Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Análise da presença do SARS-CoV-2 em águas residuais, superficiais e ictiofauna em 8 municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Jequitinhonha
    (UFVJM, 2023) Macedo, Mariana Chayene Viana; Oliveira, Danilo Bretas de; Abreu, Filipe Vieira Santos de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Coronaviridae é uma grande família de vírus de RNA que podem provocar doenças em seres humanos e animais. Em humanos, os coronavírus causam infecções respiratórias, incluindo a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). No final do ano de 2019 foi descoberto um novo coronavírus, causador da COVID-19. É pacificado na literatura que o SARS-CoV-2 disseminase predominantemente por meio de aerossóis, porém há possibilidade de vias alternativas de transmissão ou reinfecção pelo ambiente. É de amplo conhecimento que indivíduos contaminados pelo SARS-CoV-2 eliminam o vírus em suas fezes, podendo o RNA viral ser detectado no esgoto. A Epidemiologia do Esgoto vem sendo explorada fortemente em todo o mundo para monitorar o esgoto urbano a fim de detectar a presença do vírus da COVID-19. Com essa ferramenta, é possível monitorar a presença ou não do RNA viral em determinada população através de análises moleculares. Assim, o objetivo deste trabalho é identificar a presença de SARS-CoV-2 em esgotos sanitários, em amostras de água e de peixes coletadas em rios que compõem a área da Bacia Hidrográfica do Rio Jequitinhonha ao longo do tempo. As coletas foram feitas mensalmente em 8 municípios da bacia do Jequitinhonha - Minas Gerais, sendo eles: Almenara, Araçuaí, Francisco Badaró, Grão Mogol, Jequitinhonha, Minas Novas, Padre Carvalho e Salinas, de dezembro 2020 a fevereiro de 2022. Em cada cidade foram coletados 3 litros de água de rio e 3 litros de esgoto bruto através de amostragem composta (1 litro a cada 30 minutos) que em seguida foram filtrados e armazenados em criotubos com RNAlater no freezer -80°. As detecções do RNA viral foram realizadas em laboratório por meio de ensaios de RT-qPCR. Ao total foram analisadas 109 amostras de esgoto, 128 amostras de água de rio e 444 amostras de muco de peixes. Todas as amostras de água de rio e peixes apresentaram resultados negativos para a detecção do RNA viral do SARS-CoV-2 por meio da técnica de PCR em tempo real. O RNA viral do SARS-CoV-2 foi detectado em 63,3% das amostras de esgoto. As maiores frequências de detecção no esgoto foram identificadas entre os meses de maio a setembro de 2021 (86,2%) e dezembro de 2021 a março de 2022 (77,8%). Esses achados evidenciam o grande potencial do uso de detecção do RNA viral no esgoto para monitorização ambiental do SARS-COV-2 em cidades. Além disso, nosso estudo evidencia que a técnica de epidemiologia baseada em águas residuais, pode ser fundamental para esse monitoramento em pequenas cidades distantes dos grandes centros urbanos, onde o acesso das pessoas ao diagnóstico individual é muito restrito. Outro fator que nosso estudo salienta é que apesar do vírus estar frequentemente presente no esgoto ele não é detectado nos rios e nem nos peixes da região, demonstrando uma restrição na disseminação ambiental.
