Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Efeitos adicionais de exercícios para o core na melhora da dor e da capacidade funcional relacionada a síndrome da dor patelofemoral: revisão sistemática de ensaios clínicos controlados randomizados
    (UFVJM, 2021) Pestana, Priscylla Ruany Mendes; Alcantara, Marcus Alessandro de; Freire, Rafael Silveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcantara, Marcus Alessandro de; Oliveira, Vinícius Cunha de; Rodrigues, Ana Carolina de Mello Alves
    INTRODUÇÃO: a síndrome da dor femoropatelar (SDFP) é uma condição que afeta o joelho e resulta em dor peri ou retropatelar, com sintomas que geralmente pioram durante as atividades com descarga de peso (CROSSLEY, et al., 2016). Seu início está relacionado à influência de fatores locais, proximais e distais à articulação femoropatelar (AMERICAN PHYSICAL THERPY ASSOCIATION, 2019). A fraqueza dos músculos do core é um fator proximal descrito na literatura como um potencial contribuinte para maior sobrecarga da articulação femoropatelar em pacientes com SDFP (NAKAGAWA, 2012). Estudos prévios verificaram um atraso no recrutamento dos músculos do core em indivíduos com SDFP em resposta a um distúrbio externo e destacaram a importância do controle e da coordenação dos músculos do tronco para a capacidade funcional de indivíduos com essa condição (MOTEALLEH, et al, 2014). Embora a diferença no padrão de ativação dos músculos do core tenha sido identificada em indivíduos com SDFP, o papel que o fortalecimento desses músculos pode desempenhar no tratamento da SDFP ainda não está claro. OBJETIVO: investigar os efeitos da adição de exercícios para o core aos cuidados usuais na intensidade da dor e na capacidade funcional de indivíduos com SDFP. MÉTODOS: trata-se de uma revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos controlados randomizados, pesquisados nos bancos de dados Cochrane Database, AMED, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, EMBASE, MEDLINE, PSYCINFO, SPORTDISCUS, CINAHL e PEDro até 9 de setembro de 2020. Dois revisores independentes avaliaram os estudos que incluíram a adição de exercícios para o core aos cuidados usuais e compararam com os efeitos dos cuidados usuais isolados em pacientes com SDFP. Os desfechos de interesse foram a intensidade da dor e o nível de capacidade funcional. A avaliação da qualidade metodológica e do risco de viés foi realizada através da escala PEDro. As diferenças entre as médias (MD), ou quando agrupando dados de diferentes escalas, diferenças médias padronizadas (SMD) foram calculadas através de modelos de efeito fixo com intervalos de 95% (IC) para desfechos contínuos. A interpretação dos resultados foi orientada pelo sistema Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE). RESULTADOS: cinco estudos de moderada a alta qualidade metodológica preencheram os critérios de inclusão. Houve evidência de baixa certeza de que adicionar exercícios para o core ao tratamento usual é superior ao tratamento usual isolado para melhorar a intensidade da dor (MD = 1.93; 95% CI: 1.28 to 2.57) e capacidade funcional (MD= 6.45; 95% CI: 3.47 to 9.43) em adultos com SDFP no curto prazo. Houve evidência limitada de que um protocolo de reabilitação de quadril e core foi superior a uma reabilitação de joelho para melhorar a intensidade da dor e a capacidade funcional em adultos com SDFP no curto prazo. CONCLUSÃO: adicionar exercícios para o core aos cuidados usuais melhorou a dor e a capacidade funcional em adultos com SDFP quando comparado com o resultado dos cuidados usuais isolados no curto prazo, no entanto, devido ao baixo nível de certeza da evidência, os resultados devem ser interpretados com cautela.
