Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Fatores preditores de morte em idosos após tratamento cirúrgico de fratura do terço proximal de fêmur na macrorregião de Diamantina
    (UFVJM, 2023) Coelho, Germano Martins; Guedes, Helisamara Mota; Ribeiro, Liliane da Consolação Campos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Guedes, Helisamara Mota; Ribeiro, Liliane da Consolação Campos; Gonçalves, Renata Patrícia Fonseca; Galvão, Endi Lanza
    Com o envelhecimento da população, os problemas de saúde relacionados aos idosos se tornam bastante prevalentes, como a fratura de fêmur proximal. Um dos principais desfechos dessa patologia é a morte, com taxas que chegam a 30%. Este estudo teve como objetivo identificar fatores preditores de morte em idosos com fratura de fêmur proximal tratados cirurgicamente. Trata-se de um estudo longitudinal retrospectivo com pacientes acima de 60 anos, portadores de fratura de fêmur proximal, operados no período entre 01 de novembro de 2019 e 31 de dezembro de 2021 em um hospital referência no serviço de ortopedia e traumatologia da região ampliada de saúde Jequitinhonha, Diamantina/Minas Gerais. Foram coletadas através do prontuário eletrônico, informações sociodemográficas, comorbidades apresentadas, circunstâncias das fraturas e suas características, tratamento instituído, período entre internação, cirurgia e alta hospitalar. Outros dados específicos como valor de hemoglobina pré operatória, valor Razão Normalizada Internacional (RNI ), necessidade de controle pós-operatório em centro de terapia intensiva (CTI) e de hemotransfusão, avaliação de risco cirúrgico de acordo com American Society Anesthesiology (ASA) e deambulação antes da alta hospitalar, também foram avaliados. Os dados após alta, foram coletados por meio de contato telefônico/meio eletrônico com paciente ou responsáveis/familiares. A taxa de mortalidade dos pacientes até 1 ano pós cirurgia foi de 30,5%. A mortalidade foi mais alta no sexo feminino, na faixa etária acima dos 85 anos, nas fraturas trocantéricas, nos pacientes com Hb pré-operatória < 12 g/dL, e nos pacientes que foram internados no CTI. Fatores prognósticos independentes associados com mortalidade pós-operatória, após análise univariada e multivariada pelo método de regressão de Cox foram: ter idade maior ou igual a 85 anos na admissão, ter sido internado em CTI e não realização de treino de marcha antes da alta hospitalar. Gênero, comorbidades, tipo de fratura, tipo de implante, lado acometido, escore ASA, nível de hemoglobina pré-operatória, necessidade de hemotransfusão, valor do RNI, tempo entre fratura e cirurgia, e dias de internação hospitalar não demonstraram ter influência na mortalidade. Desta forma, considerando que dentre os fatores preditores, a realização de treino de marcha é modificável, fizemos como produto final da dissertação um folder explicativo com as principais informações necessárias aos pacientes e profissionais responsáveis pelo cuidado pós-operatório sobre o tema, com intuito de minimizar o desfecho mortalidade.
