PMPGCF - Mestrado em Ciências Fisiológicas (Dissertações)
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Item O efeito da imersão dos membros inferiores em água fria pós exercício no desempenho físico e na proteína de choque térmico 72kDa após treinamento físico(UFVJM, 2014) Aguiar, Paula Fernandes; Amorim, Fabiano Triguerino; Magalhães, Flávio de Castro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Amorim, Fabiano Trigueiro; Nakamura, Fábio Yuzo; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Magalhães, Flávio de CastroApesar da falta de conhecimento sobre os mecanismos da imersão dos membros inferiores em água fria (IAF) pós-exercício, este método de recuperação se faz presente após o exercício físico, principalmente no meio esportivo. Os objetivos de sua prática são baseados nas possíveis reduções da inflamação muscular, edema, dor e acumulação de metabólitos, acelerando assim a recuperação pós-exercício. Neste contexto, não está claro se a IAF interfere nas adaptações em nível molecular do conteúdo da proteína de choque térmico 72 kDa (Hsp72) do tecido muscular esquelético. Sendo assim, o presente estudo avaliou se a IAF após as sessões de exercício, durante um programa de 4 semanas de treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT), altera a resposta adaptativa do desempenho físico e da Hsp72 do tecido muscular esquelético. Foram selecionados 17 voluntários, do sexo masculino, adultos (idade: 23 ± 3 anos; peso corporal: 68.7 ± 9.2 kg, estatura: 171 ± 7 cm; gordura corporal: 23.5 ± 5.2%), não treinados e saudáveis para participar deste estudo, que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os voluntários foram pareados em dois grupos de acordo com o desempenho no teste de 15 km em cicloergômetro. Um grupo foi submetido à IAF dos membros inferiores após o exercício (n=8), e o outro grupo serviu como controle (CNTRL, n=9). O programa de treinamento físico consistiu de 4 semanas de ciclismo intervalado de alta intensidade, com frequência semanal de 3 vezes. Cada sessão de HIIT foi composta por 8-12 estímulos com intensidade entre 90-110% da potência pico por 60 segundos, seguidos por intervalos de recuperação ativa de 75 segundos à 30W. A IAF compreendeu em imergir os membros inferiores em água a 10 ºC, por 15 minutos, após cada sessão de treinamento. Os voluntários do grupo controle ficaram sentados em uma cadeira, na sala de treino a temperatura ambiente. As variáveis medidas foram consumo máximo de oxigênio (VO2max), desempenho no teste de 15 km e resistência de força muscular localizada. Além disso biópsias musculares foram realizadas 3 dias antes e 3 dias após o período de treinamento para avaliação do conteúdo muscular de Hsp72. O tempo para completar o teste de desempenho de 15 km diminuiu com o treinamento, mas não foi diferente entre os grupos (CNTRL 42.9±1.9 para 38.7±2.9 min e IAF 42.4±2.5 para 37.7±3.0 min, pré versus pós-treino, respectivamente). O VO2max aumentou com o treinamento em ambos os grupos, mas também não foi diferente entre os grupos (CNTRL 48.7±5.6 para 51.2±4.8 ml•kg-1•min-1 e IAF 45.7±5.6 to 50.4±4.8 ml•kg-1•min-1, pré versus pós treino, respectivamente). Quanto à resistência muscular localizada, o pico de torque médio aumentou com o treinamento em ambos os grupos, sem diferença entre as situações (CNTRL de 92,7±15,6 n/m para 96,7±14,5 n/m e IAF de 86,0±19,8 n/m para 91,3±13,2 n/m pré versus pós-treino, respectivamente). Mas o índice de fadiga (CNTRL 70,0±6,1 % para 67,1±6,8 % e IAF 65,8±8,0 % para 69,3±6,6 % pré versus pós-treino, respectivamente) não alterou com o treinamento. O conteúdo muscular de Hsp72 aumentou com o treinamento, mas não foi diferente entre os grupos (CNTRL 100±28% para 124±37% e IAF 100±31% para 131±23%). Sendo assim, nós concluímos que a imersão em água fria pós-exercício não alterou as adaptações de desempenho e moleculares avaliadas após 4 semanas de treinamento intervalado de alta intensidade.Item Relação entre hipertensão arterial sistêmica e eficiência da troca de calor durante a recuperação ao exercício físico realizado em ambiente quente(UFVJM, 2014) Fonseca, Sueli Ferreira da; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Soares, Danusa Dias; Balthazar, Cláudio HeitorA hipertensão arterial sistêmica essencial parece estar associada com hipertonia simpática dependente da atividade colinérgica central. Dessa forma, hipertensos poderiam apresentar respostas de dissipação de calor aprimoradas, especialmente durante a recuperação do exercício físico moderado realizado sob condição de estresse térmico. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar as respostas termorregulatórias de sujeitos hipertensos durante e na recuperação de exercício físico de intensidade moderada realizado em ambiente quente. Para tanto, oito hipertensos essenciais (H) e oito normotensos (N) (idade: 46,5±1,3 e 45,6±1,4 anos; índice de massa corporal: 25,8±0,8 e 25,6±0,6 kg/m2; pressão arterial média: 98,0±2,8 e 86,0±2,3 mmHg, respectivamente) permaneceram na câmara ambiental (38°C e 60% umidade relativa do ar) durante 2h e 30 minutos (30 minutos em repouso, 1h de exercício na esteira (50% VO2pico) e 1h em recuperação do exercício). Temperaturas da pele e corporal interna, frequência cardíaca e pressão arterial foram mensuradas. Cálculos de produção de calor, taxa de acúmulo de calor, temperatura corporal, troca de calor por radiação, convecção, e através do trato respiratório e suor evaporado foram realizados a partir das variáveis coletadas. Como resultados, a pressão arterial média dos hipertensos foi maior do que dos normotensos durante todo o protocolo experimental (p < 0,05). Apesar dos parâmetros termorregulatórios avaliados não terem sido diferentes entre grupos hipertensos e normotensos em repouso e durante o exercício físico no calor, os hipertensos apresentaram menor quantidade de calor acumulado (H: -24,23 ± 3,39 W/m², N: -13,63 ± 2,24 W/m², p = 0,03), maior variação na temperatura corporal (H: -0,62 ± 0,05 °C, N: -0,35± 0,12 °C, p = 0,03) e maior quantidade de suor evaporado (H: -106,1 ± 4,59 W/m², N: -91,15 ± 3,24 W/m², p = 0,01) no período de recuperação pós-exercício. Além disso, a quantidade de suor evaporado relacionou-se com calor acumulado (r = 0,82, p < 0,001) e com a variação da temperatura corporal durante a recuperação pós-exercício físico (r = 0,82, p < 0,001). Concluindo, indivíduos hipertensos essenciais, em uso dos medicamentos iECA e diuréticos, apresentam dissipação de calor acumulado aprimorada, por meio da evaporação do suor e, consequentemente, maior resfriamento corporal durante a recuperação de exercício físico de intensidade moderado em ambiente quente. Methods: A total of 8 essential hypertensive (H) and 8 normotensive participants (N) (age: 46.5 ± 1.3 and 45.6 ± 1.4 years, BMI: 25.8 ± 0.8 and 25.6 ± 0.6 kg/m2, mean arterial pressure: 98.0 ± 2.8 and 86.0 ± 2.3 mmHg, respectively) remained in the environmental chamber (38 °C and 60 % relative humidity) for 2 hours and 30 minutes (30 min at rest, 1 h of treadmill exercise at 50 % of VO2max and 1 h at rest during recovery exercise). Skin and core temperatures, heart rate and blood pressure were measured. Calculations of heat production, heat storage, mean body temperature, heat exchange by radiation, convection and evaporated sweat were performed from the collected variables. Results: The mean blood pressure of the hypertensive subjects was higher than of the normotensive participants throughout the experimental protocol (p < 0.05). Although the thermoregulatory parameters evaluated did not differ between groups at rest and during exercise, the hypertensive subjects had lower amounts of heat storage (H: -24.23 ± 3.39 W/m², N: -13.63 ± 2,2.4 W/m², p = 0.03), greater variations in body temperature (H: -0.62 ± 0.05 °C, N: -0.35± 0.12 °C, p = 0.03), and a greater amount of evaporated sweat (H: -106.1 ± 4.59 W/m², N: -91.15 ± 3.24 W/m², p = 0.01) during the recovery period. Furthermore, the amount of evaporated sweat correlated with heat storage (r = -0.82; p < 0.001) and with the variation in mean body temperature during the recovery period (r = -0.82; p < 0.001). Conclusion: Essential hypertensive participants present with improved sweat evaporation and greater heat dissipation and body cooling during recovery from moderate-intensity exercise performed in the heat.