Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Vivências do Sagrado: um terreiro de Umbanda em Diamantina(UFVJM, 2023) Miranda, Mariana Santos; Fonseca, Vitória Azevedo da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Neste texto segue o processo de criação de um documentário, os desafios para as produções durante o Covid-19, e uso como uma ferramenta para mostrar a diversidade da religião Umbanda dentro da perspectiva do dirigente espiritual Calebe Silva Ribeiro do Terreiro Ponto de Luz na cidade de Diamantina- MG. Mostro através das entrevistas feitas para a produção audiovisual, a Umbanda enquanto um caminho espiritual, mostrando através das vivências pessoais reflexos de ser umbandista dentro da cidade de Diamantina e a pluralidades existentes dentro da religião.Item Escravidão e Cotidiano: as experiências de escravizados na prática de atos criminalizados, Diamantina - Minas Gerais (1850-1888)(UFVJM, 2022) Pinto, Larissa Chaves; Chaves, Edneila Rodrigues; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Chaves, Edneila Rodrigues; Pires, Maria de Fátima Novaes; Martins, Marcos Lobato; Nascimento, Alan Faber doO presente trabalho objetivou investigar o cotidiano de escravizados em suas vivências, modos de vida e relações sociais a partir de atos criminalizados que ocorreram na sociedade escravista de Diamantina, Minas Gerais, para o período de 1850 a 1888. Trata-se de um cotidiano de onde emergem os conflitos, ações, manifestações, comportamentos e expressões que operacionalizam as habilidades e capacidades intelectuais dos escravizados, bem como ações e reações perante situações e experiências cotidianas “imprevisíveis”. Ademais, o trabalho buscou investigar a origem, composição por faixa etária e por sexo, idade, grau de instrução, dentre outros aspectos relacionados ao perfil do segmento cativo, com vistas a compreender os vínculos de escravizados em relação a outros segmentos sociais, com os quais mantinham relações de trabalho, amizade, afetividade e animosidade. A pesquisa também ensejou discutir os dados acerca de duas categorias de atos criminalizados, sendo eles; os crimes contra a pessoa e contra a propriedade, a fim de compreender a ocorrência e significado desses atos para o cotidiano cativo e, consequentemente, para a sociedade escravista do espaço social estudado. Nesse sentido, para cumprir tais objetivos, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, em literatura pertinente ao tema, e pesquisa documental através de processos-crime e inquéritos policiais em que cativos se configuram como réus. Trata-se de fontes cartorárias manuscritas, que pertencem ao acervo da Biblioteca Antônio Torres, sediada em Diamantina-MG. Em vista disso, foi possível perscrutar na análise acerca das especificidades (relações de ciúmes, intrigas, vinganças, relações de amizade, parceria e solidariedade) do cotidiano do segmento escravizado. Ressalta-se que os atores sociais investigados marcaram o cotidiano da escravidão com suas experiências e deixaram legados para recordar suas trajetórias fugazes, ainda que suas vivências fossem “destinadas a não deixar rastros”.Item Liames das escolas rurais com a resistência da cultura caipira em comunidades camponesas no município de Diamantina-MG(UFVJM, 2022) Dias, Ana Paula Ferreira; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Cambraia, Rosana Passos; Fávero, Claudenir; Alentejano, Paulo Roberto Raposo; Acçolini, GrazieleO presente trabalho de mestrado procurou conhecer e compreender como o processo ensino e aprendizagem, na relação campo/rural, se encontram atualmente nos modelos de ensino e projetos pedagógicos das escolas localizadas no campo do município de Diamantina (Minas Gerais). Assim, buscamos considerar, por meio de um estudo bibliográfico sistematizado, os conceitos de Caipira e Camponês e sua relação com os processos educativos no campo. Acrescido de entender como a cultura e religiosidade, assim como a relação cultura e natureza, se fazem presentes entre os camponês-caipiras, e como são