Pós-graduação em Odontologia
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PPGODONTO - Programa de Pós-graduação em Odontologia
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Item Alterações no fluxo salivar e halitose associados ao alcoolismo, tabagismo, hábitos e práticas diárias em idosos: um estudo transversal(UFVJM, 2022) Lima, Patrícia de Oliveira; Pinheiro, Marcos Luciano Pimenta; Canuto, Marcus Henrique; Rocha, Ricardo Lopes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pinheiro, Marcos Luciano Pimenta; Magalhães, Cláudia Silami de; Fagundes Moura, Cristiane Rocha; Ramos Jorge, Maria LetíciaA alteração do fluxo salivar e a halitose são condições frequentes em idosos e que podem ser agravadas por polimedicações, alcoolismo, tabagismo, fatores socioeconômicos e demográficos dentre outros, causando desconfortos alimentares, inapetência, lesões bucais e consequências psicoafetivas como o isolamento social. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência dos dados sociais, adicções e hábitos/práticas diárias no fluxo salivar e no hálito em idosos brasileiros na faixa etária de 65 a 74 anos, cadastrados pelas Estratégias de Saúde da Família (ESF), residentes na zona urbana de um município da Zona da Mata mineira. Trata-se de um estudo exploratório, analítico, quantitativo. Para a coleta de dados, utilizou-se um kit de sialometria, halímetro digital portátil e questionários validados. A amostra estratificada proporcional foi calculada por meio dos dados de um estudo piloto. A análise estatística foi realizada com o auxílio do programa Data Analysis and Statistical Software College Station, Texas, USA (STATA), versão 15, e envolveu a descrição dos dados e comparação por meio dos testes de Qui Quadrado de Pearson (sem correção). Para medir os efeitos de associação entre exposição e efeito foi utilizado Odds Ratio e seus Intervalos de Confiança (IC) de 95%. Foi escolhido o modelo de regressão logística para dados univariados e multivariados. A média de idade foi de 69,9 ± 2,9, a maioria do sexo feminino (59%), etnia parda (55,9%), com até 8 anos de estudo (62,7%), renda de até um salário-mínimo (46,4%), estado civil de união estável/casados (62,3%). A prevalência encontrada de idosos com hipossalivação foi de 43,2% e de halitose de 49,5%. Ao analisar todas as variáveis independentes (dados socioeconômico-demográficos, hábitos/práticas diárias, uso de medicações, adicções ao álcool e ao tabagismo) associadas às dependentes (fluxo salivar e hálito), através da regressão logística multivariada, identificou-se as maiores e menores chances dos idosos desenvolverem a hipossalivação e a halitose. Para a hipossalivação, as variáveis idade, sexo, ingestão de líquidos e craving pelo tabagismo explicaram em média 43% das ocorrências dessa alteração na população estudada, havendo associação estatisticamente significativa à idade mais avançada (OR: 1,55; IC: 1,33 - 1,80; p <0,0001) e menor quantidade de ingestão de líquido por dia (OR: 4,13; IC: 2,75 – 6,19; p <0,0001). Para a halitose, observou-se que idade, sexo, ingestão de líquidos e adicção ao alcoolismo explicaram em média 16% das ocorrências de alterações do hálito na população estudada, havendo associação estatisticamente significativa a menores quantidades de ingestão diária de líquidos (OR: 2,10; IC: 1,55 – 2,84; p<0,001) e maiores dependência ao alcoolismo (OR: 2,12: IC: 1,27 – 3,53; p= 0,004. Portanto, explorar fatores externos associados aos idosos é importante e possibilita que influências negativas possam ser controladas, colaborando para um envelhecimento mais salutar dessa população.Item Efeito da higienização bucal em recém-nascidos sobre a colonização por candida e ocorrência de candidíase bucal: um ensaio clínico randomizado(UFVJM, 2020) Lopes, Ana Beatriz Silva; Fernandes, Izabella Barbosa; Ramos Jorge, Maria Letícia; Cardoso, Valéria Macedo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fernandes, Izabella Barbosa; Soares, Maria Eliza da Consolação; Freire Maia, Fernanda BartolomeoO objetivo da presente investigação foi avaliar, por meio de um ensaio clínico randomizado, a influência da higienização bucal sobre a colonização por Candida e a ocorrência de candidíase bucal no primeiro mês de vida do bebê. Os bebês e suas mães foram selecionados nas primeiras 48 horas de vida, na maternidade do Hospital Nossa Senhora da Saúde, em Diamantina, Minas Gerais, e foram aleatoriamente alocados em 2 grupos: Grupo I (Mães foram orientadas a higienizar a cavidade bucal do bebê com gaze e água filtrada 1 vez ao dia) e Grupo II (Mães foram orientadas a não higienizar a cavidade bucal do bebê antes da erupção dentária). A coleta de dados foi realizada