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    Análise da presença do SARS-CoV-2 em águas residuais, superficiais e ictiofauna em 8 municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Jequitinhonha
    (UFVJM, 2023) Macedo, Mariana Chayene Viana; Oliveira, Danilo Bretas de; Abreu, Filipe Vieira Santos de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Coronaviridae é uma grande família de vírus de RNA que podem provocar doenças em seres humanos e animais. Em humanos, os coronavírus causam infecções respiratórias, incluindo a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). No final do ano de 2019 foi descoberto um novo coronavírus, causador da COVID-19. É pacificado na literatura que o SARS-CoV-2 disseminase predominantemente por meio de aerossóis, porém há possibilidade de vias alternativas de transmissão ou reinfecção pelo ambiente. É de amplo conhecimento que indivíduos contaminados pelo SARS-CoV-2 eliminam o vírus em suas fezes, podendo o RNA viral ser detectado no esgoto. A Epidemiologia do Esgoto vem sendo explorada fortemente em todo o mundo para monitorar o esgoto urbano a fim de detectar a presença do vírus da COVID-19. Com essa ferramenta, é possível monitorar a presença ou não do RNA viral em determinada população através de análises moleculares. Assim, o objetivo deste trabalho é identificar a presença de SARS-CoV-2 em esgotos sanitários, em amostras de água e de peixes coletadas em rios que compõem a área da Bacia Hidrográfica do Rio Jequitinhonha ao longo do tempo. As coletas foram feitas mensalmente em 8 municípios da bacia do Jequitinhonha - Minas Gerais, sendo eles: Almenara, Araçuaí, Francisco Badaró, Grão Mogol, Jequitinhonha, Minas Novas, Padre Carvalho e Salinas, de dezembro 2020 a fevereiro de 2022. Em cada cidade foram coletados 3 litros de água de rio e 3 litros de esgoto bruto através de amostragem composta (1 litro a cada 30 minutos) que em seguida foram filtrados e armazenados em criotubos com RNAlater no freezer -80°. As detecções do RNA viral foram realizadas em laboratório por meio de ensaios de RT-qPCR. Ao total foram analisadas 109 amostras de esgoto, 128 amostras de água de rio e 444 amostras de muco de peixes. Todas as amostras de água de rio e peixes apresentaram resultados negativos para a detecção do RNA viral do SARS-CoV-2 por meio da técnica de PCR em tempo real. O RNA viral do SARS-CoV-2 foi detectado em 63,3% das amostras de esgoto. As maiores frequências de detecção no esgoto foram identificadas entre os meses de maio a setembro de 2021 (86,2%) e dezembro de 2021 a março de 2022 (77,8%). Esses achados evidenciam o grande potencial do uso de detecção do RNA viral no esgoto para monitorização ambiental do SARS-COV-2 em cidades. Além disso, nosso estudo evidencia que a técnica de epidemiologia baseada em águas residuais, pode ser fundamental para esse monitoramento em pequenas cidades distantes dos grandes centros urbanos, onde o acesso das pessoas ao diagnóstico individual é muito restrito. Outro fator que nosso estudo salienta é que apesar do vírus estar frequentemente presente no esgoto ele não é detectado nos rios e nem nos peixes da região, demonstrando uma restrição na disseminação ambiental.
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    Crianças com hipomineralização molar-incisivo tem um maior número de dentes cariados?
    (UFVJM, 2023) Santos, Karina Kendelhy; Fernandes, Izabella Barbosa; Ramos Jorge, Maria Letícia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    A hipomineralização molar-incisivo (HMI) refere-se a um defeito qualitativo do esmalte de origem sistêmica que afeta de um a quatro primeiros molares permanentes e frequentemente incisivos permanentes. O dente hipomineralizado apresenta maior sensibilidade, esmalte mais poroso e com menor resistência mecânica, o que pode levar a rupturas pós-eruptivas do esmalte. Sem a proteção do esmalte, a dentina fica vulnerável, favorecendo o acúmulo de placa dentária e o desenvolvimento de lesões de cárie. O objetivo do presente estudo foi avaliar se a presença de HMI está associada a um maior número de dentes cariados em crianças escolares. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo transversal com uma amostra de 347 crianças de 7 a 10 anos de idade na cidade de Diamantina, Brasil. Os critérios do International Caries Detection and Assessment System (ICDAS) foram utilizados para determinar o número de dentes com cárie dentária moderada/extensa (ICDAS 3-6). A presença de HMI foi avaliada de acordo com os critérios da European Academy of Pediatric Dentistry (EAPD). Os dados sociodemográficos e relativos aos hábitos da criança foram obtidos por meio de questionário enviado aos cuidadores. Análises descritivas, testes Mann Whitney e Kruskal Wallis e Regressão de Poisson hierárquica foram realizados utilizando como unidade de análise a criança. A medida de associação foi demonstrada como Razão de Prevalência (RP) e intervalos de confiança (95%). Um valor de p<0,05 foi considerado significativo. A prevalência de HMI foi de 20,5% e a de cárie dentária moderada/extensa foi de 39,2%. A média de dentes com cárie moderada/extensa foi de 1,80 (DP=2,67). O número de dentes com cárie moderada/extensa foi associado com a presença de HMI na criança (RP=1,45; IC 95%= 1,03-2,04; p=0,031). Além disso, o número de dentes com cárie moderada/extensa foi associado com a menor renda mensal familiar (RP=2,20; IC 95%= 1,31-3,69; p=0,003), com a maior frequência no consumo de açúcar (RP=1,82; IC 95%=1,32-2,51; p=0,001) e com a presença de placa visível (RP=2,76; IC 95%= 1,93-3,93; p=0,001). Conclui-se que o número de dentes cariados está associado à presença de HMI em crianças escolares.
