Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Avaliação in vitro das atividades antioxidante e anti-inflamatória de extratos de diferentes partes da espécie Miconia ferruginata DC.(UFVJM, 2021) Lima, Artenizia Criste; Martins, Helen Rodrigues; Almeida, Valéria Gomes de; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Martins, Helen Rodrigues; Oliveira, Eduardo de Jesus; Esteves, Elizabethe AdrianaA importância das plantas medicinais e seus efeitos terapêuticos vêm sendo constatada ao longo do tempo, e muitas vezes, estas são usadas como único recurso para o tratamento de diversas doenças. A espécie Miconia ferruginata DC. (Melastomataceae) é conhecida popularmente como pixirica-do-campo ou babatenão, tem sido usada na medicina popular para tratar inflamações e infecções. Considerando o seu uso popular e os resultados promissores para o potencial anti-inflamatório, antitumoral e antioxidante, maiores esforços na investigação terapêutica da M. ferruginata tornam-se necessários, a fim de validar tal potencial. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar as atividades antioxidante e anti-inflamatória de extratos etanólicos brutos de folhas, do caule, de inflorescência e da casca da espécie Miconia ferruginata DC. A quantificação de compostos fenólicos e a avaliação da atividade antioxidante in vitro dos extratos foi realizada por meio da espectrofotometria. Todos os extratos brutos de Miconia ferruginata apresentaram teores de compostos fenólicos totais (CFT) com destaque para o extrato de inflorescência (120,137 mg EAG/g extrato). A atividade redutora dos extratos avaliada pela captura do radical DPPH● demonstrou maior captura para o extrato de caule (EC50 de 483,58 μg/mL μg/mL). A citotoxicidade dos extratos foi avaliada sobre células mononucleares do sangue periférico (PBMC) humano, após 24 horas ou cinco dias de cultura, empregando o método de exclusão com azul de Tripan. Concentrações não tóxicas dos extratos M. ferruginata foram utilizadas para avaliar o efeito dos extratos sobre a proliferação de linfócitos e suas subpopulações TCD4 e TCD8, observando-se o decaimento da fluorescência de células marcadas com VPD450, em culturas estimuladas pela fitohemaglutinina (PHA). Os extratos apresentaram efeito inibitório sobre a resposta proliferativa de linfócitos e de suas subpopulações T CD4 e T CD8. A produção das citocinas pró-inflamatórias (IFN-γ, TNF-α e IL-2) por PBMC tratadas com os extratos e estimuladas com PMA e ionomicina também foi avaliada, utilizando a técnica de citometria de fluxo. Os extratos não tiveram efeito sobre a produção das citocinas IFN-γ e TNF-α pelos linfócitos totais. No entanto, houve diminuição de IL-2 em linfócitos totais tratados com extrato bruto de inflorescência. Assim, no presente estudo os extratos etanólicos brutos de Miconia ferruginata mostraram atividade antiproliferativa, a inibição da proliferação de linfócitos pelo extrato de inflorescência parece estar associada à inibição da citocina mitogênica IL-2. É provável que a atividade antioxidante observada possa estar relacionada a presença de compostos fenólicos nos extratos brutos de folhas, de caule, de inflorescência e da casca, sendo necessário maiores investigações para comprovação da provável associação destas atividades.Item Estudo fitoquímico e avaliação de potencial tóxico da espécie Ageratum fastigiatum (Gardner) RM King & H. Rob (Asteraceae)(UFVJM, 2019) Faria, Filipe de Castro; Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Santos, Antonio Sousa; Ruela, Fernando ArminiA utilização de plantas medicinais regionais pela população tem levado a um aumento dos estudos para analisar o potencial tóxico das plantas. Além disso, o interesse das indústrias e institutos de pesquisa por plantas medicinais também aumentou. A espécie Ageratum fastigiatum (Gardner) RM King & H. Rob (Asteraceae) é conhecida popularmente como Matapasto ou Enxota e, ocorre naturalmente na região de Cerrado, inclusive no município de Diamantina (MG), região do Vale do Jequitinhonha e Mucuri. Essa planta é utiliza com anti-inflamatório, analgésico e cicatrizante usado topicamente em preparações alcoólicas ou hidroalcoólicas. Assim se faz necessário a triagem toxicológica da espécie botânica. A planta foi colhida no Campus JK da UFVJM e foram preparados o extrato etanólico bruto das partes aéreas e suas fases hexânica, diclorometânica e hidroalcoólica através de partição liquido-liquido. Foi realizado um screening fitoquímico para a identificação das principais classes de metabólitos especiais nas fases. Na fase hexânica foram detectados cumarinas e triterpenos/esteroides; na