparar de participantes com mães com problemas na gestação (sim ou não), correlação de Pearson ou Spearman para verificar a associação entre as variáveis, e para as correlações moderadas e significativas, ou p<0,20 realizou-se regressão linear. Os resultados mostraram que a adiposidade (avaliada pelo % de gordura) e o z-escore do IMC está associada a pior memória episódica de acordo com o índice de Evocação do RAVLT. A fluência verbal apresentou associação com a gordura visceral. As funções de planejamento e flexibilidade cognitiva na torre de Hanoi, apresentaram associação do tempo para resolução da torre de Hanoi (TH) com a gordura visceral, enquanto o número de movimentos tem associação com a prática de esporte e exercícios físicos (PEEF), a prática regular de exercícios favorece o planejamento de crianças e adolescentes obesos, o número de erros está diretamente associado ao escore da escala de estresse. Assim, o presente estudo, mostrou a associação da composição corporal, à memória e as funções executivas de flexibilidade cognitiva e controle inibitório. As funções executivas e memória em crianças e adolescentes parecem estar associadas ao estresse, e ao hábito de prática regular de exercícios físicos independentemente da intensidade.
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    Sobrepeso e obesidade: possibilidades de enfrentamento na perspectiva das mulheres de Tombadouro/Datas-MG
    (UFVJM, 2021) Gonçalves, Letícia Aparecida; Ferreira, Vanessa Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ferreira, Vanessa Alves; Pires, Ivy Scorzi Cazelli; Neves, Kelly da Rocha
    Introdução: A obesidade tornou-se uma epidemia global na contemporaneidade e acomete diferentes grupos etários, especialmente a população adulta. Múltiplos fatores operam nesta dinâmica complexa e multifacetada que desafia as políticas e programas de saúde pública em todo o mundo (WHO, 2017; 2021). Nesta direção, as iniciativas voltadas para a redução do excesso de peso, tendem a focalizar mudanças comportamentais e estratégias setoriais ligadas aos aspectos socioculturais e ambientais. Tendo em vista a complexidade da etiologia da obesidade, emerge a necessidade de se investigar possíveis ações e possibilidades de enfrentamento na ótica dos indivíduos obesos dentro de uma perspectiva mais compreensiva utilizando a abordagem qualitativa. Objetivo: Deste modo, este estudo teve como objetivo investigar as práticas alimentares e o estilo de vida de um grupo de mulheres adultas com diagnóstico de sobrepeso (IMC ≥ 25 kg/m2) e obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2) residentes em um município do interior do estado de Minas Gerais, Brasil. Metodologia: Optou-se pela pesquisa qualitativa onde foram realizadas 15 entrevistas semiestruturadas, em profundidade, nos domicílios. Resultados: Os resultados revelaram vários fatores envolvidos na ocorrência do excesso de peso no grupo, entre eles os de natureza biológica (associados ao ciclo de vida da mulher); psicossociais (culpabilização, estresse e ansiedade) e ausência de uma rede de apoio para o controle do agravo no nível local. No que tange as ações de enfrentamento na ótica das entrevistadas verificamos a reprodução do discurso biomédico e midiático pautado nas mudanças comportamentais individuais. Conclusão: Conclui-se, portanto, a necessidade de implementar estratégias de controle do sobrepeso dentro dos pressupostos da promoção da saúde a fim de intervir no problema de forma mais consistente.