Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Distribuição espacial e diversidade genética de Mauritia flexuosa(UFVJM, 2022) Nassau, Bárbara Rayane Ramos Muniz; Costa, Márcia Regina da; Pimenta, Márcio Antônio Silva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Márcia Regina da; Pimenta, Márcio Antônio Silva; Cavallari, Marcelo Mattos; Sanglard, Demerson ArrudaO estudo e a compreensão relacionada à distribuição espacial e a diversidade genética são relevantes para o manejo dos recursos genéticos florestais, planejamento de inventários amostrais e também para avaliar os impactos da exploração e fragmentação, além de estabelecer estratégias de amostragem em populações naturais. Mauritia flexuosa (Buriti) é considerada como um recurso-chave e trata-se de uma espécie com alto potencial agronômico e biotecnológico. Devido à importância socioeconômica e ecológica, nos últimos anos tem crescido o número de pesquisas envolvendo M. flexuosa. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar o padrão espacial e a diversidade genética de uma população de Mauritia flexuosa contendo três gerações (G1, G2 e G3) em uma vereda localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Pandeiros, município de Bonito de Minas, Norte de Minas Gerais. Foi realizado o censo da área demarcada da população onde as 61 plantas adultas (G1), 47 juvenis (G2) e 52 regenerantes (G3) foram identificadas e o registro das coordenadas geográficas realizado com o auxílio de um aparelho de GPS, totalizando 160 indivíduos. A área amostral foi de aproximadamente 301.785 m2. Para o cálculo da distribuição espacial, foi aplicado a função K de Ripley univariada (software R). As classes G1 (Adulto), G2 (Juvenil) e G3 (Regenerantes) apresentaram padrão espacial agregado, aleatório e isolado variando em função da distância. Os padrões registrados são resultados das síndromes de dispersão das espécies, padrão de distribuição de frutos ou sementes, reprodução da germinação e heterogeneidade do habitat. Para estudar a diversidade e estrutura genética, foram coletadas folhas dos indivíduos das três classes (G1, G2 e G3) para extração de DNA, sendo utilizados cinco primers microssatélites. Os marcadores apresentaram alto grau de polimorfismo, as estimativas de diversidade genética indicaram média de 7,8 alelos/loci e a heterozigosidade observada (Ho) foi menor que a heterozigosidade esperada (He) na população e nos níveis de locos. O índice de Shannon (I) indicou diversidade e riqueza genotípica moderadas na população; presença de alelos exclusivos em diferentes gerações; moderada estrutura de distribuição populacional e maior diversidade entre as gerações. As classes G1 e G2 apresentaram similaridade genética maior, enquanto G3 exibiu características genéticas mais distantes. Tais resultados revelaram menor diversidade genética entre indivíduos regenerantes e maior entre adultos, além da presença de estruturação, provavelmente, devido a região deste estudo ser fragmentada e degradada, o que contribui para redução da diversidade genética de Mauritia flexuosa ao longo das gerações. Assim, este trabalho visou fornecer informações que possam subsidiar ações de conservação, manejo e programas de melhoramento e recuperação de áreas degradadas.Item Aspectos epidemiológicos da leishmaniose tegumentar em municípios da Superintendência Regional de Saúde de Diamantina, Minas Gerais, Brasil(UFVJM, 2021) Carvalho, Carolina Di Pietro; Dias, João Victor Leite; Pires, Herton Helder Rocha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Dias, João Victor Leite; Nunes, Ana Paula Nogueira; Machado de Assis, Girley Francisco; Morais, Harriman AleyA Leishmaniose Tegumentar (LT) é uma infecção de transmissão vetorial causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, com ampla distribuição global e diferentes padrões de transmissão, o que resulta em um conhecimento ainda limitado sobre alguns aspectos biológicos/ecológicos envolvidos na epidemiologia da doença, dificultando o seu controle. O presente estudo objetivou ampliar o conhecimento sobre a distribuição espacial da LT em 33 municípios de região endêmica do estado de Minas Gerais, bem como sobre os aspectos assistenciais e o impacto da doença percebido pelos pacientes submetidos ao tratamento. Utilizando como metodologia ferramentas de análise espacial, dados epidemiológicos dos casos novos notificados de LT, no período de 2005 a 2019, a distribuição espacial das localidades positivas para casos de LT foi analisada por meio de estimadores de