PMPGCF - Mestrado em Ciências Fisiológicas (Dissertações)

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    Treinamento intervalado de alta intensidade realizado com uma sessão diária vs. três sessões diárias: efeitos sobre parâmetros cardiovasculares em modelo experimental de menopausa
    (UFVJM, 2022) Andrade, Júllia Alves de; Dias Peixoto, Marco Fabrício; Sampaio, Kinulpe Honorato; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Dias Peixoto, Marco Fabrício; Sampaio, Kinulpe Honorato; Mostarda, Cristiano Teixeira; Magalhães, Flávio de Castro
    A menopausa é definida como a interrupção permanente da menstruação em consequência da perda da função folicular ovariana nas mulheres. Com a menopausa, há redução dos estrógenos acarretando em prejuízo na função cardiovascular. Apesar da reposição hormonal ser utilizada durante a menopausa, nem sempre esse tipo de terapia pode ser indicado, necessitando assim, de outras possibilidades de tratamento. Desse modo, o exercício físico é visto como uma opção terapêutica não farmacológica com diversos benefícios cardiovasculares durante a menopausa. Uma alternativa de exercício físico tempo/eficiente que tem chamado atenção é o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT). Além do HIIT, o exercício acumulado (realizado em curtíssimas sessões ao longo do dia) também tem se tornado uma alternativa para aumentar a adesão e aderência à prática regular do exercício físico. Com o propósito de averiguar os possíveis efeitos benéficos do HIIT realizado em sessão única diária vs. 3 sessões diárias após a redução de estrógeno semelhante à observada durante a menopausa, o presente estudo investigou e comparou o efeito de ambas as formas de treinamento em parâmetros cardiovasculares de ratas ovariectomizadas. Para isso, ratas com 60 dias de vida foram distribuídas em 4 grupos experimentais: controle sedentárias não ovariectomizadas (SHAM); controle sedentárias ovariectomizadas (OVX); ovariectomizadas que realizaram treinamento intervalado de alta intensidade com uma sessão diária (1xHIIT); ovariectomizadas que realizaram treinamento intervalado de alta intensidade com três curtíssimas sessões diárias (3xHIIT). Os animais foram submetidos a ovariectomia bilateral seguida por 2 semanas de recuperação. O protocolo de treinamento físico foi realizado por 8 semanas, em esteira, 5x por semana, de segunda a sexta-feira, em uma intensidade correspondete a 85 a 100% da velocidade atingida no teste de VO²máx. Ambos os grupos treinamento realizaram o mesmo volume de exercícios; porém, enquanto o grupo 1xHIIT realizou o exercício em uma sessão única diária (6 estímulos de 1 minuto de exercício por 1 minuto de recuperação) o grupo 3xHIIT realizou o exercício em três sessões diárias (3 sessões diárias com 2 estímulos de 1 minuto de exercício por 1 minuto de recuperação separadas por 4 horas de intervalo entre as sessões). Foram realizadas avaliações cardiovasculares de pressão arterial e frequência cardíaca por pletismografia de cauda, avaliação ex vivo dos índices de contratilidade e relaxamento cardíaco e frequência cardíaca pela técnica de Langhendorf (coração isolado), seguida pela avaliação da hipertrofia cardíaca pela razão do peso do coração pelo peso corporal e pela morfometria de cardiomiócitos. Ao final das 8 semanas de treinamento, observou-se que o 1xHIIT e 3xHIIT promoveram diversos efeitos cardioprotetores em ratas OVX: i) Efeitos benéficos similares entre as modalidades: prevenção da redução do VO²máx; ii) Efeitos benéficos superiores do 1xHIIT versus 3xHIIT: redução da pressão arterial sistólica, frequência cardíaca in vivo e aumento dos índices de contratilidade e relaxamento cardíaco; iii) Efeitos benéficos superiores do 3xHIIT versus 1xHIIT: redução de massa corporal e hipertrofia cardiaca. O presente estudo mostrou que ambos os protocolos de HIIT (1xHIIT; 3xHIIT) foram eficientes em prevenir parcialmente ou totalmente os efeitos deletérios no sistema cardiovascular de ratas Wistar em decorrência da ovariectomia. Além disso, observamos adaptações cardiovasculares diferentes entre ratas OVX exercitadas com HIIT em sessões únicas diárias versus múltiplas sessões diárias.