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    Prevalência de sintomas de desordens mentais em fisioterapeutas durante a pandemia da COVID-19: uma revisão sistemática e metanálise
    (UFVJM, 2022) Reis, Amanda Tomázia da Silva; Alcantara, Marcus Alessandro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcantara, Marcus Alessandro de; Lima, Vanessa Pereira de; Tsopanoglou, Sabrina Pinheiro
    Contextualização: A COVID-19 se espalhou rapidamente da China no final de dezembro de 2019 e impactou criticamente todos os países do mundo. A saúde mental dos profissionais de saúde se tornou motivo de preocupação uma vez que foi observado um risco aumentado de desenvolvimento de desordem mental. Embora haja estudos que investigaram a prevalência de desordens mentais em profissionais de saúde em geral, predominantemente médicos e enfermeiros, uma nova revisão sistemática é necessária para investigar a prevalência de desordens mentais especificamente em fisioterapeutas, já que se trata de uma população em alto risco de desenvolvimento de desordens mentais previamente à pandemia. Objetivo: Investigar a prevalência de desordens mentais como ansiedade, depressão e estresse em fisioterapeutas de linha de frente que trabalharam durante o período de pandemia do coronavírus. Métodos: Buscas foram realizadas nas bases de dados MEDLINE, VIRTUAL HEALTH LIBRARY/BVS (VHL/BVS), LILACS, EMBASE e GOOGLE SCHOLAR desde dezembro de 2019 até novembro de 2021 utilizando descritores relacionados a desordens mentais, fisioterapeutas, prevalência e COVID-19. Foram incluídos estudos transversais que investigaram a prevalência de desordens mentais em fisioterapeutas durante a pandemia da COVID-19 e o risco de viés foi avaliado utilizando NOS-adaptada. Resultados: Um total de 9 estudos, de 8 países diferentes, atenderam os critérios de inclusão. O resultado da metanálise demonstrou uma prevalência para ansiedade, depressão, estresse foram de 51% (95%IC 40% a 63%; I² = 86%), 31% (95%IC 14% a 51%; I² = 95%), 64% (95%IC 27% a 94%; I² = 97%), respectivamente (baixa qualidade da evidência). Conclusão: Encontrou-se importantes taxas de sintomas de depressão, ansiedade, estresse e síndrome de Burnout em fisioterapeutas durante a pandemia da COVID-19. Esses resultados foram mais altos em comparação com as estimativas de desordens mentais em outros profissionais de saúde, e ao período pré-pandêmico. Dessa forma, o estado emocional dos fisioterapeutas é motivo de preocupação e conclamam gestores e representantes de entidades a elaborar estratégias e intervenções efetivas durante a COVID-19 e outras emergências de saúde para reduzir os impactos negativos da pandemia na saúde mental fisioterapeutas.