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    Participação do sistema interferon na COVID-19 em crianças e sua relação com a evolução da doença, capacidades cognitiva e funcional e habilidades motoras
    (UFVJM, 2023) Ferreira, Alice dos Santos Nunes; Rocha Vieira, Etel; Matos, Mariana Aguiar de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Crianças infectadas por SARS-CoV-2 podem desenvolver a Síndrome Pós-COVID-19, apresentando sintomas persistentes, como dificuldade de concentração, perda de memória, fadiga, dispneia, entre outros. Em infecções virais, o sistema interferon (IFN) constitui a primeira linha de defesa e sabe-se que o SARS-CoV-2 pode inibir a via de indução do IFN. Desta forma, a Síndrome Pós-COVID-19 pode estar ligada à ativação deficiente ou insuficiente do sistema IFN. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a relação entre a ativação do sistema IFN e as capacidades cognitiva e funcional e habilidades motoras em crianças acometidas pela COVID-19. Trata-se de um estudo longitudinal e prospectivo, em que foi realizado o levantamento de dados clínicos das crianças diagnosticadas com COVID-19; avaliada a resposta antiviral pela quantificação da expressão de IFNA2, IFNB e IFNL2/3 e ISG 6-16 e OAS, em amostras de nasofaringe; e avaliada a capacidade cognitiva através do Mini Exame do Estado Mental (MEEM), teste de Fluência Verbal e Torre de Hanoi; funcional através do Incremental Shuttle Walking Test (ISWT) e habilidades motoras pelo Teste de Desenvolvimento Motor Grosso (TGMD-2), 6 meses após a infecção. Foram incluídas no estudo 16 crianças que tiveram COVID-19 no período de novembro de 2021 a março de 2022, sendo 68% do sexo feminino e idade média de 7,20 ± 1,90 anos. O sintoma mais frequente apresentando pelos participantes durante a infecção foi febre (87,54%). Em relação à avaliação cognitiva, 31% das crianças obtiveram resultado abaixo do esperado no MEEM e na avaliação das funções executivas pela Torre de Hanoi, os participantes erraram em média 1,20 ± 1,56 vezes, fizeram 13,40 ± 7,80 movimentos e executaram a tarefa em 56,00 ± 56,58 segundos. De acordo com o desempenho no TGMD-2, 36% das crianças ficaram abaixo da média. A distância média percorrida pelos participantes do estudo foi de 474,38 ± 149,94 m, sendo aproximadamente 2,62 vezes menor que a distância predita para o grupo. As crianças que ficaram abaixo da média no TGMD-2 tiveram maior expressão nasofaríngea de IFNB. No entanto, não foi encontrada relação entre as capacidades cognitiva e funcional, habilidades motoras e a expressão dos genes do sistema IFN na infecção pelo SARS-CoV-2.
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    Incidência de tromboembolismo em pacientes com COVID-19: análise de sobrevida
    (UFVJM, 2023) Baracho, Maria Nazaré Lopes; Lucas, Thabata Coaglio; Silva, Thales Philipe Rodrigues da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Introdução: A Síndrome da angústia respiratória 2 provocada pelo coronavirus pode levar à ativação da coagulação sanguínea, formação de trombo associado ao processo inflamatório e consequente dano vascular devido à sua potencialidade em ativar a endoteliopatia pulmonar extensa e o processo trombo inflamatório. Objetivo: Estimar os fatores associados à incidência do evento tromboembolismo em pacientes diagnosticados com COVID-19 entre março de 2020 e dezembro de 2021 na macrorregião de uma cidade no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais. Metodologia: Foi realizado um estudo epidemiológico do tipo coorte retrospectivo com análise dos prontuários de 815 pacientes que foram diagnosticados positivos para COVID-19 no período de março de 2020 a dezembro de 2021. Resultados: Quanto maior a internação do paciente menor foi a probabilidade de desenvolvimento de tromboembolismo venoso, a mediana do tempo de internação dos pacientes com evento tromboembolítico foi de 11 dias (IQ: 5 – 18), já a mediana do tempo de internação de pacientes que não tiveram o evento tromboembolítico foi de 7 dias (IQ: 4 – 11). Já, em relação ao tempo de internação (através da curva de Klaplan-Meyer), direcionado ao estudo de sobrevida, a mediana do tempo de internação dos pacientes com evento tromboembolítico prévio e que desenvolveram evento tromboembolismo na internação atual foi de 10 dias (IQ: 6 – 14), já a mediana do tempo de internação de pacientes que tiveram o evento tromboembolítico na internação atual e não tinham histórico de evento tromboembolítico prévio foi de 11 dias (IQ: 5 – 19). Conclusão: Percebeu-se que apresentar doenças crônicas (exceto: obesidade e câncer que não foram significativos no presente estudo), ser etilista e idade mediana de 59 anos aumentou a incidência para o paciente com COVID-19 apresentar algum evento tromboembolítico. Além disso, o sexo não influenciou na incidência de tromboembolismo por COVID-19. Por fim, a coexistência de métodos voltados à profilaxia antitrombótica é necessária na prevenção de eventos graves em pacientes com COVID-19, além disso, tal estudo contribui para que a equipe assistencial possa reduzir os agravos à saúde dos pacientes que porventura internarem por COVID-19.