e/ou poderiam ser afirmativas de pertencimento do sujeito do campo no processo educativo do campo e sua interface com a Agroecologia. Elucidou as relações entre Cultura e os Projetos Políticos Pedagógicos no contexto da educação rural no município de Diamantina (Minas Gerais), para auxiliar, por meio das análises feitas, a Secretaria Municipal de Educação, em ações e parcerias para a consolidação de um projeto de educação do campo e para o campo. A pesquisa é de cunho qualitativo, com estudo de revisão da literatura narrativa e sistemática, somadas às pesquisas bibliográficas e documentais, além do levantamento de dados, para assim elaborar uma teorização consistente. Foram pesquisados materiais didáticos voltados à educação do campo e os conjuntos de leis federais, estaduais e municipais sobre a educação diferenciada do campo. Realizamos o aprofundamento teórico sobre a cultura caipira, educação e a relação natureza e cultura. Concluímos que o conceito de caipira e de camponês não se opõem, ao contrário, se complementam; o princípio educativo não escolar, em relação às crianças do campo, se dá, primeiramente, pela religiosidade e cultura caipira, assim, a produção de alimento e a alimentação são parte fundantes do processo educativo; que há ausência de uma discussão teórica aprofundada do conceito de cultura caipira nos processos educativos das escolas do campo e no campo no município de Diamantina (Minas Gerais). Nas análises em que aprofundamos a questão dos aspectos curriculares e a Cultura, enquanto conjunto de saberes que podem ser dialogados em sala de aula, percebemos que os currículos examinados das três escolas do campo de Diamantina (Minas Gerais), apesar de demonstrar interesse na valorização da cultura do alunado, não tem consolidado que cultura é essa, só havendo menção às culturas indígena e quilombola, previstas nos temas transversais, não fazendo referência ao modo de vida principiador da cultura caipira.Item Diamantes de capa verde do distrito de Diamantina - Brasil: contribuições sobre a gênese do diamante, ascensão e proveniência(UFVJM, 2022) Müller, Anna Cecília; Fontana, Eduardo; Oliveira, Lucilia Aparecida Ramos de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fontana, Eduardo; Oliveira, Lucilia Aparecida Ramos de; Fraga, Lucio Mauro Soares; Amorim, Lucas Eustáquio Dias; Cipriano, Ricardo Augusto ScholzOs diamantes do distrito de Diamantina não foram amplamente estudados quanto à sua gênese. Ainda há uma falta de informação sobre os processos que estes diamantes foram submetidos no manto e na ascensão do kimberlito, como a dissolução do carbono. Além disso, a rocha fonte destes depósitos de diamantes permanece desconhecida e, sua origem proximal ou distal tem sido objeto de intenso debate científico por décadas. Este trabalho visa fornecer contribuições sobre a gênese, ascenção e proveniência dos diamantes do distrito de Diamantina, estudando 13 amostras da região de São João da Chapada (SJ) e 11 do Rio Jequitionha (JR). Através da análise de suas inclusões minerais, da caracterização das feições de superfície destes cristais e de suas propriedades espectrais por FTIR, este trabalho pretende revelar alguns fragmentos de sua história. Em resumo, os dados obtidos sugerem que um ambiente mantélico peridotitico precedeu o momento de cristalização dos diamantes, uma vez que, uma inclusão de forsterita foi encontrada entre os diamantes do lote JR. O período de permanência destes cristais no manto cratônico foi assumido como de aproximadamente 3 Ga, uma vez que seu estado de agregação de nitrogênio é maduro sob uma temperatura (modelo) de ~1170°C. Além disso, a presença de trigons de fundo plano na superfície indica que, ambos lotes reagiram com magmas ricos em H2O no último estágio do evento kimberlítico. Encontramos também uma correlação entre a formação de ruts das amostras JR e a cristalização de um kimberlito vulcanoclástico muito oxidado, sob uma temperatura de ~1040ºC. Após a cristalização e erosão do kimberlito, o transporte de diamantes