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    Vigilância de SARS-CoV-2 em águas residuais e a inter-relação com indicadores epidemiológicos da COVID-19 em Diamantina-MG
    (UFVJM, 2023) Silva, Thamires Gabriele Macedo; Oliveira, Danilo Bretas de; Ottone, Vinicius de Oliveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Danilo Bretas de; Schetino, Marco Antônio Alves; Abreu, Filipe Vieira Santos de
    O vírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2), responsável pela doença COVID-19, infectou mais de 27 milhões de pessoas em todo o mundo rapidamente em meses. Embora a literatura sobre SARS-CoV-2 indique que sua transmissão pode ocorrer predominantemente por aerossolização de gotículas carregadas pelo ar, a possibilidade de vias alternativas de transmissão ou reinfecção pelo ambiente requer atenção científica considerável. O RNA do SARS-CoV-2 pode ser detectado em amostras de fezes e urina, sendo assim o monitoramento em águas residuais é de suma importância para investigar a circulação do vírus em uma população. O estudo teve como objetivo monitorar, detectar e correlacionar com dados epidemiológicos a presença do SARS-CoV-2 em desejos de águas residuais da cidade de Diamantina-MG. As coletas foram realizadas durante o período de junho a novembro de 2021 foram realizadas 6 coletas ao total sendo 1 a cada mês, contemplando duas microbacias ao entorno da região urbana de Diamantina, 10 pontos no decorrer das duas microbacias foram utilizados para a investigar a presença do SARS-CoV-2. As detecções do RNA viral foram realizadas em laboratório por meio de ensaios de RT-qPCR. A presença do genoma do SARS-CoV-2 nos esgotos foi correlacionado com o percentual de número de casos novos de COVID-19 (percentual da soma da população infectada 14 dias antecedentes a coleta mensal) e número de imunizados 1° dose SARS-CoV- 2 (percentual da população total de diamantina estimada 2021) durante o período de monitoramento. As análises foram realizadas no software GraphPad Prism v.8.0 e SPSS v.20. A correlação linear de Pearson e regressão multiparamétrica foram consideradas estatisticamente significativas quando p < 0,05. Tendo como resultado a detecção do RNA viral em alta frequência no primeiro mês de coleta, em junho, sendo detectado em 70% das amostras. Reduzindo a detecção no decorrer dos outros meses; julho (20%), agosto (30%), setembro (20%), outubro (20%) e novembro (0%). A detecção do RNA do SARS-CoV-2 nas microbacias de Diamantina foi concomitante com a redução acentuada no número de casos novos de COVID-19; junho (50%), julho (17%), agosto (15%), setembro (9%), outubro (6%) e novembro (3%), tendo uma correlação positiva (r=0,9380 e p=0,005). Além disso, a detecção do RNA viral nas microbacias é inversamente proporcional ao aumento do número de imunizados 1° dose SARS-CoV-2; junho (26,1%), julho (41,56%), agosto (49,2%), setembro (67,4%), outubro (74,5%) e novembro (82%), demonstrando uma correlação negativa (r=-0,8167 e p=0,04). E por fim, o número de casos novos de SARS-CoV-2 é correlacionado com 88% das ocorrências de amostras positivas nas microbacias em torno da região urbana de Diamantina (R²=0,88 P=0,006 e β= 0,938). O estudo conclui que os dados obtidos mostraram um alinhamento básico entre a detecção quantitativa de SARS-CoV-2 em águas residuais contaminadas e o número de novos casos relatados na cidade. A presença do RNA do SARS-CoV-2 em efluentes urbanos é uma prática de destacada importância na atualidade pela possibilidade de monitoramento do vírus na população urbana, o que ajuda na tomada de decisões e direcionamento de políticas públicas de controle e prevenção.
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    Determinantes sociais de saúde na população vivendo com HIV no Vale do Jequitinhonha e sua relação com o controle virológico
    (UFVJM, 2023) Görgens, Pollyanna Roberta Campelo; Oliveira, Danilo Bretas de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Danilo Bretas de; Thomasini, Ronaldo Luis; Assis, Thamara de Souza Campos; Santos, Delba Fonseca