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    O uso da tele Estomatologia no atendimento a pacientes geriátricos durante a pandemia da COVID-19
    (UFVJM, 2022) Santos, Larissa Kelly; Mesquita, Ana Terezinha Marques; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Lesões e alterações orais em idosos podem ocorrer frequentemente devido a alterações decorrentes do envelhecimento e/ou uso de medicamentos. Além disso, limitações funcionais e redução de mobilidade decorrentes da idade diminuem a acessibilidade dos idosos aos serviços de saúde, dificultando o diagnóstico e tratamento precoce de alterações em cavidade oral. Com a pandemia da COVID-19 e o isolamento social, o teleatendimento em saúde mostrou-se como forma alternativa aos atendimentos presenciais, além de ferramenta para a orientação de outros profissionais à distância. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar o uso da tele Estomatologia no atendimento de pacientes geriátricos durante a pandemia da COVID-19. Foi realizada coleta dos dados contidos nos prontuários dos pacientes idosos que utilizaram o serviço de tele Estomatologia no período de junho de 2020 a novembro de 2021 tais como idade, sexo, localização da lesão, diagnóstico clínico e histopatológico, tratamento, presença ou não de dor. A análise dos dados foi feita no programa Excel, com análise de frequência, média e porcentagem. Com os dados coletados obteve-se um total de 63 pacientes idosos atendidos por meio da tele Estomatologia. Dos 63 pacientes incluídos na pesquisa, 45 entraram em contato com o serviço pelo WhatsApp para realizar agendamento. A média de idade dos pacientes era de 69 anos, com idade mínima de 60 e máxima de 93 anos. A prevalência se deu por pacientes do sexo masculino, com um total de 35. Quanto a localização da lesão, a maior frequência foi de lesões em língua, seguido por lesões localizadas em lábio. Foi proposto a biópsia para 24 dos 63 pacientes da pesquisa como procedimento para diagnóstico complementar, sendo a desordem oral maligna e a desordem oral potencialmente maligna os resultados mais encontrados. Os resultados obtidos evidenciaram a importância do uso da tele Estomatologia como método de assistência à saúde da população, especialmente aos idosos. Além disso, contribuiu com o diagnóstico e tratamento realizados pelos demais profissionais da atenção primária à saúde, diminuindo consultas presenciais, evitando contaminação, agilizando o tratamento e reduzindo custos financeiros para a população e o sistema de saúde.
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    Avaliação assistencial dos Centros Estaduais de Atenção Especializada durante a pandemia Covid-19 em Minas Gerais
    (UFVJM, 2023) Barros, Elisangela Ribeiro; Dias, Ana Catarina Perez; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Dias, Ana Catarina Perez; Prat, Bernat Viñolas; Pires, Ivy Scorzi Cazzeli; Miranda, Lucilene Soares; Paes, Sílvia Regina
    INTRODUÇÃO: O Centro Estadual de Atenção Especializada (CEAE), um programa de atenção à saúde, de abrangência regional, de atenção especializada ambulatorial, onde é ordenado pela Atenção Básica (AB) com regulação do acesso. OBJETIVO: avaliar assistência dos Centros Estaduais de Atenção Especializada em Minas Gerais durante a pandemia .METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal descritivo, envolvendo os gerentes e coordenadores assistenciais dos Centros Estaduais de Atenção Especializada de Minas Gerais durante a pandemia de COVID-19. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nos 15 CEAEs as consultas presenciais médicas em 2021 tiveram uma redução pouco significativa, na maioria das especialidades, em relação a 2020 antes da pandemia do Covid-19, como verificamos no Gráfico 1.No entanto, algumas especialidades apresentaram expressiva redução como cardiologia (21,3%), nefrologia (40,0%),oftalmologia (48,4%) e urologia(51,1%).Além disso, as consultas obstétricas demonstraram um aumento de 15,4% em 2021 em relação ao ano anterior. Já a assistência presencial realizada pela equipe multiprofissional obteve uma relevante redução das consultas presenciais. Todas as consultas da equipe multiprofissional diminuíram em relação a 2020 antes da pandemia; consultas farmacêuticas(19,0%), serviço social(34,0%),nutrição(38,0%), psicologia(25,0%). Apenas as consultas de enfermagem tiveram uma redução (9,5%) menos significativa. A maioria dos CEAEs de Minas suspenderam de forma parcial os atendimentos presenciais em virtude da pandemia Covid-19 e a maior parte dos municípios de abrangências dos CEAEs continuaram a realizar os atendimentos especializados presencialmente e aderiram de forma parcial ao atendimento remoto realizado pelos CEAEs. CONSIDERAÇÕES FINAIS: esse estudo possibilitou obter informações que permitem direcionar o planejamento das ações de saúde, bem como melhorar a qualidade da assistência prestada a esses pacientes de forma a minimizar as fragilidades da assistência das ações de saúde voltadas para reabilitação, orientação para o autocuidado, tratamento e prevenção das complicações aos portadores de doenças crônicas não transmissíveis.