deixou marcas de abrasão presentes em todos os diamantes JR. Entretanto, a ausência de tais marcas nos diamantes SJ, indica que sua fonte pode estar próxima (dentro de uma distância inferior a 50km), apesar de permanecer desconhecida. Finalmente, a exumação destes diamantes e a cristalização dos kimberlitos são eventos que datam de pelo menos 1,7Ga, uma vez que esta é a idade das rochas hospedeiras dos diamantes da formação Sopa Brumadinho. Dado que os diamantes cratônicos permancem por cerca de 3 bilhões de anos armazenados no manto litosférico, isto sugere que a idade de cristalização dos diamantes SJ e JR foi aproximadamente durante o período NeoProterozoico.Item A Seresta Diamantinense: criação de uma biblioteca digital(UFVJM, 2021) Rocha, Tatielly Rosa; Magnani, Maria Cláudia Almeida Orlando; Amaral, Flávia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Magnani, Maria Cláudia Almeida Orlando; Arruda, Rogério Pereira de; Santos, Frederico SilvaO presente trabalho objetivou a criação de uma Biblioteca digital de acesso gratuito e universal, com intuito de promover a difusão da história da seresta diamantinense. Foram disponibilizadas informações sobre a seresta e grupos seresteiros e foi feita também a transcrição de partituras com a finalidade de propiciar a pesquisa a musicistas e estudiosos em geral. Considerando a seresta como um dos importantes elementos de identidade do povo diamantinense, a importância desta pesquisa se deve também ao fato de serem raros os estudos específicos sobre o tema e de que são escassos os veículos de informação sobre a seresta em geral. Foi utilizada como metodologia de transcrição e registros em partituras das produções fonográficas o programa Sibelius, assim como para a gravação e conversão dos álbuns identificados na pesquisa, utilizamos o Audacity. A metodologia envolveu também a descrição dos grupos de seresta (possibilitada pela pesquisa bibliográfica, discográfica, documental e informações fornecidas pelos componentes dos grupos, em sua maioria por email ou mensagens pelas redes sociais) e procedimentos peculiares para construção de um site, no qual está hospedada a biblioteca digital. Além de divulgar a história da seresta, incentivar e facilitar a pesquisa sobre este tema, intentamos, outrossim, a partir dessa biblioteca, estabelecer uma ponte de diálogo com a comunidade local, força motriz para execução deste trabalho.Item Trabalhadores, terra, sindicato: sindicalismo rural em Diamantina – MG (1970-1985)(UFVJM, 2020) Pinheiro, Túlio Henrique; Chaves, Edneila Rodrigues; Nascimento, Alan Faber do; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Chaves, Edneila Rodrigues; Nascimento, Alan Faber do; Stocco, Aline Faé; Borges, Kátia Franciele Corrêa; Barbosa, Rômulo Soares; Martins, Marcos LobatoAborda-se nessa dissertação sobre a sindicalização de trabalhadores rurais em Diamantina no período entre 1970 até 1985. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Diamantina assumiu significativa importância no meio rural do município. Trabalhou-se com a hipótese de que o movimento de sindicalização para o segmento de trabalhadores rurais, ocorrido em Diamantina, tenha trazido mudanças nos modos de vida e de trabalho dos trabalhadores rurais, gerando uma relação proximal dos trabalhadores para com o Sindicato. Diante disso, desenvolveu-se a temática desse estudo buscando investigar os determinantes da relação trabalhadores rurais e Sindicato em Diamantina, tomando como ponto de partida o processo de sindicalização. O recorte temporal desse estudo compreende aos anos de 1970 a 1985. Foi no ano de 1970 em que a fundação de um sindicato para trabalhadores rurais em Diamantina foi colocado em debate. O fim do recorte temporal em 1985 justifica-se pela conjuntura da redemocratização do País, o que implicou em mudanças na esfera sindical. Tendo em vista a questão central de investigação sobre a sindicalização de trabalhadores rurais em Diamantina, os objetivos específicos, são: identificar os trabalhadores rurais e suas