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    Estudo do efeito mediador dos fatores psicológicos sobre a atividade e participação de diabéticos atendidos nas Unidades Básicas de Saúde de Diamantina
    (UFVJM, 2020) Silva, Bárbara Catherine Soares; Alcântara, Marcus Alessandro de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcântara, Marcus Alessandro de; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Simões, Mariana Roberta Lopes
    A participação social pode ser definida como a inclusão e o envolvimento do indivíduo em atividades sociais na comunidade ou na sociedade. É um constructo relevante para promoção e reabilitação em saúde, além de ser um indicador de declínio funcional; e pode ser influenciada por problemas de saúde que afetam as habilidades físicas e mentais necessárias para a realização de atividades complexas e exigentes. Interações sociais, atividades cotidianas, trabalho e lazer são apenas alguns dos termos que denotam participação social e que são referenciados pela Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Saúde (CIF). A CIF integra a família de classificações proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e sua estrutura teórica propõe um modelo conceitual para pensar a funcionalidade e a incapacidade do indivíduo baseada em uma linguagem unificada e padronizada que permite conhecer as condições de funcionalidade das pessoas (associadas ou não a qualquer doença) e os fatores pessoais e ambientais envolvidos. Embora a participação social seja um aspecto de saúde importante para se pensar a funcionalidade humana, estudos sobre participação social como indicador funcional do Diabetes Mellitus (DM) ainda são pouco usuais na literatura. O DM está entre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) mais desafiadoras da atualidade, sendo considerada uma epidemia mundial com altos índices de morbimortalidade, que constitui causa importante de incapacidade funcional dos indivíduos. A incapacidade é um termo abrangente que denota os aspectos negativos da interação entre um indivíduo com uma condição de saúde - como o DM - e os fatores contextuais daquele indivíduo; entre diabéticos, o risco para surgimento de incapacidade é de duas a três vezes maior quando comparado a indivíduos não-diabéticos. Estudos prévios sugerem que as restrições de participação social percebidas entre diabéticos decorrem de um processo multifatorial, que engloba as relações entre domínios físicos, psicológicos e as interações com o meio ambiente e a sociedade; limitando atividades cotidianas básicas, relações de trabalho, atividades de lazer e interações sociais. O objetivo geral do estudo foi analisar a participação social em uma amostra de indivíduos diabéticos e a relação de mediação estabelecida entre os domínios físico e psicológico na participação social desses indivíduos.
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    O efeito da toxina botulínica intradetrusora sobre a capacidade funcional, qualidade de vida, dor e espasmos nos indivíduos com trauma raquimedular
    (UFVJM, 2020) Silva, Wladimir Gama da; Santos, Ana Paula; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Ana Paula; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Vitorino, Débora Fernandes de Melo
    No paciente com trauma raquimedular (TRM), a disfunção vesical pode ocasionar infecções de repetição do trato urinário, hidronefrose, comprometimento renal, entre outras comorbidades, impactando negativamente a qualidade de vida. O tratamento adequado para a bexiga neurogênica é o meio possível para reduzir a morbidade e a mortalidade destes pacientes. A aplicação de toxina botulínica intradetrusora é um recurso utilizado para tratar a bexiga com hiperatividade. Este estudo teve como objetivo verificar se pacientes com TRM apresentam melhora da funcionalidade, qualidade de vida, dor e espasmos após a primeira aplicação de toxina botulínica tipo A intradetrusora como tratamento da bexiga neurogênica. Trata-se de um estudo observacional em pacientes com TRM de ambos os sexos e maiores de 18 anos, acompanhados pela Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação de Belo-Horizonte-MG. Todos os pacientes realizavam cateterismo intermitente limpo, apresentavam bexiga neurogênica e foram submetidos a tratamento com aplicação de toxina botulínica tipo A pela primeira vez. Os pacientes foram avaliados antes da primeira aplicação da toxina botulínica, um e quatro meses após. Os instrumentos utilizados para acompanhamento foram as escalas de Medida de Independência da Medula Espinhal III (SCIM III) e Qualiveen-SF, para avaliar a funcionalidade e a qualidade de vida respectivamente; a Escala Visual Analógica (EVA) para avaliação da dor e a escala de Penn para avaliar a frequência de espasmos, além de um questionário estruturado contendo informações sobre os volumes residual e de perda urinária e o intervalo de cateterismo. Foi realizada estatística descritiva e inferencial, com teste Kolmogorov-Smirnov para análise da normalidade dos dados e análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas (p < 0,05) utilizando o programa estatístico SigmaStat 3.1. Foram avaliados vinte pacientes com TRM de forma prospectiva, 90% foram do sexo masculino, sendo que 80 % dos pacientes apresentavam paraplegia e 15 % dos pacientes tinham lesão completa. No primeiro mês após a aplicação da toxina botulínica houve melhora do domínio II, referente ao controle de esfíncter, da SCIM III (p = 0,02); da intensidade da dor (p < 0,05) e da frequência e gravidade dos espasmos (p < 0,05), esta permaneceu menor no quarto mês após a aplicação (p < 0,05). Não houve diferença estatística significativa na avaliação da qualidade de vida medida pela Qualiveen- SF. Houve melhora da incontinência urinária (p < 0,01). A primeira aplicação da toxina botulínica tipo A intradetrusora interfere positivamente na dor, na espasticidade, na capacidade funcional referente ao controle do esfincter e auxilia no controle da incontinência urinária.
