PMPGCF - Mestrado em Ciências Fisiológicas (Dissertações)

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    Treinamento Intervalado de Alta Intensidade com 1 sessão diária (tradicional) versus Treinamento Intervalado de Alta Intensidade 3 sessões diárias (acumulado): efeitos em parâmetros metabólicos em modelo experimental de menopausa
    (UFVJM, 2022) Costa, Bruna Oliveira; Honorato Sampaio, Kinulpe; Dias Peixoto, Marco Fabrício; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Honorato Sampaio, Kinulpe; Dias Peixoto, Marco Fabrício; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Schetino, Luana Pereira Leite
    A menopausa é caracterizada pela perda total dos folículos ovarianos, iniciando-se por volta dos 45-50 anos. A queda na produção dos hormônios sexuais femininos nessa fase pode provocar disfunções cardiovasculares e doenças metabólicas. A prática regular de exercício físico aumenta a longevidade e diminui a taxa de mortalidade/morbidade, prevenindo problemas cardiometabólicos causados pela menopausa. O Treinamento Intervalado de Alta Intensidade e o Treinamento físico realizado com exercícios acumulados (duas ou mais sessões diárias) são modalidades de treinamento físico tempo-eficientes que promovem efeitos positivos em parâmetros cardiometabólicas tais como, redução na pressão arterial, aumento da lipoproteína de alta densidade (HDL) e controle da glicemia. Considerando a ausência de estudos sobre o efeito dessas modalidades de treinamento na menopausa, investigamos e comparamos os efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade tradicional, realizado em 1 sessão diária (1xHIIT), versus o treinamento intervalado de alta Intensidade acumulado, realizado em 3 sessões diárias (3xHIIT), sobre parâmetros metabólicos em modelo experimental de menopausa com ratas ovariectomizadas. Foram utilizadas ratas fêmeas Wistar (idade 90 dias), com protocolo de treinamento de 5 dias/semana, durante 8 semanas. Os animais foram divididos em 4 grupos: 1) grupo não-ovariectomizado sedentário (SHAM); 2) grupo ovariectomizado sedentário (OVX); 3) grupo ovariectomizado com treinamento intervalado de alta intensidade realizado com 1 sessão diária (1xHIIT); 4) grupo ovariectomizado com treinamento intervalado de alta intensidade realizado com 3 sessões diárias (3xHIIT). Foram realizadas as seguintes análises: consumo máximo de oxigênio (VO2MÁX), calorimetria indireta em repouso, absorciometria radiológica de dupla energia (DEXA), teste oral de tolerância à glicose (TTOG), teste intraperitoneal de resposta à insulina (TTIP), glicemia em jejum e histologia do tecido adiposo retroperitoneal e do músculo sóleo. Os dados demonstraram que ambas as formas de treinamento promoveram melhorias metabólicas após a ovariectomia, como: redução do ganho de peso corporal, redução da gordura visceral e aumento de massa magra, e preveniram da redução do VO2MÁX, sendo o 3xHIIT superior ao 1xHITT na redução do tamanho dos adipócitos e hipertrofia das fibras musculares. Apesar de não ter sido observada diferença significativa do TTOG e TTIP entre os grupos, o grupo 3xHIIT apresentou diminuição significativa da glicemia em jejum em relação ao grupo OVX. Esses dados mostraram que os protocolos de exercício preveniram os prejuízos metabólicos induzidos pela ovariectomia, indicando que ambas modalidades de treinamento são benéficas contra disfunções metabólicas induzidas pela redução dos hormônios sexuais, semelhante ao observado na menopausa, destacando-se o 3xHIIT.