dinâmicas de trabalho; investigar sobre o processo de criação do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Diamantina, com a identificação dos segmentos envolvidos; investigar sobre a sindicalização de trabalhadores rurais, com verificação da atuação da instituição na prestação de assistência ao trabalhador rural e com verificação dos significados que os trabalhadores formularam sobre essa atuação do Sindicato. A pesquisa foi desenvolvida por meio de uma combinação de fontes. Trabalhou-se com documentação administrativa do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Diamantina, com fontes jornalísticas do Jornal Voz de Diamantina e foi realizado trabalho de campo, com produção de fonte oral, por meio da orientação teórico-metodológica da história oral. Confirmou-se a hipótese de que a sindicalização para o segmento de trabalhadores rurais em Diamantina promoveu mudanças nos modos de vida e de trabalho desse segmento. Os trabalhadores formularam significados de relevância para o Sindicato na sua atuação frente à intermediação na prestação de assistência ao trabalhador rural, que consistiu em benefícios relativos à assistência médica, odontológica e ao benefício da aposentadoria.Item Escola Normal Oficial de Diamantina - instalação e supressão: representação pela imprensa local - 1928 -1938(UFVJM, 2020) Nascimento, Mônica do Carmo; Vieira, Flávio César Freitas; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Vieira, Flávio César Freitas; Pinto, Helder de Moraes; Santos, Dayse Lucide SilvaO presente trabalho integra o campo de pesquisa da História das Instituições Educacionais, com o tema Representação da Escola Normal Oficial de Diamantina pela Imprensa local, no período de 1928 a 1938. Essa delimitação temporal está vinculada a história da escola, sendo que 1928 foi o ano de sua oficialização, ou seja, sua estadualização. Antes, era particular e denominava-se Escola Normal Regional Américo Lopes, fundada em 1913 pelo Professor Leopoldo Miranda, sua esposa e professores abnegados. O ano de 1938 foi o fechamento da escola, suprimida pelo Governador Benedito Valadares que fechou também mais cinco escolas normais, em Minas Gerais. Em 1951, a escola voltou a funcionar, após ato de reinstalação do Governador e diamantinense Juscelino Kubitscheck, e atualmente continua funcionando com denominação de Escola Estadual Professor Leopoldo Miranda. O objejtivo geral , portanto, foi investigar a representação da Escola Normal Oficial de Diamantina sob a ótica da imprensa local, sendo os objetivos específicos compreender o contexto político e social, a legislação vigente e as possíveis influências na instalação e funcionamento da escola; identificar a representação da Escola junto a comunidade diamantinense por meio da imprensa; e articular junto a atual Escola Estadual Professor Leopoldo Miranda a conscientização da gestão do arquivo escolar pela escola, e para os estudos da História da Educação local e regional. Esta pesqusia foi fundamentada com a metodologia da pesquisa documental e revisão bibliográfica sobre as instituiçoes educacionais e escolas normais na Primeira República e Era Vargas, tendo como principais suportes SAVIANI (2004), ARAÚJO; FREITAS; LOPES (2007), VEIGA (2011), ROCHA (2004), FARIA FILHO (2000) e VIEIRA (2011). A pesquisa documental foi realizada com os jornais Estrella Polar, Pão de Santo Antônio e Vóz de Diamantina, bem como Atas da Câmara Municipal de Diamantina. Antemão a categoria de análise dessa investigação seria cultura escolar, mas após percurso metodológico por onze arquivos, e a ausência dos documentos oficiais da escola, houve alteração da rota e seguiu-se pelo trato do jornais Diamantinense. Pela ótica dos chamados “Homens da Imprensa”, foi possível visualizar a Escola Normal Oficial de Diamantina representada nas atividades realizadas, na participação aos eventos e festividades da cidade, pelos atos e decretos do Governo, notícias dos sujeitos que a compunham, do corpo docente e discente, desde sua instalação até a supressão.Item