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    Avaliação dos parâmetros de saúde mental em professores da rede pública estadual: um estudo no município de Itamarandiba-MG durante a pandemia do Covid-19
    (UFVJM, 2023) Lopes, Paulo Maurício; Cassilhas, Ricardo Cardoso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cassilhas, Ricardo Cardoso; Dias Peixoto, Marco Fabricio; Soares, Wellington Danilo
    Introdução: Os problemas de saúde mental vêm se mostrando um grande problema de saúde pública mundial. Com a pandemia do COVID-19 e o distanciamento social, a preocupação com a saúde mental da população se intensificou de forma geral, tendo desencadeado sintomas como ansiedade, estresse e depressão em toda a população. Entretanto, na literatura são escassos estudos que buscam avaliar a saúde mental de professores da rede pública estadual do ensino básico, durante a pandemia. Objetivo: Avaliar os indicadores de saúde mental em professores da rede pública estadual de ensino básico no município de Itamarandiba-MG durante a pandemia de COVID-19. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal, na cidade de Itamarandiba-MG, com professores da rede estadual de Educação. Os voluntários foram avaliados durante o retorno presencial, formando um grupo único (n=144). Resultados: Após a avaliação das variáveis, constou significância estatística entre os professores do sexo masculino em relação ao feminino para as variáveis Peso [F (1,142) =18,980, p<0,001]; Estatura [F (1,142) =2,770, p>0,001] e Circunferência da cintura [F (1,142) = 7,512, p= 0,007]. Porém os testes para avaliar os sintomas de depressão e ansiedade não apresentaram significância estatística entre os sexos, BDI [(z= -0,291; p= 0,771)]; BAI [(z= -0,466; p= 0,641)]; IDADE-ESTADO [(z= -0,283; p= 0,777)]; IDADE-TRAÇO [(z= -0,094; p= 0,925)]. Mais da metade dos professores apresentaram sintomas moderados ou graves (56,24% depressivos e 62,5% ansiosos). Sendo que a prevalência maior de casos moderado ou grave foram nos professores do sexo feminino (33,2% depressivos e 37,5% ansiosos), enquanto masculino foi de (22,91% depressivos e 25,99% ansiosos). Em relação ao estado de humor, notou-se no presente estudo que a média dos domínios depressão, raiva, fadiga e tensão foram maiores que a de vigor, assim fazendo um icebrg invertido, [Tensão, (média=5,67; DP= 2,64)]; [Depressão, (média=7,51; DP= 2,53)]; [Raiva, (média=6,78; DP= 2,52)]; [Vigor, (média=3,01; DP= 1,96)]; [Fadiga, (média=6,02; DP= 2,96)] e [C. Mental, (média=5,67; DP= 2,09)]. A Qualidade de Vida não apresentou diferença entre os sexos. Todos os domínios do SF-36 quando comparado entre si, apresentaram correlação positiva moderada. Já os fatores tempo de trabalho, idade e o peso apresentaram correlação positiva fraca, para os sintomas depressivos, ansiosos e estado de humor. [Tempo de trabalho-BDI (r= 0,407); idade-BDI (r= 0,441); Peso-BDI (r= 0,173); [Tempo de trabalho-BAI (r= 0,441); idade-BAI (r= 0,432); Peso-BAI (r= 0,253)]. Já o fator escolaridade apresentou correlação negativa [Escolaridade-BDI (r= -0,245) e Escolaridade-BAI (r= -0,173)]. Conclusões: Constatou-se alta prevalência de sintomas depressivos e ansiosos, mais evidente em professores do sexo feminino. O fator tempo de trabalho se mostrou capaz de piorar os níveis de depressão, ansiedade e humor. Já o fator idade, peso e sexo feminino, foram os efeitos destacados em piorar os sintomas de depressão e ansiedade. Devido ao fato da pandemia do COVID-19 poder ter influenciado a piora dos resultados apresentados, não podemos afirmar tal fato, pois não se tem dados pré e pós período pandêmico. Sendo assim, os fatores idade avançada, sexo feminino e longo tempo de serviço, associados a pandemia do COVID-19 são potencializadores de transtornos de depressão e
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    Análise das estruturas química e física e da permeabilidade bacteriana do não tecido Spunbond-Meltblown-Spunbond (SMS) reprocessado
    (UFVJM, 2023) Lima, Rayana Santos Cristianismo; Rocha Vieira, Etel; Ferreira, Lucas Franco; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha Vieira, Etel; Ferreira, Lucas Franco; Lucas, Thabata Coaglio; Paula, Fabiana Angélica de