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    Efeitos da restrição calórica intensa desde o nascimento sobre a função e estado redox do coração de ratas Wistar ovariectomizadas como modelo experimental de menopausa
    (UFVJM, 2019) Rodrigues, Cíntia Maria; Sampaio, Kinulpe Honorato; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Sampaio, Kinulpe Honorato; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Esteves, Elizabethe Adriana; Moura, Cristiane Rocha Fagundes
    A menopausa é uma transição experimentada por 1,5 milhão de mulheres a cada ano, trazendo algumas alterações que afetam diretamente seu organismo e qualidade de vida. Essa transição é caracterizada por degeneração dos folículos ovarianos e declínio da produção de estrógenos, estando intimamente ligada ao surgimento de doenças cardiometabólicas. A reposição hormonal é capaz de reverter alguns sintomas da menopausa, porém, nem todas as mulheres podem receber essas terapias, por isso, métodos alternativos de tratamento são necessários. A mudança de hábitos, em especial os alimentares, são a principal forma de intervenção. Nesse cenário, a restrição calórica (RC) destaca-se como medida preventiva bem eficaz. Um estudo recente promovido por nosso grupo de pesquisa mostrou que a restrição calórica intensa (RCI) desde o nascimento melhorou a função cardíaca em ratos Wistar machos. Com isso, o presente estudo investigou os efeitos RCI desde o nascimento sobre a função cardíaca e estado redox do coração de ratas Wistar ovariectomizadas como modelo experimental de menopausa. Para isso, o delineamento experimental iniciou-se com as mães a partir do nascimento, sendo divididas em 2 grupos (conjunto matriz/prole), C-SHAM e R-SHAM. Após o desmame, o protocolo se manteve com a ninhada até a vida adulta e aos 90 dias foi realizada ovariectomia como indução do modelo de menopausa, totalizando a partir desse momento 4 grupos: C-SHAM, C-OVX, R-SHAM e R-OVX. Realizou-se caracterização do modelo e confirmação da efetividade da castração através de redução do peso uterino. Foram realizadas avaliações da pressão arterial sistólica (PAS) e frequência cardíaca (FC) in vivo por plestimografia de cauda, a função cardíaca ex vivo pela técnica de coração isolado por Langendorff, além de avaliar o diâmetro das fibras cardíacas e o estado redox no coração. O grupo controle após ovariectomia (C-OVX) apresentou maior PAS, FC e dublo produto (DP) in vivo, menor função cardíaca basal ex vivo, maior dano oxidativo e atividades antioxidantes reduzidas quando comparado ao grupo sem castração. As fêmeas submetidas à RCI desde o nascimento (grupos R-SHAM e R-OVX) apresentaram menor PAS, FC e DP in vivo, além de maior função cardíaca basal ex vivo e melhora do estado redox, indicando que a RCI previne os efeitos deletérios da ovariectomia. Em conjunto a RCI desde o nascimento até a vida adulta promoveu efeitos cardioprotetores após redução dos estrógenos, através de melhora da função cardíaca e do estado redox no coração de ratas Wistar ovariectomizadas.
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    Efeito da reposição hormonal com 17β-estradiol sobre o balanço de calor corporal e mitocôndrias do tecido adiposo marrom em modelo experimental de menopausa
    (UFVJM, 2019) Bello, Fernanda Luiza Menezes; Sampaio, Kinulpe Honorato; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Sampaio, Kinulpe Honorato; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Schetino, Luana Pereira Leite
    Os estrógenos, hormônios pertencentes ao grupo dos esteroides gonadais, têm importante papel na fisiologia reprodutiva feminina. Aproximadamente na quinta década de vida, as mulheres entram na menopausa que é caracterizada por uma queda de produção dos hormônios sexuais e que pode ser acompanhada sintomas responsáveis pela diminuição da qualidade de vida, destacando-se as ondas de calor. Essa disfunção pode ser revertida através da terapia de reposição hormonal. O tecido adiposo marrom (TAM) é um tecido termogênico e desempenha um importante papel na produção de calor devido a sua grande quantidade de mitocôndrias e à presença da proteína desacopladora 1 (Ucp1). Com isso, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do estradiol sobre o balanço de calor e sobre as mitocôndrias do TAM em ratas ovariectomizadas (OVX), que são utilizadas nos estudos das ondas de calor na menopausa. Para isso, foram realizadas análise de temperatura e calorimetria de ratas OVX com e sem reposição de estradiol (E2), e fragmentos do TAM foram submetido à microscopia eletrônica de transmissão para avaliar a morfologia das mitocôndrias e PCR em tempo real para análise da expressão de genes relacionados à biogênese (Pgc1a), fusão (Mfn1 e Mfn2) e termogênese (Ucp1) mitocondrial. Nossos resultados mostraram que os animais OVX apresentaram temperatura da cauda maior do que o grupo E2 sem alteração na temperatura interna. Já os dados da calorimetria não apontaram diferenças na taxa metabólica basal das ratas. As mitocôndrias dos animais tratados com E2 foram maiores e apresentaram expressão de Mfn2 aumentada e Mfn1 reduzido em relação ao grupo OVX. Os adipócitos dos animais castrados apresentam maior densidade volumétrica mitocondrial, expressão aumentada de Pgc1a e Ucp1, e tamanho reduzido das mitocôndrias, sugerindo maior atividade termogênica dos adipócitos dos animais OVX. Nossos resultados sugerem que a ovariectomia promove aumento na termogênese através de alterações morfofuncionais em mitocôndrias do TAM e que o estradiol é capaz de prevenir essas alterações.