    Este estudo teve o objetivo de identificar e analisar determinantes sociais de saúde na população vivendo com HIV, em uma região do Vale do Jequitinhonha. Foi realizado um estudo observacional, retrospectivo, descritivo e exploratório, por meio de análise de 239 (81,8%) prontuários do serviço de referência para pessoas acima de 13 anos, durante o período de 01/10/2020 a 31/12/2020. Foram obtidos os seguintes dados: idade, cor, gênero, data de diagnóstico, histórico de doenças, problemas psicossociais, data da última consulta, número médio de consultas por ano, carga viral (HIV PCR quantitativo), contagem de linfócitos T CD4+, orientação sexual, uso de substâncias, sedentarismo, estado civil, rede de apoio social, vínculo com a atenção primária à saúde, escolaridade, ocupação e procedência. A abordagem dos dados foi feita de forma quali-quantitativa. Foi feito o comparativo dos fatores na população total e com diagnóstico nos últimos 3 anos por razões de prevalência (RP). Os fatores relacionados ao diagnóstico recente e a falha no tratamentoforam estimados pela análise bivariada, regressão logística simples e razão de chances (OR), considerado um nível de significância de 95%. Posteriormente foi realizada a análise multivariada para construção de uma árvore de decisão. Observou-se que 61,1% dos pacientes possuíam outras doenças crônicas e 38,49% apresentavam baixo vínculo com a atenção primária à saúde. Nos últimos 3 anos, o número de diagnósticos vem aumentando na população com ensino superior (RP 1,32; IC95%; 0,68-2,56), nos homossexuais (RP 1,09; IC95%; 0,71-1,68) e em pessoas com linfócitos T CD4+ abaixo de 350 células/mm3 (RP 2,00; IC95%; 1,41-2,84) podendo indicar o diagnóstico tardio do HIV. Indivíduos desempregados apresentaram mais chances de ter um diagnóstico recente (OR 6,21; IC95%; 1,80-26,13). A baixa contagem de CD4+ e a idade menor ou igual a 45 anos foram os fatores determinantes no modelo da árvore de decisão considerando o desfecho diagnóstico recente. As chances de adequado controle virológico reduziu em indivíduos com demandas psicossociais (OR 0,47; IC95%; 0,00-0,25). A hipertensão arterial sistêmica e a baixa contagem de linfócitos T CD4+ foram as condições mais relevantes no modelo de árvore de decisão considerando o desfecho falha terapêutica. Os achados podem contribuir com estratégias para melhor controle da epidemia e para o melhor cuidado da população infectada.
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    Influência da idade, ansiedade, depressão, transtorno alimentar e obesidade na percepção da imagem corporal entre estudantes universitários: uma análise de caminhos
    (UFVJM, 2022) Pereira, Éryka Jovânia; Lessa, Angelina do Carmo; Freitas, Ronilson Ferreira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lessa, Angelina do Carmo; Cambraia, Rosana Passos; Rocha, Josiane Santos Brant; Pinto, André Luiz de Carvalho Braule
    Os universitários estão entre as populações mais vulneráveis a distorções da imagem corporal, associada ao peso e problemas psicológicos, como transtornos alimentares, ansiedade e depressão. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi investigar a associação direta e indireta das variáveis idade, ansiedade, depressão, transtorno alimentar e obesidade na percepção da imagem corporal entre estudantes universitários. Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, descritivo, de corte transversal. A amostra foi composta por acadêmicos da área da saúde de uma instituição de ensino superior privada da cidade de Montes Claros, Norte de Minas Gerais. Para obtenção dos dados, foram utilizados instrumentos autoaplicáveis: questionário socioeconômico e demográfico, estilo de vida e condições de saúde, Eating Attitudes Test (EAT-26), Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), Inventário de Depressão de Beck (BDI), e o Body Shape Questionnaire (BSQ), para avaliar a percepção da imagem corporal. Foi avaliado ainda o perfil antropométrico dos indivíduos. Para estudar a relação entre as variáveis de interesse, foi elaborado um modelo teórico prévio, e realizada uma análise de equação estrutural via análise de caminhos (Path Analysis). Foram analisados 364 acadêmicos da área da saúde com idade média de 22,8 ± 4,7 anos. O modelo estrutural ajustado, apresentaram índices de ajuste considerados aceitáveis (χ2/df = 2,496; CFI = 0,992; GFI = 0,984; TLI = 0,986; RMSEA = 0,041 (IC:0,030- 0,053); p = 0,888. Observou-se que a obesidade (β=0,27, p < 0,001), transtornos alimentares (β=0,43, p < 0,001) e depressão (β=0,13, p < 0,001) exercem um efeito direto e significativo sobre a imagem corporal de estudantes universitários. A idade e a ansiedade exercem efeitos indiretos sobre a imagem corporal, mediado pela obesidade e depressão. Ademais, a obesidade e a depressão também exercem efeitos indiretos sobre a imagem corporal, mediado pelos transtornos alimentares. Os resultados deste estudo enfatizam a importância de desenvolver modelos integrados capazes de considerar as relações diretas e indiretas, com a finalidade de desenvolvimento de políticas públicas, prevenção e tratamento, abordando simultaneamente questões relacionadas à obesidade, transtornos alimentais e psicológicos.