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    Comprimento telomérico leucocitário está associado à diminuição da capacidade físico funcional em idosos?
    (UFVJM, 2019) Pereira, Fabiana Souza Máximo; Parentoni, Adriana Netto; Lustosa, Lygia Paccini; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Parentoni, Adriana Netto; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Bomfim, Fernando Russo Costa do
    A capacidade funcional em idosos é o resultado de uma interação entre saúde física e mental, fatores socioeconômicos e culturais, além de fatores pessoais e ambientais. O comprimento dos telômeros de leucócitos nos idosos tem sido associado positivamente ao curso e hábitos de vida saudáveis. Os fatores que interferem no encurtamento dos telômeros são semelhantes aos que podem estar associados à diminuição da capacidade física funcional. Objetivo: Investigar a relação entre o comprimento médio dos telômeros em leucócitos e a capacidade física funcional em idosos da comunidade. Métodos: Estudo observacional, transversal, com uma sub amostra de estudo multicêntrico, realizado com idosos comunitarios. A caracterização da amostra foi realizada utilizando um questionário clínico sociodemográfico. O comprimento dos telômeros foi avaliado por reação quantitativa em cadeia da polimerase e a capacidade física funcional foi avaliada pelo Short Physical Performance Battery. A estatistica descritiva foi usada para a caracterização da amostra. O coeficiente de correlação de Spearman foi usado para verificar a correlação entre o comprimento dos telômeros e a capacidade físico funcional avaliada pelo SPPB. O teste de Kruskal-Wallis foi usado para determinar as possíveis diferenças significativas entre as categorias baixa, moderada e boa performance no teste SPPB. O teste Mann Whitney foi usado para comparar o desempenho dos idosos categorizados pelo SPPB com o comprimento telomérico. Para verificar se algum dos domínios do SPPB apresentava impacto diferenciado na capacidade físico funcional foi utilizado um modelo de regressão multivariado. O nível de significância adotado foi α = 0.05 para todas as variáveis investigadas. Foi usado o programa GraphPad Prism for Windows (version 5.0) para a realização das análises dos dados e o R for Windows foi usado para as analises multivariadas. (version 3.5.1 The R Foundation for Statistical Computing). Resultados: Foram incluídos 113 idosos (70 ± 5,4 anos; 75 mulheres e 38 homens). Inesperadamente, verificou-se que o menor comprimento relativo dos telômeros foi associado a um melhor desempenho físico-funcional no escore global da Short Physical Performance Battery (p = 0,0002; R2 = -0,3436). Conclusão: No presente estudo o encurtamento dos telômeros foi observado com o aumento da idade, mas não foi associado à diminuição da capacidade física funcional. A funcionalidade é um contexto amplo e multidimensional, envolvendo o entrelaçamento de fatores biopsicossociais e culturais e mesmo que o comprimento telomerico leucocitário possa não ser considerado um marcador do envelhecimento funcional, ele ainda pode desempenhar um papel importante em estudos longitudinais que tentam elucidar as teorias do processo de envelhecimento.Estudos futuros devem ser incentivados com populações de idosos diferenciadas e com o uso de tecnicas mais acuradas, em subpopulações de células para mensuração dos telomeros.