densidade de Kernel e a identificação de clusters de alto risco para LT por meio da estatística de varredura Scan. Além disso, foram aplicados dois questionários às pessoas diagnosticadas e tratadas nos anos de 2018 e 2019. Foram registrados 998 casos novos de LT, com distribuição espacial heterogênea pela região estudada, o maior número de registros ocorreu nos anos 2010, 2011 e 2018. Identificaram-se 11 clusters de alto risco para ocorrência de LT com risco relativo de até 70,9. A maioria dos acometidos era residente na zona rural (67,4%), do sexo masculino (55,5%), com idade média de 43 anos e escolaridade de até ensino fundamental completo (51,9%). Em relação à evolução clínica, 62,9% dos casos evoluíram para cura. Os pacientes submetidos à terapia intralesional perceberam um menor impacto da LT e uma maior satisfação com o tratamento e os serviços de saúde do que os pacientes tratados por via sistêmica. De maneira geral, a chance de alto impacto da LT associou-se à ocorrência de complicações/reações durante o tratamento, gastos extras e menor renda. Já a baixa satisfação associou-se ao alto impacto da LT, complicações/reações durante o tratamento e maior renda familiar. Abordar o padrão espacial de ocorrência da LT, suas características epidemiológicas, bem como a organização assistencial à saúde, são importantes e constituem ferramenta valiosa para o planejamento e execução das atividades de vigilância em saúde e assistência.Item Fatores sociais e ambientais associados à ocorrência da esquistossomose no município de Serro, Minas Gerais(UFVJM, 2016) Siste, Carlos Eduardo; Pires, Herton Helder Rocha; Dias, João Victor Leite; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pires, Herton Helder Rocha; Fernandes, Daisy de Rezende Figueiredo; Silva, Carlos José de Paula; Morais, Harriman AleyA esquistossomose mansoni é uma doença tropical negligenciada afetando anualmente milhões de pessoas em todo mundo. É provocada pelo parasito Schistosoma mansoni que, além do hospedeiro definitivo, depende do ambiente aquático e de caramujos do gênero Biomphalaria como hospedeiro intermediário para completar seu ciclo biológico. De uma forma geral, sua ocorrência está associada a grupos sociais vulneráveis vivendo em áreas deficitárias em serviços de saneamento ambiental e a padrões de comportamento da população. Além disso, alterações promovidas no ambiente por atividades humanas em diferentes contextos, sobretudo aquelas que afetam diretamente as coleções hídricas podem favorecer a instalação ou manutenção de focos da doença. Desta forma, o presente estudo objetivou analisar os fatores ambientais e sociais associados à dinâmica de ocorrência da esquistossomose no município de Serro, estado de Minas Gerais. Para tanto, conduziu-se estudo epidemiológico, de caráter descritivo e quantitativo dos casos de esquistossomose ocorridos no período 2010-2014, a partir de dados levantados junto ao Programa de Controle da Esquistossomose de Serro e de entrevistas com a população. Foram identificados 352 casos diagnosticados no período considerado, dentre os quais 104 participaram das entrevistas. Da população total afetada, observou-se ser esta predominantemente masculina (62,78%), em idade economicamente ativa de 15-59 anos (80,1%), com ensino fundamental incompleto (52,8%) e residindo na área rural (81,5%). Dentre os entrevistados, a maioria era natural do próprio município (84,7%), morando na atual residência há mais de 20 anos (70%) na qual convivem de 3-6 pessoas (65,4%). A principal forma de ocupação são as atividades agropecuárias (48,1%), com a maioria mantendo hábito regular de fazer exames e consultas médicas (62,5%). A maior parte faz uso de água proveniente de nascentes (56,7%) e consideram a água consumida nas casas de boa qualidade (86,5%). A maioria das moradias possui banheiro com vaso sanitário (79,8%) destinando o esgoto para fossas secas no quintal ou rede de esgoto da rua (73,1%). É expressivo o número daqueles que declararam frequentar semanal (90,4%) ou quinzenalmente (79,7%) rios, ribeirões e córregos (74,5%), cachoeiras (13,8%) e açudes (9,6%) na região, na maioria das vezes mantendo contato com as águas para pescar (55,3%), nadar (56,6%) e fazer travessia de caminho (41,5%). A maioria dos entrevistados declarou ter alguma informação sobre a doença antes de ser diagnosticado infectado (81,7%) e 62,5% não retornaram aos serviços de saúde para realizar o exame após tratamento medicamentoso. A distribuição da esquistossomose no município de Serro esteve