fase diclorometânica foram detectados cumarinas, triterpenos/esteroides e taninos hidrolisáveis, na fase hidroalcoólica foram detectados alcaloides, cumarinas, saponinas, triterpenos/esteroides e taninos hidrolisáveis. Foi feita a análise das fases hexânica e diclorometânica em CG/EM e foram identificados sesquiterpenos, constituintes graxos, triterpenos, base nitrogenada, monossacarídeo, alcaloide pirrolizidínico (licopsamina), aldeído,cetona, compostos fenólicos. Foi utilizada CLAE/DAD para análise do perfil fitoquímico da fase hidroalcoólica, observando-se a presença de provável de constituintes poliinsaturados. Para a triagem toxicológica do extrato bruto e de suas fases foram empregadas duas metodologias: ensaio de letalidade com o microcrustáceo Artemia salina Leach, e o ensaio de viabilidade de células da linhagem L929, proveniente de tecido conjuntivo de camundongo. Os resultados demonstraram certa toxicidade do extrato e das fases, utilizando a artemia a fase hidroalcoólica apresentou maior toxicidade apresentando CL50 de 1,333mg/mL e o extrato etanólico bruto obteve CL50 de 4,814mg/mL, sendo o menos tóxico. No ensaio com as células L929 a fase diclorometânica foi a mais tóxica, chegando a reduzir 95,48% da viabilidade das células e apresentando CC50 de 11,39 µg/mL e a fase hidroalcoólica foi considerada a menos tóxica apresentando porcentagem de morte celular variando de 55,67 a 19,38, com CC50 de 174,2 µg/mL. O estudo sugere que o extrato etanólico de A. fastigiatum possui constitituintes que corroboram seu uso na medicina popular como anti-inflamatório e a detecção de toxicidade pode ser um indicativo para avaliar ação antitumoral do extrato e de substâncias isoladas da planta e para utilizar a planta na medicina popular de forma racional.Item Atividade antioxidante e citotoxicidade de plantas do Campo Rupestre brasileiro: Gomphrena arborescens L.f., Gomphrena virgata Mart., Miconia ferruginata DC. e Vochysia elliptica Mart.(UFVJM, 2017) Cruz, Dayana Barbosa da; Rodrigues, Ana Paula; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rodrigues, Ana Paula; Morais, Harriman Aley; Oliveira, Eduardo de JesusAs plantas medicinais têm sido utilizadas pela humanidade, desde seus primórdios, com finalidades terapêuticas. Atualmente, cerca de 25% dos medicamentos são obtidos de espécies vegetais. Considerando a enorme biodiversidade do nosso país destaca-se o potencial para a descoberta de novas moléculas bioativas oriundas de produtos naturais. Espécies radicalares são produzidas continuamente em processos metabólicos fisiológicos, no entanto o desequilíbrio entre agentes pró-oxidantes e defesas antioxidantes provoca o aumento de espécies reativas circulantes conduzindo ao estresse oxidativo relacionado a etiologia de doenças cardiovasculares, inflamatórias, imunológicas, e relacionadas ao processo de envelhecimento como o Alzheimer e Parkinson. Para prevenir esse processo e as consequências ao organismo, tem-se aumentado a busca de compostos antioxidantes. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antioxidante de cinco extratos etanólicos brutos de partes aéreas ou raíz de espécies vegetais já utilizadas na medicina popular da região. Estas espécies foram: Gomphrena arborescens L.f. e Gomphrena virgata Mart. (Amarantaceae),Miconia ferruginata DC. (Melastomataceae) e Vochysia elliptica Mart. (Vochysiaceae), coletadas no município de Diamantina – MG e regiões subjacentes. Utilizando a metodologia de Folin-Ciocalteau pode-se observar que todos os extratos, exceto G. virgata raíz, apresentaram teores de compostos fenólicos totais (CFT) com destaque para V. elliptica e M. ferruginata (792,36 e 561,89 mg EAG/g extrato, respectivamente). A atividade redutora dos extratos avaliada pela captura de radicais DPPH● e ABTS●+ demonstrou maior captura para os extratos com maior teor de CFT, sendo esta correlação forte e positiva. Realizou-se ainda, avaliação da interferência dos extratos na atividade sequestradora de radicais gerados em um sistema HRP/Luminol/H2O2 e também os efeitos sobre o burst oxidativo de neutrófilos humanos isolados, ativados com PMA. Apenas os extratos de V. elliptica e M. ferruginata foram testados, apresentando atividade protetora frente as espécies radicalares produzidas tanto pelo sistema, quanto pelo burst oxidativo. A avaliação da viabilidade celular de neutrófilos em cultura na presença de todos os extratos sem estímulos exteriores demonstrou que estes não são citotóxicos mesmo na maior concentração testada (1000 μg/mL), tendo a V. elliptica apresentado possível atividade citoprotetora nesta concentração.