um mês após o nascimento da criança em sua residência e incluiu exame clínico bucal dos bebês, coleta de saliva para identificação e quantificação de Candida e aplicação de questionários aos pais sobre os aspectos socioambientais, econômicos, comportamentais e da saúde geral da criança e sua família. Crianças que apresentavam pelo menos uma unidade formadora de colônia (UFC), eram classificadas com a presença de colonização por Candida. Para avaliação da presença de Candidíase bucal, foram considerados os sintomas e sinais clínicos como, placas brancas, macias e destacáveis sobre uma superfície eritematosa. A análise de dados incluiu o teste Mann Whitney e teste de correlação de Spearman. Foram incluídos no estudo 56 pares mães/bebês. Foi identificada a colonização por Candida em 49,1% das crianças avaliadas. Não houve diferença estatisticamente significativa entre a colonização por Candida e os grupos de intervenção para higiene bucal do bebê durante o primeiro mês de vida (p=0,947). O teste de Mann-Whitney revelou que a colonização por Candida foi associada ao uso de chupeta (p=0,036), e à ocorrência de alguma enfermidade na criança no primeiro mês de vida (p=0,003). Apresentaram Candidíase bucal durante o primeiro mês de vida 13,2% dos participantes, essa prevalência foi de 15,4% no grupo controle e de 11,1% no grupo de intervenção, porém essa diferença não foi significativa (p=0,704). Conclui-se que a higienização bucal antes da erupção dentária não está associada à colonização por Candida ou à ocorrência de Candidíase Bucal no primeiro mês de vida do bebê. A colonização por Candida foi associado ao uso de chupeta (p=0,036) e à ocorrência de alguma enfermidade no primeiro mês de vida do bebê (p=0,003).Item Informações verbais associadas à demonstração clínica para mães não são mais eficazes que informações escritas na redução do biofilme dental em crianças de 1 a 4 anos de idade(UFVJM, 2015) Coelho, Valéria Silveira; Ramos-Jorge, Maria Letícia; Ramos-Jorge, Joana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Martins, Carolina de Castro; Oliveira, Simone Gomes Dias deApesar de não existir evidência científica de que a higiene bucal satisfatória reduz a experiência de cárie dentária, também não existe evidência suficiente para condenar o valor da higiene bucal como medida preventiva. Além disso, não há dúvida de que o adequado controle de biofilme dental é a medida mais importante para prevenir doença periodontal. A instrução de higiene bucal é a base dos programas coletivos e individuais de prevenção da cárie dentária e da doença periodontal em crianças. O objetivo do presente estudo foi comparar dois métodos (informações verbais associadas à demonstração clínica e informações escritas) de orientação em higiene bucal fornecidos a mães na redução de biofilme dental em seus filhos de 1 a 4 anos de idade. Realizou-se um ensaio clínico randomizado paralelo simples cego com 84 crianças (42 alocadas aleatoriamente no grupo I e 42 alocadas aleatoriamente no grupo II). No grupo I – informações verbais associadas a demonstração clínica - o profissional leu um panfleto com instruções de higiene bucal e, em seguida, essas instruções foram praticadas durante a higienização da criança pelo profissional com a observação da mãe. No grupo II - informações escritas - foi entregue um panfleto com instruções de higiene bucal e solicitou-se à mãe para lê-lo antes da escovação noturna, diariamente. Foram coletadas informações relativas aos aspectos sociodemográficos e também relacionados à frequência e início da escovação da criança pela mãe. Os participantes foram examinados no baseline e uma semana após as instruções pelo índice de biofilme dental Turesky-Quigley-Hein. Para a análise dos dados, empregou-se testes qui-quadrado mann-whitney e wilcoxon (p<0,05). Verificou-se que os dois grupos foram semelhantes em relação às características sociodemográficas e quanto aos hábitos de higiene bucal no baseline (p>0,05). A quantidade de biofilme dental entre os dois grupos no baseline foi semelhante (grupo I – mediana = 0,27 e grupo II mediana = 0,30; p=0,771). Ambos os métodos empregados melhoraram significativamente o acúmulo de biofilme após uma semana. Uma diferença estatisticamente significativa foi observada intra-grupo quanto ao acúmulo de biofilme antes e após a aplicação da técnica de instrução de higiene bucal às mães (grupo I; p = 0,002 e grupo II; p <0,001) . Não houve diferença na quantidade de biofilme entre os dois grupos após a aplicação das técnicas (grupo I – mediana = 0,13 e grupo II mediana = 0,08; p= 0,805). Os métodos de orientação fornecidos às mães possuíram eficácia equivalente na redução do biofilme de seus filhos.