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    Análise do serviço de tele-estomatologia no Vale do Jequitinhonha durante a pandemia da COVID-19
    (UFVJM, 2022) Gonçalves, Moisés Willian Aparecido; Mesquita, Ana Terezinha Marques; Santos, Cássio Roberto Rocha dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mesquita, Ana Terezinha Marques; Ramos Jorge, Maria Letícia; León, Jorge Esquiche
    O objetivo desse estudo foi realizar um levantamento do serviço de tele-estomatologia ofertado em um centro de ensino da região sudeste do Brasil, na cidade de Diamantina, durante a pandemia da COVID-19. Ainda, realizar uma análise socioespacial e epidemiológica, para elucidar e caracterizar a população que usufruiu do serviço de tele-estomatologia. Trata-se de um estudo de cunho transversal realizado durante o período de março de 2020 a novembro de 2021. O estudo foi conduzido a partir da análise do serviço de tele-estomatologia oferecido pela clínica de estomatologia por meio do aplicativo WhatsApp®. Informações clínicas e demográficas dos pacientes e dos profissionais solicitantes foram coletadas. Todos os casos foram analisados por um profissional capacitado na área de estomatologia. O geoprocessamento dos municípios foi realizado pelo pacote estatístico QGIS® para Windows®. A distância em quilômetros (Km) dos municípios até a cidade de Diamantina foi obtida pelo uso do aplicativo Google Maps®. As análises dos dados foram feitas com o Microsoft Excel® e os resultados apresentados pela estatística descritiva. Durante o período do estudo 189 solicitações ao serviço foram registradas. Dessas, 129 foram realizadas por profissionais de saúde, sendo principalmente cirurgiões-dentistas (n=94, 72,9%), os quais solicitaram agendamentos dos pacientes (n=100, 77,5%), teleinterconsultas (n=15, 11,6%) e teleorientação (n=11, 8,5%). As principais recomendações da tele-estomatologia foram biópsia incisonal (n=55, 28,4%), excisional (n=42, 21,7%) e tratamento medicamentoso (n=37, 19,1%). Desordens Orais Potencialmente Malignas (DOPM)/neoplasias malignas (n=22, 23,0%), processos proliferativos não-neoplásicos (n=17, 17,9%) e doenças de glândulas salivares (n=16, 16,9%) foram os diagnósticos mais comuns. Além disso, 21 casos (11,1%) não necessitaram de atendimento presencial e a distância média dos municípios ao serviço foi de 186 km. Os pacientes do estudo foram oriundos de 34 municípios do estado de Minas Gerais. Estes resultados mostraram que a tele-estomatologia promove um melhor suporte para os profissionais de saúde, como forma de contribuir no diagnóstico e manejo de lesões orais.
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    Perfil epidemiológico de internação por COVID-19 e atuação da Fisioterapia em duas unidades de saúde na região do Jequitinhonha – MG no ano de 2020
    (UFVJM, 2022) Moreira, Bárbara Lopes; Santos, Ana Paula; Lima, Vanessa Pereira de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Ana Paula; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Ferreira, Celio Marcos dos Reis
    Examinar o perfil dos pacientes com diagnóstico de COVID-19 que necessitam de hospitalização é fundamental para conhecer os agravamentos da doença. Entretanto, não há dados sobre o perfil destes indivíduos na Macrorregião de Saúde do Jequitinhonha. Este estudo teve como objetivos: analisar o perfil dos indivíduos internados devido a infecção pelo SARS-COV-2 em duas unidades de saúde da macrorregião Jequitinhonha - Minas Gerais; identificar o trabalho realizado pela equipe de fisioterapia nessas unidades; verificar a relação da idade e do sexo com o uso de oxigênio suplementar, necessidade de traqueostomia e ventilação mecânica, assim como a frequência de reinternação e óbito. Estudo do tipo observacional descritivo, com revisão de dados de prontuários de todos os pacientes diagnosticados com COVID-19 internados na Unidade de Emergência Macro Jequitinhonha Diamantina e na Santa Casa de Caridade de Diamantina, no período entre a primeira notificação de caso suspeito internado (16/03/2020) até 31/12/2020. Foram coletados dados referentes à caracterização sociodemográfica, à saúde