Do ouro ao diamante - a paisagem da mineração no Alto Vale do Jequitinhonha: estudo do Complexo Arqueológico Borbas, século XIX, Diamantina/MG(UFVJM, 2020) Demétrio, Gilson Junio de Andrade; Fagundes, Marcelo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fagundes, Marcelo; Fonseca, Vitória Azevedo da; Morais, Marcelino Santos de; Mucida, Danielle PiuzanaO Complexo Arqueológico Borbas, localizado no município de Diamantina/MG, em um trecho de Estrada Real e fixado na Serra do Espinhaço Meridional, próximo ao distrito de Vau é grande achado da arqueologia histórica da região, que compreende um conjunto de 28 estruturas de pedra em junta seca ligadas a mineração do diamante, entre muros de contenção, desvios de rio e barragens, reconhecidas, vividas e descritas pelos viajantes/naturalistas estudados ao longo da pesquisa. A relevância da área de estudo se justifica por consistir em um excepcional remanescente das tecnologias de exploração mineral colonial do ouro e diamante, ainda pouco conhecidos e estudados na região. O objetivo norteador da pesquisa é evidenciar e analisar as estruturas de mineração na área, buscando um entendimento dos processos de exploração aplicados. Foram realizadas prospecções arqueológicas, limpezas de superfícies, fotografias, levantamentos fotogramétricos, croquis e plantas na unidade de mineração. Como resultado, na tentativa de compreender as estruturas arqueológicas ligadas à mineração, notou-se a importância de se discutir a forma como se dava as relações ambientais e econômicas da região no período do século XIX. Partindo do princípio de relato dos viajantes/naturalistas, geoprocessamento e acervos, associados as técnicas de garimpo e a cultura material presente, assim, como a geodiversidade local, foi possível registrar o sítio arqueológico no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e por meio das análises das estruturas entender como funcionava a Unidade Mineradora. Desta forma, a espacialização dos vestígios e compreensão do(s) serviço(s) de mineração formaram os alicerces que sustentaram a pesquisa, além de alavancar os estudos voltados a arqueologia histórica, sobretudo arqueologia da mineração, ainda escasso de referências à região de Diamantina e do Alto Vale do Jequitinhonha.Item Fundação Universidade do Vale do Jequitinhonha: o primeiro projeto de universidade na cidade educacional (Diamantina-MG, 1965-1974)(UFVJM, 2019) Havenith, Sashanicol Rocha; Neves, Leonardo dos Santos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Neves, Leonardo dos Santos; Vieira, Flávio César Freitas; Santos, Dayse Lúcide SilvaA pesquisa teve como foco investigar o processo histórico de criação da Fundação Universidade do Vale do Jequitinhonha (FUVJ) sob o ponto de vista da sua relação com a comunidade local e com a legislação educacional para o ensino superior. A FUVJ foi entidade mantenedora da Faculdade de Filosofia e Letras de Diamantina e representou o início do ensino superior direcionado à formação docente no Vale do Jequitinhonha. O recorte temporal inicia-se em dezembro de 1965, quando por intermédio da Lei Estadual nº. 4.059, a Fundação Universidade do Vale do Jequitinhonha foi autorizada a se instituir e finaliza-se em setembro de 1974, com o Decreto Federal nº. 74.573, que concedeu o reconhecimento à faculdade e seus cursos. Adotou-se o método dialético a fim de compreender a pluridimensionalidade do objeto de estudo. Sob o aspecto epistemológico, realizou-se uma abordagem qualitativa. Utilizou-se da revisão de literatura a fim de relacionar a instituição com a política educacional para o ensino superior, na busca do conhecimento da realidade e suas conexões com a conjuntura política, econômica, social e cultural. Para compreender a instituição e suas interfaces com o contexto estadual, regional e local, foram utilizadas análises documentais (documentos oficiais, legislações e periódicos locais) e, ainda, entrevistas semiestruturadas, a fim de se problematizar a instituição estudada na sua relação com a comunidade