    Os profissionais de saúde estão constantemente expostos aos riscos de contágio pelo SARS-CoV-2 desde que ele foi detectado na cidade de Wuhan (China) em dezembro de 2019. A alta procura por equipamentos de proteção individual (EPI) provocou escassez no mercado mundial e elevação de custo. Como alternativa muitas instutições de saúde passaram a produzir seus próprios EPI, como máscaras cirúrgicas, a partir de um tipo de não tecido denominado Spunbond-Meltblown-Spunbond (SMS). Este estudo avaliou se o reprocessamento do SMS altera a estrutura química, física e a propriedade de filtração do material. Foram utilizadas amostras de manta de SMS nova e reprocessadas, após utilização como embalagem de caixas e instrumentais cirúrgicos. As mantas foram então submetidas a análises para avaliação das estruturas física (Microscopia Eletrônica de Varredura) e química (Reflexão Total Atenuada no Infravermelho com Transformada de Fourier). Máscaras cirúrgicas confeccionadas com mantas novas e reprocessadas foram avalidas quanto à permeabilidade bacteriana. Após o reprocessamento verificou-se, a partir da análise qualitativa do espectro ATR-FTIR, que não houve alteração da estutura química do material. Com relação à estrutura física, a análise em microscopia eletrônica de varredura sugere redução da espessura dos filamentos spunbond e contração da manta. Com relação à pemeabiliade bacteriana, a eficiência de filtração bacteriana das máscaras confeccionadas com o SMS reprocessado (98,8 ± 0,9%) não foi diferente (p=0,96, Anova one way) daquela observada para as máscaras confeccionadas com SMS novo (98,5 ± 0,5%) e também para a máscara cirúrgica comercial (98,7 ± 0,4%). Conclusão: A estrutura química do SMS não foi modificada pelo reprocessamento e a permeabilidade bacteriana da máscara cirúrgica confeccionada com SMS reprocessado não foi alterada. É proposto que a confecção de máscaras com SMS reprocessado pode ser uma alternativa promissora, sustentável e de baixo custo para a proteção de profissionais de saúde frente a emergências de saúde pública, como a pandemia da CoViD-19.
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    Prevalência de sintomas de desordens mentais em fisioterapeutas durante a pandemia da COVID-19: uma revisão sistemática e metanálise
    (UFVJM, 2022) Reis, Amanda Tomázia da Silva; Alcantara, Marcus Alessandro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcantara, Marcus Alessandro de; Lima, Vanessa Pereira de; Tsopanoglou, Sabrina Pinheiro
    Contextualização: A COVID-19 se espalhou rapidamente da China no final de dezembro de 2019 e impactou criticamente todos os países do mundo. A saúde mental dos profissionais de saúde se tornou motivo de preocupação uma vez que foi observado um risco aumentado de desenvolvimento de desordem mental. Embora haja estudos que investigaram a prevalência de desordens mentais em profissionais de saúde em geral, predominantemente médicos e enfermeiros, uma nova revisão sistemática é necessária para investigar a prevalência de desordens mentais especificamente em fisioterapeutas, já que se trata de uma população em alto risco de desenvolvimento de desordens mentais previamente à pandemia. Objetivo: Investigar a prevalência de desordens mentais como ansiedade, depressão e estresse em fisioterapeutas de linha de frente que trabalharam durante o período de pandemia do coronavírus. Métodos: Buscas foram realizadas nas bases de dados MEDLINE, VIRTUAL HEALTH LIBRARY/BVS (VHL/BVS), LILACS, EMBASE e GOOGLE SCHOLAR desde dezembro de 2019 até novembro de 2021 utilizando descritores relacionados a desordens mentais, fisioterapeutas, prevalência e COVID-19. Foram incluídos estudos transversais que investigaram a prevalência de desordens mentais em fisioterapeutas durante a pandemia da COVID-19 e o risco de viés foi avaliado utilizando NOS-adaptada. Resultados: Um total de 9 estudos, de 8 países diferentes, atenderam os critérios de inclusão. O resultado da metanálise demonstrou uma prevalência para ansiedade, depressão, estresse foram de 51% (95%IC 40% a 63%; I² = 86%), 31% (95%IC 14% a 51%; I² = 95%), 64% (95%IC 27% a 94%; I² = 97%), respectivamente (baixa qualidade da evidência). Conclusão: Encontrou-se importantes taxas de sintomas de depressão, ansiedade, estresse e síndrome de Burnout em fisioterapeutas durante a pandemia da COVID-19. Esses resultados foram mais altos em comparação com as estimativas de desordens mentais em outros profissionais de saúde, e ao período pré-pandêmico. Dessa forma, o estado emocional dos fisioterapeutas é motivo de preocupação e conclamam gestores e representantes de entidades a elaborar estratégias e intervenções efetivas durante a COVID-19 e outras emergências de saúde para reduzir os impactos negativos da pandemia na saúde mental fisioterapeutas.