em geral e à atuação do fisioterapeuta. Foram analisados 127 prontuários. Foi identificada uma distribuição muito similar entre os sexos, com leve predomínio do sexo feminino (52%), faixa etária acima de 50 anos (78,8%) e baixa escolaridade. Houve mais internações pelo Sistema Único de Saúde – SUS (91,4%) e uma baixa frequência de reinternações (7,9%) e óbitos (23,6%). A maioria das internações (81%) foram de indivíduos não residentes no município de Diamantina e 86,6% eram de zonas urbanas. As principais comorbidades foram: hipertensão arterial sistêmica (23%); diabetes mellitus (10%); obesidade (9%) e cardiopatia (7%). A média de atendimentos fisioterapêuticos por pacientes foi 17,1 ± 1,8 atendimentos (mínimo: 0 – máximo: 118). Exercícios terapêuticos, técnicas de desobstrução traqueobrônquicas e de reexpansão pulmonar, adequações de posicionamento, orientações e treinos funcionais foram às condutas fisioterapêuticas mais descritas. A média de dias em uso de oxigenoterapia foi de 7 ± 0,63 dias (mínimo: 0 – máximo: 44), sendo os sistemas de oxigenoterapia de baixo fluxo os mais utilizados. A média de dias de ventilação mecânica 3,4 ± 0,6 dias (mínimo: 0 – máximo: 43). Foi observada utilização predominante da ventilação mecânica não invasiva (50,8%). Dentre os modos de ventilação mecânica invasiva, o modo controlado a volume foi o mais utilizado (40%). Não houve associação entre sexo e o uso de oxigenoterapia (p = 0,866), necessidade de traqueostomia (p = 0,273), ventilação mecânica (p = 0,364), reinternação (p = 0,897) e óbito (p = 0,545). A idade dos pacientes com COVID-19 não se correlacionou com o tempo de ventilação mecânica (rs = 0,158 p = 0,63) e se correlacionou de forma fraca com os dias de internação (rs = 0,220 p = 0,01) e de uso de oxigênio (rs = 0,200 p = 0,02). O perfil de internação foi de indivíduos admitidos predominantemente pelo SUS, em sua maioria do sexo feminino, sem associação do gênero com o uso de oxigenoterapia, necessidade de traqueostomia, ventilação mecânica, reinternação e óbito. A faixa etária acima de 50 anos foi a mais notada, sem correlação da idade e com tempo de ventilação mecânica, porém com fraca correlação com os dias de internação e uso de oxigênio. As condutas fisioterapêuticas realizadas no contexto da COVID-19 são similares às efetuadas aos demais pacientes em ambiente hospitalar.
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    Impacto da pandemia da COVID-19 na prática periodontal
    (UFVJM, 2022) Rocha Gomes, Gabriela; Gonçalves, Patrícia Furtado; Galvão, Endi Lanza; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gonçalves, Patrícia Furtado; Falci, Saulo Gabriel Moreira; Branco de Almeida, Luciana Salles
    A pandemia da COVID-19 tem causado crescente preocupação e mudanças nas rotinas odontológicas. Este estudo transversal buscou investigar os fatores possivelmente relacionados ao impacto causado por esta nova doença na rotina e na prática de periodontistas, em dois países. Participaram da pesquisa 254 periodontistas com registro ativo em periodontia no Brasil e nos Estados Unidos. Os dados foram coletados por meio de um questionário online e a variável dependente foi a percepção do impacto da pandemia na prática dos periodontistas. Odds ratios foram avaliados por análise de regressão logística. Periodontistas em prática privada tiveram 83% menos probabilidade de relatar uma percepção de impacto significativo da pandemia em sua rotina clínica em comparação com profissionais que trabalham no setor público ou em instituições acadêmicas (IC 95%: 0,05–0,47). O impacto financeiro da pandemia foi significativamente associado a um alto impacto percebido da pandemia em suas rotinas (OR: 1,36; IC 95%: 1,16-1,61). Os profissionais que aprimoraram sua rotina de lavagem das mãos apresentaram maior probabilidade de relatar uma percepção de impacto significativo da pandemia em 3,41 vezes (IC 95%: 1,28–9,04) em relação aos que não alteraram seus protocolos de lavagem das mãos. A pandemia está associada a um impacto negativo na prática dos periodontistas, especialmente aqueles que trabalham em setores públicos e instituições acadêmicas.