significativamente agregada na porção leste do município, em áreas com menor variação na elevação e declividade, maiores índice de vegetação e umidade, associada a áreas com maior proporção de domicílios cujo esgotamento sanitário ocorria diretamente em cursos d’água. Observou-se, ainda, que o maior número de casos da doença ocorreu em localidades drenadas por rios da bacia hidrográfica do Rio Doce. Diante das particularidades apresentadas na extensão do município, principalmente em relação à espacialização da doença entre as duas grandes bacias hidrográficas do município (Jequitinhonha e Rio Doce), as informações apresentadas podem contribuir para o direcionamento das ações de controle na escala municipal, seja por meio de estruturação sanitária e ambiental, ou por meio de orientações quanto ao comportamento e exposição às coleções hídricas eventualmente contaminadas por parte da população.Item Leishmaniose visceral em municípios que compõem a Superintendência Regional de Saúde de Diamantina, com ênfase no município de Araçuaí, Minas Gerais(UFVJM, 2014) Ursine, Renata Luiz; Pires, Herton Helder Rocha; Morais, Harriman Aley; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pires, Herton Helder Rocha; Souza, Carina Margonari; Martins, Helen Rodrigues; Oliveira, Leida Calegário deCom o propósito de conhecer os aspectos epidemiológicos da Leishmaniose Visceral (LV) entre os municípios sob a jurisdição da Superintendência Regional de Saúde de Diamantina (SRSD), realizou-se um estudo da distribuição da LV humana e canina nestes por meio de dados disponibilizados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação e de dados registrados em livros da SRSD. No município com maior ocorrência da LV humana, realizou-se o georreferenciamento dos casos humanos e caninos associados a fatores ambientais e sociais; analisou-se a percepção das pessoas acometidas pela doença por meio de entrevistas; aspectos da estrutura e funcionamento do serviço de controle da doença foram analisados por meio de questionários. No período de 2007 a 2012 houve a notificação de 79 casos de LV humana e 451 cães positivos para a infecção canina nos municípios que compõem a SRSD. Nestes, a LV humana foi mais prevalente em crianças, pessoas do gênero masculino e residentes em áreas rurais. Em Araçuaí, município com maior transmissão da LV humana, houve a notificação de 41 casos de LV entre os anos de 2007 a 2013. Neste, a infecção acometeu principalmente crianças, pessoas do gênero masculino e residentes da área urbana. A distribuição espacial dos casos de LV humana e da infecção canina na área urbana do município de Araçuaí exibiu um padrão aglomerado, com agrupamentos de casos humanos estatisticamente significativos a distâncias superiores a 350 metros e agrupamentos estatisticamente significativos de cães infectados a distâncias superiores a 75 metros. A análise exploratória por meio do estimador de Kernel apontou para maior ocorrência de casos humanos e caninos na área central da cidade. Não foi observada relação entre o Índice de Vegetação da Diferença Normalizada e as áreas de maior ocorrência da doença. A análise socioambiental dos ambientes domiciliares das pessoas acometidas pela LV no município de Araçuaí revelou um predomínio de deficiências em estruturas de saneamento ambiental; presença de arbustos, árvores frutíferas e diferentes animais ao redor dos domicílios; proximidade com ambientes naturais e casas aglomeradas. Por meio das entrevistas com as pessoas que foram acometidas pela LV, foi possível perceber um desconhecimento em relação à doença, principalmente no que diz respeito às formas de transmissão. Pôde-se perceber também que os médicos tiveram dificuldade em diagnosticar a LV e que o tratamento que estes prescreveram para os pacientes foi, no geral, demorado. De forma geral, o município de Araçuaí desenvolve a maioria das ações propostas pelo Ministério da Saúde para o Programa de Controle da Leishmaniose Visceral (PCLV), contudo, há necessidade de melhor estruturação do serviço de controle da LV neste. A realização de planejamentos para os levantamentos das demandas de materiais para a execução dos diagnósticos da LV para que não os falte durante a realização dos inquéritos e o estabelecimento de condições para a execução de levantamentos entomológicos é uma necessidade premente. O investimento em trabalhos de educação em saúde para a população, educação continuada para os médicos, Agentes de Combate a Endemias e demais profissionais envolvidos no PCLV também é fundamental.