envolvente. Em relação às conclusões da pesquisa, observa-se que as motivações para a criação da FUVJ estiveram relacionadas tanto ao contexto de interiorização do ensino superior promovido pelo poder público estadual, quanto ao anseio social em transformar a cidade educacional, em cidade universitária. Esta pesquisa também contribuiu para revelar cientificamente a importância local e regional da instituição. Por fim, considerando a natureza profissional do Mestrado em Educação no qual esta pesquisa se insere, apresenta-se como proposta de produto final a reestruturação/reorganização do Memorial da FEVALE, a fim de que este possa ser além de um espaço de conservação da memória institucional, um ambiente que possibilite refletir sobre a instituição, que possa demonstrar a sua importância histórica e esteja disponível a visitações, estimulando e promovendo conhecimento e futuras investigações científicas.Item Memórias marginais do Beco do Mota: mulheres e crianças no cenário da prostituição(UFVJM, 2019) Teodoro, Débora Antonieta Silva Barcellos; Vale, Teresa Cristina de Souza Cardoso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Vale, Teresa Cristina de Souza Cardoso; Mattos, André Luis Lopes Borges de; Lobo, Barbara Natalia Lages; Carvalho, Keila Auxiliadora deEste trabalho tem por finalidade registrar e analisar memórias marginais referentes a prostitutas do Beco do Mota, em Diamantina/MG, no período de 1950 a 1969. Por memórias marginais se entendem aquelas que se distinguem do discurso hegemônico e dos documentos escritos da época, levantados a partir de textos do jornal Voz de Diamantina. Este propósito dialoga com as novas concepções dos estudos contemporâneos das ciências Humanas no que diz respeito à valorização das memórias, tornadas fontes históricas a partir da metodologia da história oral. A importância desta empreitada é enriquecer as discussões a respeito da prostituição e da perspectiva romantizada acerca o Beco do Mota, a partir da amplificação de memórias e histórias que concorrem com os registros predominantes sobre a temática. Para tanto, realizaram-se discussões a respeito das relações sexuais ao longo da história, do lugar da mulher nas sociedades e da prostituição; foram analisados textos de jornal publicados no período do recorte temporal proposto e, por fim, apresentaram-se memórias constituídas a partir da coleta de relatos orais de depoentes que tiveram algum tipo de vínculo com mulheres que trabalharam como prostitutas na mais famosa zona de meretrício diamantinense. Os textos de jornal analisados demonstraram as influências da associação entre imprensa diamantinense e Igreja católica sobre a condução moral da sociedade, a qual distinguia mulheres entre boas e más, de modo a criar um dualismo entre esposas e prostitutas. A análise dos textos jornalísticos permitiu, também, compreender a relação entre a Ditadura Militar (1964-1985) com a extinção do meretrício no Beco do Mota. Deste modo, subjetividades das meretrizes permaneceram apagadas dos registros históricos, em função tanto do estigma que paira, historicamente, sobre a prostituição quanto do imaginário coletivo fomentado pelo discurso hegemônico local. Já as memórias apresentadas a partir da produção das fontes orais revelaram uma série de especificidades referentes às prostitutas que não eram sequer mencionadas nos registros escritos, tais como: a dedicação à maternidade; os passados de violação sexual e violência vivenciados por algumas; os laços de solidariedade delas entre si e em relação a outros sujeitos participantes do meretrício; fatos do cotidiano de seus filhos e filhas dentro e fora da zona de meretrício; a vaidade intrínseca ao universo feminino; afetos; relações familiares construídas após o desmantelamento das zonas do Beco do Mota. A partir das narrativas de um depoente filho de uma ex-prostituta emergiram detalhes sobre o cotidiano de uma criança que passou parte de sua infância na zona boêmia, o que se configurou como um elemento inesperado e agregador ao trabalho.