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    Vigilância de SARS-CoV-2 em águas residuais e a inter-relação com indicadores epidemiológicos da COVID-19 em Diamantina-MG
    (UFVJM, 2023) Silva, Thamires Gabriele Macedo; Oliveira, Danilo Bretas de; Ottone, Vinicius de Oliveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Danilo Bretas de; Schetino, Marco Antônio Alves; Abreu, Filipe Vieira Santos de
    O vírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2), responsável pela doença COVID-19, infectou mais de 27 milhões de pessoas em todo o mundo rapidamente em meses. Embora a literatura sobre SARS-CoV-2 indique que sua transmissão pode ocorrer predominantemente por aerossolização de gotículas carregadas pelo ar, a possibilidade de vias alternativas de transmissão ou reinfecção pelo ambiente requer atenção científica considerável. O RNA do SARS-CoV-2 pode ser detectado em amostras de fezes e urina, sendo assim o monitoramento em águas residuais é de suma importância para investigar a circulação do vírus em uma população. O estudo teve como objetivo monitorar, detectar e correlacionar com dados epidemiológicos a presença do SARS-CoV-2 em desejos de águas residuais da cidade de Diamantina-MG. As coletas foram realizadas durante o período de junho a novembro de 2021 foram realizadas 6 coletas ao total sendo 1 a cada mês, contemplando duas microbacias ao entorno da região urbana de Diamantina, 10 pontos no decorrer das duas microbacias foram utilizados para a investigar a presença do SARS-CoV-2. As detecções do RNA viral foram realizadas em laboratório por meio de ensaios de RT-qPCR. A presença do genoma do SARS-CoV-2 nos esgotos foi correlacionado com o percentual de número de casos novos de COVID-19 (percentual da soma da população infectada 14 dias antecedentes a coleta mensal) e número de imunizados 1° dose SARS-CoV- 2 (percentual da população total de diamantina estimada 2021) durante o período de monitoramento. As análises foram realizadas no software GraphPad Prism v.8.0 e SPSS v.20. A correlação linear de Pearson e regressão multiparamétrica foram consideradas estatisticamente significativas quando p < 0,05. Tendo como resultado a detecção do RNA viral em alta frequência no primeiro mês de coleta, em junho, sendo detectado em 70% das amostras. Reduzindo a detecção no decorrer dos outros meses; julho (20%), agosto (30%), setembro (20%), outubro (20%) e novembro (0%). A detecção do RNA do SARS-CoV-2 nas microbacias de Diamantina foi concomitante com a redução acentuada no número de casos novos de COVID-19; junho (50%), julho (17%), agosto (15%), setembro (9%), outubro (6%) e novembro (3%), tendo uma correlação positiva (r=0,9380 e p=0,005). Além disso, a detecção do RNA viral nas microbacias é inversamente proporcional ao aumento do número de imunizados 1° dose SARS-CoV-2; junho (26,1%), julho (41,56%), agosto (49,2%), setembro (67,4%), outubro (74,5%) e novembro (82%), demonstrando uma correlação negativa (r=-0,8167 e p=0,04). E por fim, o número de casos novos de SARS-CoV-2 é correlacionado com 88% das ocorrências de amostras positivas nas microbacias em torno da região urbana de Diamantina (R²=0,88 P=0,006 e β= 0,938). O estudo conclui que os dados obtidos mostraram um alinhamento básico entre a detecção quantitativa de SARS-CoV-2 em águas residuais contaminadas e o número de novos casos relatados na cidade. A presença do RNA do SARS-CoV-2 em efluentes urbanos é uma prática de destacada importância na atualidade pela possibilidade de monitoramento do vírus na população urbana, o que ajuda na tomada de decisões e direcionamento de políticas públicas de controle e prevenção.