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    Avaliação do efeito do exercício intervalado de alta intensidade sobre o equilíbrio redox sanguíneo em homens sedentários
    (UFVJM, 2014) Magalhães, Silvia Mourão; Rocha-Vieira, Etel; Amorim, Fabiano Triguerino; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha-Vieira, Etel; Amorim, Fabiano Trigueiro; Morais, Harriman Aley de; Leite, Hércules Ribeiro; Magalhães, José Carlos de
    Este estudo avaliou o efeito agudo e crônico do exercício intervalado de alta intensidade sobre o estado redox sanguíneo de homens sedentários. Para isso, o estudo foi dividido em duas etapas. Na primeira etapa 17 indivíduos sedentários foram submetidos a uma sessão de exercício intervalado de alta intensidade (HIIE, do inglês high intensity interval exercise), no cicloergômetro, composta por 8 estímulos, a 90% da potência máxima, intercalados por 75 segundos de recuperação ativa a 30 watts. Antes e, imediatamente, após o exercício amostras de sangue foram coletadas para a avaliação da concentração de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e da capacidade antioxidante total do plasma; e a concentração de TBARS e atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT), no lisado eritrocitário. Agudamente, o HIIE não alterou a concentração plasmática de TBARS, embora a capacidade antioxidante total do plasma tenha sido significativamente menor (p=0,05) imediatamente após o exercício. Nós eritrócitos, a concentração de TBARS foi significativamente menor (p=0,03), enquanto a atividade da SOD foi significativamente maior (p=0,04), imediatamente após o exercício. Na segunda etapa 9 indivíduos, que participaram do HIIE, foram submetidos a um programa de treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT, do inglês high intensity interval training), 3 vezes por semana, durante 4 semanas (12 sessões de treinamento). Parâmetros do estado redox foram avaliados antes e ao final do treinamento. O HIIT aumentou (p=0,05) a capacidade antioxidante total do plasma, e, nos eritrócitos, a concentração de TBARS foi menor (p=0,03) e a atividade da catalase foi maior (p=0,04) após o treinamento. As modificações do estado redox sanguíneo alcançadas em curto prazo com o programa de HIIT utilizado neste estudo podem ser consideradas uma resposta benéfica adicional para a esta modalidade de treinamento, e neste contexto o HIIT pode ter um papel terapêutico nas condições clínicas decorrentes ou associados a um quadro de desequilíbrio redox.
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    O efeito da imersão dos membros inferiores em água fria pós exercício no desempenho físico e na proteína de choque térmico 72kDa após treinamento físico
    (UFVJM, 2014) Aguiar, Paula Fernandes; Amorim, Fabiano Triguerino; Magalhães, Flávio de Castro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Amorim, Fabiano Trigueiro; Nakamura, Fábio Yuzo; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Magalhães, Flávio de Castro
    Apesar da falta de conhecimento sobre os mecanismos da imersão dos membros inferiores em água fria (IAF) pós-exercício, este método de recuperação se faz presente após o exercício físico, principalmente no meio esportivo. Os objetivos de sua prática são baseados nas possíveis reduções da inflamação muscular, edema, dor e acumulação de metabólitos, acelerando assim a recuperação pós-exercício. Neste contexto, não está claro se a IAF interfere nas adaptações em nível molecular do conteúdo da proteína de choque térmico 72 kDa (Hsp72) do tecido muscular esquelético. Sendo assim, o presente estudo avaliou se a IAF após as sessões de exercício, durante um programa de 4 semanas de treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT), altera a resposta adaptativa do desempenho físico e da Hsp72 do tecido muscular esquelético. Foram selecionados 17 voluntários, do sexo masculino, adultos (idade: 23 ± 3 anos; peso corporal: 68.7 ± 9.2 kg, estatura: 171 ± 7 cm; gordura corporal: 23.5 ± 5.2%), não treinados e saudáveis para participar deste estudo, que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os voluntários foram pareados em dois grupos de acordo com o desempenho no teste de 15 km em cicloergômetro. Um grupo foi submetido à IAF dos membros inferiores após o exercício (n=8), e o outro grupo serviu como controle (CNTRL, n=9). O programa de treinamento físico consistiu de 4 semanas de ciclismo intervalado de alta intensidade, com frequência semanal de 3 vezes. Cada sessão de HIIT foi composta por 8-12 estímulos com intensidade entre 90-110% da potência pico por 60 segundos, seguidos por intervalos de recuperação ativa de 75 segundos à 30W. A IAF compreendeu em imergir os membros inferiores em água a 10 ºC, por 15 minutos, após cada sessão de treinamento. Os voluntários do grupo controle ficaram sentados em uma cadeira, na sala de treino a temperatura ambiente. As variáveis medidas foram consumo máximo de oxigênio (VO2max), desempenho no teste de 15 km e resistência de força muscular localizada. Além disso biópsias musculares foram realizadas 3 dias antes e 3 dias após o período de treinamento para avaliação do conteúdo muscular de Hsp72. O tempo para completar o teste de desempenho de 15 km diminuiu com o treinamento, mas não foi diferente entre os grupos (CNTRL 42.9±1.9 para 38.7±2.9 min e IAF 42.4±2.5 para 37.7±3.0 min, pré versus pós-treino, respectivamente). O VO2max aumentou com o treinamento em ambos os grupos, mas também não foi diferente entre os grupos (CNTRL 48.7±5.6 para 51.2±4.8 ml•kg-1•min-1 e IAF 45.7±5.6 to 50.4±4.8 ml•kg-1•min-1, pré versus pós treino, respectivamente). Quanto à resistência muscular localizada, o pico de torque médio aumentou com o treinamento em ambos os grupos, sem diferença entre as situações (CNTRL de 92,7±15,6 n/m para 96,7±14,5 n/m e IAF de 86,0±19,8 n/m para 91,3±13,2 n/m pré versus pós-treino, respectivamente). Mas o índice de fadiga (CNTRL 70,0±6,1 % para 67,1±6,8 % e IAF 65,8±8,0 % para 69,3±6,6 % pré versus pós-treino, respectivamente) não alterou com o treinamento. O conteúdo muscular de Hsp72 aumentou com o treinamento, mas não foi diferente entre os grupos (CNTRL 100±28% para 124±37% e IAF 100±31% para 131±23%). Sendo assim, nós concluímos que a imersão em água fria pós-exercício não alterou as adaptações de desempenho e moleculares avaliadas após 4 semanas de treinamento intervalado de alta intensidade.