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    Práticas alimentares segundo o Guia Alimentar na pandemia da COVID-19 e fatores associados entre professores da educação básica de Minas Gerais
    (UFVJM, 2022) Lopes, Amanda Palma; Costa Sobrinho, Paulo de Souza; Nobre, Luciana Neri; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa Sobrinho, Paulo de Souza; Miranda, Aline Elizabeth da Silva; Pinho, Lucinéia de
    Nos dois primeiros anos da pandemia da COVID-19, devido à elevada contaminação do vírus, o distanciamento social foi indispensável. Nesse período ocorreram diversas modificações comportamentais nas pessoas. Para os professores, foi um período desafiador, visto o ensino presencial ter sido substituído pelo ensino remoto, e muitas vezes, sem o devido preparo para esta mudança. Assim, nesse período foi deflagrado novos comportamentos ou exacerbando outros pré-existentes, especialmente os que oferecem risco à saúde, como alterações psicológicas, sedentarismo e hábitos alimentares não saudáveis. Os hábitos alimentares não saudáveis estão em desacordo com o recomendado pelo Guia Alimentar para a população brasileira. Considerando esses aspectos, o presente estudo objetivou avaliar as práticas alimentares segundo o Guia Alimentar para a população brasileira em professores do ensino básico de Minas Gerais no segundo ano da pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal do tipo Web Survey realizado com professores que atuam na educação básica (educação infantil, ensino fundamental e médio) da rede pública de ensino do estado de Minas Gerais. Este estudo é um recorte do Projeto ProfsMoc Etapa Minas Covid “Condições de saúde e trabalho entre professores (as) da rede estadual de ensino de Minas Gerais”. A pesquisa ocorreu entre outubro a dezembro do ano de 2021 e seguiu todos os preceitos éticos determinados pela Resolução nº466, com a aprovação do Comitê de Ética da Universidade Estadual de Montes Claros, mediante parecer consubstanciado nº 4.200.389/2020 e foi conduzido com autorização da secretaria estadual de ensino de Minas Gerais. Para o estudo foi utilizado questionário autoaplicável online no qual foi avaliado, dentre os aspectos, variáveis sociodemográficas, condições de trabalho, de saúde mental e de saúde e comportamento e práticas alimentares (24 itens; escore 0-72), baseada nas recomendações do Guia Alimentar brasileiro. Regressão de Poisson com variância robusta foi utilizada para determinar os fatores associados às práticas alimentares. Participaram do estudo 1.907 professores, dentre eles a maioria são mulheres (77,2%), vivem com companheiro/a (60,8%), tem pós-graduação (60,2%) e trabalhavam mais de 40 horas por semana (45,1%). Sobre as práticas alimentares, 50,9% apresentaram práticas alimentares saudáveis, 38,7% com necessidade de modificação e 10,4% inadequadas. Práticas alimentares não saudáveis mostraram-se associadas ao sexo masculino (RP=1,14; p- valor=0,016), a menor idade (RP=0,87; p-valor=0,004), ter jornada de trabalho superior a 40 horas semanais (RP=1,15; p-valor=0,042), apresentar transtornos mentais comuns (RP=1,52; p-valor=0,000), ter qualidade de sono ruim (RP=1,23; p-valor= 0,000) e ser sedentário ou irregularmente ativo (RP=1,30; p-valor=0,000). Metade dos professores relataram práticas alimentares com necessidade de modificação ou inadequada, e estas associaram a variáveis importantes e modificáveis. Em relação à saúde mental, satisfação com trabalho e qualidade do sono, apesar da maioria não ter relatado problemas quanto a estas questões, um percentual elevado de professores apresentou escores alterados nos questionários, que sinaliza quadros indicativos de depressão, ansiedade, transtornos mentais comuns e qualidade de sono ruim. Esse resultado indica necessidade de um olhar mais cuidadoso com esses professores, especialmente nesse período de pandemia que exigiu resiliência dos professores diante de todas as adequações necessárias para o ensino remoto e híbrido.